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CICLO CARDÍACO – MECANISMOS E RENDIMENTO COMPLETO DE CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO. Cap 14-silverthorn/cap 9- guyton Átrios: recebem o sangue, seja do corpo ou do pulmão. Ventrículos: bombas propulsoras de sangue para as artérias aortas e pulmonares. Por isso, essas câmaras não podem contrair juntas. https://www.youtube.com/watch?v=R1mOEbfhzGk colocar no 2:10 e observar o movimento. A contração ventricular só ocorre depois que a atrial ocorrer. Diástole: Relaxamento a nível suficiente pra as funções cardíacas estarem sendo acompanhadas ao um enchimento da câmara; Enchimento cardíaco (câmaras separadamente). Sístole: Esvaziamento cardíaco. SÍSTOLE VENTRICULAR Átrios relaxados para que novo volume sangue entre. Valvas atrioventriculares fechadas e valvas semilunares abertas. Nesse momento os músculos papilares e as cordas tendíneas estão tensas, pois estão fechando a valva atrioventricular. DIÁSTOLE VENTRICULAR Átrios contraindo. Ventrículos relaxados enquanto os átrios estão preenchidos de sangue ejetando o conteúdo para o ventrículo, ou seja, momento em que o ventrículo se enche de sangue. Mª Antônia Coelho 103 https://www.youtube.com/watch?v=R1mOEbfhzGk Valvas atrioventriculares abertas e valvas semilunares fechadas. Músculos papilares e cordas tendíneas também relaxam, o que cria frouxidão nas cordas tendíneas, as quais não suportam a força do átrio contra o ventrículo, permitindo a passagem de sangue. Observações: Átrio direito recebe o sangue das veias cavas superior e inferior quando está relaxado. Depois que ele se pressurizar, por conta do volume que entrou, ele ejeta o seu conteúdo em direção ao ventrículo. Então no momento em que o átrio está se enchendo o ventrículo tem que estar terminando de ejetar o sangue para o resto do corpo ou pulmão (contraindo). No momento em que os ventrículos contraem para ejetar o sangue pras aortas, os átrios já estão relaxados recebendo o sangue novo pela veia cavas inferior e superior e veias pulmonares. CIRCULAÇÃO SISTEMICA Sangue que foi ejetado do VE passa pra artéria aorta, que leva em direção as estruturas celulares do corpo a nível de capilar sanguíneo, esse sangue retorna pelas veias formadas a partir desses capilares. Jogando esse sangue ate chegar as veias maiores (cava superior e inferior) e volta para o AD (sangue pobre em oxigênio e em metabólicos que deve ser eliminado do corpo, inclusive co2). ventrículo esquerdo –> corpo -> átrio direito CIRCULAÇÃO PULMONAR ou PEQUENA CIRCULAÇÃO Retorno do sangue do pulmão para o VE. coração –> pulmão –> coração IMPORTANTE - A sístole e diástole geram a dinâmica dos fluidos, a qual respeita a passagem do fluido de um ambiente de maior pressão para um de menor pressão (baseia-se em um gradiente pressórico). - A contração aumenta a pressão, ao passo que o relaxamento diminui (quanto maior o volume, maior a pressão e quanto menor a área, maior a pressão). VÁVAS ATRIOVENTRICULARES (tricúspide e mitral) Mª Antônia Coelho 103 VÁLVAS SEMILUNARES (aórtica e pulmonar) - Sístole atrial ocorre durante a diástole ventricular e vice-versa. - Diástole ventricular é longa; 1/3 do ciclo. Por que a diástole ventricular é tão longa? O coração é o único órgão capaz de se nutrir na diástole (relaxamento). Então tem que ter tempo para as coronárias (ramos da artéria aorta) se encherem. As coronárias estão 45 graus para baixo, então o sangue não chega tão fácil a elas. Acontece na diástole ventricular, pois na sístole (onde o sangue é ejetado para a aorta/pulmonar) o sangue não preenche as coronárias. Somente na diástole, quando o sangue volta um pouco, é que as coronárias são preenchidas. Obs.: Por isso é perigoso que a frequência cardíaca aumente tanto, pois pode comprometer o tempo de diástole ventricular e não ocorrer a nutrição das coronárias. FASES DO CICLO CARDÍACO Analisando sobre o ponto de vista ventricular. Mª Antônia Coelho 103 Diástole Ventricular 1.Enchimento rápido - Momento em que, após o sangue entrar pelas veias cavas ou pulmonares direto pro átrio, um bom volume passa por meio da abertura das valvas atrioventriculares (na imagem é a mitral). 2. Enchimento lento - Momento em que um restinho é escoado de forma lenta após o enchimento rápido. 3. Contração atrial - Ainda sobra um pequeno volume no átrio (em torno de 20%), então ocorre uma contração atrial para ejetar esse resto de volume. Após isso, a valva é fechada e temos o ventrículo pressurizado. Gera um volume e uma pressão diastólica (volume gerou uma pressão no momento em que o ventrículo está relaxado). Mª Antônia Coelho 103 Sístole Ventricular 4.Contração isovolumétrica - 1ª bulha cardíaca. B1 ou S1. (O ruído vem do fechamento das valvas atrioventriculares) - As paredes ventriculares começam a contrair, mas as valvas atrioventriculares e semilunares se fecharam agora. Iso= igual; Volumétrica= volume. - Contração começa, mas sem alterar volume. - Tem contração sendo feita, mas não tem ejeção. 5.Ejeção rápida - As valvas semilunares aórtica e pulmonar se abrem e ocorre a ejeção rápida. 6. Ejeção lenta - Um resto de sangue passa lentamente. 7.Relaxamento isovolumétrico - Valva semilunar se fecha, ainda não abriu a valva atrioventricular e o ventrículo está relaxada. - Nesse momento relaxa sem ter entrada de volume do átrio pro ventrículo. Mª Antônia Coelho 103 - Relaxamento em que todas as valvas estão fechadas e não altera o volume (não está recebendo sangue). - Nesse momento o átrio está recebendo sangue. Quando chegar ao “máximo” as valvas atrioventriculares são abertas e se inicia o ciclo novamente. - 2ª bulha cardíaca. B2 ou S2. (O ruído vem do fechamento das valvas semilunares) Gera um volume e uma pressão sistólica. Volume diastólico (VD) Início = 50 ml Final= 120ml (volume diastólico final-VDF) - Então o sangue que passa no enchimento rápido e lento e chega à contração do átrio pra encher o volume ventricular, tem que contar 120ml ao todo no final. Menos volume = menos pressão. Pressão Diastólica (PD) Início= 2-3 mmHg Final= 5-7 mmHg _________________________________________________________________- Mª Antônia Coelho 103 Volume Sistólico Lembre-se: o ventrículo já foi enchido com o volume diastólico final. Então no final da sístole, o volume tem que ser de 50ml. (Valores Contrários) Início = 120ml Final (volume sistólico final) = 50ml Pressão Sistólica Inicio= 80 mmHg Final= 120mmHg Nesse caso, a pressão sistólica final é maior porque não é só a quantidade de volume que influencia na pressão, mas a área também (área diminui= pressão aumenta). No início da sístole, a pressão não é tão grande porque tem uma condição de pressurização somente pelo volume. E no momento da sístole final, a valva semilunar é aberta e o sangue vai para a artéria aorta, então a área começa a diminuir, o que aumenta a pressão. PRÉ CARGA X PÓS CARGA Pré carga = todo sangue que está no ventrículo ao fim da diástole! Fator determinante da pré carga = retorno venoso Pós-carga = quanto de força que o coração deve fazer para vencer a resistência da circulação! Fator determinante da pós-carga= resistência vascular periférica Mª Antônia Coelho 103 Esse gráfico representa a curva de volume-pressão do coração. Todo o trabalho cardíaco gerado. Coração é um órgão que responde ao volume. Quanto mais volume recebe, mais trabalho ele tem que ter para ejetar sangue para sempre. FASE I - Período de enchimento rápido, lento e a atrial. - Início: volume- 50ml; pressão- 2-3 mmHg (lembre-se: início do enchimento, diástole) - Final: volume- 120ml; pressão 5-7 mmHg FECHAMENTO DA VALVA MITRAL – Bulhacardíaca B1 FASE II - Contração isovolumétrica. - Coração começa a contrair, então a área diminui, logo a pressão aumenta. Mª Antônia Coelho 103 - Mas o volume não muda (por isso a seta do gráfico vai para cima), continua 120ml. - Segue assim até chegar em 80 mmHg, que é quando a valva aórtica se abre. FASE III - Valva semilunar aórtica se abre e então, o sangue é ejetado para a artéria aorta (período de ejeção). - Período de ejeção (rápida e lenta): tem mudança de volume, logo tem de pressão. - Pressão aumenta para 120ml (contração diminuindo a área, logo, pressão aumenta). FECHAMENTO DA VALVA SEMILUNAR – Bulha cardíaca B2. FASE IV - Relaxamento isovolumétrico. - Mantem 50ml a todo momento que a pressão diminui. - Com o relaxamento a área aumenta, então a pressão diminui. REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA 1. Regulação intrínseca Ocorre uma função intrínseca (nó SA, nó AV, feixe de Hiss e fibras de Purkinje), que é um mediador de alteração das contrações musculares de forma intrínseca. Pode fazer aumento ou diminuição da frequência cardíaca. Mecanismo Frank-Starling Mª Antônia Coelho 103 - Se aumenta o volume ventricular, há mais interação actina-miosina e, logo, há mais força. - Se ejetar com mais força, haverá um retorno venoso maior também. - Atua no coração todo, mas o ventrículo que sofre maiores mudanças, uma vez que precisa dela para jogar o sangue para o pulmão e corpo. Ou seja, o coração se adapta à quantidade de volume. Distensão atrial - Quando o átrio é distendido (devido a um retorno venoso maior), a frequência cardíaca é aumentada em até 20%. Isso pode aumentar sozinho o débito cardíaco. A distensão do nó sinusal provoca os reflexos de volume, que aumentam a frequência cardíaca em até 20%, aumentando a ejeção ventricular e o número de ciclos. DEBITO CARDÍACO (volume de sangue sendo bombeado em um minuto) = VOLUME SISTÓLICO (70ml) x FREQUÊNCIA CARDÍACA 2. Regulação extrínseca Inervação. Atividade do sistema nervoso autônomo, no qual há uma atividade simpática, que aumenta a frequência cardíaca, e uma parassimpática, a qual diminui a frequência cardíaca. Mª Antônia Coelho 103 ATIVIDADE PARASSIMPÁTICA -> A ação da acetilcolina sobre os receptores muscarínicos do nó Sinusal diminui a frequência cardíaca. ATIVIDADE SIMPÁTICA -> A ação da noradrenalina sobre os receptores beta-1-adrenérgicos das células autoexcitáveis aumenta a frequência cardíaca. Se aumenta ou diminui a frequência cardíaca, há uma mudança no débito cardíaco. Mudança no debito cardíaco = mudança no ciclo cardíaco. A estimulação pelos nervos parassimpáticos diminui a frequência cardíaca. A estimulação pelos nervos simpáticos aumenta a FC Mª Antônia Coelho 103 Relembrando... PARASSIMPÁTICO: EFEITO VAGAL- aumento da saída de K+ e diminuição da entrada de Ca+2 dentro da célula, o que gera hiperpolarização e faz elas terem uma taxa menor de despolarização (diminuindo a frequência cardíaca). SIMPÁTICO: Noradrenalina age sobre os receptores, o que leva a célula a receber muito Na+ e muito Ca+2, promovendo uma maior velocidade da despolarização. Quanto mais rápido a célula despolariza, maior a frequência cardíaca. Débito cardíaco faz com que, em média, tenha 5L de sangue circulando nos vasos sanguíneos e coração. DB = FC x VS DB = 70 x 70ml -> DB = 4900ml -> DB = 4,9L - Abertura dos canais If = entra mais Na+ - Despolarização = fechamento If e abertura Ca2+ - Repolarização = fechamento Na+ e abertura K+ Mª Antônia Coelho 103
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