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1
LIVRO DE BOLSO DO APRENDIZ-MAÇOM 
José Robson Gouveia Freire, M∴I∴(*)
S U M Á R I O
PARTE I – MAÇONARIA (GENERALIDADES)
Introdução ........................................................................................................04
ORIGENS..........................................................................................................04
Maçonaria e Sociedade.....................................................................................07
O Papel do Maçom............................................................................................08
Aprendizado Maçônico......................................................................................09
Organização da Maçonaria...............................................................................10
Regularidade em Maçonaria.............................................................................11
Princípios gerais da Maçonaria.........................................................................12
Religião.............................................................................................................16
O sigilo maçônico..............................................................................................17
Silencio do Aprendiz.........................................................................................21
Salmo 133........................................................................................................21
Dia do Maçom..................................................................................................25
A Maçonaria e a Independência do Brasil.......................................................26
O Aprendiz e sua Iniciação..............................................................................28
A Condição para Ingressar na Maçonaria.......................................................30
Ser Livre..........................................................................................................32
Ser de Bons Costumes...................................................................................36
 
1. INICIAÇÃO..................................................................................................40
2. CÂMARA DE REFLEXÕES.........................................................................44
 
A Lâmpada......................................................................................................50
O Pão, a Bilha e a Água ..................................................................................50 
VITRIOL...........................................................................................................51
Sal e o Enxofre.................................................................................................51
Mercúrio Vital....................................................................................................52
O Galo...............................................................................................................52
Ampulheta.........................................................................................................52
Os Emblemas Fúnebres...................................................................................52
Advertências.....................................................................................................53
Testamento.......................................................................................................53
Ir:. Nilson Alves Garcia
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http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#SER%20DE%20BONS%20COSTUMES
http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#SER%20LIVRE
http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#A%20CONDI%C3%87%C3%83O%20PARA%20INGRESSAR%20NA%20MA%C3%87ONARIA
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#A%20MA%C3%87ONARIA%20E%20A%20INDEPEND%C3%8ANCIA%20DO%20BRASIL
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#DIA%20DO%20MA%C3%87OM
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#SALMO%20133
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Silencio%20do%20Aprendiz
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#O%20SIGILO%20MA%C3%87%C3%94NICO
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http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#PRINC%C3%8DPIOS%20GERAIS%20DA%20MA%C3%87ONARIA
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Ma%C3%A7onaria
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Aprendizado%20Ma%C3%A7%C3%B4nico
http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#O%20Papel%20do%20Ma%C3%A7om
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2
 
3. VIAGENS PELOS NÍVEIS SUPERIORES DO AR, DA ÁGUA E DO FOGO................... 54
A primeira viagem..............................................................................................55
A segunda viagem.............................................................................................56
A terceira viagem...............................................................................................57
No início era o verbo..........................................................................................61
Levantar templos à virtude.................................................................................63
 PARTE II - MAÇONARIA – CONCEITOS
Questionário de 600 perguntas ...................................................................67/143
PARTE III - HISTÓRIA DA MAÇONARIA
APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . ...........................................................................144
PRIMEIRA PARTE: DAS ORIGENS ATÉ 1717.................................................144
Considerações Preliminares ...............................................................................144
A Doutrina Interior ...............................................................................................145
Os Mistérios ........................................................................................................146
A Unidade da Doutrina ........................................................................................147
A Hierarquia Oculta .............................................................................................148
As Comunidades Místicas ...................................................................................149
As Escolas Filosóficas ........................................................................................150
A Escola Gnóstica ...............................................................................................151
A Cabala Hebraica .............................................................................................151
Alquimia e Hermetismo ......................................................................................152
Templários e Rosacruzes ...................................................................................153Espírito, Alma e Corpo ........................................................................................154
A Ars Structoria ...................................................................................................154
Maçonaria Operativa e Maçonaria Especulativa .................................................155
As Corporações Construtoras .............................................................................156
A Religião dos Construtores ...............................................................................157
O Grande Arquiteto do Universo .........................................................................158
As Primeiras Corporações ..................................................................................159
Os Construtores Fenícios ...................................................................................160
Construtores Gregos e Romanos .......................................................................160
As Corporações Medievais .................................................................................161
Os Maçons Aceitos..............................................................................................162
A Loja de São João..............................................................................................163
SEGUNDA PARTE: DE 1717 ATÉ O FINAL DO SÉCULO XIX
O Desenvolvimento Histórico da Maçonaria Moderna ........................................164
A Grande Loja de Londres ..................................................................................164
Primeiros Dirigentes ............................................................................................166
A Constituição de Anderson ................................................................................167
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3
Deveres Maçônicos .............................................................................................167
A Essência da Maçonaria Moderna ....................................................................168
Multiplicação das Lojas .......................................................................................169
O Desenvolvimento na Inglaterra ........................................................................169
A Maçonaria na França .......................................................................................171
Primeiro Anátema . .............................................................................................171
O Exórdio na Itália ..............................................................................................173
Na Península Ibérica (Portugal e Espanha) ........................................................174
Na Alemanha e Áustria........................................................................................175
Nos Demais Países da Europa ...........................................................................176
Na América ..........................................................................................................177
A Maçonaria na Primeira Metade do Século XIX.................................................178
Novas Perseguições ...........................................................................................179
Os Carbonários....................................................................................................180
Extensão da Maçonaria no Novo Continente ......................................................181
A Segunda Metade do Século XIX ......................................................................181
TERCEIRA PARTE: SÉCULO XX E PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI
O Poder da Maçonaria Anglo-Saxônica ..............................................................183
A Maçonaria Européia .........................................................................................184
Ásia, África e Oceania..........................................................................................186
Na América Latina ...............................................................................................187
O .Domínio Mundial. da Maçonaria......................................................................188
QUARTA PARTE: A MAÇONARIA NO BRASIL
Contexto Histórico e Político de sua Introdução no Brasil ..................................189
Período Colonial (1768 a 1822)...........................................................................189
Período Monárquico (1822 a 1889).....................................................................191
Período Republicano (1889 em diante) ..............................................................192
QUINTA PARTE: CONCLUSÃO .........................................................................197
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................198
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4
Introdução
 
O presente trabalho, fruto de laboriosas pesquisas da nossa Arte, brotou da 
necessidade sentida de buscar respostas às naturais dúvidas de todo aquele 
que se inicia no Mistério Maçônico. Resolvi fazer um guia pratico para 
consultas.
Este porém talvez não satisfará tão cabalmente, devido á vastidão e 
complexidade do assunto, e também não tenho nenhuma pretensão de 
apresentar nenhuma originalidade.
A maior dificuldade em vencer foi a de encontrar, selecionar e compilar 
todas matérias que se acham na ampla bibliografia maçônica.
Este se divide em três partes: Historia da Maçonaria do Brasil, Instruções do 
Grau de Aprendiz com perguntas e respostas e Iniciação.
A Maçonaria possui um “SEGREDO”. Todo aquele que procura admissão em 
seus mistérios para desvendá-lo jamais logrará êxito. Somente aquele que 
contaminar-se pela beleza da Arte Maçônica, permitindo que a Maçonaria 
penetre no fundo do seu Ser, poderá, um dia, cruzar o véu de Isis e triunfar 
no êxtase do descobrimento do Segredo que não se encontra em parte 
alguma mas no Todo Unificado.
 
ORIGENS
 
Se pesquisarmos e estudarmos isentos de paixões e ânimos, chegaremos a 
decepcionante conclusão de que existe muita insegurança e uma grande 
confusão entre os que pretendem explicar as origens da Maçonaria, 
vejamos então as várias teorias defendidas ou difundidas:
 
1. Deus iniciou Adão na Maçonaria 
2. Desde que o homem formou a primeira sociedade com a finalidade de 
lutar contra a opressão e pela liberdade. 
3. Civilização Persa, com mais de cem mil anos de existência, se 
considerarmos que estes já tinham as suas sociedades secretas, 
encerrando no meio destas a guarda dos conhecimentos místicos e 
científicos. 
4. Em 529 com a fundação da Ordem dos Beneditinos, já que estes 
receberam de seu fundador a iniciação e seus fundamentos. 
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5
5. Século X, com a Confraria de York, precisamente em 926, sendo esta 
a primeira associação que a historia registra onde aparece a 
denominação Franco-maçom, bem como a sua ordem hierárquica de; 
Aprendiz, Companheiro e Mestre. 
6. No século XI, com a fundação dos “obreiro construtores de ogivas” na 
Alemanha. 
7. No século XIII, quando os leigos já conhecedores dos segredosda 
construção bem como da forma de associação e aprendizado, se 
tornam independentes da Ordem dos Beneditinos. 
8. Em 1498, quando o Imperador Maximiliano I resolve legalizar as 
associações de construtores. 
9. No século XV com a “Constituição de York”, codificação das 
organizações de construtores, já decadentes e portanto pela 
necessidade de instrui-las e moraliza-las. 
10.Em 1717, quando o naturalista João Theophilo Degulier e o ministro 
protestante Jaques Anderson reuniram os membros das Lojas 
existentes para uma reunião no Albergue da Macieira, em Londres, 
na Inglaterra, com a finalidade de congrega-las, com o entendimento 
entre estas, desaparece a figura das antigas sociedades, e entra em 
cena a “Franco Maçonaria”. 
11.Em 1723, com a Constituição dos Maçons Livres e Aceitos 
(Constituição de Anderson). 
 Todas as pesquisas criteriosas, referentes às origens da Maçonaria, 
convergem à Idade Média. Portanto as alegações dos que defendem épocas 
remotas em torno do nascedouro maçônico não passam de suposições 
fictícias, hipóteses fabulosas, obviamente contrárias às provas documentais, 
aos indícios confiáveis ao proverbial bom-senso dos autênticos estudiosos e, 
enfim, contrárias à seriedade caracterizadora da História Universal.
A Maçonaria da maneira que conhecemos hoje, que é também conhecida 
como Franco-maçonaria (nome que tem origem nos mestres de obras das 
catedrais medievais, conhecidos na Inglaterra como Freestone mason), é, 
antes de tudo, uma associação voluntária de homens livres, cuja origem se 
perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas ou de 
Ofício. Modernamente, fundada em 24 de junho de 1717, com o advento da 
Grande Loja de Londres, agrupa mais de onze milhões de membros em todo 
o mundo. É o mais belo sistema de conduta moral, que pretende fazer com 
que o Iniciado seja capaz de vencer suas paixões, dominar seus vícios, as 
ambições, o ódio, os desejos de vingança, e tudo que oprime a alma do 
homem, tornando-se exemplo de fraternidade, de igualdade, de liberdade 
absoluta de pensamento e de tolerância.
Em função disso, os objetivos perseguidos pela Maçonaria são: ajudar os 
homens a reforçarem o seu caráter, melhorar sua bagagem moral e 
espiritual e aumentar seus horizontes culturais.
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6
É uma sociedade fraternal, que admite a todo homem livre e de bons 
costumes, sem distinção de raça religião, ideário político ou posição social. 
Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico 
e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição.
Simbolicamente, o Maçom vê-se a si mesmo como uma pedra bruta que 
tem de ser trabalhada, com instrumentos alegóricos adequados, para 
convertê-la em um cubo perfeito, capaz de se encaixar na estrutura do 
Templo do Grande Arquiteto do Universo.
Ela se fundamenta na crença em um Ser Superior ou Deus, ao qual 
denominamos Grande Arquiteto do Universo, que é o princípio e causa de 
todas as coisas. Parece rígida em seus princípios, mas é absolutamente 
tolerante com todas as pessoas, ensinado aos iniciados que é mister 
respeitar a opinião de todos, ainda que difiram de suas próprias, desafiando 
a todos à mais sincera Tolerância. A Ordem não visa em hipótese alguma 
lucro ou benefício, pessoal ou coletivo.
Uma pessoa para se iniciar na Maçonaria, tem que ser apresentado e 
avalizado por maçom, ser livre, de boa reputação junto a sociedade, 
exigindo dele, unicamente que possua espírito filantrópico, o firme propósito 
de estar sempre em busca da perfeição e que acredite em Deus.
A Maçonaria é rígida em seus princípios, mas é tolerante com as pessoas, 
ensinando-as a respeitar as diversas opiniões por mais antagônicas que 
sejam, incitando a prática sincera da tolerância.
Seu objetivo e ajudar ao homem a reforçar seu caráter, melhorar a sua 
visão moral e espiritual, procurando assim aumentar o seu horizonte 
mental.
Aos maçons, é exigido através dos seus “Landmarks” que proclamem os 
seguintes princípios: 
1. Amem a Deus, a sua pátria e a humanidade.
2. Pratiquem a beneficência se modo discreto, e sem humilhar. 
3. Pratiquem a solidariedade maçônica nas causas justas, fortalecendo 
assim os laços maçônicos de fraternidade. 
4. Defendam os direitos e garantias individuais do homem. 
5. Considerem o trabalho digno e lícito como dever do homem. 
6. Exijam de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, 
pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes. 
7. Sejam tolerantes para com toda forma de manifestação de 
consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de 
conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social.
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7
8. Lutem pelo princípio da equidade, dando a cada um o que for justo, de 
acordo com sua capacidade, obras e méritos.
9. Combatam o fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios
10. Simbolicamente, o maçom se vê como uma pedra bruta, que 
trabalhando com suas ferramentas alegóricas e adequadas, procura 
converter-se em um cubo perfeito e polido, para assim poder encaixar-
se justo e perfeito na estrutura do Templo do Grande Arquiteto do 
Universo.
 
Há três graus em Maçonaria. Outros corpos conferem graus adicionais, até 
o 33º no Rito Escocês, mas nas lojas normais ou simbólicas, tem-se os 
graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre.
A maioria das lojas tem reuniões regulares e semanais e congregam-se em 
Potências Maçônicas, chamadas Grandes Orientes ou Grandes Lojas.
Muitas lendas envolvem a Maçonaria, mas muito poucos sabem o que ela 
representa na realidade, temos aqui algumas definições: 
Nas palavras de Wilmshurst: “Maçonaria é um sistema sacramental que, 
como todo sacramento, tem um aspecto externo visível, consistente em seu 
cerimonial, doutrinas e símbolos, e outro aspecto interno, mental e 
espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, e acessível só ao 
maçom que haja aprendido a usar sua imaginação espiritual e seja capaz de 
apreciar a realidade velada pelo símbolo externo.”
Nas palavras de Lincoln: “A mais sublime de todas as Instituições é a 
Maçonaria, porque prega e luta pela fraternidade, que cultiva com 
devotamento; porque pratica a tolerância; porque deseja a humanidade 
inteirada em uma só família, cujos seres estejam unidos pelo amor, 
dominados pelo desejo de contribuir para o bem do próximo. É uma honra, 
para mim, ser maçom.”
Nas palavras de Newton: "A Maçonaria não é uma obra de época; pertence 
a todas as épocas e, sem aderir a nenhuma religião, encontra grandes 
Verdades em todas elas. A Maçonaria ostenta a Verdade comum às religiões 
superiores que formam a Abóbora de todos os credos. Não se apoia senão 
em dois sustentáculos extremamente simples: o amor a Deus e o amor ao 
Homem, que leva a si a Divindade e caminha para Ela."
Maçonaria e Sociedade
A Maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do país em que cada 
Maçom vive e trabalha. Os princípios Maçônicos não podem entrar em 
conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons. Na realidade 
estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades 
públicas e privadas.
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8
A Ordem induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si 
mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a 
sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual 
contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da 
Humanidade. E é por issoque os Maçons jamais participarão de 
conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos. Para um 
Maçom as suas obrigações como cidadão e pai de uma família, devem, 
necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto, 
não dará nenhuma proteção a quem agir desonestamente ou contra os 
princípios morais e legais da sociedade.
Em suas Lojas são expressamente proibidos o proselitismo religioso e 
político, garantindo assim a mais absoluta liberdade de consciência, o que 
lhe permite permanecer progressista, sobrevivendo às mais diversas 
doutrinas e sistemas do mundo.
Curioso é perceber que sempre onde faltou a Liberdade, onde grassou a 
ignorância, foi aí que a Maçonaria foi mais contundentemente perseguida, 
tendo sido inclusive associada aos judeus durante o período de intenso anti-
semitismo da Europa Ocidental, nos primeiro e segundo quartos deste 
século.
O Papel do Maçom
 
A maçonaria mudou muito desde sua criação até os dias de hoje. 
Juntamente com ela mudaram os seus membros, os maçons. Todos os tipos 
de maçonaria já existentes exigiram um determinado comportamento de 
participantes, de acordo com o momento, com o local, com a sociedade. No 
entanto, em todas elas foi exigido que seus maçons adquirissem 
conhecimentos, e através da discussão desses conhecimentos chegassem à 
sabedoria, pois para uma sociedade que tenciona a liberdade, a igualdade e 
a fraternidade em todo o mundo sabe que só com sabedoria se consegue 
alcançar esses objetivos.
O conhecimento é a aquisição de informações e estas se consegue através 
de leituras, conversas, observações, filmes, etc. Mas o conhecimento sem a 
sabedoria leva a atos que podem ser usados para o bem e também para o 
mau. Temos como exemplos os homens que fazem muitos cursos de vários 
graus, formam-se em diversas profissões e não mudam seu comportamento 
perante o mundo, a sociedade ou mesmo em relação a sua família. Vemos 
os governos formados por esses homens que pouco se preocupam com a 
sociedade, atingem um grau de corrupção altíssimo e tentam perpetuar 
essa situação através da própria família e de correligionários.
A sabedoria é aplicação dos conhecimentos adquiridos para o bem da 
humanidade, de forma a levar todos os homens a alcançarem também a 
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9
sabedoria, e com ela todos cresçam em todos os níveis. A sabedoria prega a 
igualdade, que provoca a fraternidade e as duas levam à liberdade.
A maçonaria precisa promover, dentro de seus quadros, a discussão de 
informações de todos os tipos, de todas as épocas e trazer isso a reflexão 
de seus membros e cobrar de todos eles uma reflexão séria. O quadro 
maçônico deve dar bons exemplos de comportamento à sociedade e com 
isso transformar essa sociedade, começando pela própria família do maçom.
A maçonaria, de tempos imemoriais, precisa continuar sendo A Maçonaria, 
Ordem Universal formada de homens de todas as raças, credos e 
nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, 
por métodos ou meios racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, 
estudam e trabalham para a construção da SOCIEDADE HUMANA, fundada 
no AMOR FRATERNAL, na esperança de que o AMOR ao GRANDE 
ARQUITETO DO UNIVERSO, À PATRIA, À FAMÍLIA e ao PRÓXIMO, com 
Tolerância, Virtude e Sabedoria, com a constante e livre investigação da 
Verdade, com o progresso do Conhecimento Humano, das Ciências e das 
Artes, sob a tríade LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, dentro dos 
princípios da Razão e da Justiça, propugna para que o mundo alcance 
FELICIDADE GERAL e a PAZ UNIVERSAL.
O papel do maçom de hoje continua sendo de grande importância, mas 
agora está no âmbito das idéias, do comportamento, do crescimento como 
pessoa. A luta agora é por valores intelectuais, não mais de uma classe, 
mas de toda a humanidade.
 
Aprendizado Maçônico
 
A transmissão dos preceitos Maçônicos se faz através de cerimônias 
ritualísticas, ricas em alegorias, que seguem antigas e aceitas formas, usos 
e costumes, que remontam às guildas dos construtores de Catedrais da 
Idade Média, usando inclusive as mesmas ferramentas do Ofício de 
pedreiro. Este aprendizado passa pela necessidade de todo iniciado 
controlar as suas paixões, de submeter a sua vontade às Leis e princípios 
morais, amar a sua família e à sua Nação, considerando o trabalho como 
um dever essencial do Ser Humano. O sistema de aprendizado está assente 
sobre a busca, por parte de cada Irmão, no seu trabalho dentro da Ordem, 
e respectivo ao seu Grau, de um aperfeiçoamento interior, em busca da 
perfeição, para fazer-se um Homem bom, Um Homem melhor.
A Maçonaria estimula a prática de princípios nobres, tais como: Gentileza, 
Honestidade, Decência, Amabilidade, Honradez, Compreensão, Afeto
Para os membros da Ordem todos os Homens, fazem parte da Grande 
Fraternidade Humana, portanto, todos são Irmãos, independentemente de 
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Credo, Política, Cor, Raça ou qualquer outro parâmetro que possa servir 
para dividir os homens.
Os Três Grandes Princípios sobre os quais está fundamentada a busca do 
progresso e da auto-realização do Maçom são:
O Amor Fraterno: O verdadeiro Maçons mostrará sempre a mais profunda 
tolerância e respeito pela opinião dos demais, portando-se sempre com 
compreensão.
Ajuda e Consolo: Não só entre os Maçons, mas com toda a Comunidade 
Humana.
Verdade: É o princípio norteador da vida do Maçom, mesmo porque faz-se 
necessária toda uma vida para chegar-se próximo de ser um bom Maçom.
 
Organização da Maçonaria
 
Desde a fundação da Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, as 
Loja Maçônicas têm-se organizado em Obediências, sejam elas Grandes 
Lojas ou Grandes Orientes.
Os Maçons estão reunidos em Lojas, que se reúnem regularmente uma vez 
por semana, geralmente. A verdadeira e antiga Maçonaria, divide-se em 
três Graus Simbólicos que compõem as Lojas Azuis: Aprendiz, 
Companheiro, Mestre.
Em regra as Grandes Lojas recebem reconhecimento da Grande Loja Unida 
da Inglaterra, que se arroga o direito de guardiã da ortodoxia maçônica, de 
evidente cunho teísta, enquanto que os Grandes Orientes, são reconhecidos 
pelo Grande Oriente da França, fiel ainda à constituição de Anderson de 
1723, com evidente influência iluminista, e caracterizado por uma profunda 
tolerância.
Porém esta regra não é universal, até porque não existe uma autoridade 
internacional que confira regularidade Maçônica. Portanto, temos em cada 
país uma Potência ou Obediência Maçônica, ou ainda, como acontece no 
Brasil, um Grande Oriente do Brasil, soberano, e as Grandes Lojas estaduais 
e Grandes Oriente independentes estaduais, também soberanos e que não 
prestam obediência ao GOB. É por isso que em nosso país temos mais de 
cinqüenta obediências regulares.
Ora, cada Obediência goza de absoluta soberania e independência em sua 
base territorial, sem que isso implique num completo desregramento. 
Exemplo disso é a Confederação Maçônica Brasileira, que reúne num foro 
único os Grandes Orientes estaduais, para que se promovam estudos sobre 
temas importantes de liturgia e ritualística, que exigem uma determinada 
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unidade. A COMAB apenas sugere a aceitação destas determinações, o que 
geralmente é bem vindo.
O Grande Oriente de Santa Catarina, Obediência Maçônica independente, é 
governado por um Grão-Mestre, eleito entre os Mestres Maçons, 
assessorado por um Grande Conselho. Existem também uma Câmara 
Legislativa e um Poder Judiciário. O GOSC tem uma Constituição e um 
Regulamento que regem o ordenamento jurídico da Potência.As unidades administrativas do Grande Oriente constituem-se das Lojas, 
onde estão congregados os Maçons, sob a liderança de um Venerável 
Mestre, eleito para um mandato de um ano.
 
Regularidade em Maçonaria
 
A regularidade Maçônica refere-se a um conjunto de deveres a que estão 
sujeitos os Maçons, suas Lojas e sua Obediência, os quais podemos resumir 
em três aspectos principais:
Legitimidade de Origem: Um Grande Oriente ou Grande Loja necessita, para 
ser regular do reconhecimento e da transmissão da Tradição, por outro 
Grande Oriente ou Grande Loja previamente regular junto às outras 
Potências, tendo assim uma Regularidade de Origem.
Respeito às antigas regras: A principal regra a ser seguida é a Constituição 
de Anderson, de 1723, formulada por Anderson, Payne e Desaguilliers, para 
a recém-fundada Grande Loja de Londres. Podemos, no entanto, levantar 
cinco pontos fundamentais para Regras que devem ser respeitadas:
1. Absoluto respeito aos antigos deveres, que estão reunidos em forma 
de Landmarks;
2. Só é possível aceitar homens livres, respeitáveis e de bons costumes 
que se comprometam a por em prática um ideal de Liberdade, Igualdade 
e Fraternidade;
3. Ter sempre como objetivo o aperfeiçoamento do Homem, e como 
conseqüência, de toda a Humanidade;
4. A Maçonaria exige de todos os seus membros a prática escrupulosa 
dos Rituais, como modo acesso ao Conhecimento, através de práticas 
iniciáticas que lhe são próprias;
5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o mais absoluto respeito 
às opiniões e crenças de cada um, proibindo categoricamente toda 
discussão, proselitismo ou controvérsia política ou religiosa em suas 
Lojas.
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Reconhecimento: Além das condições anteriores, para que uma Obediência 
seja regular, ela deve ser reconhecida por outras, geralmente após um 
tempo de observação. No entanto, o reconhecimento não é incondicional, 
pois caso o Grande Oriente ou Grande Loja desvie-se destes preceitos, ele 
deixa de ser regular, perdendo reconhecimento.
“Nunca houve nem nunca haverá um Homem que tenha um conhecimento 
certo dos deuses e de tudo aquilo de que eu falo. Se, mesmo por acaso, lhe 
acontecesse dizer toda a verdade, nem disso se daria conta. Todos se 
apóiam na aparência.”
 
PRINCÍPIOS GERAIS DA MAÇONARIA
 
As Constituições das Potências Maçônicas Modernas, geralmente, contêm 
princípios gerais a serem seguidos pelos Maçons.
 
I – “A Maçonaria é uma Instituição essencialmente iniciática, filosófica, 
educativa, filantrópica e progressista. Proclama a prevalência do espírito a 
matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da 
humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da pratica 
desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade. 
Seus fins supremos são: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade.”
A palavra INICIAÇÃO vem do latim INITIARE, de início ou ainda IN, para 
dentro. Começar de novo morrendo para o mundo profano, sectário e 
fanático que possibilitará a realização da gnose transcendental.
A Iniciação como drama, oferece a oportunidade de adentrarmos o 
inconsciente adormecido onde o Iniciador depositará o segredo maçônico de 
tal forma que, somente individual e misticamente, será compreendido, não 
se revelando por intenção, mas por ideal de operar a arte na construção dos 
símbolos, que refletirá a sinceridade, o fervor e a persistência no estudo e 
na prática.
Nossa doutrina é interior, oculta e esotérica. Manifesta-se pela via iniciática, 
induzindo o buscador a um estado reflexivo somente alcançado quando 
ingressa no estado particular de consciência conhecido pelos antigos como 
VITRIOL.
Temos a real oportunidade do conhecimento primeiro que nos torna 
verdadeiramente irmãos pelo saber. Nosso pai é o Grande Arquiteto do 
Universo e nossa Mãe a Loja que nos fez ver a Luz do Espírito quando gerou 
no útero o futuro construtor, livre do fanatismo, companheiro inseparável 
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da ignorância. Sendo filosófica, propõe o conhecimento de si mesmo e do 
ambiente dialético das realidades platônicas e afins. Educativa porque 
reproduz os Mistérios dos antigos nos Templos onde a palavra é ensinada. 
Filantrópica, não essencialmente em si mesma, mas na realização de seus 
pares e, finalmente, progressista porque transforma a pedra bruta no ouro 
fino do saber elevado; e exaltado na morte do Mestre.
Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria quando nos ensina a 
percorrer a senda da materialidade própria do aprendiz que deve buscar a 
linguagem e princípios da trindade sobreposta ao quadrado. Logo, 
compreenderá que sempre estará abaixo do grau colado pois, ao recebê-lo, 
ainda não o existenciou.
O aperfeiçoamento moral conduz-nos à Iluminação. Uma Loja 
verdadeiramente iluminada e aquela onde brilha um conjunto de pequenas 
luzes que, refletindo na contraparte Macrocósmica o Ideal Maçônico, 
distribuirá em forma de cascata nossas intenções e virtudes para um mundo 
enegrecido por nossa arrogância e intolerância. Este é o esoterismo da 
beneficência desinteressada da investigação constante da verdade 
maçônica.
Um pretendente ao ingresso na Maçonaria deve ser livre e de bons 
costumes e acreditar num Criador, normalmente chamado de Grande 
Arquiteto do Universo.
Livre é aquele não comprometido com a vulgaridade, o excesso de arbítrio 
em conflito com o interesse alheio. Bons costumes é o super ego acorde os 
parâmetros da sociedade em que se vive. O conceito de um Grande 
Arquiteto, o Princípio Inteligente, a Atualidade por trás de nossas 
realidades, é a grande síntese iniciática que nos iguala na experiência 
íntima, pessoal e irrevelável. Brotando do instinto mais primitivo como 
essência sem forma, com algo a ser alcançado, o Grande Arquiteto do 
Universo é, nós desejamos ser. Como homens iluminados, admitidos pela 
porta de São João, guiados pelos Senhores da Sabedoria que constituem a 
Grande Ordem Maçônica, deixaremos de maneira justa e perfeita a Babel 
Profana e compreenderemos a verdadeira Fraternidade, nossa origem 
comum desde a noite dos tempos, compreendendo que o nosso futuro é o 
agora, nossa primeira e grande passagem pela porta mística do norte, 
estreita para o nosso corpo, pequena para a nossa altura, mas infinitamente 
grande no seu interior, que nos faz humildes buscadores na primeira prova 
da terra, quando começaremos a compreender a trilogia sintetizadora dos 
objetivos construtores do Homem novo numa humanidade renovada.
Desta forma, devemos admirar a divisa LIBERDADE, IGUALDADE e 
FRATERNIDADE.
II – “Condena a exploração do Homem, dos privilégios e as regalias 
indevidas, enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor 
demonstrado na prestação de serviço à Ordem, à Pátria e à Humanidade.”
Se o nosso Templo representa o Universo, o homem manifesta a vida que 
dá movimento ao universo representado na direção da uniformidade social, 
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onde o mais forte não é aquele que mata, mas aquele com maior 
capacidade de servir. Os privilégios e regalias não são compatíveis com uma 
sociedade que não exige do candidato sangue real, raça eleita ou 
determinado credo. Somente um coração puro, mente e corpo limpos, um 
desejo profundo de conhecimento, maior do que a própria vida que o 
direcionará virtualmente para a dignidade de ser reconhecido como Pai e 
Concidadão de sua Pátria.
Concluído este apostolado, o Iniciado compreenderáo serviço maior que 
deverá prestar à HUMANIDADE.
III – “Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível 
com a universalidade do espírito maçônico. Combate a ignorância, a 
superstição e a tirania.”
Quando a Maçonaria adotou o lema LIBERDADE, IGUALDADE e 
FRATERNIDADE, pretendeu uma emancipação das classes sociais, de forma 
justa e perfeita, independente do credo religioso, social ou raça. Abjurando 
o dogmatismo, tendo ainda na memória os horrores da Inquisição, nossa 
Arte extirpa de suas colunas o adorador do bezerro de ouro, o autocrático e, 
muito principalmente o ignorante que não sabe levantar templos à virtude 
nem cavar masmorras aos vícios.
IV – “Proclama que os Homens são livres e iguais em direitos e que a 
tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas para que 
sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um.”
Mais uma vez o legislador enfatiza o princípio da liberdade responsável. 
Livres em seus direitos e não anárquicos em suas vontades. Ensina-nos este 
princípio que para termos nosso direito respeitado deveremos usar de toda 
tolerância para com o direito do nosso semelhante, cujas convicções devem 
dignificá-lo e não desconsiderá-lo.
V – “Defende a plena liberdade de expressão do pensamento como direito 
fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade.”
A Maçonaria propugna o Estado de Direito onde todos tenham o inalienável 
direito de livre expressão sendo igualmente responsável, perante a Lei, por 
suas palavras e condutas.
VI – “Declara que o trabalho é um direito inalienável e um dever social do 
Homem, dignificante e nobre em qualquer de suas formas e finalidades.”
Nossa Arte propugna o direito ao trabalho. Estimula os IIr.’. na direção 
constante do progresso laborativo para ele e para os seus semelhantes, 
criando sempre que possível, oportunidade para aqueles que não desejam 
permanecer no ócio. Nivela o homem pelo trabalho e não pela titularidade.
 
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VII – “Considera irmãos todos os maçons, quaisquer que sejam suas raças, 
nacionalidades e crenças.”
O Maçom se irmana pelo conhecimento, pela solidariedade e por sua origem 
simbólica que se perde na noite dos tempos. Se o Templo é o arquétipo da 
solidariedade humana, o Homem deve se considerar o arquétipo da 
fraternidade universal.
VIII – “Sustenta que são deveres essenciais do Maçom: amar a família, 
servir com fidelidade e devotamento à Pátria e obedecer à Lei.”
Sábia em sua proposição, a Maçonaria estimula a alquimia do amor na sua 
própria fonte: A FAMÍLIA.
Partindo do conceito do reto proceder em sua própria casa, o Maçom terá a 
oportunidade de dignificar sua cidadania no serviço desinteressado ao seu 
País, defendendo intransigentemente sua Carta Magna.
A Maçonaria, como um Estado dentro do Estado, estabelece em todos os 
quadrantes os direitos das minorias, o livre expressar, tudo de acordo com 
Lei votada por homens livres e de bons costumes.
IX – “Determina que os Maçons estendam e liberalizem os laços fraternais 
que os unem entre si a todos os Homens esparsos pela superfície da Terra.”
Aqui nos deparamos com o ideal da FRATERNIDADE UNIVERSAL. Nossa Arte 
não elitiza suas fileiras mas, abrindo suas portas ao buscador de boa 
vontade, pretende transformar a sociedade internacional pelo conhecimento 
da via iniciática, depositando num futuro qualquer a filosofia Maçônica no 
coração dos herdeiros da LUZ.
X – “Recomenda a divulgação de sua doutrina pelo bom exemplo e por 
todos os meios de expressão do pensamento, opondo-se terminantemente 
ao recurso à forca e à violência.”
Aqui desmistifica-se magistralmente a acusação que nos fazem os inimigos 
da Arte Real, de que somos uma Sociedade SECRETA que não permite a 
informação do seu conhecimento aos outros.
Somos sim, uma Sociedade PRIVATIVA. Privativa daqueles que se 
qualificaram por mérito e capacidade.
Privativa daqueles que, compreendendo seus Mistérios farão cumprir seus 
princípios. Seria uma Reunião do Presidente da República com seus 
Ministros privativa ou secreta? Evidentemente que as decisões do Conselho 
de Defesa de qualquer Potência Mundial é privativa de seus pares no 
interesse dos seus nacionais, sendo, no máximo, CONFIDENCIAL.
 XI – “Adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica que, além 
de utilizados nos trabalhos das oficinas, servem para que os Maçons se 
reconheçam e se auxiliem onde quer que se encontrem.”
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Muito mais do que um meio de reconhecimento entre os maçons, ao lado de 
palavra e do toque, os sinais e emblemas pretendem estabelecer uma 
linguagem comum e universal, acessível a todos obreiros sem distinção 
cultural, social ou racial. Sendo possuidora do SEGREDO DA PALAVRA, outra 
coisa não pretende senão o aperfeiçoamento do HOMEM, seu mais elevado 
EMBLEMA que pelo auxílio mútuo finalmente compreenderá NOSSA ORIGEM 
COMUM.
 
Religião
 
A Maçonaria, confirma e complementa a fé religiosa. Os princípios da nossa 
Ordem são baseados nos mesmos preceitos morais que fundamentam toda 
fé verdadeira. Todo Maçom deve crer na Existência de um SER SUPREMO 
(DEUS). Ele deve lutar para viver moralmente em conformidade com os 
mais altos padrões de caracter individual e conduta social. 
Consequentemente, todo Maçom aceita e executa os “Regulamentos da 
Ordem,” trabalha toda a sua vida para cumprir os objetivos da Maçonaria, 
que são; a filantropia para os necessitados e o amor fraterno para todos os 
membros da raça humana.
A Maçonaria tem sempre as suas portas abertas para todos os homens 
livres e de bons costumes e de todas as fés e crenças religiosas, que creiam 
no Supremo Arquiteto do Universo e na imortalidade da alma. Através de 
procedimentos e símbolos o maçom se prepara para receber a graça 
espiritual. Com uma fundamentação moral interna rígida, a Maçonaria 
trabalha para que os homens possam melhorar o seu edifício interior, sendo 
assim, cada Irmão dentro das Oficinas ou Lojas, seja através do seu 
trabalho ou dos outros Irmãos, Construirá o seu Templo Interior com os 
melhores princípios éticos e morais, ganhando a humanidade um 
Mensageiro Realizador da Vontade do Supremo Arquiteto do Universo.
A Fé de um maçom, após Ter percorrido os estreitos caminhos da sua 
iniciação, que, Infelizmente, em alguns casos poderá levar toda a sua vida, 
está muito acima do sectarismo estreito e das limitações dos Dogmas. O 
maçom trabalhará incansavelmente para imitar a perfeição do seu Criador.
A maçonaria não é um credo ou seita religiosa, o maçom busca a sabedoria 
contida em todos os Grandes Livros Sagrados reconhecidos pela Fé 
Universal, da Bíblia ao Alcorão. Crendo que neles encontra e sempre 
encontrará, os meios para buscar e promover a felicidades neste mundo e 
aguardar a sua recompensa no próximo. Portanto, a Maçonaria estará 
sempre com as suas Portas Abertas, para receber todos os Homens Livres e 
de Bons Costumes, sejam eles, Cristãos, Judeus, Muçulmanos, Budistas, 
etc, bons homens de todas as religiões, que verdadeiramente aspirem viver 
segundo a vontade do Criador.
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A Maçonaria é uma filosofia e uma Fraternidade, onde os homens bons se 
“encontram no Nível e se separam no Quadrado.” Isto une todos maçons 
através de um laço místico de irmandade sincera e amor mútuo. Fé e 
trabalho, alma e corpo, coração e mão estão sempre unidas entre os 
Maçons, por isto, em toda lugar onde trabalha, a Maçonaria levará PAZ E 
HARMONIA PARA HONRAR O CRIADOR E SERVIR A HUMANIDADE. 
Os objetivos da Maçonaria complementam e não contradizemas crenças 
religiosas, como alguns dos seus inimigos querem fazer crer.
A Maçonaria é uma fonte e uma poderosa força universal, que promove a 
melhora espiritual do indivíduo e deste na sociedade.
 
O SIGILO MAÇÔNICO
 
Em todas as religiões orientais herméticas, desde as praticadas na China, 
Índia, Egito, Grécia e outras, o processo de ensinamento consta de duas 
vertentes: a primeira, é o discurso livre, exotérico, para o conhecimento de 
todos, do povo em geral, sem reservas, em que pese o seu singelo estado 
cultural. O outro, é o processo esotérico, reservado aos homens 
rigorosamente selecionados, segundo o seu maior potencial e mais 
adiantado estado cultural, para a “iniciação” nos mistérios religiosos. Esses 
serão preparados devidamente para entrar na posse do conhecimento da 
verdade. Neste último ensinamento é que reside a exigência do “Sigilo”, 
para que os mistérios religiosos não sejam divulgados àqueles que não 
estão preparados para conhecê-los.
Como teria surgido nas religiões antigas a necessidade de se manter sigilo ?
Presume-se que nos idos do pós Dilúvio, quando prevalecia na terra as 
religiões na forma de idolatria, os judeus decidiram formar uma ordem 
religiosa distinta, a qual acolheria não somente os filhos de Israel mas, 
também, os gentios que tradicionalmente professavam a fé no mesmo 
Deus. Num dado momento em que a prática da religião tornou-se perigosa, 
para fugir à perseguição, para preservar os seus segredos, tiveram que 
lançar mão do artifício de ministrar os seus ensinamentos religiosos através 
de símbolos. Dentre os povos idólatras, os segredos religiosos sempre 
estiveram somente nas mãos dos sacerdotes, os quais praticavam a 
iniciação de adeptos sob o maior segredo. Mais tarde, a mesma prática foi 
adotada pelos devotos de outras religiões herméticas, chegando no correr 
dos tempos até à Maçonaria. 
 
Dentre as práticas das religiões antigas o “Sigilo” foi um dos subsídios 
absorvidos pela nossa Sublime Ordem, conservados que foram os mesmos 
conceitos, até hoje.
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A Maçonaria Universal, a nossa Sublime Ordem, na sua milenar sabedoria, 
ministra os seus mistérios através de um processo gradual de ensinamento, 
o processo esotérico, absorvido das religiões antigas, o qual é dado a 
conhecer aos seus membros ao longo de todos os seus graus. Dentre as 
recomendações transmitidas, duas delas merecem especial destaque neste 
trabalho. Em primeiro lugar, a recomendação da Moral Maçônica, que é o 
comportamento que os membros deverão observar, não somente nos 
templos maçônicos mas, o que é mais importante, nas suas atividades 
profanas, como homens livres e de bons costumes, para contribuírem como 
paradigmas na construção do bem estar social da Humanidade A segunda 
recomendação está inserida na primeira, é a do Sigilo Maçônico, o qual já é 
exigido do neófito no seu primeiro contato com a Maçonaria, no juramento 
que presta na sua Iniciação, como de resto é, também, exigido de todos os 
membros permanentemente no encerramento dos trabalhos das Lojas.
O Sigilo é, senão o mais importante, pelo menos um dos conceitos mais 
atacados pelos opositores da Maçonaria. Essa oposição teve início depois da 
Constituição de 1723, a conhecida Constituição de Anderson, o qual, 
coadjuvado por Desagulliers, modificou os rituais da Ordem, já, então, 
começando esta a ser dominada. pelos intelectuais, pelos aristocratas e 
pelos dissidentes religiosos. Começou aí a maçonaria especulativa. A partir 
de então teve início o confronto com as igrejas anglicana e católica. Isso 
aconteceu provavelmente porque a Constituição de Anderson não 
considerou o aspecto cristológico das Old Charges, as quais eram o esteio 
da Maçonaria Operativa desde o século XIV. 
Nessa ocasião, no correr dos séculos XVIII e XIX, a Maçonaria, como ordem 
dita secreta, tornou-se muito poderosa, tendo sido responsável pelos 
movimentos revolucionários que eclodiram no mundo todo, dos quais fez 
parte os ocorridos no Brasil, sendo o mais conhecido o movimento contra o 
jugo português, o da Inconfidência Mineira. 
No que respeita ao significado do vocábulo “sigilo”, se nos valermos do 
Dicionário Aurélio verificaremos que os verbetes relacionados em seguida 
querem significar, em suas raízes a mesma coisa. São praticamente 
sinônimos, encontram-se entrelaçados em seus mais diversos significados. 
São eles Mistério, Secreto, Reserva, Cautela, Precaução, Confidencial, 
Sigilo, Segredo, Enigma, Oculto. 
Para os leigos e de um modo geral para o grande público, esses termos 
passam a tomar significados diferentes, na medida em que tocam mais ou 
menos as emoções de cada um. Assim, alguns desses vocábulos, tais como 
Reserva, Cautela e Precaução, transmitem idéias normais, sem grande rigor 
na sua observância. Todavia, outros como Mistério, Secreto, Oculto e 
Enigma, representam idéias muito fortes e estremadas, de atividades 
pagãs, anti-cristãs, demoníacas, ligadas ao sobrenatural e que extrapolam 
os sentidos humanos. Esses vocábulos levam o homem a relaciona-los mais 
ao ocultismo, no seu sentido mais de feitiçaria, magia, adivinhação, 
quiromancia etc. Outros, ainda, como Sigilo e Segredo transmitem idéias 
medianas, cuja observância, entretanto, fica determinada, fica exigida.
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Assim é que a adjetivação usada pelos inimigos da Maçonaria, rotulando-a 
de religião ou organização secreta, objetiva impactar os sentimentos, as 
emoções do grande público incauto, transmitindo-lhe sempre o sentido 
“negro” do ocultismo.
Como pode ser secreta a Maçonaria, quando as suas Constituições são 
registradas em cartório? Como pode ser secreta a Maçonaria, quando ela 
dispõe de CGC? Como pode ser secreta a Maçonaria, quando você, meu 
caro Irmão, eventualmente paga os seus compromissos com a sua Loja, em 
banco, através de Ficha de Compensação nominal? Como pode ser secreta a 
Maçonaria quando o seu endereço, através dos templos maçônicos, são 
notoriamente conhecidos? Esses templos pagam os seus impostos e as taxa 
de consumo de água e luz. A Maçonaria é, portanto, conhecida dos povos e 
de todos os governos onde ela é praticada livremente.
Ao contrario de nossa Sublime Ordem, as organizações secretas operam na 
clandestinidade, na ilegalidade, sem paradeiros, sem endereços, em locais 
“subterrâneos”, desconhecidos e não sabidos. E mais, reúnem-se com fins 
escusos. 
A Maçonaria já esteve na clandestinidade mais de uma vez, principalmente 
em países totalitários. Mesmo no Brasil, pelas mãos do Imperador D. Pedro 
I, a Maçonaria, que o elevou ao alto cargo de Grão-Mestre da Loja Grande 
Oriente do Brasil, em 1822, foi fechada, por problemas políticos. O 
movimento maçônico estava procurando a liberdade do povo, não mais que 
isso.
Dizer-se que a Maçonaria é uma organização secreta, dentro desse conceito 
ocultista usado pelos seus detratores que sofismam na sua argumentação é 
realmente mera especulação. 
Como pode ser secreta uma organização que promove solenidades 
“brancas”, trazendo para os seus templos autoridades dos três poderes do 
governo, como convidados ou como palestrantes e, até mesmo, como 
homenageados?
Como pode ser secreta uma organização que não tem um poder central, 
como as praticadas por àquelas marginais e herméticas e por muitas 
organizações religiosas, inclusive as suas inimigas? 
Como se sabe, muitos livros escritos por Irmãos de nossos quadros, por 
Irmãos que deixaram nossas colunas e, até mesmo, por leigos estudiosos 
da Maçonaria, estão aí enchendo as prateleiras das livrarias, à disposição de 
quem queira adquiri-los. Esses livros contam tudo?Sim, quando se trata de 
Irmãos descontentes. Contam; contam quase tudo, quando se trata de 
autores verdadeiros e justos maçons. Neste caso, só não contam o 
essencial, aquilo que só aos iniciados cabe conhecer e que são os nossos 
mistérios, guardados do grande público, através da prática do sigilo.
Mas a segurança da Maçonaria é frágil. Ela pode e tem sido facilmente 
penetrada. Como poderemos, então, guardar os nossos segredos? A porta 
de penetração é a seleção de profanos para tomarem lugar entre nós. Por 
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isso que a infidelidade maçônica começa na má indicação de candidatos, 
passando pela sindicância mal feita. Esse é o ponto Aqueles que foram mal 
selecionados, certamente não permanecerão por muito tempo na nossa 
Sublime Ordem. Esses, via de regra, são potencialmente os que mais 
provavelmente não titubearão em dar a público o pouco conhecimento que 
chegaram a ter acesso. São esses maus maçons que até mesmo nos 
“passos perdidos” aproveitam a oportunidade para solapar a Maçonaria. 
Como deveremos reagir contra esses que, através da ignorância, da inveja, 
da insatisfação e do ciúme, denigrem a nossa Sublime Ordem? 
Entendo que a fórmula certa para evitar essas desastrosas atitudes de 
homens não preparados para integrar a nossa Sublime Ordem é, realmente, 
aumentar a segurança, apertar o cerco da escolha. É depurar rigorosamente 
na seleção, inclusive divulgando e submetendo as propostas às outras 
Lojas. Propor somente àqueles de boa formação moral, espiritual, justos, 
honestos, livres de consciência, de bons costumes, àqueles que já nasceram 
“maçons”. Essa é talvez a maneira de enobrecermos nossa colunas, a 
maneira de preservarmos e mantermos a intimidade de nossa Sublime 
Ordem.
A Maçonaria tem sim os seus segredos, não há o que negar. Mas longe está 
de ser uma organização secreta. A exigência de sigilo de seus segredos 
começa no juramento do recipiendário, do profano que está sendo iniciado 
nos mistérios da Maçonaria, o qual segue, resumido: “... jurais e prometeis, 
... em presença do Grande Arquiteto do Universo: e de todos os Maçons ... 
nunca revelar os Mistérios da Maçonaria que vos forem confiados...?
Bem, mas o que há de extraordinário nisso? Qual a organização, seja ela 
religiosa, comercial, intelectual ou familiar, que não tenha segredos ou não 
pratica reservas ou sigilo de algumas coisas ou fatos? Isso começa a ser 
praticado na célula social, a família. Todas, inclusive a nossa, 
evidentemente, mantém no recôndito de sua intimidade fatos, negócios, 
particularidades físicas e espirituais de seus membros. Esse é o sigilo. É o 
recatamento natural, inerente ao ser humano. Todos os governos têm os 
seus assim chamados “segredos de estado” e nem por isso são de caráter 
ocultista. E, no mundo dos negócios a “alma” é o segredo.
Os nossos segredos maçônicos sujeitam até mesmo os nossos Irmãos. São 
segredos de câmaras, tratados em níveis diferentes, especificamente nas 
Loja de cada grau. A Maçonaria proclama o cuidado que se deve ter no trato 
dos assuntos, sejam eles filosóficos, morais, ritualísticos, administrativos e, 
o que é muito comum e particularmente importante, os assuntos pessoais 
de Irmãos, cuja câmara específica para analisar e decidir sobre os mesmos 
é o Conselho de Família. Por isso que, para resguardar o sigilo da Ordem, 
não se encontram segredos escritos em nossos rituais. A sua transmissão é 
oral. É de boca para ouvido. É o sigilo de “confessionário”! De resto é isso 
que nos permite reconhecermo-nos discretamente.
 
Não seria demais citarmos que o próprio Jesus Cristo, o nosso amantíssimo 
Redentor, no seu ministério aqui na terra usava as duas formas, a exotérica 
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e a esotérica, nos seus ensinamentos ao povo e aos discípulos, 
respectivamente. Quando falava aos discípulos, pedia-lhes sigilo daquilo que 
ensinava. Entre tantas citações que se encontram na Bíblia a esse respeito, 
vale mencionar pelo menos a que se encontra em Mt. 17: 9, a qual registra 
as palavras de Jesus a Pedro, Tiago e João, depois da transfiguração: 
Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou:
“A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado 
dentre os mortos.”
A prática do sigilo é permanentemente lembrada nas Lojas. Por exemplo, 
em algumas Lojas, o encerramento dá-se sempre pelo Venerável Mestre 
pronunciando as seguintes palavras, que resumimos: “... Antes, porém. de 
nos retirarmos, juremos o mais profundo silêncio sobre tudo quanto aqui se 
passou!”
O cuidado de preservar os nossos segredos, o nosso sigilo, é muito 
importante e deve merecer de todos Irmãos uma grande e firme atenção, 
para assegurar à nossa Sublime Ordem uma eficiente, tranqüilizadora e 
cada vez maior segurança. Isso é parte indispensável do comportamento 
maçônico.
Silêncio do Aprendiz
O Aprendiz é um silenciário. Portanto deve se manter em constante silêncio, 
porém é necessário falar do silêncio que se manifesta a nossa volta; o 
silêncio é a chave das sociedades secretas; é ele que mantém viva as 
fraternidades iniciáticas. O silêncio é uma força poderosa, o Grande 
Arquiteto do Universo, em sua sabedoria, dotou o homem de dois ouvidos e 
uma só boca, o que significa que devemos ouvir o dobro do que falamos.
Uma chave de ouro colocada sobre a língua do iniciado simboliza o silêncio 
de um segredo misterioso, que ao revelá-lo deixou de ser segredo, e 
perdemos a confiança de quem nos confiou. Pois todo SEGREDO deve 
habitar no SILÊNCIO.
Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites; Mas 
vossos ouvidos anseiam por ouvir o que vosso coração sabe.
 SALMO 133
A EXCELÊNCIA DO AMOR FRATERNAL
Salmo 133 - Cântico de Romagem. De Davi
1. Ó quão bom e quão suave é viverem os irmãos em união!
2. É como um azeite precioso derramado na cabeça, que desce sobre a 
barba, a barba de Aarão, que desce à orla do seu vestido;
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3. É como o orvalho do Hermón, que desce sobre o Monte Sião: Porque ali o 
Senhor derrama a sua bênção, a vida para sempre!
O Salmo 133 representa para os Maçons LIBERDADE, IGUALDADE e 
FRATERNIDADE. Para os seguidores das Doutrinas Orientais temos os 
MANTRAS. Para os Hebreus, os SALMOS. Para os esoteristas a SÍNTESE; o 
que é desvendado além do véu, O SOM DAS ESFERAS.
A união que este Salmo descreve depende tão-somente da união de cada 
irmão, individualmente com o Senhor Deus. Somente esta união pode 
apresentar um testemunho eficiente perante o mundo, e uma atmosfera na 
qual nossa fé pode florescer. 
A unção do sumo sacerdote Aarão, nessa passagem, simboliza a sua 
vocação de manter o povo de Israel em comunhão com Deus, sendo esta, 
portanto a grande e mais significativa mensagem transmitida por esse texto 
bíblico e esta reunida no titulo resumo que encima os versículos citados, ou 
seja, A EXCELÊNCIA DO AMOR FRATERNAL.
A citação do orvalho do Hermon alude ao fato que, naquelas regiões do 
Oriente, apesar do clima muitas vezes inóspito, o orvalho faz os campos 
florescerem e produzir boas ceifas. Simbolicamente demonstrando aos 
maçons que, apesar das dificuldades em semear bons e verdadeiros 
ensinamentos no coração humano, não se deve desanimar, pois sempre se 
pode contar com o orvalho simbólico, da fé em Deus, para se obter uma 
excelente ceifa, ou seja, para atingir o desiderato de bem formar homens 
para a construção Moral e Social a que se propõe a Ordem.
Segundo a palavra de Jesus Cristo, o AMOR AO PRÓXIMO está associado ao 
AMOR DE DEUS, que lhe dá, portanto, a mesma importância e o mesmo 
destaque.
Do pontode vista maçônico, encontramos na terceira Instrução do Ritual de 
Aprendiz Maçom a assertiva de que a inteligência, quando dirigida por uma 
sã Moral, é suficiente para discernir o Bem do Mal.
A Moral ensinada pela Maçonaria baseia-se no AMOR AO PRÓXIMO, nesse 
mesmo amor ensinado por Deus e por Jesus Cristo, que podemos conhecer 
pelos textos bíblicos acima citados é que nos dão a certeza do cuidado de 
Deus para com todos nós.
É esse amor fraterno que o verdadeiro Maçom deve praticar, não só dentro 
das Lojas, mas, sim e principalmente, na vida profana, para exercitar aquilo 
que foi aprendido nos nossos templos; do contrario seremos apenas 
acadêmicos bem formados.
Nos três graus simbólicos, o Venerável Mestre ergue uma prece ao Grande 
Arquiteto do Universo na qual se diz “... subjuguemos paixões e 
intransigências a fiel obediência dos sublimes princípios da Fraternidade, 
afim de que nossa Loja possa ser o reflexo da Ordem e da Beleza que 
resplandece em Teu trono.” Esta prece reitera para os maçons, que o amor 
fraternal é a preparação indispensável para pretender-se alcançar o cimo da 
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Escada de Jacó, que os verdadeiros Maçons haverão de galgar, um por um, 
todos os seu degraus, na busca Deus e de sua perfeita conformidade com 
Ele (Deus), tendo sempre presente em sua mente e em seu coração, o 
solene e fundamental dever de estreitar os laços de amizade fraternal que 
nos une (os maçons) como verdadeiros irmãos.
Em sua primeira estrofe, ouvimos com emoção:
“Ó quão bom e quão suave é viverem os irmãos em união!”
Eis aqui a primeira lição daquele que deverá ser o Eterno Aprendiz. A União 
que o faz fraterno pela Iniciação.
Toda subida, como a saída de nossos irmãos do cativeiro babilônico parece 
à primeira vista dolorosa, porém, a visão do alto do Monte é o prêmio da 
LIBERDADE.
CIRO liberta o povo eleito da Babilônia. Os irmãos em União caminham para 
Jerusalém. O APRENDIZ suporta o cativeiro da CÂMARA e começa suas 
viagens da direção da Jerusalém Celeste, guiado e exaltado pelos louvores 
da promessa suave e boa da União Interior.
A dor do cativeiro não se compara com a alegria da LIBERTAÇÃO NA 
EXCELÊNCIA DO AMOR FRATERNAL.
Levemos em conta que o salmista preocupava-se coma dispersão dos 
hebreus, que se acontecesse, iria sempre enfraquecer as tribos e tornar 
problemática a continuidade da raça e a crença em um só Deus, o que era 
um apanágio, porque só a religião e a fé em um Deus Único mantinha unido 
um povo com tendência à dispersão. Por ser um povo dedicado 
exclusivamente ao pastoreio, sua força e poderio refletia-se no volume dos 
rebanhos pertencentes à família, que normalmente permanecia unida, 
evitando-se inclusive casamento de seus varões com mulheres de outras 
Tribos, o que iria inevitavelmente provocar uma diminuição no rebanho 
bovino, caprino ou ovino com a passagem do homem para a tribo da 
esposa, isso sem falar na perda do guerreiro o que, naqueles tempos de 
conquistas, representava perda irreparável para o clã.
Nos tempos atuais, esta representatividade é trazida para os Templos 
Maçônicos, buscando mostrar que dentro de uma comunidade de 
pensamentos e religiões diferentes, embora com etnias diversas, pode-se 
viver em perfeita união e harmonia, desde que se busque o mesmo 
objetivo, que é o progresso coletivo através da eliminação das imperfeições 
individuais e busca incessante do conhecimento que traz como 
conseqüência, a liberdade espiritual. No ponto de vista prático, esta frase 
nos lembra que a união dá a força e proteção, devendo reunir-nos em torno 
da família e daqueles a quem amamos a fim de criar um escudo protetor 
contra as agressões externas. Levando-se um pouco mais longe, lembremos 
que devemos viver em união permanente com toda a humanidade, uma vez 
que, quando dizemos que Deus é o nosso Pai e o nosso vizinho, da casa ao 
lado, ou o habitante da longínqua Tasmânia, é o nosso irmão. Negar tal fato 
seria uma incoerência e até mesmo no tocante à religiosidade, uma heresia.
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O versículo dois nos diz:
“É como um azeite precioso derramado na cabeça, que desce sobre a 
barba, a barba de Aarão, que desce à orla do seu vestido.”
Como sabemos, o óleo ou azeite, fazem parte, desde tempo imemoriais, 
das cerimônias de consagração. Através dos mais variados rituais, este 
transmutador alquímico é despejado sobre a cabeça, que é o centro da 
inteligência e a sede do espírito. Já naquele tempo o salmista determinava a 
unção sagrada do "escolhido" através da colocação do óleo na parte física 
que representava o "canal" de comunicação com o Criador, a cabeça, que 
como sabemos, recebe as influências vindas dos planos superiores, sejam 
astral ou espiritual.
Aquele que é ungido com o azeite, passa a portar as virtudes alquímicas 
deste transmutador que, junto com o Mercúrio nos fará compreender o Sal 
da Vida e o significado solar do enxofre divino.
Fomos informados de que nas cerimônias maçônicas de Ordem Co-Maçônica 
o óleo é usado durante a admissão do Companheiro e nas Instalações de 
Lojas.
O óleo nos faz ungidos para serviço ainda maior na direção do ideal Maior 
da Fraternidade Universal.
Os Patriarcas tinham profunda consideração pela barba, atributo do varão 
que, com ela, mostrava toda sua dignidade. Não somente ter a barba, mas 
cuidá-la, pois não o fazendo, poderia ser considerado num estado de 
loucura.
Era costume beijar a barba de um amigo. Ofensa grave cortar parte ou toda 
a barba de alguém.
Vemos, deste modo, que o óleo do ungido desce sobre a dignidade do 
sacrificador, sua barba, a barba de Aarão, até a orla do seu vestido.
Observemos que o óleo antes de descer à orla do vestido de Aarão, deslizou 
pela sua barba, mas foi inicialmente derramado sobre sua cabeça, SEDE DA 
MENTE.
Não podemos esquecer que Aarão é o sacerdote que sacrifica para purgar 
os pecados do seu povo, daí o odor nauseabundo da carne queimando no 
altar.
Livre e ungido, ele prestará o SERVIÇO simbolizado pelo perfume do 
incenso, como o espiral na direção do Mestre Espiritual por excelência.
Neste instante, ele é incorruptível como a Mirra. Ele é o Ouro de Melquior e 
companheiro da Luz dos outros Magos, que o fazem retornar a Vida pelo 
Amor prestado no Altar dos Altares Quando o Homem adentrou no Templo 
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precisou da pele e, a vestimenta do nosso irmão de ontem, é o nosso 
avental de hoje.
Finalmente:
“É como o orvalho do Hermón, que desce sobre o Monte Sião: Porque ali o 
Senhor derrama a sua bênção, a vida para sempre.”
O orvalho do Hermon está representando para o salmista, a renovação da 
vida, seguindo os parâmetros da Natureza que revigora a vida na vegetação 
com a irrigação provocada pelo orvalho durante a madrugada do novo dia, 
recebendo a benção do Senhor pela renovação cíclica da vida, o que em 
linhas gerais significa a VIDA PARA SEMPRE.
Toda uma comparação aqui se encontra entre a Natureza prodigiosa e a Paz 
Profunda que reina nos corações dos Irmãos que vivem em União.
O óleo que ungiu Aarão é o mesmo orvalho que cobre o Monte, que é todo 
Luz onde tudo mais é sombra.
Moisés subiu o SINAI para receber a Lei. Não face a face como o Grande 
Arquiteto do Universo, mas como elo intermediário da Luz que habita e 
habitará sempre a FONTE INESGOTÁVEL E ETERNA que transborda seu 
orvalho para aqueles que suave e prazerosamente aceitam sua bênção e A 
VIDA PARA SEMPRE.
Quando estivermos presentes em Templo, estaremos, também, por ocasião 
da leitura do Salmo 133, recebendo o óleo precioso sobre as nossas cabeças 
e sentiremos que ele desce sobre nossos rostos e pelagola de nossas 
vestes, ocasião em que deve orvalhar o nosso coração, quando estaremos 
recebendo a benção do Grande Arquiteto do Universo na certeza da Vida 
Eterna.
DIA DO MAÇOM
Primeiramente, a proposta para a criação do DIA DO MAÇOM foi levantada 
pela Grande Loja de Santa Catarina, por ocasião da V MESA-REDONDA das 
Grandes Lojas do Brasil, realizada em Belém, nos dias 17 a 22 de julho de 
1957 e, lá por sugestão da Grande Loja de Minas Gerais, escolheu-se o dia 
20 DE AGOSTO, que na justificativa: “por ter sido nesse dia que a 
Independência do Brasil foi proclamada dentro de um Templo Maçônico”. E 
assim vários Trabalhos de esmerados irmãos têm consignado esta data 
como sendo o dia do registro da moção de independência do Brasil de 
Portugal, lá pelos idos de 1822.
A assertiva de que 20 de agosto foi quando se votou a moção de 
independência do Brasil dentro de um Templo Maçônico é menos verdade, 
não tem fundamento histórico/documental, conforme vimos – aconteceu 
sim esta moção, mas em 9 de setembro de 1822. Portanto, nossos irmãos 
das Grandes Lojas erraram ao justificar, em 1957, que a data aludia ao 
referido ato. E ainda notificamos que desde 1923, encontra-se na 
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BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO, para quem quiser pesquisar, a 
Certidão das Atas do Grande Oriente do Brasil, de 1822, com o título 
DOCUMENTOS PARA A HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA, VOLUME I, LISBOA 
– RIO DE JANEIRO, 1923 – A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA. Neste 
documento, grafa quando se refere à “Ata da Sessão de 20 do 6º mês Ano 
1822” a data correspondente no calendário Gregoriano como “(nove de 
setembro)” e ponto final.
Hoje, o 20 DE AGOSTO, DIA DO MAÇOM, é uma efeméride nacional 
consagrada e, como tal, deve ser comemorada com toda pompa, pois a 
Maçonaria em muito contribuiu para a efetiva emancipação político-social do 
Brasil e os Maçons de um modo geral devem reverenciar seus membros 
responsáveis pelas idéias e as efetivas ações, mas sempre sabedores da 
verdade histórica.
A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
De acordo com o Decreto no. 125 de 29 de setembro de 1821, o Rei de 
Portugal, D. João VI extinguiu o reinado do Brasil e determinou o regresso 
de D. Pedro com toda a família real para Portugal. Nessa época, 
funcionavam no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual 
eram membros vários homens ilustres da corte como o Cônego Januário da 
Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre 
outros. Esses maçons reunidos e após terem obtido a adesão dos irmãos de 
São Paulo, Minas Gerais e Bahia, resolveram fazer um apelo a D. Pedro para 
que permanecesse no Brasil e que culminou com o célebre "como é para o 
bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico". 
Mas não parou ai o trabalho dos maçons. Começou-se logo em seguida, 
um movimento coordenado, entre os irmãos de outras províncias brasileiras 
com o intuito de promover a Independência do Brasil. 
Os movimentos nativistas para a convocação de uma assembléia 
constituinte e a concessão do título de “Príncipe Regente Constitucional e 
Defensor Perpétuo do Reino Unido do Brasil”, autorgado a D. Pedro, pelos 
brasileiros, acirrou ainda mais os ânimos entre os portugueses e nativistas.
Nessa época, havia na metrópole, três lojas maçônicas funcionando, a 
“Comércio e Artes”, a “Esperança de Niterói” e a “União e Tranqüilidade”, e 
nenhuma pessoa era iniciado em qualquer das três lojas, sem que fossem 
conhecidas suas opiniões sobre a Independência do Brasil e o neófito jurava 
não só defendê-la como também promovê-la.
Em princípios do ano de 1.822, funda-se no Rio de Janeiro, o Grande 
Oriente, onde se filiaram todas as lojas existentes naquele oriente, sendo 
eleito seu primeiro Grão Mestre José Bonifácio de Andrada e 1º Grande 
Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo.
A 13 de julho de 1.822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado 
na maçonaria na loja Comércio e Artes e logo elevado ao grau de Mestre 
Maçom. Enquanto isso, crescia em todo o Brasil, o movimento pela 
Independência, encabeçado pelos maçons.
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Os acontecimentos se sucediam, até que a 20 de agosto de 1.822 é 
convocada uma reunião extraordinária do Grande Oriente e nessa reunião 
assume o malhete da loja, Joaquim Gonçalves Ledo que era o 1º Grande 
Vigilante, devido a ausência de José Bonifácio que se encontrava viajando.
Joaquim Gonçalves Ledo, profere um eloqüente e enérgico discurso, 
expondo a todos os irmãos presentes, a necessidade de se proclamar 
imediatamente a Independência do Brasil. A proposta foi posta em votação 
e aprovada por todos e em seguida lavrou-se a ata dessa reunião.
Presume-se que a cópia da ata dessa memorável reunião, tenha sido 
enviada a D. Pedro, juntamente com outros documentos que o alcançaram 
na tarde do dia 7 de setembro de 1.822 as margens do riacho Ipiranga e 
culminou com a proclamação da Independência do Brasil oficialmente 
naquele dia e que a história assim registra.
Eis aí, porque o dia 20 de agosto foi escolhido para ser o dia do maçom 
brasileiro. Foi nesse dia que realmente passamos a ser nação e 
independente.
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O APRENDIZ E SUA INICIAÇÃO
 
INTRODUÇÃO
 
Em todos os sistemas e ritos da Maçonaria Simbólica universal, 
denomina-se aprendiz o iniciado nos seculares segredos dessa 
Ordem. O termo foi tirado da Maçonaria Operativa, na qual o 
Aprendiz ocupava o lugar mais inferior da escala entre os operários. A 
Maçonaria Especulativa, que sucedeu à Maçonaria Operativa, ocupada 
não mais com a arte de construção, mas com a moral, com o 
simbolismo e rituais, adotou os usos, costumes e regulamentos bem 
como os instrumentos da antiga modalidade. Através da adoção de 
todos os elementos da Maçonaria Operativa, a Maçonaria 
Especulativa estabeleceu o seu próprio sistema de organização e de 
moralidade.
O que representa o homem quando é apresentado aos primeiros 
elementos da Maçonaria, o aprendiz, portanto? Representa o ser 
humano nos primeiros passos da civilização, na sua infância cultural, 
tentando sair da escuridão, da ignorância. Assim são deveres do 
Aprendiz a luta contra os inimigos naturais do homem as paixões, o 
estudo das leis, usos e costumes da Maçonaria através do seu 
trabalho simbólico em desbastar a Pedra Bruta desde o meio-dia até 
a meia-noite, o combate contra a mentira, o fanatismo, a ambição e 
a ignorância. O Aprendiz deve lutar arduamente pela vitória da luz 
sobre as trevas, da honra sobre a perfídia, da verdade sobre a 
hipocrisia.
O Aprendiz, em Loja, deve permanecer em absoluto silêncio, em 
atitude de respeito e meditação, sempre procurando tirar o máximo 
de proveito de cada ensinamento vindo do Oriente. O Aprendiz deve 
saber esperar a concessão da palavra e saber usá-la com sabedoria. 
O Sinal de Ordem ao falar, deve lembrar ao Maçom que precisa 
dominar a exteriorização de seus pensamentos.
 
O trabalho em Loja sempre é iniciado ao meio-dia porque esta hora 
faz alusão ao período da vida em que o homem estaria capacitado a 
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trabalhar pelo semelhante. Antes do meio-dia o homem vive a fase 
de aprendizado sobre os mistérios da existência. Ao meio-dia começa 
o seu trabalho. A morte, o fim, o encerramento dos trabalhos chega 
com as doze badaladas da noite.
Enquanto Aprendiz, o Maçom recebe a revelação do que representa o 
trabalho da Maçonaria, e aprende

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