Técnicas Psicanalíticas_

Prévia do material em texto

Técnicas Psicanalíticas:
Clínica Psicanalítica x Clinica Médica:
O saber médico trata a doença e não o sujeito, chega a um resultado a partir de um
discurso por raciocínio neutro, baseado em observações e experiências, e discurso
fundamentado na objetividade (exclusão da subjetividade). (diagnóstico, tratamento e
prevenção de doenças físicas)
O corpo é uma expressão simbólica.
Clínica psicanalítica: o sintoma como uma pista (com a vida de quem o produz, e o
sofrimento que lhe acomete), importância no discurso do sujeito inconsciente, É necessário
que ele possa acolher e testemunhar, mas ao mesmo tempo apontar que se trata de mais
uma versão; poder sensibilizar o sujeito à dimensão simbólica, produzir uma certa
curiosidade para que ele possa querer saber de seu próprio engano, de sua própria mentira
com relação a sua história.
Sintoma na psicanálise:
Manifestação/ expressão de um conflito psicológico, de conteúdo reprimido, é uma forma de
comunicação inconsciente do analisando.
Diagnóstico na psicanálise:
Compreensão da estrutura do paciente, seus padrões de funcionamento e conteúdos
inconscientes que contribuem para os sintomas, o diagnóstico é formulado durante a
análise como forma de orientar o tratamento, a entender os processos internos do paciente.
As entrevistas preliminares, que têm suas funções:
 
● Diagnóstica. Diagnóstico diferencial , Diagnóstico como direção da análise. 
O diagnóstico só pode ser buscado no registro simbólico, onde são articuladas as
questões fundamentais do sujeito (sobre o sexo, a morte, a procriação, a
paternidade) quando da travessia do complexo de Édipo.
● Sintomal: sintoma será questionado pelo analista,É preciso que essa queixa se
transforme numa demanda endereçada àquele analista e que o sintoma passe do
estatuto de resposta ao estatuto de questão para o sujeito, para que este seja
instigado a decifrá-lo. 
● Transferencial: O estabelecimento da transferência é necessário para que uma
análise se inicie: é o que denominamos a função transferencial das entrevistas
preliminares. A transferência é uma função do analisante, .
Associação livre - ‘regra fundamental da psicanálise’ estabelecida para o paciente. 
paciente deve relatar tudo o que sua auto observação possa detectar, e impedir todas as
objeções lógicas e afetivas que procuram conduzi-lo a fazer uma seleção dentre elas,
também o analista deve colocar-se em posição de tudo o que lhe é dito para fins de
interpretação e identificar o material inconsciente oculto, sem substituir sua própria censura
pela seleção de que o paciente abriu mão. 
Deve ajustar-se ao paciente.
O analista não pode determinar de antemão exatamente quais os resultados que produzirá. 
● Dinheiro = ligado à fatores sexuais. 
● Tratar das questões relativas ao dinheiro com franqueza. 
● Constitui fato conhecido que o valor do tratamento não se realça aos olhos do
paciente, se forem pedidos honorários muito baixos. 
● Não recomenda o tratamento gratuito - aumenta enormemente algumas das
resistências do neurótico. 
● Nada na vida é tão caro quanto a doença - e a estupidez. 
O uso do divã: estado de confiança (transferência)do analisando para com o analista,
cansaço do visual por parte do analista, o olhar é uma forma de pulsão e o uso do divã
anula essa pulsão.
Transferência:
É o que permite ao analista fazer interpretações, pois se relaciona com os objetos internos e
visões de mundo., aliança de trabalho: troca consciente.
Contato inicial,função diagnóstica, estabelecimento,aliança terapêutica, e processo
transferencial (vinculação).
A transferência não é criada pelo setting, mas o setting facilita o surgimento da
transferência, permitindo que o paciente viva regressões, inclusive. Ela é um diálogo no
interior do psiquismo, e permite identificar como o paciente funciona internamente. Por isso,
é preciso tomar cuidado com o que se transmite, pois qualquer coisa da pessoa real do
terapeuta pode influenciar na transferência. 
Resistência:
Tendência do analisando em evitar ou reprimir ou dificultar o acesso a pensamentos, ou
memórias no processo terapêutico, (esquecimento seletivo, atraso, adiamento, desvio de
tópico, minimizar problemas).