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trabalho de psiquiatria

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TRABALHO 
DE 
PSIQUIATRIA
Aluna :Luciana de Oliveira
Prof:Dayse
Turma:26
Introdução:
Transtorno de Humor
O que é Transtorno de Humor
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno de Ansiedade
O que é Transtorno de Ansiedade
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno Esquizofrênico
O que é Transtorno Esquizofrênico
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno do Delirium
O que é Transtorno do Delirium
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno Bipolar
O que é Transtorno Bipolar
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno do Toc
O que é Transtorno do Toc
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno Borderline
O que é Transtorno Borderline
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno Dissociativo
O que é Transtorno Dissociativo
Sinais e Sintomas
Tratamento
Diagnóstico
Assistência de Enfermagem
Medicamentos Utilizados
Transtorno de Humor:
O que é o Transtorno de Humor:
Os transtornos do humor ou transtornos afetivos são caracterizados por alterações do humor no indivíduo, sendo comuns mudanças de caráter emocional onde existem períodos de intensa tristeza como a depressão, ou de grande euforia.
Geralmente, esse tipo de transtorno vem acompanhado por diversos sintomas que se apresentam em situações estressantes da vida do sujeito.
Existem vários tipos de transtornos de humor, como a depressão, transtorno bipolar, transtorno esquizoafetivo, ciclotimia e transtorno depressivo persistente. 
Geralmente, é diagnosticada quando possui tristeza ou euforia em sua forma persistente e intensa, associados a sintomas diversos causando prejuízos na área física, mental e social.
O transtorno de humor também pode ser chamado de transtorno afetivo, ele acontece quando existem alterações do humor onde ocorrem períodos de tristeza ou euforia constantes e que aparecem de forma excessiva, entre os principais sintomas, estão a variação de humor, ou afeto incluindo-se também os de ordem comportamentais, sentimentais e de pensamento.
Quais são os tipos de transtorno de humor?
Os tipos mais comuns são o transtorno afetivo bipolar, episódio depressivo e o transtorno depressivo recorrente que podem ser leve, moderado, grave, grave sem sintomas psicóticos e grave com sintomas psicóticos, e os transtornos persistentes do humor (afetivos) que incluem a ciclotimia e a distimia.
O transtorno afetivo bipolar é uma alteração de humor onde o indivíduo pode apresentar períodos depressivos ou obsessivos, os fatores de risco incluem o histórico familiar, ter idade entre 15 e 25 anos, uso abusivo de substâncias psicoativas, experiencias traumáticas e nível elevado de estresse.
No episódio depressivo a pessoa tem humor deprimido, perde o interesse, prazer e energia em atividades antes prazerosas.
O transtorno depressivo recorrente tem como características períodos prolongados de depressão e dependem da idade do início, frequência, gravidade e duração e possuem causas variáveis.
Dos transtornos persistentes do humor (afetivos) a ciclotimia é uma instabilidade no humor que tem relação com a depressão, esse tipo de instabilidade frequentemente se desenvolve no início da fase adulta.
Já a distimia é um tipo de depressão que se apresenta em seu estado crônico de humor.
Transtorno de humor e esquizofrenia
Os transtornos de humor são caracterizados por excessivas alterações no humor do indivíduo apresentando assim variados sintomas, mais entre os principais que o caracterizam estão episódios de grande instabilidade como depressão ou euforia.
A esquizofrenia é um transtorno mental crônico grave caracterizado por alterações do pensamento e da percepção, onde o indivíduo perde a noção de realidade e apresenta como principais sintomas o delírio, alucinação, tristeza constante, isolamento social e dificuldade de concentração. 
Existem quatro tipos de esquizofrenia, são elas a paranóide, hebefrênica, catatônica e indiferenciada.
A esquizofrenia paranóide é a mais comum de ocorrer, os sintomas incluem delírios como o de perseguição e alucinação auditiva ou visual. 
A esquizofrenia hebefrênica também pode ser chamada de desorganizada, ela é caracterizada por comportamentos primitivos, inadequados e irresponsáveis, o afeto é superficial, onde o indivíduo pode fazer risadinhas ou sorrisos de auto-satisfação.
Na catatônica acontecem perturbações psicomotoras como paralisia, excitação e posturas ou atitudes forçadas.
A indiferenciada acontece quando a pessoa apresenta os sintomas relacionados a esquizofrenia e mesmo assim, a pessoa não se encaixa nos subtipos dela.
Os transtornos de humor e a esquizofrenia possuem sintomas parecidos, e por conta disso, elas podem ser confundidas. 
Existem indivíduos que podem apresentar tanto os sintomas dos transtornos do humor, quanto os de esquizofrenia, sendo chamado de transtorno esquizoafetivo, onde o seu tratamento é feito com terapia, medicações e ajuda da família.
Sinais e Sintomas:
Quais os sintomas do transtorno de humor?
Existem vários tipos de transtornos de humor como o transtorno afetivo bipolar, episódio depressivo, transtorno depressivo recorrente e os transtornos persistentes do humor como a distimia e ciclotimia. 
Desta forma, se encontram presentes alterações de ordem emocional, comportamental e de pensamento.
Tratamento:
Como tratar o transtorno de humor?
Os transtornos de humor não possuem cura, mais podem ser controlados e tratados.
O devido tratamento é feito através de terapia e medicamentos, frequentemente, é preciso tratar esse tipo de alteração por toda a vida.
A psicoeducação, a terapia cognitivo comportamental, terapia familiar, grupos de apoio, mudanças no estilo de vida e fim do uso de substâncias psicoativas também se constituem como formas de tratar o transtorno de humor.
A psicoterapia tem o foco na alteração dos comportamentos, emoções e pensamentos que possuem relação com o transtorno.
Sobre as medicações, somente o médico vai poder prescrever o medicamento certo, a dosagem e a duração de uso do medicamento.
Já na psicoeducação, o indivíduo passa por uma intervenção terapêutica que tem como objetivo educar e ensinar o paciente em relação ao seu transtorno, promovendo mudanças através do autoconhecimento.
Diagnóstico:
Todas as pessoas em algum momento da vida, ou em seu cotidiano podem apresentar alterações de humor devido a fatores externos ou internos, porém esses comportamentos não necessariamente podem ser considerados como sendo transtornos de humor.
O comportamento das pessoas com transtornos de humor varia muito, pois cada tipo possui suas especificidades e alterações, entre os principais comportamentos estão em alguns casos o cansaço constante, desânimo diário ou felicidade extrema, comportamento sexual com muitos parceiros e gastos excessivos.
Geralmente, as alterações no comportamento na euforia acontecem de modo inesperado, onde o paciente não consegue perceber sua mudança ou culpabiliza alguma situação de sua vida. 
Os familiares e pessoas próprias, costumam não compreender essas mudanças repentinas de comportamento.
Antes de reconhecimento da doença, já aconteceram gastos exagerados, muitas dívidas ou brigas com o conjugue, familiares e estranhos, ou até mesmo teve comportamentos inadequados. 
Todos esses comportamentos podem acarretar problemas e prejuízos em casa, no trabalho, ou escola.
Uma pessoa com transtorno de humor, especificamente a que envolve a depressão, apresenta um grande risco de ter problemas como, incapacidade de realizar tarefas do cotidiano, perda de apetite, manter relacionamentos, pode desenvolver ansiedade extrema ou se tornar alcoólatra.
Assistência de Enfermagem:
Apoie o paciente em momentos difíceis. Mantenha os medicamentosna dose certa e no horário prescrito; Seja firme e tenha paciência.
Medicamentos Utilizados:
Quais são os medicamentos estabilizadores de humor?
Existem variados tipos de medicamentos utilizados no tratamento dos transtornos de humor, onde serão receitados de acordo com o estado em que o paciente se encontra. 
Os estabilizadores de humor são medicações importantes, logo só deve ser utilizados através de diagnóstico de algum tipo de transtorno de humor.
Os remédios estabilizadores de humor são essenciais para a prevenção dos sintomas do transtorno, eles também podem ser usados para tratar crises de mania e hipomania. 
Os transtornos de humor não têm cura, mais possuem tratamento e podem ser controlados, por meio de variadas formas como a terapia, psicoeducação, grupos de apoio, medicações receitadas pelo médico, mudanças no hábito de vida e abstinência de substâncias psicoativas também são maneiras de se tratar esse problema.
No tratamento com o uso de medicações se encontram os estabilizadores de humor como o Lítio, Valproato e a Carbamazepina. 
Esses medicamentos só podem ser receitados pelo médico, pois só através do diagnóstico da doença se pode saber qual indivíduo pode usar, e qual a dosagem certa.
Entre os transtornos de humor existe ainda o transtorno de humor afetivo não especificado, essa classificação é utilizada em último caso, quando não se consegue diagnosticar qual o tipo exato do indivíduo.
Existem três tipos de estabilizadores do humor eficazes, são eles o Lítio, Valproato e a Carbamazepina, cada um deles possuem ações químicas no organismo.
Se um deles não tiver eficácia no indivíduo ou tiver efeitos divergentes o médico pode optar por outro, ou fazer a combinação de dois em doses onde o paciente tenha uma melhor tolerância e o tratamento atinja a eficácia necessária.
Transtorno de Ansiedade:
O que é o Transtorno de Ansiedade:
A ansiedade é uma sensação de nervosismo, preocupação ou desconforto, sendo uma experiência humana normal. Ela também está presente em uma ampla gama de transtornos psiquiátricos, incluindo o transtorno de ansiedade generalizada, a síndrome do pânico e fobias. Apesar de essas doenças serem diferentes entre si, todas elas apresentam angústia e disfunção especificamente relacionadas à ansiedade e ao medo.
· Além de ansiedade, muitas vezes a pessoa também tem sintomas físicos, incluindo falta de ar, tontura, sudorese, batimentos cardíacos rápidos e/ou tremor.
· Com frequência, os transtornos de ansiedade modificam de maneira significativa o comportamento diário, incluindo fazer com que a pessoa evite determinadas coisas e situações.
· Esses transtornos são diagnosticados com base em critérios específicos definidos.
· A maioria das pessoas pode ser substancialmente beneficiada por tratamentos medicamentosos, psicoterápicos ou ambos.
A ansiedade é uma reação normal a uma ameaça ou a um estresse psicológico. A ansiedade normal tem sua raiz no medo e desempenha um importante papel na sobrevivência. Quando uma pessoa se vê perante uma situação perigosa, a ansiedade desencadeia uma resposta de luta ou fuga. Com essa resposta, entra em curso uma variedade de alterações físicas, como uma maior irrigação sanguínea para o coração e para os músculos para proporcionar ao corpo a energia e a força necessárias para enfrentar situações de risco à vida, como fugir de um animal agressivo ou enfrentar um agressor.
No entanto, a ansiedade é considerada um transtorno quando
· Ocorre em momentos indevidos
· Ocorre com frequência
· É tão intensa e duradoura que interfere com as atividades normais da pessoa
Os transtornos de ansiedade são o tipo mais frequente de transtorno de saúde mental e atingem aproximadamente 15% dos adultos nos Estados Unidos. A ansiedade significativa pode persistir vários anos e a pessoa com a ansiedade começa a acreditar que isso é normal. Por essa e outras razões, os transtornos de ansiedade muitas vezes não são diagnosticados ou tratados.
Os transtornos de ansiedade incluem
Transtorno de ansiedade generalizada
Ataques de pânico e síndrome do pânico 
Transtornos fóbicos específicos
A angústia mental que ocorre imediatamente ou logo após vivenciar ou testemunhar um evento extremamente traumático não é mais classificada como um transtorno de ansiedade. Atualmente, esses transtornos são classificados como Considerações gerais sobre transtornos relacionados a trauma e a estresse e incluem Transtorno de estresse agudo, Transtorno de adaptação e Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Sinais e Sintomas:
A ansiedade pode surgir subitamente, como se fosse uma crise de pânico, ou gradualmente no decurso de minutos, horas ou dias. A duração da ansiedade pode variar muito, de alguns segundos a vários anos. Pode haver variação de intensidade, desde uma angústia quase imperceptível até um ataque de pânico muito grave, durante o qual a pessoa pode sentir falta de ar, tontura, aumento da frequência cardíaca e agitações (tremor).
Os transtornos de ansiedade podem ser muito angustiantes e interferir na vida da pessoa a ponto de causar depressão. É possível que a pessoa venha a ter um transtorno por uso de substâncias. A pessoa com transtornos de ansiedade (exceto no caso de fobias muito específicas, como o medo de aranha) tem, no mínimo, duas vezes mais propensão a ter depressão que as pessoas que não têm transtornos de ansiedade. Algumas pessoas com depressão desenvolvem um transtorno de ansiedade.
Tratamento:
· Tratamento da causa, caso seja adequado
· Psicoterapia
· Farmacoterapia
· Tratamento de outros distúrbios ativos
O estabelecimento de um diagnóstico preciso é importante, uma vez que os tratamentos diferem de acordo com o tipo de transtorno de ansiedade. Além disso, os transtornos de ansiedade devem ser diferenciados da ansiedade que ocorre em muitos outros transtornos de saúde mental, que envolvem diferentes abordagens de tratamento.
Se a causa for outro problema de saúde ou um medicamento ou droga, o médico tem por meta corrigir a causa em vez de tratar os sintomas de ansiedade. A ansiedade deve diminuir depois de a doença física ser tratada ou após o uso do medicamento ou droga ter sido interrompido por tempo suficiente para que todos os sintomas de abstinência tenham desaparecido. Se a ansiedade permanecer, podem ser utilizados medicamentos ansiolíticos ou psicoterapia (como terapia comportamental).
No caso de pessoas que estão em estado terminal, determinados analgésicos fortes, como a morfina, podem melhorar tanto a dor como a ansiedade.
Caso um transtorno de ansiedade seja diagnosticado, a farmacoterapia ou psicoterapia (por exemplo, a terapia comportamental), isoladamente ou combinadas, conseguem melhorar significativamente a angústia e a disfunção na maioria das pessoas. Os benzodiazepínicos (por exemplo, o diazepam) costumam ser receitados para tratar a ansiedade aguda. Os antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs), funcionam tão bem para transtornos de ansiedade quanto para a depressão para muitas pessoas. Os tratamentos específicos dependem de qual transtorno de ansiedade é diagnosticado.
Todos os transtornos de ansiedade podem ocorrer juntamente com outros problemas psiquiátricos. Por exemplo, muitas vezes, os transtornos de ansiedade ocorrem juntamente com um transtorno por uso de álcool. É importante tratar todos esses problemas assim que possível. Tratar o transtorno por uso de álcool sem tratar a ansiedade provavelmente não será eficaz, uma vez que é possível que a pessoa esteja consumindo álcool para tratar a ansiedade. Por outro lado, tratar a ansiedade sem lidar com o transtorno alcoólico possivelmente será uma abordagem malsucedida, porque mudanças diárias na concentração de álcool no sangue podem causar uma oscilação nos níveis de ansiedade.
Diagnóstico:
· Avaliação de um médico com base em critérios específicos
Pode ser complicado decidir quando a ansiedade é grave o suficiente para ser considerada um transtorno. A capacidade de uma pessoa de suportar a ansiedade varia e pode ser difícildeterminar o que deve ser considerado como grau anormal de ansiedade. Normalmente, os médicos usam os seguintes critérios específicos estabelecidos:
· A ansiedade é muito angustiante.
· A ansiedade interfere com o desempenho de atividades.
· A ansiedade é duradoura ou fica voltando.
O médico procura por outros transtornos que podem estar causando a ansiedade, como depressão ou um distúrbio do sono. O médico também pergunta se a pessoa tem parentes que já tiveram sintomas semelhantes, porque os transtornos de ansiedade tendem a ser hereditários.
Os médicos também realizam um exame físico. Exames de sangue e outros exames podem ser feitos para verificar a presença de problemas de saúde que podem causar ansiedade.
Assistência de Enfermagem:
A assistência do enfermeiro no cuidado com o portador de transtorno de ansiedade é de suma importância no tratamento do paciente. As práticas para o cuidado destacam a maneira para que o paciente fale sobre seus sentimentos e angústia para desvendar as fontes de ansiedade.
Medicamentos Utilizados:
· Ansiolíticos: ajudam a amenizar os sintomas, mas não trabalha a causa do problema. Os ansiolíticos agem de muitas formas e isso está ligado com a atuação no sistema de neurotransmissão. Além disso, muitos desses remédios aliviam sintomas físicos em fases mais graves da doença e os níveis de hiperatividade cerebral.
· Antidepressivos: não causam tanta dependência no paciente e possuem uma forma de tratar mais amena, sem grandes riscos. Por isso, os mais indicados são os antidepressivos que atuam na serotonina.
· Antipsicóticos: podem ser muito bons no tratamento em momentos mais críticos, e assim como os ansiolíticos, não tratam a causa do problema, apenas aliviam sintomas emocionais e físicos.
Transtorno Esquizofrênico:
A Esquizofrenia é uma doença mental crônica, que não tem cura e deve ser tratada durante toda a vida do paciente para melhorar a sua qualidade de vida. O esquizofrênico tem dificuldades em interpretar a realidade e discernir o que é real e o que não é. Os sintomas da doença, além de prejudicar as relações interpessoais do paciente, também podem limitar a sua capacidade de executar atividades cotidianas.
O que é o Transtorno Esquizofrênico:
A Esquizofrenia é uma doença grave, que afeta dois milhões e meio de brasileiros e cerca de 100 milhões de pessoas em todo o mundo, o que corresponde a, aproximadamente, 1% da população.
Existem cinco tipos de Esquizofrenia que se baseiam na predominância dos sintomas apresentados por um paciente durante a sua avaliação médica. É importante ter em mente, no entanto, que a manifestação de sintomas é um processo fluido e, por isso, o tipo de Esquizofrenia de uma pessoa pode mudar durante o curso da doença.
Esquizofrenia paranoide
Os principais sintomas desse tipo de Esquizofrenia são as alucinações, delírios, sensação de perseguição e pensamentos sobre conspirações. Normalmente, as alucinações e os delírios giram em torno do mesmo tema e se mantêm consistentes ao longo do tempo.
O esquizofrênico paranoide também pode apresentar fala e escrita confusas, alterações no humor, mudanças na personalidade e desinteresse com a vida social, o que pode resultar em isolamento social.
Os pacientes, no entanto, nem sempre têm dificuldades em manter as suas atividades de rotina e relacionamentos estáveis com outras pessoas. As razões para isso ainda não são claras, mas é possível que uma das causas seja o fato de que os sintomas desse tipo costumam se manifestar mais tarde, quando a pessoa já conseguiu se estabelecer pessoal e profissionalmente. 
Esquizofrenia catatônica
Os sintomas predominantes nesse tipo da doença são os distúrbios do movimento. Os esquizofrênicos catatônicos podem apresentar considerável redução na execução de movimentos corporais, a ponto de a movimentação voluntária cessar completamente. Em outros casos, pode acontecer o contrário, quando os movimentos aumentam drasticamente.
Os pacientes também podem apresentar resistência para mudar a sua própria aparência, fazer movimentos repetitivos, deixar de participar de atividades produtivas na sua rotina e passar horas parados na mesma posição. Outros sintomas associados à esquizofrenia catatônica são o hábito de repetir as falas de outras pessoas ou imitar seus movimentos.
Esquizofrenia hebefrênica
A Esquizofrenia hebefrênica, também chamada de desorganizada, é caracterizada por um comportamento mais infantil, com respostas emocionais inadequadas e pensamentos incoerentes. Nesse tipo, as alucinações e os delírios são menos comuns, apesar de não serem sintomas excluídos dessa classificação.
Os esquizofrênicos hebefrênicos têm dificuldade em seguir processos e organizar pensamentos. Isso pode prejudicar a execução de tarefas simples de rotina, como escovar os dentes, tomar banho ou vestir-se. Esses pacientes também têm dificuldade em expressar sentimentos e comunicar-se, podem parecer emocionalmente instáveis e ter reações inapropriadas em diversas situações. 
Esquizofrenia residual
Esse tipo de Esquizofrenia é diagnosticado quando o paciente já não apresenta nenhum sintoma proeminente ou quando eles aparecem em baixa intensidade. Algumas alucinações e delírios ainda podem estar presentes, mas as suas manifestações costumam ser menos frequentes do que em fases anteriores da doença. 
Esquizofrenia indiferenciada
Quando um paciente tem sintomas de Esquizofrenia que ainda não estão completamente formados ou não são suficientemente específicos para serem classificados como nenhum dos outros tipos da doença, ele é classificado como esquizofrênico indiferenciado. Nesses casos, os sintomas podem variar em intensidade e frequência, causando incerteza na classificação exata da doença.
Entretanto, é preciso lembrar que os tipos de Esquizofrenia podem variar ao longo da vida de um paciente. Por isso, quem é diagnosticado com Esquizofrenia indiferenciada pode, com a evolução do quadro, ter o seu caso encaixado em outra categoria depois de algum tempo.
Sinais e Sintomas:
Entre os seus principais sintomas, estão alucinações, delírios, pensamentos incoerentes, dificuldade para expressar emoções, baixo funcionamento intelectual e agitação corporal. É comum que o esquizofrênico tenha percepções e reações desajustadas da realidade e, por isso, abandone as suas atividades de rotina e pare de demonstrar sentimentos compatíveis com os acontecimentos da sua vida. O paciente também pode sofrer com ideias de perseguição.
Tratamento:
O tratamento contra Esquizofrenia envolve um conjunto de medidas para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Para um tratamento mais efetivo, é importante que o diagnóstico seja feito precocemente por um médico psiquiatra. 
As medidas para tratar a doença podem incluir o uso de medicamentos, psicoterapia e hospitalização, caso seja necessário. O principal ponto do tratamento é a administração de remédios antipsicóticos. Eles devem ser usados de forma contínua, sempre sob prescrição psiquiátrica, com o objetivo de melhorar as crises e diminuir os sintomas.
Já a psicoterapia tem o intuito de ajudar o paciente em suas relações sociais e restabelecer seus pensamentos e respostas emocionais. Essa etapa pode ser feita de maneira individual ou em grupo. A hospitalização, por sua vez, nem sempre é necessária.
Para saber quando internar o paciente esquizofrênico, é necessário observar a evolução do quadro. Se as outras medidas se mostrarem ineficazes ou se o paciente apresentar crises graves ou sintomas severos, que comprometam o seu julgamento, a sua segurança ou a sua saúde, a internação é a melhor opção.
Diagnóstico:
A causa exata da esquizofrenia ainda é desconhecida na medicina, mas alguns estudos indicam que o desenvolvimento da doença está ligado a uma falha na produção de um neurotransmissor chamado dopamina, que molda comportamentos e emoções.
A esquizofrenia em crianças é rara e costuma se manifestar inicialmente em pessoas de 15 a 35 anos. Não existe um exame específico para o seu diagnóstico, que é feito por meio de avaliaçõesfísicas e psiquiátricas. É muito importante que esse procedimento seja feito por um especialista em psiquiatria.
Assistência de Enfermagem:
É importante o enfermeiro agir, avaliando e intervindo:
· Comunicação comprometida;
· Educação familiar sobre a esquizofrenia;
· Estratégias de adaptação da pessoa e da família;
· Compreensão sobre os recursos terapêuticos;
· Sobre os papeis existentes na família;
· Promovendo o envolvimento familiar;
· Avaliando a comunicação, relação, interação entre outras observações.
Orientação profissional
As intervenções de enfermagem podem facilitar os a transição que a pessoa vivencia numa situação de saúde/doença, quer seja pela via da redução dos sinais e sintomas ou contribuindo para sua ressocialização.
A pessoa em sofrimento psíquico que possui transtorno esquizofrênico, possui uma desorganização de pensamento, que pode alterar muito a sua rotina de vida, por tanto, é comum este ser tratado com austeridade pela sociedade.
Sabendo disso o enfermeiro deve:
· Dar atenção ao discurso do usuário sem julgamento;
· Manter expressão corporal adequada diante das queixas e discurso da pessoa;
· Avaliar as a necessidade de realizar falas de negação para a pessoa, verificando sempre a questão do vínculo e empatia relacionados;
· Caso haja necessidade de contenção física, espacial ou medicamentosa, explicar a pessoa a função terapêutica, nessa condição o usuário deve ser avaliado de 1 em 1 hora;
· Toda medicação administrada deve ser explicita e informada a pessoa com sofrimento psíquico;
· Avaliar as questões familiares da pessoa;
· Constituir projeto terapêutico singular ou imediato junto com a pessoa em sofrimento e se possível com a participação dos envolvidos;
· Avaliar a condição motora da pessoa, já que os antipsicóticos geram efeitos extrapiramidais, como: discinesia tardia, tremor, acatisia etc;
· Avaliar problemas relacionados a fala e a comunicação do usuário;
· Avaliar e intervir no processo de rescocialização do usuário;
· Estimular o usuário a fazer atividades terapeuticas;
Exames complementares
O exame psiquiátrico deve ser realizado constantemente, por modificação de comportamento ou discurso e diariamente pelos membros da equipe. Sempre deve ser realizada a discussão do caso de forma interdisciplinar.
Exames clínicos, encefalograma, tomografia entre outros, devem ser solicitados e avaliados para que psicoses de origem orgânicas não sejam confundidas com tais transtornos.
Dica do autor
A síndrome neuroléptica maligna, é a uma reação a toxidade a antipsicóticos, podendo ser relacionada ao bloqueio dos receptores dopaminérgicos, sendo também conhecida com síndrome da deficiência de dopamina.
Deve-se avaliar:
· Hiperpirexia;
· Alteração do nível de consciência;
· Distonia;
· Insuficiência respiratória;
· Possibilidade de rabdomiólise;
· Leucocitose.
A observação dos sinais e sintomas são importante para rápida intervenção.
Medicamentos Utilizados:
· Neurolépticos ou antipsicóticos típicos: os antipsicóticos típicos possuem alta possibilidade de gerar efeitos indesejados, já que sua toxidade é relevante e seus sintomas extrapiramidais são abruptos. Os mais conhecidos são o haloperidol e a cloridrato de clorpromazina;
· Neurolépticos atípicos: possuem menos efeitos extrapiramidais e são muito eficazes em relação aos sintomas negativos. Os mais conhecidos são clozapina, hemifumarato quetiapina, olanzapina e risperidona.
Transtorno do Delirium:
 O delirium é uma perturbação súbita, flutuante e geralmente reversível da função mental. É caracterizado por uma incapacidade de prestar atenção, desorientação, incapacidade de pensar com clareza e flutuações do nível de alerta(consciência).
· Muitas doenças, medicamentos e intoxicações podem causar delirium.
· Os médicos baseiam o diagnóstico nos sintomas e resultados de um exame físico, e eles utilizam exames de sangue, urina e de imagem para identificar a causa.
· A correção ou o tratamento imediato do quadro clínico que causa o delirium geralmente faz com que o mesmo seja curado.
(Consulte também Considerações gerais sobre delirium e demência).
O que é o Transtorno do Delirium:
O delirium é um estado mental anômalo, não uma doença. Apesar de o termo ter uma definição médica exata, utiliza-se, muitas vezes, para descrever qualquer tipo de confusão.
Embora o delirium e a demência afetem o pensamento, eles são diferentes.
· O delirium afeta principalmente a atenção e a demência afeta principalmente a memória.
· O delirium inicia-se repentinamente e frequentemente apresenta um início definitivo. A demência normalmente apresenta início gradual e não tem um ponto de início definitivo (consulte a tabela Comparação entre delirium e demência).
O delirium nunca é normal e muitas vezes indica um grave problema, geralmente recém-desenvolvido, especialmente em pessoas idosas. As pessoas que têm delirium precisam de cuidados médicos imediatos. Se a causa do delirium for identificada e corrigida rapidamente, geralmente é possível curar o delirium.
É difícil determinar quantas pessoas sofrem de delirium, devido ao caráter transitório desse quadro. O delirium afeta de 15% a 50% das pessoas hospitalizadas.
O delirium pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum entre pessoas mais velhas. O delirium é comum entre os residentes das casas de repouso. Quando ocorre o delirium em pessoas mais jovens, geralmente é devido ao uso de medicamentos ou a uma doença com risco à vida.
Sinais e Sintomas:
Em geral, o delirium começa de repente e progride durante horas ou dias. O comportamento das pessoas com delirium varia, embora se assemelhe ao de uma pessoa que esteja cada vez mais intoxicada.
A característica principal do delirium é
· Uma incapacidade de prestar atenção
As pessoas com delirium não conseguem concentrar-se, razão pela qual é difícil processar qualquer informação nova, e não conseguem recordar fatos recentes. Desta forma, não entendem o que está acontecendo ao seu redor. Ficam desorientadas. A confusão súbita sobre o tempo e, em menor grau, o espaço (onde estão) pode ser um sinal precoce de delirium. Quando o delirium for grave, pode acontecer de a pessoa não saber quem é nem quem os outros são. O pensamento é confuso e as pessoas vagueiam em suas falas, tornando-se, por vezes, incoerentes.
Seu nível de percepção (consciência) pode flutuar. Ou seja, as pessoas podem ser muito alertas em um momento e sonolentas e lentas logo em seguida. Os sintomas apresentam uma variação frequente de um momento para o outro e tendem a agravar-se no final do dia (um fenômeno chamado de confusão vespertina).
Pessoas com delirium costumam ter um sono inquieto ou invertem os ciclos de sono-vigília, dormindo durante o dia e permanecendo acordadas durante a noite.
Pessoas podem ter alucinações visuais extravagantes e aterrorizadoras, vendo coisas ou pessoas irreais. Algumas desenvolvem paranoias (sentimentos de perseguição injustificados) ou têm delírios (falsas crenças, devido a uma má interpretação das percepções ou das experiências).
O estado de ânimo e a personalidade podem ficar alterados. Algumas pessoas tornam-se tão silenciosas e retraídas que ninguém percebe seu estado de delirium. Outras ficam agitadas e inquietas, movimentando-se incessantemente e podem andar de um lado para outro. Os pacientes que apresentam delirium, depois de tomarem sedativos, são propensos a ficar retraídos e sonolentos. Aqueles que tomaram anfetaminas ou que interromperam o consumo de sedativos podem tornar-se hiperativos e agressivos. Algumas pessoas alternam entre os dois tipos de comportamento.
O delirium pode durar horas, dias ou mais, dependendo da gravidade e da causa. Se a origem não for identificada e tratada com rapidez, a pessoa pode ficar sonolenta e sem resposta, necessitando de um estímulo forte para despertar (um estado que se denomina estupor). O estupor pode conduzir ao coma e à morte.
Tratamento:
· Tratamento da causa
· Medidas gerais
· Medidas para controlar a agitação
A maior parte das pessoas com delirium são hospitalizadas. No entanto, quandoa causa do delirium pode ser facilmente corrigida (por exemplo, quando a causa é a baixa quantidade de açúcar no sangue), as pessoas são observadas por um curto período de tempo no departamento de emergência e podem, então, voltar para casa.
Tratamento da causa
Logo que a causa é identificada, essa é prontamente corrigida ou tratada. O médico, por exemplo, combate as infecções com antibióticos, corrige a desidratação com líquidos e eletrólitos administrados por via intravenosa e trata o delirium devido à abstinência de álcool com benzodiazepínicos (sem esquecer as medidas para interromper o consumo do álcool).
Geralmente o tratamento imediato da doença causando o delirium evita danos permanentes ao cérebro e pode resultar em uma recuperação completa.
Se possível, são suspensos quaisquer medicamentos que possam fazer com que o delirium piore.
Medidas gerais
Os procedimentos gerais são, igualmente, muito importantes.
O ambiente deve ser mantido tão tranquilo quanto possível. Deve ser bem iluminado para permitir que as pessoas reconheçam o que e quem está em seu quarto e onde elas estão. Colocar relógios, calendários e fotografias dos familiares no quarto pode ajudar com a orientação. Em todas as oportunidades, os funcionários e membros da família devem tranquilizar as pessoas e lembrá-las do horário e do local. Os procedimentos devem ser explicados antes e ao serem realizados. As pessoas que precisam de óculos ou aparelhos auditivos devem ter acesso a isso.
Pessoas com delirium são propensas a apresentar vários problemas, como desidratação, desnutrição, incontinência, quedas e úlceras de decúbito. É necessário muito cuidado da parte de todos para evitar essas complicações. Desta forma, as pessoas idosas podem se beneficiar do tratamento gerido por uma equipe interdisciplinar, que inclui um médico, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, enfermeiros e assistentes sociais.
Controle de agitação
Devem ser tomadas medidas especiais a fim de que as pessoas muito agitadas ou com alucinações não causem lesões a si próprias ou aos seus cuidadores. As seguintes medidas podem ajudar a evitar essas lesões:
· Os membros da família são incentivados a ficar com a pessoa.
· A pessoa é colocada em uma sala perto da sala das enfermeiras.
· O hospital pode fornecer um atendente para ficar com a pessoa.
· Não são utilizados dispositivos, como linhas intravenosas, cateteres urinários ou apoios almofadados, se possível, pois podem confundir e perturbar a pessoa, aumentando o risco de lesão.
No entanto, durante a hospitalização por vezes é necessário o uso de restrições acolchoadas para evitar, por exemplo, que o paciente retire os cateteres de líquidos intravenosos e para evitar quedas. Essas restrições são aplicadas com cuidado por um membro da equipe treinado para seu uso, e são desapertadas com frequência, sendo retiradas assim que possível, porque podem desorientar a pessoa e agravar a sua agitação.
Diagnóstico:
· Avaliação de um médico
· Teste do estado mental
· Sangue, urina e exames de imagem para verificar possíveis causas
Os médicos suspeitam do delirium com base nos sintomas, especialmente quando as pessoas não conseguem prestar atenção e quando a sua capacidade de prestar atenção flutua de um momento para o outro. No entanto, o delirium leve pode ser difícil de reconhecer. Os médicos talvez não reconheçam o delirium em pessoas hospitalizadas.
A maioria das pessoas que foram diagnosticadas com delirium são hospitalizadas para avaliação e protegidas para que não machuquem a si próprias ou os outros. Os procedimentos diagnósticos podem ser realizados de forma rápida e segura no hospital, e qualquer doença detectada pode ser tratada de imediato.
Levando em conta que o delirium pode ser causado por uma doença grave (e, portanto, rapidamente mortal), o médico procura identificar a causa o quanto antes. Uma vez identificada e tratada a causa, o delirium pode ser revertido.
Os médicos primeiramente tentam diferenciar o delirium de outros problemas que afetam a função mental. Os médicos fazem isso através da coleta do máximo de informações sobre o histórico médico da pessoa, o mais rápido possível, ao fazer um exame físico e alguns testes.
Histórico clínico
Perguntas são feitas aos amigos, familiares ou outros observadores para obtenção de informações, pois pessoas com delirium geralmente são incapazes de responder. As perguntas incluem o seguinte:
· Como a confusão começou (de repente ou gradualmente)
· O quão rapidamente ela progrediu
· Como tem sido a saúde física e mental da pessoa
· Quais medicamentos (bem como álcool e drogas ilícitas, especialmente se a pessoa for mais jovem) e suplementos dietéticos (incluindo ervas medicinais) a pessoa utiliza
· Se houve o início ou a parada do uso de algum medicamento recentemente
A informação pode provir, também, do processo clínico, da polícia, dos funcionários médicos das emergências ou de certas provas, como documentos ou caixas de medicamentos. Certos documentos, como os da carteira, cartas recentes, contas não pagas ou compromissos não cumpridos, podem indicar uma alteração da função mental.
Se o delirium for acompanhado de agitação, alucinações, ilusões ou paranoia, deve-se distinguir de uma psicose devido a um problema psiquiátrico, como a doença maníaco-depressiva ou a esquizofrenia. As pessoas com psicose devido a um problema psiquiátrico não apresentam confusão ou perda de memória e o seu nível de consciência não é oscilante. A psicose que se inicia durante a velhice geralmente indica delirium ou demência.
TABELA
Delirium or Psychosis?
Exame físico
Durante o exame físico, o médico verifica se há sinais de doenças que podem causar o delirium, como infecções e desidratação. Também é realizado um exame neurológico.
Teste do estado mental
As pessoas que podem ter delirium recebem um teste de estado mental. Primeiro, são realizadas perguntas para determinar se o problema principal é a falta de capacidade para prestar atenção. Por exemplo, é feita a leitura de uma lista curta e solicitado que ela seja repetida. Os médicos devem determinar se as pessoas notam (registram) o que é lido. As pessoas com delirium não conseguem fazê-lo. O teste de estado mental também inclui outras questões e tarefas, como testes de memória de curto e longo prazo, nomear objetos, escrever frases e copiar formas. As pessoas com delirium podem estar excessivamente confusas, agitadas ou retraídas para responder a esse teste.
Exames
Geralmente são coletadas e analisadas amostras de sangue e urina para verificar se há doenças que os médicos acreditam estar causando o delirium. Por exemplo, são causas comuns de delirium alterações nos níveis de eletrólitos e de açúcar no sangue e doenças hepáticas e renais. Assim, os médicos costumam fazer exames de sangue para medir os níveis de eletrólitos e de açúcar no sangue e avaliam o quão bom é o funcionamento do fígado e dos rins. Se os médicos suspeitarem de uma doença da tiroide, podem ser realizados testes para avaliar o quão bom é o trabalho da tireoide. Ou, se os médicos suspeitarem que a causa provém de certos medicamentos, esses podem fazer testes para medir os níveis de medicamento no sangue. Estes testes podem ajudar a determinar se os níveis de medicamento são altos o suficiente para terem efeitos nocivos e se uma pessoa teve uma superdosagem.
Podem ser feitas culturas para constatação de infecções. Uma radiografia torácica pode ser realizada para determinar se a pneumonia pode ser a causa de delirium, especialmente em pessoas idosas que estão respirando rapidamente, independentemente de terem ou não febre ou tosse.
Normalmente é feita a tomografia computadorizada (TC) ou a imagem por ressonância magnética (RM) do cérebro.
Por vezes, é realizado um teste que registra a atividade elétrica do cérebro (eletroencefalografia ou EEG) para determinar se o delirium é causado por uma doença que cause convulsão.
Pode ser utilizado o eletrocardiograma (ECG), a oximetria de pulso (utilizando um sensor que mede os níveis de oxigênio no sangue) e uma radiografiado tórax para avaliar o quão bem o coração e os pulmões estão funcionando.
Em pessoas com febre ou cefaleia, pode ser feita uma punção lombar para obter o líquido cefalorraquidiano para análise. Essa análise ajuda os médicos a descartarem infecção ou sangramento ao redor do cérebro e da medula espinhal como possíveis causas.
Assistência de Enfermagem:
Principais intervenções para prevenção e tratamento de delirium:
· Investigar e tratar as causas;
· Avaliar sintomas que possam exacerbar o delirium (ex: dor). Atenção especial aos idosos não comunicantes;
· Identificação precoce dos fatores de risco e precipitantes. Eliminá-los conforme seja possível; 
· Contenção química, se necessário. Contenção mecânica está contraindicada, pois aumenta a agitação e fere o princípio da dignidade humana;
· Monitoração de sinais vitais e manifestações clínicas que indiquem complicações;
· Revisar medicações que possam causar ou aumentar o delirium;
· Administrar medicações prescritas e monitorar resposta;
· Vincular um profissional que realizará a assistência, evitar muitos profissionais realizando o cuidado no mesmo paciente;
· Incentivar a presença de um familiar ou pessoa em que o paciente sinta confiança;
· Educar a família sobre as causas e tratamento;
· Promover ambiente com iluminação adequada e ausência de ruídos que possam causar incomodo;
· Retirar equipamentos desnecessários e ruidosos do ambiente;
· Adaptar objetos de uso diário, por exemplo, livros com letras grandes ou telefones com números maiores;
· Fornecer acesso a um relógio e calendário;
· Orientar e reorientar sobre onde eles estão, cada procedimento e cuidados a serem realizados e a condição de saúde;
· Se identificar sempre ao se apresentar ao paciente;
· Promover atividades que estimulem a cognição;
· Incentivar a ingestão de líquidos caso não haja restrições;
· Considerar a hidratação via intravenosa ou subcutânea aos pacientes incapazes de ingerir por via oral se indicado;
· Incentivar exercícios de amplitude de movimento mesmo em pacientes acamados e ainda a mobilização precoce sempre que possível;
· Evitar procedimentos e realização de cuidados durante repouso.
Medicamentos Utilizados:
Fármacos são usados para controlar a agitação quando outras medidas não surtem efeito. Geralmente são utilizados ​​dois tipos de medicamentos para controlar a agitação, mas nenhum deles é o ideal:
· Os medicamentos antipsicóticos são utilizados com maior frequência. No entanto, eles podem prolongar ou piorar a agitação, e alguns têm efeitos anticolinérgicos, incluindo confusão, visão turva, constipação, boca seca, tontura, dificuldade para iniciar e continuar a urinar e a perda de controle da bexiga. Antipsicóticos mais recentes, como a risperidona, olanzapina e quetiapina têm menos efeitos colaterais do que os antipsicóticos mais antigos, como o haloperidol. Mas se utilizados por um longo período, os medicamentos mais novos podem causar ganho de peso e níveis anormais de gorduras (lipídios) (hiperlipidemia) e aumentar o risco de diabetes tipo 2. Em pessoas idosas, com psicose e demência, esses medicamentos podem aumentar o risco de acidente vascular cerebral e morte.
· As benzodiazepinas (um tipo de sedativo), como o lorazepam, são utilizadas quando o delirium é devido à retirada de um sedativo ou álcool. As benzodiazepinas não são utilizadas ​​para tratar o delirium causado por outros quadros clínicos, pois elas podem fazer com que as pessoas, principalmente as pessoas idosas, fiquem mais confusas, sonolentas ou ambos.
O médico é cauteloso na prescrição desses medicamentos, em especial nas pessoas idosas. Eles utilizam a menor dose possível e param o uso do medicamento assim que possível.
Transtorno Bipolar:
Identificar o Transtorno Bipolar e entender como ele se diferencia de outras doenças de caráter emocional é fundamental para saber quais são as intervenções terapêuticas mais adequadas para o efetivo controle dessa doença. Igualmente importante é conhecer os sintomas do Transtorno Bipolar para perceber as mudanças comportamentais mais comuns.
O que é o Transtorno Bipolar:
Esse Transtorno é caracterizado pela alternância dos dois estados emocionais opostos caracterizado ora por períodos de extrema tristeza ora de intensa euforia. Como ocorre nas doenças físicas, que se caracterizam pela ausência ou pelo excesso de alguma substância com função importante no organismo, muitos distúrbios da mente também podem resultar de alterações que comprometem o equilíbrio psicológico.
Ao contrário do que acontece em muitos desajustes psicológicas, a base que desencadeia o Transtorno Bipolar não está associada à falta de serotonina — substância produzida pelo cérebro e que é conhecida como hormônio do bem-estar. O problema resulta da desregulação de alguns elementos cerebrais que coordenam as emoções positivas e negativas.
Para entender melhor a dinâmica desse processo — simbolizado por duas fases —, é preciso considerar que a referência da euforia é expressada pela mania, enquanto a da tristeza é a depressão. Esses mecanismos relacionados ao estado emocional são denominados pólos, o que remete ao conceito de Transtorno Bipolar.
Esse distúrbio é caracterizado pelas condições emocionais que expressam desajustes entre as fases de tristeza e alegria, mas com uma conotação doentia: a depressão e a mania, respectivamente. Essa doença pode se manifestar de diferentes formas, de modo repentino ou como resultado de respostas a variados estímulos. Tais características dificultam a precisão da avaliação diagnóstica do Transtorno Bipolar.
Sinais e Sintomas:
Transtorno Bipolar tipo 1 (Mania)
Nesse transtorno, os sintomas são mais intensos e caracterizados por fases de humor eufórico combinadas a um estado mais leve de excitação e otimismo exagerado. Dependendo do grau de comprometimento, também pode ocorrer manifestação de agressividade física ou verbal.
No Transtorno Bipolar, o indivíduo pode apresentar profundas mudanças comportamentais e que influenciam sua conduta. Nesse estado de instabilidade psíquica, há um risco expressivo de afetar as relações familiares, sociais, afetivas, escolares e profissionais.
Transtorno Bipolar tipo 2 (Depressão)
Nesse segundo tipo de Transtorno, os episódios de depressão são mais frequentes. As características dessa fase estão mais ligadas à tristeza profunda, à desesperança e à falta de estímulo para com a vida. As alterações comportamentais geram prejuízos tanto ao portador desse distúrbio quanto às pessoas de seu convívio familiar e social.
As causas deste Transtorno estão relacionadas a diferentes etiologias, mas a mais discutida é a correlação entre as heranças familiares, a influência genética e questões ligadas ao ambiente. Além disso, muitos fatores podem se desenvolver ao longo da vida e se expressar tardiamente.
Quais são os sintomas do Transtorno Bipolar?
Os principais sinais e sintomas desse distúrbio assumem um caráter de bipolaridade na expressão de suas características mais evidentes. A identificação desses fenômenos ajuda na diferenciação dos tipos de transtornos para a determinação do diagnóstico.
Observe os sintomas mais comuns do Transtorno  Bipolar em fase de Mania ou Hipomania:
· diminuição da necessidade de sono;
· irritabilidade;
· ideias suicidas;
· esquecimentos; 
· ganho de peso;
· fala compulsiva;
· culpa excessiva;
· aumento da libido;
· autoestima elevada;
· agitação psicomotora;
· delírios e alucinações;
· ideias descoordenadas;
· problemas com dinheiro;
· falta de interesse pela vida;
· falta de foco e de atenção nos objetivos;
· frustração e sentimentos recorrentes de inutilidade.
Conheça também as características do Transtorno Bipolar em fase depressiva::
· apatia;
· ideação suicida;
· culpa excessiva;
· redução da libido;
· humor deprimido;
· isolamento social;
· distúrbios do sono;
· mania de grandeza;
· alterações de apetite;
· agitação psicomotora;
· descontrole ao coordenar as ideias;
· irritabilidade e impaciência crescentes;
· queda no desempenho escolar ou no trabalho;
· desinteresse pelas atividadesde lazer e profissionais.
Tratamento:
· Medicamentos
· Psicoterapia
· Formação e apoio
Na mania ou depressão grave, a hospitalização é em geral necessária. Mesmo quando a mania é menos grave, talvez seja necessário internar a pessoa no hospital se ela tiver comportamento suicida, tentar ferir a si própria ou a outros, não conseguir cuidar de si mesma ou tiver outros problemas sérios (por exemplo, o transtorno por uso de álcool ou outros transtornos por uso de substâncias). A maioria das pessoas com hipomania podem ser tratadas sem internações. É mais difícil tratar pessoas com um ciclo rápido. Sem tratamento, o transtorno bipolar é recorrente em quase todas as pessoas.
O tratamento pode incluir
· Medicamentos para estabilizar o humor (estabilizadores de humor), como, por exemplo, o lítio e alguns medicamentos anticonvulsivantes
· Medicamentos antipsicóticos
· Determinados antidepressivos
· Psicoterapia
· Formação e apoio
· Eletroconvulsoterapia que, às vezes, é usada quando os estabilizadores de humor não aliviam a depressão
· Fototerapia, que pode ajudar no tratamento do transtorno bipolar sazonal (que tem algumas características em comum com o transtorno afetivo sazonal)
Lítio
O lítio pode reduzir os sintomas da mania e da depressão. O lítio ajuda a evitar variações de humor em muitas pessoas com transtorno bipolar. Uma vez que o lítio demora entre quatro a dez dias para fazer efeito, um medicamento que age mais rápido, como um anticonvulsivante ou um medicamento antipsicótico mais recente (de segunda geração) costuma ser administrado para controlar atividades e pensamentos agitados.
O lítio pode ter efeitos colaterais. Ele pode causar sonolência, confusão, tremores involuntários, espasmos musculares, náusea, vômito, diarreia, sede, excesso de urina e ganho de peso. Em geral ele piora a acne ou a psoríase da pessoa. No entanto, esses efeitos colaterais costumam ser temporários e o médico pode, com frequência, reduzi-los ou aliviá-los ajustando as doses. Às vezes, o lítio deve ser interrompido devido aos efeitos colaterais, que depois desaparecem.
O médico monitora o nível de lítio no sangue através de exames de sangue regulares, porque se o nível estiver muito alto, os efeitos colaterais são mais prováveis. O uso prolongado do lítio pode causar baixos níveis de hormônio tireoidiano (hipotireoidismo) e pode prejudicar a função dos rins. Portanto, a função da tireoide e dos rins deve ser monitorada por meio de exames de sangue regulares e a menor dose eficaz deve ser usada.
A toxicidade pelo lítio ocorre quando o nível de lítio no sangue está muito elevado. Ele causa dores de cabeça persistentes, confusão mental, sonolência, convulsões e arritmias cardíacas. Há mais propensão de ocorrer toxicidade em:
· Pessoas mais velhas
· Pessoas com função renal prejudicada
· Pessoas que perderam muito sódio através de vômitos, diarreia ou uso de diuréticos (que fazem com que os rins excretem uma quantidade maior de sódio e de água na urina)
Quando uma mulher estiver tentando engravidar, ela deve parar de tomar lítio, pois ele pode causar, ainda que raramente, malformações cardíacas no feto em desenvolvimento.
Medicamentos anticonvulsivantes
Os medicamentos anticonvulsivantes valproato e carbamazepina agem como estabilizadores de humor. Eles podem ser usados para tratar a mania quando ela ocorre pela primeira vez ou para tratar a mania e a depressão quando elas ocorrem juntas (estado misto). Ao contrário do lítio, esses medicamentos não prejudicam os rins. Contudo, a carbamazepina pode reduzir bastante a quantidade de células vermelhas e brancas do sangue. Raramente, o valproato prejudica o fígado (principalmente em crianças), ou prejudica gravemente o pâncreas. Com um monitoramento atento pelo médico, esses problemas podem ser detectados em tempo. O valproato normalmente não é receitado para mulheres com transtorno bipolar se estiverem grávidas ou em idade fértil, porque o medicamento parece aumentar o risco de defeitos congênitos cerebrais ou da medula espinhal (defeitos do tubo neural), transtorno do déficit de atenção com hiperatividade e de autismo no feto. O valproato e a carbamazepina podem ser úteis, especialmente quando as pessoas não respondem a outros tratamentos.
Às vezes, a lamotrigina é usada para ajudar a controlar as alterações de humor e tratar a depressão. A lamotrigina pode causar uma erupção cutânea séria. Raramente, a erupção cutânea provoca a síndrome de Stevens-Johnson que causa risco à vida. As pessoas que estão tomando lamotrigina devem estar atentas ao surgimento de novas erupções cutâneas (especialmente na área ao redor de reto e dos genitais), febre, glândulas inchadas, feridas com bolhas na boca ou nos olhos e inchaço dos lábios ou língua. Elas devem relatar esses sintomas ao médico. Para reduzir o risco de desenvolvimento desses sintomas, o médico deve seguir cuidadosamente o cronograma recomendado para aumento de dose. A administração do medicamento é iniciada em dose relativamente baixa, que é aumentada muito lentamente (ao longo de um período de semanas) até a dose de manutenção recomendada. Se as doses forem interrompidas por três dias ou mais, o cronograma de aumento gradual da dose deve começar novamente.
Antipsicóticos
Episódios súbitos de mania são cada vez mais tratados com antipsicóticos de segunda geração, porque eles agem com mais rapidez e o risco de efeitos colaterais graves é menor do que com outros medicamentos usados para tratar o transtorno bipolar. Esses medicamentos incluem o aripiprazol, a lurasidona, a olanzapina, a quetiapina, a risperidona, a ziprasidona e a cariprazina.
No caso de depressão bipolar, alguns medicamentos antipsicóticos podem ser a melhor escolha. Alguns são administrados junto com um antidepressivo.
Os efeitos colaterais de longo prazo dos medicamentos antipsicóticos incluem ganho de peso e a síndrome metabólica. A síndrome metabólica é o excesso de gordura no abdômen com redução da sensibilidade aos efeitos da insulina (resistência à insulina), níveis altos de açúcar no sangue, níveis de colesterol alterados e hipertensão arterial. O risco dessa síndrome pode diminuir com aripiprazol e ziprasidona.
Antidepressivos
Às vezes, determinados antidepressivos são usados para tratar depressão grave em pessoas com transtorno bipolar, mas seu uso é controverso. Portanto, esses medicamentos são usados somente por curtos períodos, e são normalmente administrados junto com um medicamento estabilizador de humor ou um medicamento antipsicótico atípico.
Psicoterapia
A psicoterapia costuma ser recomendada para pessoas que tomam medicamentos estabilizadores do humor, sobretudo para ajudá-las a seguir o tratamento.
A terapia em grupo muitas vezes ajuda a pessoa, seus parceiros ou parentes, a entender o transtorno bipolar e os seus efeitos.
A psicoterapia individual pode ajudar a pessoa a aprender a enfrentar melhor os problemas da vida cotidiana.
Formação e apoio
Aprender sobre os efeitos dos medicamentos usados para tratar o transtorno pode ajudar a pessoa a tomá-los de acordo com a receita médica. A pessoa pode resistir em tomar os medicamentos, porque ela acredita que esses medicamentos a tornam menos alerta e criativa. Contudo, uma diminuição da criatividade é relativamente pouco comum, porque os estabilizadores de humor normalmente ajudam a pessoa a atuar melhor no trabalho, na escola e nos relacionamentos e objetivos artísticos.
A pessoa deve aprender a reconhecer os sintomas assim que eles aparecem, e também conhecer maneiras de ajudar a evitar os sintomas. Por exemplo, evitar estimulantes (como cafeína e nicotina) e álcool pode ajudar, assim como dormir o suficiente.
O médico ou terapeuta pode conversar com a pessoa sobre as consequências das suas ações. Por exemplo, se a pessoa estiver propensa a excessos sexuais, ela recebe informações sobre como as suas ações podem afetar o seu casamento e sobre os riscos à saúde devido à promiscuidade, particularmente a AIDS. Se a pessoa tende a ser financeiramente extravagante, ela pode ser aconselhada a deixaras suas finanças a cargo de um parente de confiança.
É importante que as pessoas da família entendam o transtorno bipolar, estejam envolvidas no tratamento e ofereçam seu apoio.
Grupos de apoio podem ajudar, ao oferecer um fórum no qual as pessoas podem compartilhar experiências e sentimentos comuns.
Diagnóstico:
· Avaliação de um médico
· Às vezes, exames de sangue e de urina para descartar a possibilidade de outros transtornos
O diagnóstico de transtorno bipolar se baseia em listas específicas de sintomas (critérios). No entanto, é possível que a pessoa com mania não descreva seus sintomas com exatidão, porque ela pensa que não há nada de errado com ela. Então, o médico frequentemente busca informações com os membros da família. A pessoa e seus familiares podem usar um questionário curto para ajudálos a avaliar o risco de transtorno bipolar (consulte Questionário sobre transtornos do humor).
O médico também pergunta à pessoa se ela tem pensamentos suicidas.
O médico verifica os medicamentos sendo tomados para saber se algum pode ter contribuído para os sintomas. O médico também procura por sinais de outros transtornos que podem estar contribuindo para os sintomas. Por exemplo, é possível que ele faça exames de sangue quanto à presença de hipertireoidismo e exames de sangue e de urina para detectar o uso de drogas.
O médico determina se a pessoa está passando por um episódio de mania ou de depressão com o objetivo de receitar o tratamento adequado.
Assistência de Enfermagem:
· Apoie o paciente em momentos difíceis. Mantenha os medicamentos na dose certa e no horário prescrito.
· Seja firme e tenha paciência. Isso porque o relacionamento com o paciente em euforia pode ser desgastante.
· Detecte com o paciente os primeiros sinais de uma recaída, se ele considerar como uma intromissão, afirme que seu papel é auxiliá-lo 
· Fale com o médico em caso de suspeita de ideias de suicídio e desesperança 
· Estabeleça regras de proteção durante fases de normalidade de humor 
· Auxilie a manter uma boa higiene de sono e programe atividades antecipadamente
· Não exija demais do paciente e não o superproteja ,auxilie-o a fazer algumas atividades quando necessário 
· Evite demonstrar sinais de preconceito que favoreçam o abandono do tratamento 
· Aproveite períodos de equilíbrio para diferenciar depressão e euforia de sentimentos normais de tristeza e de alegria 
· Participe de terapias em grupo e orientações psico-educacionais 
Medicamentos Utilizados:
Os medicamentos mais importantes no tratamento dos sintomas da Doença Bipolar são os estabilizadores do humor e os antidepressivos. Mas o médico pode ter necessidade de receitar outros medicamentos, como os antipsicóticos, os ansioliticos e os hipnóticos. Para a prevenção das crises e a estabilização da doença são essenciais os medicamentos designados, com toda a propriedade, estabilizadores do humor. É importante agora dar algumas informações sobre estes últimos medicamentos.
O que são e quais são os Estabilizadores de Humor?
Os medicamentos estabilizadores do humor são a base essencial da terapêutica preventiva das fases depressivas e eufóricas da Doença Bipolar. A sua descoberta e utilização revolucionou o tratamento da doença, permitindo a muitas pessoas o controle da Perturbação Bipolar através de uma prevenção das crises. A par desta acção terapêutica essencial, os estabilizadores do humor também são utilizados para o tratamento das crises de mania, hipomania e estados mistos e podem atenuar os sintomas de depressão.
Há, presentemente, três estabilizadores do humor comprovadamente eficazes:
· O Lítio, comercializado, em Portugal, no medicamento Priadel;
· O Valproato, comercializado nos medicamentos Diplexil R e Depakine;
· A Carbamazepina (Tegretol).
Cada um destes três estabilizadores do humor tem diferentes acções químicas no organismo. Se um não for eficaz no tratamento ou tiver efeitos adversos persistentes o médico tem a possibilidade de escolher outro, ou de combinar dois em doses que permitam uma melhor tolerância e eficácia. Há análises para determinar o nível sanguíneo dos três estabilizadores do humor, permitindo o controle correcto da dose em cada doente.
Prevenção, eis a palavra-chave. Os estabilizadores do humor (lítio, valproato, carbamazepina) são a base de prevenção. Cerca de um terço das pessoas com Doença Bipolar ficam completamente livres de sintomas com a manutenção estabilizadora apropriada. A maioria das pessoas beneficia de uma grande redução no número e na gravidade das crises. O médico poderá ter de fazer um acerto da medicação ou uma outra combinação terapêutica caso se continuem a verificar crises de mania ou depressão. Caso a medicação não seja 100% eficaz, não fique desencorajado: a informação rápida do médico sobre sintomas de instabilidade é essencial para um ajustamento terapêutico que previna a eclosão de uma crise. O doente nunca deve recear informar o médico sobre quaisquer mudanças de sintomas, pois dessa informação precoce depende o controle da doença. Se sentir mudanças no sono, na energia (aumento ou diminuição), no humor (alegria excessiva, irritabilidade ou tristeza) e no seu comportamento e relações com pessoas, será melhor contactar com o médico sem demora.
A manutenção da medicação é outro aspecto essencial. Os medicamentos controlam, mas não curam a Doença Bipolar. Ao parar a medicação estabilizadora, mesmo depois de muitos anos sem crises, há um sério risco de uma recaída passadas algumas semanas ou meses. E, em alguns doentes, a retoma da medicação pode não se acompanhar dos mesmos bons resultados anteriores. A decisão de interromper a medicação caberá ao médico, em função de circunstância que a tal aconselha, como é o caso de uma gravidez.
Transtorno do TOC:
Obsessões são pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes que são vivenciados como intrusivos e indesejados. Compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais em que um indivíduo se sente compelido a executar em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras que devem ser aplicadas rigidamente.
O que é o Transtorno do TOC:
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) é um transtorno comum, crônico e duradouro. É caracterizado pela presença de obsessões e/ou compulsões.
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é considerado uma doença mental grave. Ela está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que cerca de 4 milhões de brasileiros sofram com a doença.
Sinais e Sintomas:
Pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo podem ter sintomas de obsessões, compulsões ou ambos. Esses sintomas podem interferir em todos os aspectos da vida, como trabalho, escola e relacionamentos pessoais.
Os sintomas do TOC envolvem alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (preocupações excessivas, dúvidas, pensamentos de conteúdo impróprio ou “ruim”, obsessões) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão).  Portadores da doença sofrem de muitos medos, como por exemplo o  de contrair doenças ou cometer alguma falha. Em virtude desses medos, evitam as situações que possam provocá-los – comportamento chamado de evitação. As evitações, embora não específicas do TOC, são, em grande parte, as responsáveis pelas limitações que o transtorno acarreta.
Obsessões
São pensamentos repetidos, impulsos ou imagens mentais que causam ansiedade. Os sintomas comuns incluem:
· Medo de germes ou contaminação, lavando as mãos excessivamente.
· Preocupar-se excessivamente com limpeza.
· Revisar diversas vezes portas, janelas, gás ou o ferro de passar roupas antes de sair de casa ou dormir.
· Pensamentos proibidos ou indesejados envolvendo sexo, religião e danos
· Pensamentos agressivos em relação aos outros ou a si próprio
· Ter coisas simétricas ou em uma ordem perfeita
Compulsões 
São comportamentos repetitivos que uma pessoa com TOC sente o desejo de fazer em resposta a um pensamento obsessivo. As compulsões comuns incluem:
· Limpeza excessiva e / ou lavagemdas mãos
· Ordenação e organização das coisas de uma maneira específica e precisa
· Repetidamente verificar as coisas, tais como verificar repetidamente para ver se a porta está bloqueada ou que o forno está desligado
· Contagem Compulsiva
Rituais e hábitos para ficar atento
Nem todos os rituais ou hábitos são compulsões. Todo mundo verifica as coisas às vezes. Mas uma pessoa com TOC geralmente:
· Não pode controlar seus pensamentos ou comportamentos, mesmo quando esses pensamentos ou comportamentos são reconhecidos como excessivos
· Gasta pelo menos 1 hora por dia nesses pensamentos ou comportamentos
· Não obtém prazer ao realizar os comportamentos ou rituais, mas pode sentir breve alívio da ansiedade que os pensamentos causam
· Experimenta problemas significativos em sua vida diária devido a esses pensamentos ou comportamentos 
· Alguns indivíduos com TOC também têm um distúrbio Tic. Os tiques motores são movimentos súbitos, breves e repetitivos, como piscar os olhos e outros movimentos dos olhos, encolhimento do ombro e empurrão da cabeça ou do ombro.
· Os tiques vocais comuns incluem sons repetitivos de limpar a garganta, cheirar ou grunhir.
Os sintomas podem vir e ir, aliviar ao longo do tempo, ou piorar. As pessoas com TOC podem tentar ajudar a si mesmas, evitando situações que desencadeiam suas obsessões, ou podem usar álcool ou drogas para se acalmarem.
Embora a maioria dos adultos com TOC reconheça que o que eles estão fazendo não faz sentido, alguns adultos e a maioria das crianças não percebem que seu comportamento está fora do comum. Pais ou professores tipicamente reconhecem sintomas de TOC em crianças.
Se você acha que tem TOC, fale com seu médico sobre seus sintomas. Se não tratado, o TOC pode interferir em todos os aspectos da vida.
Tratamento:
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é tipicamente tratado com medicação, psicoterapia ou uma combinação dos dois. Embora a maioria dos pacientes com TOC responda bem ao tratamento, alguns pacientes continuam sentindo os sintomas.
Às vezes, as pessoas com TOC também têm outros distúrbios mentais, como ansiedade ou depressão. Podem acreditar equivocadamente que uma parte de seu corpo é anormal. É importante considerar esses outros distúrbios ao tomar decisões sobre o tratamento. Além disso, é muito importante saber como escolher um bom psicólogo.
Diagnóstico:
TOC é uma desordem comum que afeta adultos, adolescentes e crianças em todo o mundo. A maioria das pessoas é diagnosticada por cerca de 19 anos, geralmente com uma idade mais precoce de início em meninos do que em meninas, mas o início após os 35 anos pode  acontecer.
As causas do TOC são desconhecidas, mas os fatores de risco incluem:
Genética
Estudos relacionados a gêmeos e família têm mostrado que as pessoas com parentes de primeiro grau (como um pai, irmão ou criança) que têm o transtorno estão em maior risco de desenvolver TOC próprios. O risco é maior se o familiar de primeiro grau desenvolveu TOC como uma criança ou adolescente. Pesquisas em andamento continuam a explorar a conexão entre genética e TOC e podem ajudar a melhorar o diagnóstico e tratamento do TOC.
Estrutura e funcionamento do cérebro
Estudos de imagem têm mostrado diferenças no córtex frontal e estruturas subcorticais do cérebro em pacientes com Transtorno Obsessivo Compulsivo. Parece haver uma conexão entre os sintomas de TOC e anormalidades em certas áreas do cérebro, mas essa conexão não é clara. A investigação está ainda em curso. Compreender as causas ajudará a determinar tratamentos específicos e personalizados para tratar o TOC.
Meio ambiente
Pessoas que sofreram abuso (físico ou sexual) na infância ou outro trauma tem um risco maior de desenvolver TOC.
Em alguns casos, as crianças podem desenvolver sintomas de TOC ou o próprio Transtorno após uma infecção estreptocócica – isso é chamado Distúrbios Neuropsiquiátricos Auto-Imunes Pediátricos Associados a Infecções Estreptocócicas (PANDAS).
Assistência de Enfermagem:
Aplicar técnicas de terapia cognitiva comportamental (exposição e dessensibilização); Dar apoio em momentos críticos, permanecer junto ao paciente quando necessário; promover orientação aos familiares propondo estratégias conjuntas.
Medicamentos Utilizados:
Os inibidores da reabsorção de serotonina (IRSs) e os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) são usados para ajudar a reduzir os sintomas do TOC. Exemplos de medicamentos que têm sido comprovadamente eficazes tanto em adultos como em crianças com TOC incluem clomipramina, que é membro de uma classe mais antiga de antidepressivos “tricíclicos” e vários mais recentes “inibidores seletivos da recaptação da serotonina” (ISRS), incluindo:
· Fluoxetina
· Fluvoxamina
· Sertralina
IRSs frequentemente requerem doses diárias mais elevadas no tratamento de TOC do que de depressão, e pode levar de 8 a 12 semanas para começar a trabalhar, mas alguns pacientes experimentam melhora mais rápida. Se os sintomas não melhorarem com esses tipos de medicamentos, a pesquisa mostra que alguns pacientes podem responder bem a uma medicação antipsicótica (como a risperidona). Embora a pesquisa mostre que uma medicação antipsicótica pode ser útil no gerenciamento de sintomas para pessoas que têm TOC e um transtorno tique, a pesquisa sobre a eficácia dos antipsicóticos para tratar o Transtorno Obsessivo Compulsivo é mista.
Antes de iniciar o tratamento com remédios para o TOC
· Fale com o seu médico e certifique-se de que compreender os riscos e os benefícios dos medicamentos prescritos.
· Não pare de tomar um medicamento antes de falar com o seu médico.
· Parar um medicamento pode levar ao agravamento dos sintomas de TOC. Outros efeitos de retirada desconfortáveis ou potencialmente perigosos também são possíveis.
· Informe quaisquer preocupações sobre efeitos colaterais ao seu psiquiatra imediatamente. Você pode precisar de uma alteração na dose ou em uma medicação diferente.
Psicoterapia ajudando a lidar com o TOC
A psicoterapia pode ser um tratamento eficaz para adultos e crianças com TOC. Pesquisas mostram que certos tipos de psicoterapia, incluindo a terapia cognitiva comportamental (TCC) podem ser tão eficazes quanto a medicação para muitos indivíduos. A terapia é eficaz na redução de comportamentos compulsivos no TOC, mesmo em pessoas que não respondem bem à medicação. 
Se você ou um ente querido apresentam sinais do Transtorno Obsessivo Compulsivo, procure um psicólogo. Um profissional experiente poderá ajudá-lo a controlar as obsessões e compulsões. É importante trabalhar as crenças e o medo presente neste quadro. Encontre um psicólogo na Vittude, e agende uma consulta!
Transtorno Boderline:
O transtorno de personalidade borderline é caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, instabilidade na autoimagem, flutuações extremas de humor e impulsividade. O diagnóstico é por critérios clínicos. O tratamento é com psicoterapia e fármacos.
O que é o Transtorno Boderline:
Sinais e Sintomas:
Quando os pacientes com transtorno de personalidade borderline acham que estão sendo abandonados ou negligenciados, eles sentem medo intenso ou raiva. Por exemplo, eles podem ficar em pânico ou furiosos quando alguém importante para eles está alguns minutos atrasado ou cancela um compromisso. Eles pensam que esse abandono significa que eles são ruins. Eles temem o abandono em parte porque não querem estar sozinhos.
Esses pacientes tendem a mudar o ponto de vista que têm de outras pessoas de forma abrupta e dramática. Eles podem idealizar um potencial cuidador ou amante no início do relacionamento, exigir que passem muito tempo juntos e compartilhem tudo. De repente, eles podem achar que a pessoa não se importa o suficiente, e ficam desiludidos; então eles podem desprezar ou ficar irritados com a pessoa. Essa mudança da idealização para desvalorização reflete o pensamento maniqueísta (divisão e polarização do bem e do mal).
Pacientes com transtorno de personalidade borderline podem sentir empatiae cuidar de uma pessoa, mas somente se eles acharem que essa outra pessoa estará disponível para eles sempre que necessário.
Pacientes com esse transtorno têm dificuldade de controlar sua raiva e muitas vezes se tornam inadequados e intensamente irritados. Eles podem expressar sua raiva com sarcasmo cortante, amargura ou falação irritada, muitas vezes direcionada ao cuidador ou amante por negligência ou abandono. Após a explosão, eles muitas vezes sentem vergonha e culpa, reforçando seus sentimentos de que são maus.
Pacientes com transtorno de personalidade borderline também podem mudar abrupta e radicalmente sua autoimagem, mostrada pela mudança súbita dos seus objetivos, valores, opiniões, carreiras ou amigos. Eles podem ser carentes em um minuto e se sentirem justificadamente com raiva sobre serem maltratados em seguida. Embora geralmente se vejam como maus, eles às vezes sentem que absolutamente não existem—p. ex., quando não têm alguém que se preocupe com eles. Eles muitas vezes se sentem vazios por dentro.
As alterações de humor (p. ex., disforia intensa, irritabilidade, ansiedade) costumam durar apenas algumas horas e raramente duram mais do que alguns dias; elas podem refletir a extrema sensibilidade às tensões interpessoais em pacientes com transtorno de personalidade borderline.
Pacientes com transtorno de personalidade borderline muitas vezes sabotam a si mesmos quando estão prestes a alcançar um objetivo. Por exemplo, eles podem abandonar a escola pouco antes de graduação, ou podem arruinar um relacionamento promissor.
Impulsividade que leva à automutilação é comum. Esses pacientes podem apostar em jogos de azar, praticar sexo inseguro, ter compulsão alimentar, dirigir de forma imprudente, abusar de droga ou gastar demais. Comportamentos suicidas, gestos e ameaças e automutilação (p. ex., se cortar, queimar) são muito comuns. Embora muitos desses atos autodestrutivos não visem acabar com a vida, o risco de suicídio nesses pacientes é 40 vezes maior do que na população em geral; cerca de 8 a 10% desses pacientes cometem suicídio. Esses atos autodestrutivos são geralmente desencadeados pela rejeição por possível abandono ou decepção com um cuidador ou amante. Os pacientes podem se automutilar para compensar por serem maus ou para reafirmar sua capacidade de sentir durante uma episódio dissociativo.
Episódios dissociativos, pensamentos paranoicos e, às vezes, sintomas do tipo psicótico (p. ex., alucinações, ideias de referência) podem ser desencadeados por estresse extremo, normalmente o medo de abandono, seja real ou imaginado. Esses sintomas são temporários e não costumam ser graves o suficiente para que sejam considerados um transtorno separado.
Os sintomas diminuem na maioria dos pacientes; a recidiva é baixa. Mas o estado funcional não costuma melhorar dramaticamente.
Tratamento:
· Psicoterapia
· Fármacos
O tratamento geral do transtorno de personalidade borderline é o mesmo que para todos os transtornos de personalidade.
Identificar e tratar os transtornos coexistentes é importante para o tratamento eficaz do transtorno de personalidade borderline.
Psicoterapia
O principal tratamento para o transtorno de personalidade borderline é psicoterapia.
Muitas intervenções psicoterapêuticas são eficazes para reduzir comportamentos suicidas, melhorar a depressão e a função em pacientes com esse transtorno.
A terapia cognitivo-comportamental focaliza a desregulação emocional e a falta de habilidades sociais. Isso engloba:
· A terapia comportamental dialética (uma combinação de sessões individuais e em grupo com os terapeutas agindo como conselheiros comportamentais disponíveis sob demanda dia e noite)
· Sistemas de treinamento para previsibilidade emocional e resolução de problemas (STEPPS)
O STEPPS é feito em sessões semanais em grupo durante 20 semanas. Os pacientes adquirem habilidades para gerenciar suas emoções, questionar suas expectativas negativas e cuidar melhor de si mesmos. Aprendem a estabelecer metas, evitar substâncias ilícitas e melhorar seus hábitos alimentares, de sono e de exercícios. Os pacientes são convidados a construir uma rede de apoio de amigos, familiares e profissionais de saúde que estejam dispostos a ajudar em caso de crise.
Outras intervenções focalizam em distúrbios na maneira como os pacientes experimentam emocionalmente a si mesmos e aos outros. Essas intervenções incluem:
· Tratamento baseado em mentalização
· Psicoterapia focada na transferência
· Terapia focada em esquema
Mentalização refere-se à capacidade das pessoas de refletir e compreender seus próprios estados de espírito e o estado de espírito dos outros. Considera-se que a mentalização seja aprendida por meio de uma vinculação segura com o cuidador. Tratamento baseado em mentalização ajuda os pacientes a fazer o seguinte:
· Regular eficazmente suas emoções (p. ex., acalmar-se quando chateado)
· Entender como elas contribuem para seus problemas e dificuldades com os outros
· Refletir e compreender as mentes dos outros
Assim, ela ajuda-os a se relacionar com os outros com empatia e compaixão.
Psicoterapia focada em transferência concentra-se na interação entre paciente e terapeuta. O terapeuta faz perguntas e ajuda os pacientes a pensar sobre suas reações de tal modo que possam examinar suas imagens distorcidas, exageradas e irrealistas do eu durante a sessão. O momento atual (p. ex., como os pacientes se relacionam com o terapeuta) é enfatizado em vez do passado. Por exemplo, quando um paciente tímido, silencioso de repente se torna hostil e argumentativo, o terapeuta pode perguntar se o paciente percebeu uma mudança nos sentimentos e depois pede que o paciente pense sobre como ele experimentou o terapeuta e o eu quando as coisas mudaram. O objectivo é
· Permitir que os pacientes desenvolvam um senso mais estável e realista de si mesmos e dos outros
· Relacionar-se com os outros de uma maneira saudável por meio da transferência com o terapeuta
Terapia focada em esquema é uma terapia integrativa que combina a terapia cognitivo-comportamental, teoria do apego, conceitos psicodinâmicos e terapias focalizadas em emoções. Ela foca em padrões mal-adaptativos ao longo da vida de pensar, sentir, comportar-se e de enfrentamento (chamados esquemas), técnicas de mudança afetiva e na relação terapêutica, com reparentagem limitada. Repaternagem limitada representa o estabelecimento de um vínculo seguro entre o paciente e o terapeuta (dentro dos limites profissionais), permitindo que o terapeuta ajude o paciente a vivenciar o que o paciente perdeu durante a infância que o levou a um comportamento mal-adaptativo.
O objetivo da terapia com foco neste esquema é ajudar os pacientes a modificar os seus padrões. A terapia tem 3 estágios:
· Avaliação: identificação dos esquemas
· Conscientização: reconhecer os esquemas quando eles operam na vida diária
· Mudança comportamental: substituir pensamentos, sentimentos e comportamentos negativos por aqueles mais saudáveis
Algumas dessas intervenções são especializadas e requerem treinamento e supervisão especializada. Mas algumas intervenções não exigem; uma dessas intervenções, que é projetada para o clínico geral, é
· Manejo psiquiátrico geral (ou bom)
O bom tratamento psiquiátrico compreende a terapia individual uma vez por semana, a psicoeducação sobre o transtorno de personalidade limítrofe, o estabelecimento de metas e expectativas do tratamento, e algumas vezes fármacos. Focaliza as reações do paciente aos estressores interpessoais na vida cotidiana.
Psicoterapia de suporte também é útil. O objetivo é estabelecer um relacionamento emocional, encorajador e solidário com o paciente e, assim, ajudá-lo a desenvolver mecanismos de defesa saudáveis, especialmente nos relacionamentos interpessoais.
Fármacos
Fármacos funcionam melhor quando usados com moderação e sistematicamente para sintomas específicos.
ISRSs geralmente são bem tolerados; a probabilidade de uma overdose letal é mínima. Mas ISRSs só são marginalmente eficazes para depressão e ansiedade em pacientes com transtorno

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