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PRESCRICAO MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA

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FACULDADE ANHANGUERA DE SOROCABA 
ODONTOLOGIA 
 
 
GABRIELLI CRISTINI SANTIAGO - 353373241700 
LIA DO NASCIMENTO BIRUEL - 347425441700 
NATHALIA APARECIDA MEDEIROS DE PROENÇA – 3277741700 
NEYRIELLE FERREIRA PASSOS – 351086341700 
SABRINA VITTORIA GONZAGA GESTEIRA GARCIA -354786541700 
 
 
 
 
 
 
 
PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
SOROCABA 
2021 
1 
 
GABRIELLI CRISTINI SANTIAGO - 353373241700 
LIA DO NASCIMENTO BIRUEL - 347425441700 
NATHALIA APARECIDA MEDEIROS DE PROENÇA – 3277741700 
NEYRIELLE FERREIRA PASSOS – 351086341700 
SABRINA VITTORIA GONZAGA GESTEIRA GARCIA -354786541700 
 
 
 
PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA EM ODONTOLOGIA 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para obtenção de nota na 
disciplina de clínica integrada de assistência 
odontológica I no curso de odontologia – 5º 
semestre matutino. 
Professores: Ezequiel e Priscila 
 
 
 
 
 
 
SOROCABA 
2021 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO................................................................................................ 3 
2. PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA ............................................................... 5 
2.1. Tipos de Receituários ..................................................................................... 6 
2.1.1. Receituário simples: cor branca...................................................................... 6 
2.1.2. Receituário de controle especial: cor branca, duas vias ................................. 7 
2.1.3. Notificação de receita ..................................................................................... 7 
2.2. Prescrição Medicamentosa na Odontopediatria ............................................. 8 
2.2.1. Formulas para cálculo de dose ideal .............................................................. 9 
2.3. Prescrição Medicamentosa ao Idoso ............................................................ 11 
2.4. Doenças sistêmicas ...................................................................................... 12 
2.4.1. Profilaxia Antibiótica ..................................................................................... 14 
3. CONCLUSÃO ............................................................................................... 16 
4. REFERENCIAS ............................................................................................ 17 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
A rotina do atendimento odontológico requer muitas vezes o uso de fármacos 
pelos cirurgiões-dentistas (CD) visando à prevenção ou controle da dor, do processo 
inflamatório, da ansiedade ou ainda para evitar ou combater processos infecciosos ou 
outras doenças que afetam a saúde da boca ou dos dentes. Para que isso aconteça, 
o profissional precisa estar apto a prescrever de maneira correta os medicamentos. 
Dessa forma, é necessário um conhecimento prévio em farmacologia e um 
diagnóstico preciso da doença a ser tratada. A prescrição medicamentosa é um ato 
que depende de amplo conjunto de fatores, podendo resultar em diferentes formas. 
A prescrição é um processo clínico individualizado. É o ato de indicar um ou 
mais medicamentos para ser administrado ou ser usado pelo paciente de acordo com 
o seu caso, respeitando a dose adequada do fármaco e a duração do tratamento. Os 
padrões de prescrição podem ser influenciados por fatores sociais, culturais, 
econômicos e de ordem sistema. 
As classes de medicamentos utilizadas na odontologia são bem abrangentes, 
onde há várias especialidades e diversas práticas complementares. Assim, o CD, 
possui competência legal e técnica para prescrever antibióticos, anti-inflamatórios 
esteroides e não esteroides, analgésicos opioides e não opioides, anestésicos locais 
e gerais, medicamentos utilizados no controle de medo e ansiedade, de hiposalivação 
e hipersalivação, controle de sangramento, antifúngicos e antivirais, entre outros. 
Diversos estudos mostram que mais da metade das consultas resultam em 
prescrição medicamentosa, e em menos de um terço das consultas é questionado 
sobre reações alérgicas e a utilização de outros medicamentos. Também se observa 
que nas consultas é pouco informado aos pacientes sobre possíveis reações adversas 
ou interações medicamentosas. 
Sendo assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) sugere seis etapas para 
o processo de prescrição racional de medicamentos, sendo elas: 
1ª etapa: o profissional de saúde deve coletar 
informações do paciente, investigar e interpretar seus sinais e 
sintomas, para realizar o diagnóstico. 2ª etapa: a partir do 
diagnóstico, o profissional de saúde deve especificar os 
objetivos terapêuticos. 3ª etapa: selecionar o tratamento que 
considerar mais eficaz e seguro para aquele paciente. 4ª etapa: 
o ato da prescrição pode conter medidas medicamentosas e/ou 
medidas não medicamentosas que muitas vezes contribuem 
sobremaneira para a melhoria das condições de saúde do 
paciente. Condutas medicamentosas ou não devem constar de 
forma compreensível e detalhada na prescrição para facilitar 
4 
 
dispensação do medicamento e uso pelo paciente. 5ª etapa: 
após escrever a prescrição, o profissional deve informar o 
paciente sobre a terapêutica selecionada. 6ª etapa: combinar 
reconsulta para monitoramento do tratamento proposto. (OMS, 
1998, apud CRO-SP, 2018, p. 16) 
 
5 
 
 
2. PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA 
A prescrição deve ser escrita sem rasura, por extenso e legível, utilizando tinta 
(digitada ou manuscrita) e de acordo com nomenclatura e sistema de pesos e medidas 
oficiais. 
Onde deve constar nome do medicamento e quantidade total, de acordo com a 
dose e duração do tratamento. Qual será a via de administração (oral, interna, externa, 
etc.), os cuidados (deglutição, guardar em geladeira ou não, etc.) e os horários de 
intervalo entre sua administração. 
Ao CD cabe seguir a regulamentação presente na Lei 5.081, de 24 de agosto 
de 1966, a qual determina, no artigo 6, nos seguintes incisos: 
“I - praticar todos os atos pertinentes a Odontologia, 
decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso regular ou 
em cursos de pós-graduação; II - prescrever e aplicar 
especialidades farmacêuticas de uso interno e externo, 
indicadas em Odontologia; [...] VIII - prescrever e aplicar 
medicação de urgência no caso de acidentes graves que 
comprometam a vida e a saúde do paciente. ” (BRASIL, 1966) 
Sendo definido também segundo a Portaria SVS/MS nº. 344, de maio de 1998, 
no artigo 38 e 55 § 1º, que o CD pode prescrever medicamentos e/ou substancias 
sujeitas ao controle especial somente para uso odontológico. Sendo vedado ao CD a 
prescrição medicamentosa para tratamentos de agravos que não sejam da 
competência odontológica, sendo tal atitude caracterizada como exercício ilegal e está 
sujeita às penalidades da lei. 
Sendo assim, segundo essa portaria compete ao CD a prescrição tanto na 
Notificação de Receita Tipo “A” (amarela) e Notificação de Receita Tipo “B” (azul), 
como na Receita de Controle Especial, devendo seguir a classificação dos 
medicamentos que são divididos por listas, quais são frequentemente revisadas e 
atualizadas. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html
6 
 
2.1. Tipos de Receituários 
2.1.1. Receituário simples: cor branca 
É utilizado para prescrição de medicamentos anódinos (paliativos) e de 
medicamento de tarja vermelha, com os dizeres venda sob prescrição médica. Como 
por exemplo, os medicamentos comumente prescritos pelo CD, analgésicos e anti-
inflamatórios, são prescritos neste tipo de receita. Sendo que até mesmo os 
dentifrícios e colutorios, principalmente os fluoretados, devem ser prescritos com 
instruções de alerta ao paciente sobre o seu uso inadequado. 
Este tipo de receita também pode ser utilizado para prescrição de 
medicamentos de uso continuo, mas limitado ao uso por 60 dias, sendo que esse 
prazo foi alterado para tempo indeterminadoenquanto durarem as medidas de 
contenção da pandemia Covid-19, segundo a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020. 
Obrigatoriamente a prescrição deve conter: 
 Identificação profissional ou da clinica 
 Cabeçalho 
Dados do paciente que a receita está sendo desinada – nome completo 
do paciente. 
 Corpo 
Via ou uso de aplicação: uso interno, uso externo, uso tópico, uso 
colutório, uso intramuscular, uso endovenosa 
Nome comercial do medicamento ou seu principuo ativo (nome generico) 
– deve ser escrito de forma clara, sem codigos ou siglas. 
Concentração – mg, gr, ml, etc. 
Forma de apresentação ou forma farmaceutica - comprimidos, drágeas, 
cápsulas, solução, frasco, ampola, etc 
Quantidade que será utilizado - nº de caixas, nº de frascos, nº de 
cápsulas, comprimidos ou drágeas, etc. 
Forma de utilização e posologia – modo de utilização e qual duração do 
tratamento (quanto tempo de utilização do medicamento, frequencia e 
quantidade por dia da utlização) 
7 
 
Orientaçoes pos-uso – como por exemplo, nao ingerir, não enxaguar, 
não esfregar, etc) 
 Rodapé 
Local, data e assinatura seguida do nº de inscrição no conselho regional 
da classe do profissional responsável e carimbo sob assinatura 
Sendo importante para evitar adulteração da receita, fazer um risco entre a 
última frase de orientação e a data/assinatura do profissional. 
2.1.2. Receituário de controle especial: cor branca, duas vias 
Segue a mesma ordem de montagem da receita simples, mas com a diferença 
que essa obrigatoriamente deve ser feita em 2 vias, sendo uma via do paciente e outra 
via que ficará retida na farmácia. 
Utilizado para receitar substancias controladas ou sujeitas a controle especial, 
sendo essas substancias com ação no sistema nervosa central e capazes de causar 
dependência física ou psíquica. 
Ou também substancias para controle de dor utilizadas na odontologia, como 
analgésicos de ação central (codeína, tramadol e dextropropoxifeno que constam na 
lista A2, mas em dosagens inferiores a 100mg), antidepressivos tricíclicos, 
pertencentes à lista C1, utilizados no tratamento de dores neurogênicas e costumam 
ser prescritas em dosagens inferiores às usadas com ação antidepressiva (ex: 
amitriptilina, clomipramina, nortriptilina e imipramina) e ainda pertencente a lista C1 a 
gabapentina utilizado para tratamento do bruxismo associada às desordens da ATM 
(Articulação Têmporo Mandibular) e medicamentos inibidores da COX-2 (celecoxibe, 
eterocoxibe e lumiracoxibe) empregados como medicação pré e pós-operatória em 
intervenções odontológicas e no tratamento da dor em quadros inflamatórios agudos. 
2.1.3. Notificação de receita 
É um documento padronizado utilizado para medicamentos sujeitos a controle 
dos Serviços de Vigilância Sanitária, sendo eles notificação de receita tipo “A” ou tipo 
“B”. Sendo que essa notificação possui limites de dias para duração do medicamento 
8 
 
durante o tratamento, porém em prescrições realizadas pelo CD essa limitação não 
causa nenhum problema, pois as prescrições são feitas para curtos períodos de uso. 
Vale ressaltar que a notificação não tem nenhum valor se não estiver 
acompanhada de uma receita comum que contenha todas as orientações e cuidados 
referentes ao uso do medicamento. 
2.1.3.1. Notificação de receita tipo “A” – cor amarela 
São utilizadas pelo CD para medicamentos relacionados a lista A1 
(entorpecentes) ou lista A2 (psicotrópicos), com validade de 30 dias após sua 
prescrição, aceita em todo o território Nacional. Este tipo de receita possui limite 
máximo quanto a quantidade do mesmo medicamento prescrito, como por exemplo, 
medicamentos injetáveis limitado a 5 ampolas e também o tempo de tratamento 
limitado a 30 dias. 
2.1.3.2. Notificação de receita tipo “B” – cor azul 
Utilizada pelo CD para medicamentos relacionados na lista B1 (psicotrópicos), 
sendo os benzodiazepínicos os medicamentos mais comuns utilizados na odontologia 
para controle de ansiedade. 
A notificação tipo “B” possui validade de 30 dias após sua prescrição, porem só 
é válida no estado emitente. Sendo também limitada a quantidade máxima de 
medicamentos, igual a receita tipo “A”, com diferença de limite de tempo de tratamento 
para 60 dias. 
2.2. Prescrição Medicamentosa na Odontopediatria 
Nas crianças os órgãos ainda estão em fase de formação, por isso são mais 
suscetíveis aos efeitos adversos, dos medicamentos, principalmente aqueles que são 
novos no mercado, é importante lembrar que a resposta das crianças aos 
medicamentos é condicionada por fatores como: idade, tamanho, peso corporal, 
estágio de desenvolvimento, estado nutricional administração com outros 
medicamentos, horário da administração e doenças pré-existentes, na pediatria deve 
necessidade de ajuste na dose, sendo que a posologia deve ser calculada, com base 
9 
 
no peso ou superfície corporal da criança, já que não existe dose infantil padronizada. 
No receituário é importante constar o peso do paciente, pois a maioria dos 
medicamentos é receitado por miligramas por quilo. 
Alguns compostos podem alterar o crescimento e o desenvolvimento, como 
exemplo temos tetraciclinas, que afetam os tecidos dentários e ósseo e os 
corticosteroides que desaceleram o crescimento linear, as crianças que fazem 
tratamento com tetraciclinas podem apresentar pigmentação castanha permanente 
nos dentes, e isso está relacionado com a dose administrada e o peso da criança. 
Tetraciclina é um grupo de antibióticos naturais ou semi-sintéticos usados no 
tratamento de um amplo espectro de bactérias, como Gram- negativas quando Gram-
positivas, não funciona em vírus. 
A escolha do medicamento a ser indicado a criança, baseia se no seu 
desenvolvimento, na suas capacidades como deglutir comprimidos e drágeas, por isso 
na maioria das vezes dás vezes se acaba optando pelo medicamento líquidos e mais 
concentrados que podem ser administradas em menor volume, o sabor também é um 
fator a contribuir, contudo deve se ter cuidado com o xarope, pois o xarope contém 
em sua composição o açúcar deve ser administrado com muita cautela em crianças 
com suscetibilidade a diabéticas mellitus, o frasco deve ser agitado antes do uso. 
2.2.1. Formulas para cálculo de dose ideal 
Para se calcular a dose ideal para cada criança, podem-se utilizar as seguintes 
fórmulas: 
a) Superfície corporal: 
Superfície corporal= 
𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑥 4 +7
𝑝𝑒𝑠𝑜+90
 
Dose pediátrica= 
dose do adulto x superfície corporal da criança 
superfície corporal do adulto (1,73 m2)
 
b) Peso corporal: 
Regra de Clark (<30 kg) 
10 
 
Dose pediátrica= 
dose do adulto x peso (kg) 
70 kg
 
c) Idade 
Regra de Law (<01 ano de idade) 
Dose pediatrica= 
dose do adulto x idade da criança (meses) 
150
 
d) formula de young (01 a 12 anos de idade) 
Dose pediátrica= 
dose do adulto x idade da criança (anos)
idade da criança + 12
 
Contudo não se deve basear a dosagem apenas na idade da criança, pois 
existe variação de peso, em crianças da mesma faixa etária, sendo assim a melhor 
formula seria da superfície corpórea, entretanto essas formulas não são precisas pois 
os cálculos baseados na idade ou no peso são conservadores e tendem a subestimar 
a dose necessária. Desse modo não se deve utilizar a dose pediátrica se o fabricante 
fornecer. 
2.2.1.1. Tipos de medicamentos mais indicados para crianças 
Analgésicos: o paracetamol em gotas é o mais indicado para crianças, pois 
pode ser utilizado com segurança no tratamento de dor e apresenta menor toxicidade 
para o trato gastrintestinal, rins sistema e sistema hematológico. 
Antibióticos: as penicilinas são os antibióticos mais utilizados, por serem 
relativamente seguros, altamente eficazes e possuírem um espectro de atividade que 
inclui os microrganismos mais comuns, por isso são os antibióticos de primeira 
escolha na Odontopediatria e em casos de hipersensibilidade podem ser substituídospela eritromicina e azitromicina. 
Anti-inflamatórios: o ibuprofeno pode ser indicado para pacientes infantis, pois 
esse medicamento já foi administrado a milhares de criança, com resultados 
satisfatórios e também por ter uma boa duração e um preço acessível. 
11 
 
Para que a prescrição medicamentosa tenha uma boa eficácia na 
Odontopediatria, deve-se escolher o esquema terapêutico mais simples possível, é 
imprescindível que se explique de forma detalhada aos responsáveis, quando possível 
própria criança, informando horários e modo de administração do medicamento. 
2.3. Prescrição Medicamentosa ao Idoso 
Considerando-se as diferenças fisiológicas, patológicas e psicológicas 
decorrentes do processo de envelhecimento, é imprescindível atentarmos para 
algumas questões durante os procedimentos odontológicos. 
A anamnese deve ser eficiente para que possamos reconhecer as alterações 
sistêmicas e prevenirmos complicações, é necessário conhecer as condições físicas 
e psicológicas do paciente idoso para melhor planejar seu tratamento, fazendo 
esquemas de posologia claros e simples para facilitar a compreensão e a adesão do 
tratamento. 
É bastante comum que pacientes da terceira idade apresentem dificuldades de 
adesão à terapia medicamentosa. Omissão, erros de administração ou prescrição, 
superdosagens acidentais ou mesmo intencionais não são casos raros no tratamento 
de idosos. Essa dificuldade em seguir o tratamento proposto pode ser resultado do 
uso de várias drogas, dificuldades de atenção e memória, problemas na visão e 
audição e menor compreensão de instruções orais e escritas. 
Os medicamentos utilizados em Odontologia para a prevenção da dor, da 
inflamação e do controle das infecções de origem Odontologia sempre devem estar 
acompanhados de outros cuidados adicionais como, por exemplo: evitar uso de 
medicação não necessária, iniciar tratamento com medicamentos utilizando doses 
inferiores àquelas indicadas aos pacientes mais jovens, utilizar medicamento de 
menor toxicidade, facilitar a posologia dos medicamentos, definir o tempo de 
tratamento, sempre procurar saber com detalhes os possíveis efeitos colaterais do 
medicamento e eventuais reações adversas, reavaliar o paciente em períodos 
predeterminados após o procedimento clínico. 
12 
 
2.3.1.1. Tipos de medicamentos mais indicados para idosos 
Analgésicos: A Dipirona sódica e o Paracetamol para os casos de dor, nas 
doses usuais de 500 mg, em intervalos de seis horas, por período máximo de 24 horas 
devem ser as principais opções. Estes medicamentos também são indicados em febre 
e espasmos como antipirético e antiespasmódico 
Anti-inflamatórios: Indicada para o controle da dor inflamatória aguda em 
paciente idosos, deve ser conduzida de forma bastante cuidadosa e interdisciplinada. 
Assim como os analgésicos o grupo dos Anti-inflamatórios não esteroidais são os 
medicamentos mais prescritos aos idosos na Atenção Básica para o controle da dor e 
da inflamação, geralmente de origem crônica 
Devemos sempre considerar que estes pacientes apresentam baixa resistência 
ao estresse, susceptibilidade a infecção, principalmente naqueles que tomam 
corticoides e apresentam alterações sistêmicas (ex: diabetes), hipotensão postural 
naqueles que tomam anti-hipertensivos e alterações de coagulação naquele que 
utilizam anticoagulantes, por exemplo. 
 Portanto, ter uma visão do paciente como um todo, saber de suas patologias 
e dos medicamentos que estão fazendo uso e estar bem familiarizado com a 
farmacologia é muito importante para realizar um tratamento odontológico com 
sucesso em idosos. 
Conhecer o paciente geriátrico como um todo e não somente sua boca é de 
extrema importância para o cirurgião-dentista que se propõe a atender indivíduos 
desta faixa etária. Noções de fisiopatologia, das condições crônicas que acometem 
esses pacientes e da farmacologia das drogas utilizadas são úteis ao profissional, uma 
vez que o número de idosos vem crescendo em todo o mundo, acarretando um 
aumento na demanda odontológica dessa parcela da população. 
2.4. Doenças sistêmicas 
As doenças sistémicas são um conjunto de patologias que afetam uma série 
de órgãos ou tecidos e que têm impacto no organismo no seu todo. 
13 
 
As doenças sistémicas manifestam-se, normalmente, através de diversos 
sinais e sintomas. No que respeita à nossa boca, as manifestações mais frequentes 
destas doenças são as lesões da mucosa oral, da língua, gengiva, dentição, lesões 
periodontais e das glândulas salivares. Um exame cuidado da cavidade oral é o 
melhor método de diagnóstico. 
Você já deve ter se perguntado: “O que são doenças sistêmicas? Por que o 
dentista faz tantas perguntas em relação à minha saúde geral? Qual a relação entre 
minha saúde sistêmica e minha boca?”. 
Pois então, existe uma correlação entre a sua saúde sistêmica e a sua boca. A 
saúde bucal está interligada com todo o corpo. Por isso é necessário investigar quanto 
à existência de doenças sistêmicas – doenças que afetam o corpo humano como um 
todo. Desta forma, no momento do atendimento odontológico, é importante que o 
cirurgião dentista saiba dessas informações. Isso o ajudará na definição do tratamento 
mais adequado para cada pessoa. 
Entre as doenças sistêmicas podemos citar hipertensão arterial, diabetes, 
câncer, entre outras. 
Pacientes que apresentam hipertensão arterial, controlada ou não, e outros 
problemas no coração, devem sempre informar ao cirurgião dentista. 
Vamos imaginar que um paciente necessite fazer uma cirurgia. Se ele não é 
um paciente controlado, provavelmente sua pressão estará alta e, com a aplicação da 
anestésico local, essa pressão pode ficar ainda mais elevada, causando outros 
problemas para ele. Se a pressão está controlada, o dentista deve saber qual o 
medicamento que o paciente tem utilizado, pois medicamentos que alteram a 
coagulação, como o Ácido Acetil Salicílico – AAS, podem causar uma hemorragia 
durante e/ou após a cirurgia. Além disso, pacientes que apresentam alguma 
cardiopatia ou histórico de cirurgia cardíaca, também devem relatar ao cirurgião 
dentista. Nesses casos, pode ser necessária a prescrição de medicamentos pré-
operatórios ou profilaxia antibiótica. 
14 
 
2.4.1. Profilaxia Antibiótica 
Profilaxia antibiótica serve para prevenção da infecção local. Existem 
procedimentos odontológicos que empregam o uso de antibióticos sem a presença 
clínica de infecção, para prevenir a colonização bacteriana. 
A profilaxia antibiótica tem como principal objetivo a prevenção da endocardite 
infecciosa, envolvendo geralmente valvas cardíacas, infecção esta causada 
normalmente pelo streptococos viridans, encontrado em grande quantidade na 
cavidade bucal. 
Determinados procedimentos podem causar uma bacteremia transitória 
suficiente para causar endocardite. 
Para realizar uma profilaxia antibiótica devemos ter um paciente com uma 
alteração sistêmica que o torne susceptível, simultaneamente com a execução de 
procedimentos odontológicos invasivos. 
Situações sistêmicas para indicação de profilaxia antibiótica: 
 Valvas cardiacas protéticas 
 Endocardite bacteriana previa 
 Doença cardíaca congenita cianótica 
 Disfunção valvar 
 Prolapso de valva mitral 
 Cardiomiopatia hipertrófica 
 Febre reumática com disfunção valvar 
Procedimentos odontológicos nos pacientes de risco que necessitam de 
profilaxia antibiótica: 
 Exodontias, cirurgias e instalação de implantes 
 Procedimentos periodontais invasivos, tais como, cirurgias, raspagem 
sub gengival com polimento radicular (manual ou com ultrassom) 
 Reimplantes dentais 
 Instrumentação endodontica 
 Colocação de bandas ortodonticas 
 Aplicação de anestésico local pela tecnica intraligamentar 
 Procedimentos com expectativas de sangramento 
Conduta profilática 
15 
 
 Pacientes não alérgicos aos derivados da Penicilina 
 Adultos: Amoxicilinacap. 500mg – Tomar 2 gramas 01h antes do 
procedimento. 
 Crianças: Amoxicilina susp. 250mg – Tomar 50mg/Kg em dose única 
01h antes do procedimento. 
 Pacientes alérgicos aos derivados da Penicilina 
 Adultos: Clindamicina comp. 300mg – Tomar 600mg 01h antes do 
procedimento. 
 Azitromicina susp 200mg – Tomar 15mg/kg em dose única 01h antes 
do procedimento. 
 
16 
 
3. CONCLUSÃO 
Para um tratamento odontológico eficaz e uma correta prescrição 
medicamentosa é imprescindível a realização de uma anamnese completa e bem 
detalhada. 
A prescrição medicamentosa é necessária ser feita de forma clara e legível para 
que o paciente e farmacêutico entendam corretamente o que está sendo prescrito, e 
bem detalhada com relação a horários e forma que o medicamento deverá ser tomado, 
pois quanto mais detalhada as informações de uso ao paciente melhor será sua 
compreensão e correta recuperação e prevenção de futuras condições problemáticas. 
Sendo que o profissional deve explicar ao paciente detalhadamente o que está sendo 
prescrito, os benefícios e problemas associados ao uso do medicamento, qual a 
duração do tratamento, forma correta de armazenamento e descarte. Faz parta 
também da prescrição o estímulo à adesão ao tratamento, entendida como a etapa 
final do uso racional de medicamentos. 
 
17 
 
4. REFERENCIAS 
BRASIL. Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Portaria nº 344 
de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e 
medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União, Brasília, 1º fev. 
99. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/1998/prt0344_12_05_1998_rep.html. 
Acesso em: 15 abr. 2021 
 
BRASIL. Lei Federal Nº 5.081, de 24 de agosto de 1966. Publicada no DOU de 
26.8.66. Retificada em 1º/9/66 e 16/6/67 Regula o Exercício da Odontologia. 
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5081.htm. Acesso em: 15 
abr. 2021 
 
CARMO, Elaine Dias et al. Prescrição medicamentosa em odontopediatria. 
Revista Odontologia UNESP, Araraquara, v. 38, n. 4, p. 256-62, jul./ago. 2009. 
Disponível em: 
https://www.revodontolunesp.com.br/article/588018937f8c9d0a098b4cee/pdf/rou-38-
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