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Ciclo cardíaco

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Ciclo cardíaco
O coração é uma bomba que tem como principal
característica a função pulsátil para que o sangue
seja direcionado para todos os órgãos e sistemas
do corpo. Ajuda na condução de proteínas,
hormônios e outras moléculas que devem ser
enviadas pro organismo.
Débito cardíaco: é a quantidade de sangue que sai da
aorta por minuto.
Em uma condição de repouso a taxa de débito
cardíaco é cerca de 5 a 6 litros de sangue por
minuto. Alguns fatores podem alterar o débito
cardíaco, como o sexo da pessoa, a realização de
atividade física, entre outros.
Exemplo: quem realiza atividades físicas pode ter
maior débito cardíaco para poder suprir a
vascularização dos membros utilizados nessas
atividades pelo aumento da demanda.
O aumento do débito cardíaco pode acontecer:
- Pelo aumento da frequência cardíaca.
- Aumento do volume de ejeção, ou seja, o aumento
do volume de sangue que é bombeado. Quando o
coração contrai com mais força, os cardiomiócitos
vão contrair mais intensamente e gerar uma maior
ejeção, que vai aumentar o débito cardíaco.
Frequência cardíaca x volume de ejeção = débito
cardíaco
O ciclo cardíaco é o conjunto de eventos que vão
definir o batimento cardíaco. É o intervalo entre um
batimento e o próximo.
O nó sinusal ou nó sinoatrial, localizado no átrio
direito, é uma estrutura eletricamente ativa do
coração em que há uma geração espontânea de
potencial de ação que vai ser conduzido para as
demais estruturas eletricamente excitáveis.
O impulso sai do nó sinusal, passa para o nó
atrioventricular, depois o impulso elétrico é
conduzido pelo feixe de his e segue para o ápice do
coração a partir das células de purkinje.
andressa holanda
Ciclo cardíaco
1) Contração ventricular isovolumétrica
2) Ejeção ventricular rápida
3) Ejeção ventricular reduzida
4) Relaxamento ventricular isovolumétrico
5) Enchimento ventricular rápido
6) Enchimento ventricular reduzido
7) Sístole atrial
Sístole
A sístole é caracterizada pela saída de sangue
para os vasos sistêmicos. Ela é considerada
um processo de contração, tendo a sístole
ventricular (ejeção do sangue dos ventrículos)
e a sístole atrial (liberação/ejeção do sangue
dos átrios).
Etapas:
Contração ventricular isovolumétrica:
- Ventrículo contraindo com um volume fixo,
pré definido que não se altera durante o
processo.
- É o momento em que as duas valvas estão
fechadas. Tanto a atrioventricular quanto a
semilunar. O ventrículo começa a contrair e
começa a contrair sob o mesmo volume, pois
com as valvas fechadas não há saída de
sangue.
- A principal característica é o fechamento da
valva atrioventricular para que não haja o
retorno do sangue dos ventrículos para os
átrios.
obs: as semilunares já estavam fechadas.
- Todas as valvas estão fechadas mas com o
aumento da pressão do sangue ali dentro vai
causar uma força capaz de abrir as valvas.
Quando as valvas semilunares abrem, o
sangue que estava em alta pressão, vai sair do
coração, caracterizando a ejeção ventricular
rápida.
Ejeção ventricular lenta:
- É o momento em que há uma saída de sangue
menos intensa. Acontece após a saída intensa de
sangue que acontece devido a alta pressão.
- Volume sistólico final: 50ml
- Conforme libera o sangue na aorta a pressão
sanguínea nos vasos/artérias vai aumentar. Assim,
as semilunares vão fechar para evitar a volta do
sangue para as câmaras cardíacas ventriculares.
Diástole
- Ela é caracterizada pelo processo de relaxamento
do coração, para que haja o enchimento das
câmaras cardíacas para em seguida acontecer a
sístole e a ejeção do sangue.
Etapas:
Relaxamento ventricular isovolumétrico:
- Após a contração ventricular.
- Isovolumétrico pois todas as valvas estão
fechadas, então não há saída de sangue.
Enchimento ventricular rápido:
- Conforme o sangue entra nos átrios haverá o
aumento da pressão atrial então as valvas
atrioventriculares vão abrir e o sangue vai passar
para os ventrículos.
andressa holanda
Enchimento ventricular reduzido:
- Também é conhecido como diástase, que é o
processo de passagem mais lenta do sangue
passivo dos átrios para os ventrículos.
Sístole atrial
- É iniciada pela excitação do nó sinoatrial,
que leva o potencial para os átrios. Os átrios
vão contrair para ejetar o restinho de sangue
que há dos átrios para os ventrículos, levando
ao aumento da pressão ventricular.
Volumes ventriculares:
- Volume diastólico final: é o volume final após
a diástole, ou seja, após o enchimento total da
câmara ventricular.
- Volume ejetado: também conhecido como débito
sistólico, relacionado a ejeção no final da diástole.
- Volume sistólico final: é o restinho de sangue que
vai ficar nos ventrículos. Quando no final da sístole
ainda fica uma quantidade de sangue.
Fração de ejeção: é o percentual de sangue do VDF
que é ejetado (60%).
Pressões na diástole:
Para compreender as variações de pressão é
preciso analisar as variações de volume também.
Pressão= Força/área
- A força é definida pelo volume de sangue que vai
passar pela parede das câmaras. A área é o volume
que a câmara tem.
Ex: aumento da quantidade de sangue dentro de
uma mesma área (aumento da pressão).
Aumento da força → aumento da pressão
Enchimento ventricular e sístole atrial:
Conforme o ventrículo se recarrega com o sangue
proveniente dos átrios não acontece uma mudança
muito relevante de pressão.
⬩ Isso acontece pois o ventrículo está em
relaxamento, então mesmo que a quantidade de
sangue esteja aumentando, por estar em
relaxamento a área também está maior, assim a
pressão praticamente não se altera.
A sístole atrial vai ejetar uma pequena quantidade
de sangue para o ventrículo após o relaxamento.
Nessa situação há o aumento da pressão do
ventrículo pois ele vai estar em um volume final e
nele será adicionado uma quantidade de sangue.
⬩ Esse aumento de pressão no ventrículo vai fazer
com que o sangue tende a voltar pro átrio,
causando o fechamento das valvas
atrioventriculares para impedir o refluxo de sangue.
Pressões na sístole
- Durante o processo de contração ventricular
(iniciada com a contração isovolumétrica) há a
diminuição de área mas sobre uma mesma força.
andressa holanda
- Na contração isovolumétrica os ventrículos
começam a contrair, ocasionando a
diminuição da área mas não há alteração do
volume de sangue. Com a diminuição de área
há o aumento da pressão dentro do ventrículo,
que leva à ejeção ventricular.
⬩ Grande aumento na pressão ventricular.
⬩ A pressão alta nos ventrículos ocasiona a
abertura das valvas, que em consequência
gera a ejeção ventricular rápida e lenta. Essa
ejeção vai aumentar a pressão nas artérias
(aorta e pulmonar).
Pressão sistólica: momento em que o sangue
começa a ser ejetado e há aumento na
pressão da aorta. A pressão sistólica aumenta
com a pressão ventricular por um tempo, pois
ele continua contraindo e diminuindo sua área.
Depois sua pressão começa a diminuir, tendo a
pressão ventricular menor que a aórtica.
⬩ Com a diminuição da pressão ventricular o
sangue ia tender ao refluxo para as cavidades
ventriculares, então para evitar isso as valvas
vão ser fechadas.
Obs: O sangue tende a ir do lugar de maior
pressão para o de menor pressão.
Sons cardíacos
- Os sons cardíacos, também chamados de
bulhas cardíacas, são relacionadas ao
fechamento de válvulas (1 e 2) e a entrada de
sangue no ventrículo esquerdo (3 e 4).
- Os sons cardíacos são percebidos pela
ausculta com o estetoscópio, e as principais
são a primeira e a segunda.
→ 1 bulha (S1):
A formação da primeira bulha é logo ao final
da sśtole atrial e início da contração
isovolumétrica ventricular. Quando o há o
fechamento das válvulas atrioventriculares e o
turbilhonamento do sangue na câmara vai
gerar o som cardíaco.
→ 2 bulha (S2):
Já a segunda bulha está relacionada ao
fechamento das valvas semilunares.
Quando essas valvas fecham também há o
turbilhonamento do sangue, nesse caso o sangue
vai tentar refluir das artérias para os ventrículos,
promovendo o segundo som.
- Em S2 ainda vai ter um desdobramento do som no
componente aórtico e no componente pulmonarpois elas se fecham em momentos diferentes, pois a
aórtica se fecha levemente antes que a pulmonar.
→ 3 bulha (S3):
- Ela é considerada saudável quando se refere a
atletas com condição física magra e em crianças.
Ela é causada pela rápida entrada do sangue no
ventrículo esquerdo.
- Também pode ser associada a condições
patológicas, como em: insuficiência cardíaca
congestiva, na hipertensão arterial sistêmica severa
e no infarto agudo do miocárdio.
→ 4 bulha (S4):
- Também não é considerada para ouvir em
indivíduos saudáveis, e está relacionada a
contração atrial. A força de contração atrial
normalmente é muito fraca para gerar sons
audíveis, mas em condições patológicas em que o
ventrículo não consiga se encher de forma passiva
então haverá uma maior contração atrial para
ejetar o sangue do átrio para o ventrículo. Essa
maior força ajuda na produção da quarta bulha.
Ex: enrijecimento da parede ventricular; fibrose
Sopro no coração:
- Sopro inocente: aquele que decorre de um fluxo
sanguíneo apesar de normal mas que não deveria
ser ouvido naquele momento, mas não apresenta
nenhuma alteração estrutural.
Ex: realizando atividade física, condições febris,
gestação, anemia, hipotireoidismo.
- Sopro patológico: está associado a alguma
alteração estrutural no coração como endocardite,
alguma sequela de infarto.
As principais causas são:
⬩ Prolapso de valva mitral: quando as válvulas fazem
um movimento para trás para o átrio
⬩ Estenose de valva mitral: estreitamento da
passagem do sangue pela valva mitral, ou seja, a
valva não vai se abrir completamente.
⬩ Insuficiência mitral: relacionada a um fechamento
incompleto da valva mitral, acontecendo um refluxo
do sangue do ventrículo esquerdo pro átrio
esquerdo.
andressa holanda
Eletrocardiograma (ECG)
- Avalia a atividade elétrica do coração. O nó
sinoatrial faz parte da estrutura de autonomia
elétrica do coração que possibilita a geração
de um potencial de ação espontâneo que será
conduzido para o coração.
Nó sinusal → nó AV → feixe de his → fibras de
purkinje
- O ecg é feito com o posicionamento de
eletrodos que são posicionados para captar a
atividade elétrica cardíaca.
Possui 3 regiões para serem destacadas:
⬩ Onda P: caracterizada pela despolarização
atrial. Ela precede a sístole atrial, pois para
acontecer a sístole atrial precisa que aconteça
a despolarização.
- Iniciada por um impulso elétrico proveniente
do nó sinoatrial que vai causar a
despolarização dos cardiomiócitos atriais.
- A contração atrial acompanha logo em
seguida da despolarização.
⬩ Complexo QRS: é o que gera a despolarização
ventricular, então precede a contração
isovolumétrica.
- Formado por três picos de correntes
elétricas, com a despolarização ventricular
com o início da sístole ventricular.
- Nesse momento acontece também a
repolarização atrial. A despolarização
ventricular é tão intensa que ela mascara a
onda de repolarização atrial.
⬩ Onda T: é caracterizada pela repolarização
ventricular.
- Relaxamento ventricular.

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