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1 LIVRO DE BOLSO DO APRENDIZ-MAÇOM José Robson Gouveia Freire, M∴I∴(*) S U M Á R I O PARTE I – MAÇONARIA (GENERALIDADES) Introdução ........................................................................................................04 ORIGENS..........................................................................................................04 Maçonaria e Sociedade.....................................................................................07 O Papel do Maçom............................................................................................08 Aprendizado Maçônico......................................................................................09 Organização da Maçonaria...............................................................................10 Regularidade em Maçonaria.............................................................................11 Princípios gerais da Maçonaria.........................................................................12 Religião.............................................................................................................16 O sigilo maçônico..............................................................................................17 Silencio do Aprendiz.........................................................................................21 Salmo 133........................................................................................................21 Dia do Maçom..................................................................................................25 A Maçonaria e a Independência do Brasil.......................................................26 O Aprendiz e sua Iniciação..............................................................................28 A Condição para Ingressar na Maçonaria.......................................................30 Ser Livre..........................................................................................................32 Ser de Bons Costumes...................................................................................36 1. INICIAÇÃO..................................................................................................40 2. CÂMARA DE REFLEXÕES.........................................................................44 A Lâmpada......................................................................................................50 O Pão, a Bilha e a Água ..................................................................................50 VITRIOL...........................................................................................................51 Sal e o Enxofre.................................................................................................51 Mercúrio Vital....................................................................................................52 O Galo...............................................................................................................52 Ampulheta.........................................................................................................52 Os Emblemas Fúnebres...................................................................................52 Advertências.....................................................................................................53 Testamento.......................................................................................................53 Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Introdu%C3%A7%C3%A3o http://www.higintel.com.br/nilson http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#TESTAMENTO http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#ADVERT%C3%8ANCIAS http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#OS%20EMBLEMAS%20F%C3%9ANEBRES http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#AMPULHETA http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#O%20GALO http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#MERC%C3%9ARIO%20VITAL http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#SAL%20E%20O%20ENXOFRE http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#VITRIOL http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#O%20P%C3%83O,%20A%20BILHA%20E%20A%20%C3%81GUA. http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#A%20L%C3%82MPADA http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#2%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%20C%C3%82MARA%20DA%20REFLEX%C3%83O http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#1%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%20INICIA%C3%87%C3%83O http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#SER%20DE%20BONS%20COSTUMES http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#SER%20LIVRE http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#A%20CONDI%C3%87%C3%83O%20PARA%20INGRESSAR%20NA%20MA%C3%87ONARIA http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#A%20MA%C3%87ONARIA%20E%20A%20INDEPEND%C3%8ANCIA%20DO%20BRASIL http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#DIA%20DO%20MA%C3%87OM http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#SALMO%20133 http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Silencio%20do%20Aprendiz http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#O%20SIGILO%20MA%C3%87%C3%94NICO http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Religi%C3%A3o http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#PRINC%C3%8DPIOS%20GERAIS%20DA%20MA%C3%87ONARIA http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Organiza%C3%A7%C3%A3o%20da%20Ma%C3%A7onaria http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Aprendizado%20Ma%C3%A7%C3%B4nico http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#O%20Papel%20do%20Ma%C3%A7om http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#Ma%C3%A7onaria%20e%20Sociedade http://www.loja21demarco.com/conceitosp1.htm#ORIGENS 2 3. VIAGENS PELOS NÍVEIS SUPERIORES DO AR, DA ÁGUA E DO FOGO................... 54 A primeira viagem..............................................................................................55 A segunda viagem.............................................................................................56 A terceira viagem...............................................................................................57 No início era o verbo..........................................................................................61 Levantar templos à virtude.................................................................................63 PARTE II - MAÇONARIA – CONCEITOS Questionário de 600 perguntas ...................................................................67/143 PARTE III - HISTÓRIA DA MAÇONARIA APRESENTAÇÃO . . . . . . . . . ...........................................................................144 PRIMEIRA PARTE: DAS ORIGENS ATÉ 1717.................................................144 Considerações Preliminares ...............................................................................144 A Doutrina Interior ...............................................................................................145 Os Mistérios ........................................................................................................146 A Unidade da Doutrina ........................................................................................147 A Hierarquia Oculta .............................................................................................148 As Comunidades Místicas ...................................................................................149 As Escolas Filosóficas ........................................................................................150 A Escola Gnóstica ...............................................................................................151 A Cabala Hebraica .............................................................................................151 Alquimia e Hermetismo ......................................................................................152 Templários e Rosacruzes ...................................................................................153Espírito, Alma e Corpo ........................................................................................154 A Ars Structoria ...................................................................................................154 Maçonaria Operativa e Maçonaria Especulativa .................................................155 As Corporações Construtoras .............................................................................156 A Religião dos Construtores ...............................................................................157 O Grande Arquiteto do Universo .........................................................................158 As Primeiras Corporações ..................................................................................159 Os Construtores Fenícios ...................................................................................160 Construtores Gregos e Romanos .......................................................................160 As Corporações Medievais .................................................................................161 Os Maçons Aceitos..............................................................................................162 A Loja de São João..............................................................................................163 SEGUNDA PARTE: DE 1717 ATÉ O FINAL DO SÉCULO XIX O Desenvolvimento Histórico da Maçonaria Moderna ........................................164 A Grande Loja de Londres ..................................................................................164 Primeiros Dirigentes ............................................................................................166 A Constituição de Anderson ................................................................................167 Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#Levantar%20templos%20%C3%A0%20Virtude http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#NO%20IN%C3%8DCIO%20ERA%20O%20VERBO http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#A%20terceira%20viagem http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#A%20segunda%20viagem http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#A%20primeira%20viagem http://www.loja21demarco.com/conceitosp3.htm#3%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%C2%A0%20VIAGENS%20PELOS%20N%C3%8DVEIS%20SUPERIORES%20DO%20AR,%20DA%20%C3%81GUA%20E%20DO%20FOGO 3 Deveres Maçônicos .............................................................................................167 A Essência da Maçonaria Moderna ....................................................................168 Multiplicação das Lojas .......................................................................................169 O Desenvolvimento na Inglaterra ........................................................................169 A Maçonaria na França .......................................................................................171 Primeiro Anátema . .............................................................................................171 O Exórdio na Itália ..............................................................................................173 Na Península Ibérica (Portugal e Espanha) ........................................................174 Na Alemanha e Áustria........................................................................................175 Nos Demais Países da Europa ...........................................................................176 Na América ..........................................................................................................177 A Maçonaria na Primeira Metade do Século XIX.................................................178 Novas Perseguições ...........................................................................................179 Os Carbonários....................................................................................................180 Extensão da Maçonaria no Novo Continente ......................................................181 A Segunda Metade do Século XIX ......................................................................181 TERCEIRA PARTE: SÉCULO XX E PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI O Poder da Maçonaria Anglo-Saxônica ..............................................................183 A Maçonaria Européia .........................................................................................184 Ásia, África e Oceania..........................................................................................186 Na América Latina ...............................................................................................187 O .Domínio Mundial. da Maçonaria......................................................................188 QUARTA PARTE: A MAÇONARIA NO BRASIL Contexto Histórico e Político de sua Introdução no Brasil ..................................189 Período Colonial (1768 a 1822)...........................................................................189 Período Monárquico (1822 a 1889).....................................................................191 Período Republicano (1889 em diante) ..............................................................192 QUINTA PARTE: CONCLUSÃO .........................................................................197 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................198 Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 4 Introdução O presente trabalho, fruto de laboriosas pesquisas da nossa Arte, brotou da necessidade sentida de buscar respostas às naturais dúvidas de todo aquele que se inicia no Mistério Maçônico. Resolvi fazer um guia pratico para consultas. Este porém talvez não satisfará tão cabalmente, devido á vastidão e complexidade do assunto, e também não tenho nenhuma pretensão de apresentar nenhuma originalidade. A maior dificuldade em vencer foi a de encontrar, selecionar e compilar todas matérias que se acham na ampla bibliografia maçônica. Este se divide em três partes: Historia da Maçonaria do Brasil, Instruções do Grau de Aprendiz com perguntas e respostas e Iniciação. A Maçonaria possui um “SEGREDO”. Todo aquele que procura admissão em seus mistérios para desvendá-lo jamais logrará êxito. Somente aquele que contaminar-se pela beleza da Arte Maçônica, permitindo que a Maçonaria penetre no fundo do seu Ser, poderá, um dia, cruzar o véu de Isis e triunfar no êxtase do descobrimento do Segredo que não se encontra em parte alguma mas no Todo Unificado. ORIGENS Se pesquisarmos e estudarmos isentos de paixões e ânimos, chegaremos a decepcionante conclusão de que existe muita insegurança e uma grande confusão entre os que pretendem explicar as origens da Maçonaria, vejamos então as várias teorias defendidas ou difundidas: 1. Deus iniciou Adão na Maçonaria 2. Desde que o homem formou a primeira sociedade com a finalidade de lutar contra a opressão e pela liberdade. 3. Civilização Persa, com mais de cem mil anos de existência, se considerarmos que estes já tinham as suas sociedades secretas, encerrando no meio destas a guarda dos conhecimentos místicos e científicos. 4. Em 529 com a fundação da Ordem dos Beneditinos, já que estes receberam de seu fundador a iniciação e seus fundamentos. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 5 5. Século X, com a Confraria de York, precisamente em 926, sendo esta a primeira associação que a historia registra onde aparece a denominação Franco-maçom, bem como a sua ordem hierárquica de; Aprendiz, Companheiro e Mestre. 6. No século XI, com a fundação dos “obreiro construtores de ogivas” na Alemanha. 7. No século XIII, quando os leigos já conhecedores dos segredosda construção bem como da forma de associação e aprendizado, se tornam independentes da Ordem dos Beneditinos. 8. Em 1498, quando o Imperador Maximiliano I resolve legalizar as associações de construtores. 9. No século XV com a “Constituição de York”, codificação das organizações de construtores, já decadentes e portanto pela necessidade de instrui-las e moraliza-las. 10.Em 1717, quando o naturalista João Theophilo Degulier e o ministro protestante Jaques Anderson reuniram os membros das Lojas existentes para uma reunião no Albergue da Macieira, em Londres, na Inglaterra, com a finalidade de congrega-las, com o entendimento entre estas, desaparece a figura das antigas sociedades, e entra em cena a “Franco Maçonaria”. 11.Em 1723, com a Constituição dos Maçons Livres e Aceitos (Constituição de Anderson). Todas as pesquisas criteriosas, referentes às origens da Maçonaria, convergem à Idade Média. Portanto as alegações dos que defendem épocas remotas em torno do nascedouro maçônico não passam de suposições fictícias, hipóteses fabulosas, obviamente contrárias às provas documentais, aos indícios confiáveis ao proverbial bom-senso dos autênticos estudiosos e, enfim, contrárias à seriedade caracterizadora da História Universal. A Maçonaria da maneira que conhecemos hoje, que é também conhecida como Franco-maçonaria (nome que tem origem nos mestres de obras das catedrais medievais, conhecidos na Inglaterra como Freestone mason), é, antes de tudo, uma associação voluntária de homens livres, cuja origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas ou de Ofício. Modernamente, fundada em 24 de junho de 1717, com o advento da Grande Loja de Londres, agrupa mais de onze milhões de membros em todo o mundo. É o mais belo sistema de conduta moral, que pretende fazer com que o Iniciado seja capaz de vencer suas paixões, dominar seus vícios, as ambições, o ódio, os desejos de vingança, e tudo que oprime a alma do homem, tornando-se exemplo de fraternidade, de igualdade, de liberdade absoluta de pensamento e de tolerância. Em função disso, os objetivos perseguidos pela Maçonaria são: ajudar os homens a reforçarem o seu caráter, melhorar sua bagagem moral e espiritual e aumentar seus horizontes culturais. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 6 É uma sociedade fraternal, que admite a todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição. Simbolicamente, o Maçom vê-se a si mesmo como uma pedra bruta que tem de ser trabalhada, com instrumentos alegóricos adequados, para convertê-la em um cubo perfeito, capaz de se encaixar na estrutura do Templo do Grande Arquiteto do Universo. Ela se fundamenta na crença em um Ser Superior ou Deus, ao qual denominamos Grande Arquiteto do Universo, que é o princípio e causa de todas as coisas. Parece rígida em seus princípios, mas é absolutamente tolerante com todas as pessoas, ensinado aos iniciados que é mister respeitar a opinião de todos, ainda que difiram de suas próprias, desafiando a todos à mais sincera Tolerância. A Ordem não visa em hipótese alguma lucro ou benefício, pessoal ou coletivo. Uma pessoa para se iniciar na Maçonaria, tem que ser apresentado e avalizado por maçom, ser livre, de boa reputação junto a sociedade, exigindo dele, unicamente que possua espírito filantrópico, o firme propósito de estar sempre em busca da perfeição e que acredite em Deus. A Maçonaria é rígida em seus princípios, mas é tolerante com as pessoas, ensinando-as a respeitar as diversas opiniões por mais antagônicas que sejam, incitando a prática sincera da tolerância. Seu objetivo e ajudar ao homem a reforçar seu caráter, melhorar a sua visão moral e espiritual, procurando assim aumentar o seu horizonte mental. Aos maçons, é exigido através dos seus “Landmarks” que proclamem os seguintes princípios: 1. Amem a Deus, a sua pátria e a humanidade. 2. Pratiquem a beneficência se modo discreto, e sem humilhar. 3. Pratiquem a solidariedade maçônica nas causas justas, fortalecendo assim os laços maçônicos de fraternidade. 4. Defendam os direitos e garantias individuais do homem. 5. Considerem o trabalho digno e lícito como dever do homem. 6. Exijam de seus membros boa reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes. 7. Sejam tolerantes para com toda forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 7 8. Lutem pelo princípio da equidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e méritos. 9. Combatam o fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios 10. Simbolicamente, o maçom se vê como uma pedra bruta, que trabalhando com suas ferramentas alegóricas e adequadas, procura converter-se em um cubo perfeito e polido, para assim poder encaixar- se justo e perfeito na estrutura do Templo do Grande Arquiteto do Universo. Há três graus em Maçonaria. Outros corpos conferem graus adicionais, até o 33º no Rito Escocês, mas nas lojas normais ou simbólicas, tem-se os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. A maioria das lojas tem reuniões regulares e semanais e congregam-se em Potências Maçônicas, chamadas Grandes Orientes ou Grandes Lojas. Muitas lendas envolvem a Maçonaria, mas muito poucos sabem o que ela representa na realidade, temos aqui algumas definições: Nas palavras de Wilmshurst: “Maçonaria é um sistema sacramental que, como todo sacramento, tem um aspecto externo visível, consistente em seu cerimonial, doutrinas e símbolos, e outro aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, e acessível só ao maçom que haja aprendido a usar sua imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo símbolo externo.” Nas palavras de Lincoln: “A mais sublime de todas as Instituições é a Maçonaria, porque prega e luta pela fraternidade, que cultiva com devotamento; porque pratica a tolerância; porque deseja a humanidade inteirada em uma só família, cujos seres estejam unidos pelo amor, dominados pelo desejo de contribuir para o bem do próximo. É uma honra, para mim, ser maçom.” Nas palavras de Newton: "A Maçonaria não é uma obra de época; pertence a todas as épocas e, sem aderir a nenhuma religião, encontra grandes Verdades em todas elas. A Maçonaria ostenta a Verdade comum às religiões superiores que formam a Abóbora de todos os credos. Não se apoia senão em dois sustentáculos extremamente simples: o amor a Deus e o amor ao Homem, que leva a si a Divindade e caminha para Ela." Maçonaria e Sociedade A Maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do país em que cada Maçom vive e trabalha. Os princípios Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 8 A Ordem induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da Humanidade. E é por issoque os Maçons jamais participarão de conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos. Para um Maçom as suas obrigações como cidadão e pai de uma família, devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto, não dará nenhuma proteção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da sociedade. Em suas Lojas são expressamente proibidos o proselitismo religioso e político, garantindo assim a mais absoluta liberdade de consciência, o que lhe permite permanecer progressista, sobrevivendo às mais diversas doutrinas e sistemas do mundo. Curioso é perceber que sempre onde faltou a Liberdade, onde grassou a ignorância, foi aí que a Maçonaria foi mais contundentemente perseguida, tendo sido inclusive associada aos judeus durante o período de intenso anti- semitismo da Europa Ocidental, nos primeiro e segundo quartos deste século. O Papel do Maçom A maçonaria mudou muito desde sua criação até os dias de hoje. Juntamente com ela mudaram os seus membros, os maçons. Todos os tipos de maçonaria já existentes exigiram um determinado comportamento de participantes, de acordo com o momento, com o local, com a sociedade. No entanto, em todas elas foi exigido que seus maçons adquirissem conhecimentos, e através da discussão desses conhecimentos chegassem à sabedoria, pois para uma sociedade que tenciona a liberdade, a igualdade e a fraternidade em todo o mundo sabe que só com sabedoria se consegue alcançar esses objetivos. O conhecimento é a aquisição de informações e estas se consegue através de leituras, conversas, observações, filmes, etc. Mas o conhecimento sem a sabedoria leva a atos que podem ser usados para o bem e também para o mau. Temos como exemplos os homens que fazem muitos cursos de vários graus, formam-se em diversas profissões e não mudam seu comportamento perante o mundo, a sociedade ou mesmo em relação a sua família. Vemos os governos formados por esses homens que pouco se preocupam com a sociedade, atingem um grau de corrupção altíssimo e tentam perpetuar essa situação através da própria família e de correligionários. A sabedoria é aplicação dos conhecimentos adquiridos para o bem da humanidade, de forma a levar todos os homens a alcançarem também a Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 9 sabedoria, e com ela todos cresçam em todos os níveis. A sabedoria prega a igualdade, que provoca a fraternidade e as duas levam à liberdade. A maçonaria precisa promover, dentro de seus quadros, a discussão de informações de todos os tipos, de todas as épocas e trazer isso a reflexão de seus membros e cobrar de todos eles uma reflexão séria. O quadro maçônico deve dar bons exemplos de comportamento à sociedade e com isso transformar essa sociedade, começando pela própria família do maçom. A maçonaria, de tempos imemoriais, precisa continuar sendo A Maçonaria, Ordem Universal formada de homens de todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, por métodos ou meios racionais, auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para a construção da SOCIEDADE HUMANA, fundada no AMOR FRATERNAL, na esperança de que o AMOR ao GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, À PATRIA, À FAMÍLIA e ao PRÓXIMO, com Tolerância, Virtude e Sabedoria, com a constante e livre investigação da Verdade, com o progresso do Conhecimento Humano, das Ciências e das Artes, sob a tríade LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, dentro dos princípios da Razão e da Justiça, propugna para que o mundo alcance FELICIDADE GERAL e a PAZ UNIVERSAL. O papel do maçom de hoje continua sendo de grande importância, mas agora está no âmbito das idéias, do comportamento, do crescimento como pessoa. A luta agora é por valores intelectuais, não mais de uma classe, mas de toda a humanidade. Aprendizado Maçônico A transmissão dos preceitos Maçônicos se faz através de cerimônias ritualísticas, ricas em alegorias, que seguem antigas e aceitas formas, usos e costumes, que remontam às guildas dos construtores de Catedrais da Idade Média, usando inclusive as mesmas ferramentas do Ofício de pedreiro. Este aprendizado passa pela necessidade de todo iniciado controlar as suas paixões, de submeter a sua vontade às Leis e princípios morais, amar a sua família e à sua Nação, considerando o trabalho como um dever essencial do Ser Humano. O sistema de aprendizado está assente sobre a busca, por parte de cada Irmão, no seu trabalho dentro da Ordem, e respectivo ao seu Grau, de um aperfeiçoamento interior, em busca da perfeição, para fazer-se um Homem bom, Um Homem melhor. A Maçonaria estimula a prática de princípios nobres, tais como: Gentileza, Honestidade, Decência, Amabilidade, Honradez, Compreensão, Afeto Para os membros da Ordem todos os Homens, fazem parte da Grande Fraternidade Humana, portanto, todos são Irmãos, independentemente de Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 10 Credo, Política, Cor, Raça ou qualquer outro parâmetro que possa servir para dividir os homens. Os Três Grandes Princípios sobre os quais está fundamentada a busca do progresso e da auto-realização do Maçom são: O Amor Fraterno: O verdadeiro Maçons mostrará sempre a mais profunda tolerância e respeito pela opinião dos demais, portando-se sempre com compreensão. Ajuda e Consolo: Não só entre os Maçons, mas com toda a Comunidade Humana. Verdade: É o princípio norteador da vida do Maçom, mesmo porque faz-se necessária toda uma vida para chegar-se próximo de ser um bom Maçom. Organização da Maçonaria Desde a fundação da Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, as Loja Maçônicas têm-se organizado em Obediências, sejam elas Grandes Lojas ou Grandes Orientes. Os Maçons estão reunidos em Lojas, que se reúnem regularmente uma vez por semana, geralmente. A verdadeira e antiga Maçonaria, divide-se em três Graus Simbólicos que compõem as Lojas Azuis: Aprendiz, Companheiro, Mestre. Em regra as Grandes Lojas recebem reconhecimento da Grande Loja Unida da Inglaterra, que se arroga o direito de guardiã da ortodoxia maçônica, de evidente cunho teísta, enquanto que os Grandes Orientes, são reconhecidos pelo Grande Oriente da França, fiel ainda à constituição de Anderson de 1723, com evidente influência iluminista, e caracterizado por uma profunda tolerância. Porém esta regra não é universal, até porque não existe uma autoridade internacional que confira regularidade Maçônica. Portanto, temos em cada país uma Potência ou Obediência Maçônica, ou ainda, como acontece no Brasil, um Grande Oriente do Brasil, soberano, e as Grandes Lojas estaduais e Grandes Oriente independentes estaduais, também soberanos e que não prestam obediência ao GOB. É por isso que em nosso país temos mais de cinqüenta obediências regulares. Ora, cada Obediência goza de absoluta soberania e independência em sua base territorial, sem que isso implique num completo desregramento. Exemplo disso é a Confederação Maçônica Brasileira, que reúne num foro único os Grandes Orientes estaduais, para que se promovam estudos sobre temas importantes de liturgia e ritualística, que exigem uma determinada Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 11 unidade. A COMAB apenas sugere a aceitação destas determinações, o que geralmente é bem vindo. O Grande Oriente de Santa Catarina, Obediência Maçônica independente, é governado por um Grão-Mestre, eleito entre os Mestres Maçons, assessorado por um Grande Conselho. Existem também uma Câmara Legislativa e um Poder Judiciário. O GOSC tem uma Constituição e um Regulamento que regem o ordenamento jurídico da Potência.As unidades administrativas do Grande Oriente constituem-se das Lojas, onde estão congregados os Maçons, sob a liderança de um Venerável Mestre, eleito para um mandato de um ano. Regularidade em Maçonaria A regularidade Maçônica refere-se a um conjunto de deveres a que estão sujeitos os Maçons, suas Lojas e sua Obediência, os quais podemos resumir em três aspectos principais: Legitimidade de Origem: Um Grande Oriente ou Grande Loja necessita, para ser regular do reconhecimento e da transmissão da Tradição, por outro Grande Oriente ou Grande Loja previamente regular junto às outras Potências, tendo assim uma Regularidade de Origem. Respeito às antigas regras: A principal regra a ser seguida é a Constituição de Anderson, de 1723, formulada por Anderson, Payne e Desaguilliers, para a recém-fundada Grande Loja de Londres. Podemos, no entanto, levantar cinco pontos fundamentais para Regras que devem ser respeitadas: 1. Absoluto respeito aos antigos deveres, que estão reunidos em forma de Landmarks; 2. Só é possível aceitar homens livres, respeitáveis e de bons costumes que se comprometam a por em prática um ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade; 3. Ter sempre como objetivo o aperfeiçoamento do Homem, e como conseqüência, de toda a Humanidade; 4. A Maçonaria exige de todos os seus membros a prática escrupulosa dos Rituais, como modo acesso ao Conhecimento, através de práticas iniciáticas que lhe são próprias; 5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o mais absoluto respeito às opiniões e crenças de cada um, proibindo categoricamente toda discussão, proselitismo ou controvérsia política ou religiosa em suas Lojas. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 12 Reconhecimento: Além das condições anteriores, para que uma Obediência seja regular, ela deve ser reconhecida por outras, geralmente após um tempo de observação. No entanto, o reconhecimento não é incondicional, pois caso o Grande Oriente ou Grande Loja desvie-se destes preceitos, ele deixa de ser regular, perdendo reconhecimento. “Nunca houve nem nunca haverá um Homem que tenha um conhecimento certo dos deuses e de tudo aquilo de que eu falo. Se, mesmo por acaso, lhe acontecesse dizer toda a verdade, nem disso se daria conta. Todos se apóiam na aparência.” PRINCÍPIOS GERAIS DA MAÇONARIA As Constituições das Potências Maçônicas Modernas, geralmente, contêm princípios gerais a serem seguidos pelos Maçons. I – “A Maçonaria é uma Instituição essencialmente iniciática, filosófica, educativa, filantrópica e progressista. Proclama a prevalência do espírito a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade, por meio do cumprimento inflexível do dever, da pratica desinteressada da beneficência e da investigação constante da verdade. Seus fins supremos são: a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade.” A palavra INICIAÇÃO vem do latim INITIARE, de início ou ainda IN, para dentro. Começar de novo morrendo para o mundo profano, sectário e fanático que possibilitará a realização da gnose transcendental. A Iniciação como drama, oferece a oportunidade de adentrarmos o inconsciente adormecido onde o Iniciador depositará o segredo maçônico de tal forma que, somente individual e misticamente, será compreendido, não se revelando por intenção, mas por ideal de operar a arte na construção dos símbolos, que refletirá a sinceridade, o fervor e a persistência no estudo e na prática. Nossa doutrina é interior, oculta e esotérica. Manifesta-se pela via iniciática, induzindo o buscador a um estado reflexivo somente alcançado quando ingressa no estado particular de consciência conhecido pelos antigos como VITRIOL. Temos a real oportunidade do conhecimento primeiro que nos torna verdadeiramente irmãos pelo saber. Nosso pai é o Grande Arquiteto do Universo e nossa Mãe a Loja que nos fez ver a Luz do Espírito quando gerou no útero o futuro construtor, livre do fanatismo, companheiro inseparável Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 13 da ignorância. Sendo filosófica, propõe o conhecimento de si mesmo e do ambiente dialético das realidades platônicas e afins. Educativa porque reproduz os Mistérios dos antigos nos Templos onde a palavra é ensinada. Filantrópica, não essencialmente em si mesma, mas na realização de seus pares e, finalmente, progressista porque transforma a pedra bruta no ouro fino do saber elevado; e exaltado na morte do Mestre. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria quando nos ensina a percorrer a senda da materialidade própria do aprendiz que deve buscar a linguagem e princípios da trindade sobreposta ao quadrado. Logo, compreenderá que sempre estará abaixo do grau colado pois, ao recebê-lo, ainda não o existenciou. O aperfeiçoamento moral conduz-nos à Iluminação. Uma Loja verdadeiramente iluminada e aquela onde brilha um conjunto de pequenas luzes que, refletindo na contraparte Macrocósmica o Ideal Maçônico, distribuirá em forma de cascata nossas intenções e virtudes para um mundo enegrecido por nossa arrogância e intolerância. Este é o esoterismo da beneficência desinteressada da investigação constante da verdade maçônica. Um pretendente ao ingresso na Maçonaria deve ser livre e de bons costumes e acreditar num Criador, normalmente chamado de Grande Arquiteto do Universo. Livre é aquele não comprometido com a vulgaridade, o excesso de arbítrio em conflito com o interesse alheio. Bons costumes é o super ego acorde os parâmetros da sociedade em que se vive. O conceito de um Grande Arquiteto, o Princípio Inteligente, a Atualidade por trás de nossas realidades, é a grande síntese iniciática que nos iguala na experiência íntima, pessoal e irrevelável. Brotando do instinto mais primitivo como essência sem forma, com algo a ser alcançado, o Grande Arquiteto do Universo é, nós desejamos ser. Como homens iluminados, admitidos pela porta de São João, guiados pelos Senhores da Sabedoria que constituem a Grande Ordem Maçônica, deixaremos de maneira justa e perfeita a Babel Profana e compreenderemos a verdadeira Fraternidade, nossa origem comum desde a noite dos tempos, compreendendo que o nosso futuro é o agora, nossa primeira e grande passagem pela porta mística do norte, estreita para o nosso corpo, pequena para a nossa altura, mas infinitamente grande no seu interior, que nos faz humildes buscadores na primeira prova da terra, quando começaremos a compreender a trilogia sintetizadora dos objetivos construtores do Homem novo numa humanidade renovada. Desta forma, devemos admirar a divisa LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE. II – “Condena a exploração do Homem, dos privilégios e as regalias indevidas, enaltece o mérito da inteligência e da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviço à Ordem, à Pátria e à Humanidade.” Se o nosso Templo representa o Universo, o homem manifesta a vida que dá movimento ao universo representado na direção da uniformidade social, Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 14 onde o mais forte não é aquele que mata, mas aquele com maior capacidade de servir. Os privilégios e regalias não são compatíveis com uma sociedade que não exige do candidato sangue real, raça eleita ou determinado credo. Somente um coração puro, mente e corpo limpos, um desejo profundo de conhecimento, maior do que a própria vida que o direcionará virtualmente para a dignidade de ser reconhecido como Pai e Concidadão de sua Pátria. Concluído este apostolado, o Iniciado compreenderáo serviço maior que deverá prestar à HUMANIDADE. III – “Afirma que o sectarismo político, religioso ou racial é incompatível com a universalidade do espírito maçônico. Combate a ignorância, a superstição e a tirania.” Quando a Maçonaria adotou o lema LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE, pretendeu uma emancipação das classes sociais, de forma justa e perfeita, independente do credo religioso, social ou raça. Abjurando o dogmatismo, tendo ainda na memória os horrores da Inquisição, nossa Arte extirpa de suas colunas o adorador do bezerro de ouro, o autocrático e, muito principalmente o ignorante que não sabe levantar templos à virtude nem cavar masmorras aos vícios. IV – “Proclama que os Homens são livres e iguais em direitos e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um.” Mais uma vez o legislador enfatiza o princípio da liberdade responsável. Livres em seus direitos e não anárquicos em suas vontades. Ensina-nos este princípio que para termos nosso direito respeitado deveremos usar de toda tolerância para com o direito do nosso semelhante, cujas convicções devem dignificá-lo e não desconsiderá-lo. V – “Defende a plena liberdade de expressão do pensamento como direito fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade.” A Maçonaria propugna o Estado de Direito onde todos tenham o inalienável direito de livre expressão sendo igualmente responsável, perante a Lei, por suas palavras e condutas. VI – “Declara que o trabalho é um direito inalienável e um dever social do Homem, dignificante e nobre em qualquer de suas formas e finalidades.” Nossa Arte propugna o direito ao trabalho. Estimula os IIr.’. na direção constante do progresso laborativo para ele e para os seus semelhantes, criando sempre que possível, oportunidade para aqueles que não desejam permanecer no ócio. Nivela o homem pelo trabalho e não pela titularidade. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 15 VII – “Considera irmãos todos os maçons, quaisquer que sejam suas raças, nacionalidades e crenças.” O Maçom se irmana pelo conhecimento, pela solidariedade e por sua origem simbólica que se perde na noite dos tempos. Se o Templo é o arquétipo da solidariedade humana, o Homem deve se considerar o arquétipo da fraternidade universal. VIII – “Sustenta que são deveres essenciais do Maçom: amar a família, servir com fidelidade e devotamento à Pátria e obedecer à Lei.” Sábia em sua proposição, a Maçonaria estimula a alquimia do amor na sua própria fonte: A FAMÍLIA. Partindo do conceito do reto proceder em sua própria casa, o Maçom terá a oportunidade de dignificar sua cidadania no serviço desinteressado ao seu País, defendendo intransigentemente sua Carta Magna. A Maçonaria, como um Estado dentro do Estado, estabelece em todos os quadrantes os direitos das minorias, o livre expressar, tudo de acordo com Lei votada por homens livres e de bons costumes. IX – “Determina que os Maçons estendam e liberalizem os laços fraternais que os unem entre si a todos os Homens esparsos pela superfície da Terra.” Aqui nos deparamos com o ideal da FRATERNIDADE UNIVERSAL. Nossa Arte não elitiza suas fileiras mas, abrindo suas portas ao buscador de boa vontade, pretende transformar a sociedade internacional pelo conhecimento da via iniciática, depositando num futuro qualquer a filosofia Maçônica no coração dos herdeiros da LUZ. X – “Recomenda a divulgação de sua doutrina pelo bom exemplo e por todos os meios de expressão do pensamento, opondo-se terminantemente ao recurso à forca e à violência.” Aqui desmistifica-se magistralmente a acusação que nos fazem os inimigos da Arte Real, de que somos uma Sociedade SECRETA que não permite a informação do seu conhecimento aos outros. Somos sim, uma Sociedade PRIVATIVA. Privativa daqueles que se qualificaram por mérito e capacidade. Privativa daqueles que, compreendendo seus Mistérios farão cumprir seus princípios. Seria uma Reunião do Presidente da República com seus Ministros privativa ou secreta? Evidentemente que as decisões do Conselho de Defesa de qualquer Potência Mundial é privativa de seus pares no interesse dos seus nacionais, sendo, no máximo, CONFIDENCIAL. XI – “Adota sinais e emblemas de elevada significação simbólica que, além de utilizados nos trabalhos das oficinas, servem para que os Maçons se reconheçam e se auxiliem onde quer que se encontrem.” Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 16 Muito mais do que um meio de reconhecimento entre os maçons, ao lado de palavra e do toque, os sinais e emblemas pretendem estabelecer uma linguagem comum e universal, acessível a todos obreiros sem distinção cultural, social ou racial. Sendo possuidora do SEGREDO DA PALAVRA, outra coisa não pretende senão o aperfeiçoamento do HOMEM, seu mais elevado EMBLEMA que pelo auxílio mútuo finalmente compreenderá NOSSA ORIGEM COMUM. Religião A Maçonaria, confirma e complementa a fé religiosa. Os princípios da nossa Ordem são baseados nos mesmos preceitos morais que fundamentam toda fé verdadeira. Todo Maçom deve crer na Existência de um SER SUPREMO (DEUS). Ele deve lutar para viver moralmente em conformidade com os mais altos padrões de caracter individual e conduta social. Consequentemente, todo Maçom aceita e executa os “Regulamentos da Ordem,” trabalha toda a sua vida para cumprir os objetivos da Maçonaria, que são; a filantropia para os necessitados e o amor fraterno para todos os membros da raça humana. A Maçonaria tem sempre as suas portas abertas para todos os homens livres e de bons costumes e de todas as fés e crenças religiosas, que creiam no Supremo Arquiteto do Universo e na imortalidade da alma. Através de procedimentos e símbolos o maçom se prepara para receber a graça espiritual. Com uma fundamentação moral interna rígida, a Maçonaria trabalha para que os homens possam melhorar o seu edifício interior, sendo assim, cada Irmão dentro das Oficinas ou Lojas, seja através do seu trabalho ou dos outros Irmãos, Construirá o seu Templo Interior com os melhores princípios éticos e morais, ganhando a humanidade um Mensageiro Realizador da Vontade do Supremo Arquiteto do Universo. A Fé de um maçom, após Ter percorrido os estreitos caminhos da sua iniciação, que, Infelizmente, em alguns casos poderá levar toda a sua vida, está muito acima do sectarismo estreito e das limitações dos Dogmas. O maçom trabalhará incansavelmente para imitar a perfeição do seu Criador. A maçonaria não é um credo ou seita religiosa, o maçom busca a sabedoria contida em todos os Grandes Livros Sagrados reconhecidos pela Fé Universal, da Bíblia ao Alcorão. Crendo que neles encontra e sempre encontrará, os meios para buscar e promover a felicidades neste mundo e aguardar a sua recompensa no próximo. Portanto, a Maçonaria estará sempre com as suas Portas Abertas, para receber todos os Homens Livres e de Bons Costumes, sejam eles, Cristãos, Judeus, Muçulmanos, Budistas, etc, bons homens de todas as religiões, que verdadeiramente aspirem viver segundo a vontade do Criador. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 17 A Maçonaria é uma filosofia e uma Fraternidade, onde os homens bons se “encontram no Nível e se separam no Quadrado.” Isto une todos maçons através de um laço místico de irmandade sincera e amor mútuo. Fé e trabalho, alma e corpo, coração e mão estão sempre unidas entre os Maçons, por isto, em toda lugar onde trabalha, a Maçonaria levará PAZ E HARMONIA PARA HONRAR O CRIADOR E SERVIR A HUMANIDADE. Os objetivos da Maçonaria complementam e não contradizemas crenças religiosas, como alguns dos seus inimigos querem fazer crer. A Maçonaria é uma fonte e uma poderosa força universal, que promove a melhora espiritual do indivíduo e deste na sociedade. O SIGILO MAÇÔNICO Em todas as religiões orientais herméticas, desde as praticadas na China, Índia, Egito, Grécia e outras, o processo de ensinamento consta de duas vertentes: a primeira, é o discurso livre, exotérico, para o conhecimento de todos, do povo em geral, sem reservas, em que pese o seu singelo estado cultural. O outro, é o processo esotérico, reservado aos homens rigorosamente selecionados, segundo o seu maior potencial e mais adiantado estado cultural, para a “iniciação” nos mistérios religiosos. Esses serão preparados devidamente para entrar na posse do conhecimento da verdade. Neste último ensinamento é que reside a exigência do “Sigilo”, para que os mistérios religiosos não sejam divulgados àqueles que não estão preparados para conhecê-los. Como teria surgido nas religiões antigas a necessidade de se manter sigilo ? Presume-se que nos idos do pós Dilúvio, quando prevalecia na terra as religiões na forma de idolatria, os judeus decidiram formar uma ordem religiosa distinta, a qual acolheria não somente os filhos de Israel mas, também, os gentios que tradicionalmente professavam a fé no mesmo Deus. Num dado momento em que a prática da religião tornou-se perigosa, para fugir à perseguição, para preservar os seus segredos, tiveram que lançar mão do artifício de ministrar os seus ensinamentos religiosos através de símbolos. Dentre os povos idólatras, os segredos religiosos sempre estiveram somente nas mãos dos sacerdotes, os quais praticavam a iniciação de adeptos sob o maior segredo. Mais tarde, a mesma prática foi adotada pelos devotos de outras religiões herméticas, chegando no correr dos tempos até à Maçonaria. Dentre as práticas das religiões antigas o “Sigilo” foi um dos subsídios absorvidos pela nossa Sublime Ordem, conservados que foram os mesmos conceitos, até hoje. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 18 A Maçonaria Universal, a nossa Sublime Ordem, na sua milenar sabedoria, ministra os seus mistérios através de um processo gradual de ensinamento, o processo esotérico, absorvido das religiões antigas, o qual é dado a conhecer aos seus membros ao longo de todos os seus graus. Dentre as recomendações transmitidas, duas delas merecem especial destaque neste trabalho. Em primeiro lugar, a recomendação da Moral Maçônica, que é o comportamento que os membros deverão observar, não somente nos templos maçônicos mas, o que é mais importante, nas suas atividades profanas, como homens livres e de bons costumes, para contribuírem como paradigmas na construção do bem estar social da Humanidade A segunda recomendação está inserida na primeira, é a do Sigilo Maçônico, o qual já é exigido do neófito no seu primeiro contato com a Maçonaria, no juramento que presta na sua Iniciação, como de resto é, também, exigido de todos os membros permanentemente no encerramento dos trabalhos das Lojas. O Sigilo é, senão o mais importante, pelo menos um dos conceitos mais atacados pelos opositores da Maçonaria. Essa oposição teve início depois da Constituição de 1723, a conhecida Constituição de Anderson, o qual, coadjuvado por Desagulliers, modificou os rituais da Ordem, já, então, começando esta a ser dominada. pelos intelectuais, pelos aristocratas e pelos dissidentes religiosos. Começou aí a maçonaria especulativa. A partir de então teve início o confronto com as igrejas anglicana e católica. Isso aconteceu provavelmente porque a Constituição de Anderson não considerou o aspecto cristológico das Old Charges, as quais eram o esteio da Maçonaria Operativa desde o século XIV. Nessa ocasião, no correr dos séculos XVIII e XIX, a Maçonaria, como ordem dita secreta, tornou-se muito poderosa, tendo sido responsável pelos movimentos revolucionários que eclodiram no mundo todo, dos quais fez parte os ocorridos no Brasil, sendo o mais conhecido o movimento contra o jugo português, o da Inconfidência Mineira. No que respeita ao significado do vocábulo “sigilo”, se nos valermos do Dicionário Aurélio verificaremos que os verbetes relacionados em seguida querem significar, em suas raízes a mesma coisa. São praticamente sinônimos, encontram-se entrelaçados em seus mais diversos significados. São eles Mistério, Secreto, Reserva, Cautela, Precaução, Confidencial, Sigilo, Segredo, Enigma, Oculto. Para os leigos e de um modo geral para o grande público, esses termos passam a tomar significados diferentes, na medida em que tocam mais ou menos as emoções de cada um. Assim, alguns desses vocábulos, tais como Reserva, Cautela e Precaução, transmitem idéias normais, sem grande rigor na sua observância. Todavia, outros como Mistério, Secreto, Oculto e Enigma, representam idéias muito fortes e estremadas, de atividades pagãs, anti-cristãs, demoníacas, ligadas ao sobrenatural e que extrapolam os sentidos humanos. Esses vocábulos levam o homem a relaciona-los mais ao ocultismo, no seu sentido mais de feitiçaria, magia, adivinhação, quiromancia etc. Outros, ainda, como Sigilo e Segredo transmitem idéias medianas, cuja observância, entretanto, fica determinada, fica exigida. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 19 Assim é que a adjetivação usada pelos inimigos da Maçonaria, rotulando-a de religião ou organização secreta, objetiva impactar os sentimentos, as emoções do grande público incauto, transmitindo-lhe sempre o sentido “negro” do ocultismo. Como pode ser secreta a Maçonaria, quando as suas Constituições são registradas em cartório? Como pode ser secreta a Maçonaria, quando ela dispõe de CGC? Como pode ser secreta a Maçonaria, quando você, meu caro Irmão, eventualmente paga os seus compromissos com a sua Loja, em banco, através de Ficha de Compensação nominal? Como pode ser secreta a Maçonaria quando o seu endereço, através dos templos maçônicos, são notoriamente conhecidos? Esses templos pagam os seus impostos e as taxa de consumo de água e luz. A Maçonaria é, portanto, conhecida dos povos e de todos os governos onde ela é praticada livremente. Ao contrario de nossa Sublime Ordem, as organizações secretas operam na clandestinidade, na ilegalidade, sem paradeiros, sem endereços, em locais “subterrâneos”, desconhecidos e não sabidos. E mais, reúnem-se com fins escusos. A Maçonaria já esteve na clandestinidade mais de uma vez, principalmente em países totalitários. Mesmo no Brasil, pelas mãos do Imperador D. Pedro I, a Maçonaria, que o elevou ao alto cargo de Grão-Mestre da Loja Grande Oriente do Brasil, em 1822, foi fechada, por problemas políticos. O movimento maçônico estava procurando a liberdade do povo, não mais que isso. Dizer-se que a Maçonaria é uma organização secreta, dentro desse conceito ocultista usado pelos seus detratores que sofismam na sua argumentação é realmente mera especulação. Como pode ser secreta uma organização que promove solenidades “brancas”, trazendo para os seus templos autoridades dos três poderes do governo, como convidados ou como palestrantes e, até mesmo, como homenageados? Como pode ser secreta uma organização que não tem um poder central, como as praticadas por àquelas marginais e herméticas e por muitas organizações religiosas, inclusive as suas inimigas? Como se sabe, muitos livros escritos por Irmãos de nossos quadros, por Irmãos que deixaram nossas colunas e, até mesmo, por leigos estudiosos da Maçonaria, estão aí enchendo as prateleiras das livrarias, à disposição de quem queira adquiri-los. Esses livros contam tudo?Sim, quando se trata de Irmãos descontentes. Contam; contam quase tudo, quando se trata de autores verdadeiros e justos maçons. Neste caso, só não contam o essencial, aquilo que só aos iniciados cabe conhecer e que são os nossos mistérios, guardados do grande público, através da prática do sigilo. Mas a segurança da Maçonaria é frágil. Ela pode e tem sido facilmente penetrada. Como poderemos, então, guardar os nossos segredos? A porta de penetração é a seleção de profanos para tomarem lugar entre nós. Por Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 20 isso que a infidelidade maçônica começa na má indicação de candidatos, passando pela sindicância mal feita. Esse é o ponto Aqueles que foram mal selecionados, certamente não permanecerão por muito tempo na nossa Sublime Ordem. Esses, via de regra, são potencialmente os que mais provavelmente não titubearão em dar a público o pouco conhecimento que chegaram a ter acesso. São esses maus maçons que até mesmo nos “passos perdidos” aproveitam a oportunidade para solapar a Maçonaria. Como deveremos reagir contra esses que, através da ignorância, da inveja, da insatisfação e do ciúme, denigrem a nossa Sublime Ordem? Entendo que a fórmula certa para evitar essas desastrosas atitudes de homens não preparados para integrar a nossa Sublime Ordem é, realmente, aumentar a segurança, apertar o cerco da escolha. É depurar rigorosamente na seleção, inclusive divulgando e submetendo as propostas às outras Lojas. Propor somente àqueles de boa formação moral, espiritual, justos, honestos, livres de consciência, de bons costumes, àqueles que já nasceram “maçons”. Essa é talvez a maneira de enobrecermos nossa colunas, a maneira de preservarmos e mantermos a intimidade de nossa Sublime Ordem. A Maçonaria tem sim os seus segredos, não há o que negar. Mas longe está de ser uma organização secreta. A exigência de sigilo de seus segredos começa no juramento do recipiendário, do profano que está sendo iniciado nos mistérios da Maçonaria, o qual segue, resumido: “... jurais e prometeis, ... em presença do Grande Arquiteto do Universo: e de todos os Maçons ... nunca revelar os Mistérios da Maçonaria que vos forem confiados...? Bem, mas o que há de extraordinário nisso? Qual a organização, seja ela religiosa, comercial, intelectual ou familiar, que não tenha segredos ou não pratica reservas ou sigilo de algumas coisas ou fatos? Isso começa a ser praticado na célula social, a família. Todas, inclusive a nossa, evidentemente, mantém no recôndito de sua intimidade fatos, negócios, particularidades físicas e espirituais de seus membros. Esse é o sigilo. É o recatamento natural, inerente ao ser humano. Todos os governos têm os seus assim chamados “segredos de estado” e nem por isso são de caráter ocultista. E, no mundo dos negócios a “alma” é o segredo. Os nossos segredos maçônicos sujeitam até mesmo os nossos Irmãos. São segredos de câmaras, tratados em níveis diferentes, especificamente nas Loja de cada grau. A Maçonaria proclama o cuidado que se deve ter no trato dos assuntos, sejam eles filosóficos, morais, ritualísticos, administrativos e, o que é muito comum e particularmente importante, os assuntos pessoais de Irmãos, cuja câmara específica para analisar e decidir sobre os mesmos é o Conselho de Família. Por isso que, para resguardar o sigilo da Ordem, não se encontram segredos escritos em nossos rituais. A sua transmissão é oral. É de boca para ouvido. É o sigilo de “confessionário”! De resto é isso que nos permite reconhecermo-nos discretamente. Não seria demais citarmos que o próprio Jesus Cristo, o nosso amantíssimo Redentor, no seu ministério aqui na terra usava as duas formas, a exotérica Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 21 e a esotérica, nos seus ensinamentos ao povo e aos discípulos, respectivamente. Quando falava aos discípulos, pedia-lhes sigilo daquilo que ensinava. Entre tantas citações que se encontram na Bíblia a esse respeito, vale mencionar pelo menos a que se encontra em Mt. 17: 9, a qual registra as palavras de Jesus a Pedro, Tiago e João, depois da transfiguração: Enquanto desciam do monte, Jesus lhes ordenou: “A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.” A prática do sigilo é permanentemente lembrada nas Lojas. Por exemplo, em algumas Lojas, o encerramento dá-se sempre pelo Venerável Mestre pronunciando as seguintes palavras, que resumimos: “... Antes, porém. de nos retirarmos, juremos o mais profundo silêncio sobre tudo quanto aqui se passou!” O cuidado de preservar os nossos segredos, o nosso sigilo, é muito importante e deve merecer de todos Irmãos uma grande e firme atenção, para assegurar à nossa Sublime Ordem uma eficiente, tranqüilizadora e cada vez maior segurança. Isso é parte indispensável do comportamento maçônico. Silêncio do Aprendiz O Aprendiz é um silenciário. Portanto deve se manter em constante silêncio, porém é necessário falar do silêncio que se manifesta a nossa volta; o silêncio é a chave das sociedades secretas; é ele que mantém viva as fraternidades iniciáticas. O silêncio é uma força poderosa, o Grande Arquiteto do Universo, em sua sabedoria, dotou o homem de dois ouvidos e uma só boca, o que significa que devemos ouvir o dobro do que falamos. Uma chave de ouro colocada sobre a língua do iniciado simboliza o silêncio de um segredo misterioso, que ao revelá-lo deixou de ser segredo, e perdemos a confiança de quem nos confiou. Pois todo SEGREDO deve habitar no SILÊNCIO. Vosso coração conhece em silêncio os segredos dos dias e das noites; Mas vossos ouvidos anseiam por ouvir o que vosso coração sabe. SALMO 133 A EXCELÊNCIA DO AMOR FRATERNAL Salmo 133 - Cântico de Romagem. De Davi 1. Ó quão bom e quão suave é viverem os irmãos em união! 2. É como um azeite precioso derramado na cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, que desce à orla do seu vestido; Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 22 3. É como o orvalho do Hermón, que desce sobre o Monte Sião: Porque ali o Senhor derrama a sua bênção, a vida para sempre! O Salmo 133 representa para os Maçons LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE. Para os seguidores das Doutrinas Orientais temos os MANTRAS. Para os Hebreus, os SALMOS. Para os esoteristas a SÍNTESE; o que é desvendado além do véu, O SOM DAS ESFERAS. A união que este Salmo descreve depende tão-somente da união de cada irmão, individualmente com o Senhor Deus. Somente esta união pode apresentar um testemunho eficiente perante o mundo, e uma atmosfera na qual nossa fé pode florescer. A unção do sumo sacerdote Aarão, nessa passagem, simboliza a sua vocação de manter o povo de Israel em comunhão com Deus, sendo esta, portanto a grande e mais significativa mensagem transmitida por esse texto bíblico e esta reunida no titulo resumo que encima os versículos citados, ou seja, A EXCELÊNCIA DO AMOR FRATERNAL. A citação do orvalho do Hermon alude ao fato que, naquelas regiões do Oriente, apesar do clima muitas vezes inóspito, o orvalho faz os campos florescerem e produzir boas ceifas. Simbolicamente demonstrando aos maçons que, apesar das dificuldades em semear bons e verdadeiros ensinamentos no coração humano, não se deve desanimar, pois sempre se pode contar com o orvalho simbólico, da fé em Deus, para se obter uma excelente ceifa, ou seja, para atingir o desiderato de bem formar homens para a construção Moral e Social a que se propõe a Ordem. Segundo a palavra de Jesus Cristo, o AMOR AO PRÓXIMO está associado ao AMOR DE DEUS, que lhe dá, portanto, a mesma importância e o mesmo destaque. Do pontode vista maçônico, encontramos na terceira Instrução do Ritual de Aprendiz Maçom a assertiva de que a inteligência, quando dirigida por uma sã Moral, é suficiente para discernir o Bem do Mal. A Moral ensinada pela Maçonaria baseia-se no AMOR AO PRÓXIMO, nesse mesmo amor ensinado por Deus e por Jesus Cristo, que podemos conhecer pelos textos bíblicos acima citados é que nos dão a certeza do cuidado de Deus para com todos nós. É esse amor fraterno que o verdadeiro Maçom deve praticar, não só dentro das Lojas, mas, sim e principalmente, na vida profana, para exercitar aquilo que foi aprendido nos nossos templos; do contrario seremos apenas acadêmicos bem formados. Nos três graus simbólicos, o Venerável Mestre ergue uma prece ao Grande Arquiteto do Universo na qual se diz “... subjuguemos paixões e intransigências a fiel obediência dos sublimes princípios da Fraternidade, afim de que nossa Loja possa ser o reflexo da Ordem e da Beleza que resplandece em Teu trono.” Esta prece reitera para os maçons, que o amor fraternal é a preparação indispensável para pretender-se alcançar o cimo da Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 23 Escada de Jacó, que os verdadeiros Maçons haverão de galgar, um por um, todos os seu degraus, na busca Deus e de sua perfeita conformidade com Ele (Deus), tendo sempre presente em sua mente e em seu coração, o solene e fundamental dever de estreitar os laços de amizade fraternal que nos une (os maçons) como verdadeiros irmãos. Em sua primeira estrofe, ouvimos com emoção: “Ó quão bom e quão suave é viverem os irmãos em união!” Eis aqui a primeira lição daquele que deverá ser o Eterno Aprendiz. A União que o faz fraterno pela Iniciação. Toda subida, como a saída de nossos irmãos do cativeiro babilônico parece à primeira vista dolorosa, porém, a visão do alto do Monte é o prêmio da LIBERDADE. CIRO liberta o povo eleito da Babilônia. Os irmãos em União caminham para Jerusalém. O APRENDIZ suporta o cativeiro da CÂMARA e começa suas viagens da direção da Jerusalém Celeste, guiado e exaltado pelos louvores da promessa suave e boa da União Interior. A dor do cativeiro não se compara com a alegria da LIBERTAÇÃO NA EXCELÊNCIA DO AMOR FRATERNAL. Levemos em conta que o salmista preocupava-se coma dispersão dos hebreus, que se acontecesse, iria sempre enfraquecer as tribos e tornar problemática a continuidade da raça e a crença em um só Deus, o que era um apanágio, porque só a religião e a fé em um Deus Único mantinha unido um povo com tendência à dispersão. Por ser um povo dedicado exclusivamente ao pastoreio, sua força e poderio refletia-se no volume dos rebanhos pertencentes à família, que normalmente permanecia unida, evitando-se inclusive casamento de seus varões com mulheres de outras Tribos, o que iria inevitavelmente provocar uma diminuição no rebanho bovino, caprino ou ovino com a passagem do homem para a tribo da esposa, isso sem falar na perda do guerreiro o que, naqueles tempos de conquistas, representava perda irreparável para o clã. Nos tempos atuais, esta representatividade é trazida para os Templos Maçônicos, buscando mostrar que dentro de uma comunidade de pensamentos e religiões diferentes, embora com etnias diversas, pode-se viver em perfeita união e harmonia, desde que se busque o mesmo objetivo, que é o progresso coletivo através da eliminação das imperfeições individuais e busca incessante do conhecimento que traz como conseqüência, a liberdade espiritual. No ponto de vista prático, esta frase nos lembra que a união dá a força e proteção, devendo reunir-nos em torno da família e daqueles a quem amamos a fim de criar um escudo protetor contra as agressões externas. Levando-se um pouco mais longe, lembremos que devemos viver em união permanente com toda a humanidade, uma vez que, quando dizemos que Deus é o nosso Pai e o nosso vizinho, da casa ao lado, ou o habitante da longínqua Tasmânia, é o nosso irmão. Negar tal fato seria uma incoerência e até mesmo no tocante à religiosidade, uma heresia. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 24 O versículo dois nos diz: “É como um azeite precioso derramado na cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão, que desce à orla do seu vestido.” Como sabemos, o óleo ou azeite, fazem parte, desde tempo imemoriais, das cerimônias de consagração. Através dos mais variados rituais, este transmutador alquímico é despejado sobre a cabeça, que é o centro da inteligência e a sede do espírito. Já naquele tempo o salmista determinava a unção sagrada do "escolhido" através da colocação do óleo na parte física que representava o "canal" de comunicação com o Criador, a cabeça, que como sabemos, recebe as influências vindas dos planos superiores, sejam astral ou espiritual. Aquele que é ungido com o azeite, passa a portar as virtudes alquímicas deste transmutador que, junto com o Mercúrio nos fará compreender o Sal da Vida e o significado solar do enxofre divino. Fomos informados de que nas cerimônias maçônicas de Ordem Co-Maçônica o óleo é usado durante a admissão do Companheiro e nas Instalações de Lojas. O óleo nos faz ungidos para serviço ainda maior na direção do ideal Maior da Fraternidade Universal. Os Patriarcas tinham profunda consideração pela barba, atributo do varão que, com ela, mostrava toda sua dignidade. Não somente ter a barba, mas cuidá-la, pois não o fazendo, poderia ser considerado num estado de loucura. Era costume beijar a barba de um amigo. Ofensa grave cortar parte ou toda a barba de alguém. Vemos, deste modo, que o óleo do ungido desce sobre a dignidade do sacrificador, sua barba, a barba de Aarão, até a orla do seu vestido. Observemos que o óleo antes de descer à orla do vestido de Aarão, deslizou pela sua barba, mas foi inicialmente derramado sobre sua cabeça, SEDE DA MENTE. Não podemos esquecer que Aarão é o sacerdote que sacrifica para purgar os pecados do seu povo, daí o odor nauseabundo da carne queimando no altar. Livre e ungido, ele prestará o SERVIÇO simbolizado pelo perfume do incenso, como o espiral na direção do Mestre Espiritual por excelência. Neste instante, ele é incorruptível como a Mirra. Ele é o Ouro de Melquior e companheiro da Luz dos outros Magos, que o fazem retornar a Vida pelo Amor prestado no Altar dos Altares Quando o Homem adentrou no Templo Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 25 precisou da pele e, a vestimenta do nosso irmão de ontem, é o nosso avental de hoje. Finalmente: “É como o orvalho do Hermón, que desce sobre o Monte Sião: Porque ali o Senhor derrama a sua bênção, a vida para sempre.” O orvalho do Hermon está representando para o salmista, a renovação da vida, seguindo os parâmetros da Natureza que revigora a vida na vegetação com a irrigação provocada pelo orvalho durante a madrugada do novo dia, recebendo a benção do Senhor pela renovação cíclica da vida, o que em linhas gerais significa a VIDA PARA SEMPRE. Toda uma comparação aqui se encontra entre a Natureza prodigiosa e a Paz Profunda que reina nos corações dos Irmãos que vivem em União. O óleo que ungiu Aarão é o mesmo orvalho que cobre o Monte, que é todo Luz onde tudo mais é sombra. Moisés subiu o SINAI para receber a Lei. Não face a face como o Grande Arquiteto do Universo, mas como elo intermediário da Luz que habita e habitará sempre a FONTE INESGOTÁVEL E ETERNA que transborda seu orvalho para aqueles que suave e prazerosamente aceitam sua bênção e A VIDA PARA SEMPRE. Quando estivermos presentes em Templo, estaremos, também, por ocasião da leitura do Salmo 133, recebendo o óleo precioso sobre as nossas cabeças e sentiremos que ele desce sobre nossos rostos e pelagola de nossas vestes, ocasião em que deve orvalhar o nosso coração, quando estaremos recebendo a benção do Grande Arquiteto do Universo na certeza da Vida Eterna. DIA DO MAÇOM Primeiramente, a proposta para a criação do DIA DO MAÇOM foi levantada pela Grande Loja de Santa Catarina, por ocasião da V MESA-REDONDA das Grandes Lojas do Brasil, realizada em Belém, nos dias 17 a 22 de julho de 1957 e, lá por sugestão da Grande Loja de Minas Gerais, escolheu-se o dia 20 DE AGOSTO, que na justificativa: “por ter sido nesse dia que a Independência do Brasil foi proclamada dentro de um Templo Maçônico”. E assim vários Trabalhos de esmerados irmãos têm consignado esta data como sendo o dia do registro da moção de independência do Brasil de Portugal, lá pelos idos de 1822. A assertiva de que 20 de agosto foi quando se votou a moção de independência do Brasil dentro de um Templo Maçônico é menos verdade, não tem fundamento histórico/documental, conforme vimos – aconteceu sim esta moção, mas em 9 de setembro de 1822. Portanto, nossos irmãos das Grandes Lojas erraram ao justificar, em 1957, que a data aludia ao referido ato. E ainda notificamos que desde 1923, encontra-se na Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 26 BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO, para quem quiser pesquisar, a Certidão das Atas do Grande Oriente do Brasil, de 1822, com o título DOCUMENTOS PARA A HISTÓRIA DA INDEPENDÊNCIA, VOLUME I, LISBOA – RIO DE JANEIRO, 1923 – A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA. Neste documento, grafa quando se refere à “Ata da Sessão de 20 do 6º mês Ano 1822” a data correspondente no calendário Gregoriano como “(nove de setembro)” e ponto final. Hoje, o 20 DE AGOSTO, DIA DO MAÇOM, é uma efeméride nacional consagrada e, como tal, deve ser comemorada com toda pompa, pois a Maçonaria em muito contribuiu para a efetiva emancipação político-social do Brasil e os Maçons de um modo geral devem reverenciar seus membros responsáveis pelas idéias e as efetivas ações, mas sempre sabedores da verdade histórica. A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL De acordo com o Decreto no. 125 de 29 de setembro de 1821, o Rei de Portugal, D. João VI extinguiu o reinado do Brasil e determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal. Nessa época, funcionavam no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual eram membros vários homens ilustres da corte como o Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros. Esses maçons reunidos e após terem obtido a adesão dos irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, resolveram fazer um apelo a D. Pedro para que permanecesse no Brasil e que culminou com o célebre "como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico". Mas não parou ai o trabalho dos maçons. Começou-se logo em seguida, um movimento coordenado, entre os irmãos de outras províncias brasileiras com o intuito de promover a Independência do Brasil. Os movimentos nativistas para a convocação de uma assembléia constituinte e a concessão do título de “Príncipe Regente Constitucional e Defensor Perpétuo do Reino Unido do Brasil”, autorgado a D. Pedro, pelos brasileiros, acirrou ainda mais os ânimos entre os portugueses e nativistas. Nessa época, havia na metrópole, três lojas maçônicas funcionando, a “Comércio e Artes”, a “Esperança de Niterói” e a “União e Tranqüilidade”, e nenhuma pessoa era iniciado em qualquer das três lojas, sem que fossem conhecidas suas opiniões sobre a Independência do Brasil e o neófito jurava não só defendê-la como também promovê-la. Em princípios do ano de 1.822, funda-se no Rio de Janeiro, o Grande Oriente, onde se filiaram todas as lojas existentes naquele oriente, sendo eleito seu primeiro Grão Mestre José Bonifácio de Andrada e 1º Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo. A 13 de julho de 1.822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado na maçonaria na loja Comércio e Artes e logo elevado ao grau de Mestre Maçom. Enquanto isso, crescia em todo o Brasil, o movimento pela Independência, encabeçado pelos maçons. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 27 Os acontecimentos se sucediam, até que a 20 de agosto de 1.822 é convocada uma reunião extraordinária do Grande Oriente e nessa reunião assume o malhete da loja, Joaquim Gonçalves Ledo que era o 1º Grande Vigilante, devido a ausência de José Bonifácio que se encontrava viajando. Joaquim Gonçalves Ledo, profere um eloqüente e enérgico discurso, expondo a todos os irmãos presentes, a necessidade de se proclamar imediatamente a Independência do Brasil. A proposta foi posta em votação e aprovada por todos e em seguida lavrou-se a ata dessa reunião. Presume-se que a cópia da ata dessa memorável reunião, tenha sido enviada a D. Pedro, juntamente com outros documentos que o alcançaram na tarde do dia 7 de setembro de 1.822 as margens do riacho Ipiranga e culminou com a proclamação da Independência do Brasil oficialmente naquele dia e que a história assim registra. Eis aí, porque o dia 20 de agosto foi escolhido para ser o dia do maçom brasileiro. Foi nesse dia que realmente passamos a ser nação e independente. Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 28 O APRENDIZ E SUA INICIAÇÃO INTRODUÇÃO Em todos os sistemas e ritos da Maçonaria Simbólica universal, denomina-se aprendiz o iniciado nos seculares segredos dessa Ordem. O termo foi tirado da Maçonaria Operativa, na qual o Aprendiz ocupava o lugar mais inferior da escala entre os operários. A Maçonaria Especulativa, que sucedeu à Maçonaria Operativa, ocupada não mais com a arte de construção, mas com a moral, com o simbolismo e rituais, adotou os usos, costumes e regulamentos bem como os instrumentos da antiga modalidade. Através da adoção de todos os elementos da Maçonaria Operativa, a Maçonaria Especulativa estabeleceu o seu próprio sistema de organização e de moralidade. O que representa o homem quando é apresentado aos primeiros elementos da Maçonaria, o aprendiz, portanto? Representa o ser humano nos primeiros passos da civilização, na sua infância cultural, tentando sair da escuridão, da ignorância. Assim são deveres do Aprendiz a luta contra os inimigos naturais do homem as paixões, o estudo das leis, usos e costumes da Maçonaria através do seu trabalho simbólico em desbastar a Pedra Bruta desde o meio-dia até a meia-noite, o combate contra a mentira, o fanatismo, a ambição e a ignorância. O Aprendiz deve lutar arduamente pela vitória da luz sobre as trevas, da honra sobre a perfídia, da verdade sobre a hipocrisia. O Aprendiz, em Loja, deve permanecer em absoluto silêncio, em atitude de respeito e meditação, sempre procurando tirar o máximo de proveito de cada ensinamento vindo do Oriente. O Aprendiz deve saber esperar a concessão da palavra e saber usá-la com sabedoria. O Sinal de Ordem ao falar, deve lembrar ao Maçom que precisa dominar a exteriorização de seus pensamentos. O trabalho em Loja sempre é iniciado ao meio-dia porque esta hora faz alusão ao período da vida em que o homem estaria capacitado a Ir:. Nilson Alves Garcia www.higintel.com.br/nilson http://www.higintel.com.br/nilson 29 trabalhar pelo semelhante. Antes do meio-dia o homem vive a fase de aprendizado sobre os mistérios da existência. Ao meio-dia começa o seu trabalho. A morte, o fim, o encerramento dos trabalhos chega com as doze badaladas da noite. Enquanto Aprendiz, o Maçom recebe a revelação do que representa o trabalho da Maçonaria, e aprende
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