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GESTÃO DE TRÂNSITO E CTB 2 Faculdade de Minas NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós- Graduação. Com isso foi criada a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Faculdade de Minas SUMÁRIO NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 2 A EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO ..................................................... 8 DIREITO NO TRÂNSITO ......................................................................................... 12 A APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO E SUA VIGÊNCIA ................................................................................................................................. 12 CONHECENDO O CÓDIGO DE TRÂNSITO ........................................................... 13 SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO ..................................................................... 16 CONTRAN – (CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO) ......................................... 18 CETRAN – CONSELHO ESTADUAL DE TRÂNSITO E CONTRADIFE .................. 18 ÓRGÃOS E ENTIDADES EXECUTIVOS DE TRÂNSITO DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS ...................................................... 19 DENATRAN – (DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO) ............................. 19 DETRAN – (DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO) ................................. 20 D.N.I.T – (DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA – ESTRUTURA DE TRANSPORTES) ..................................................................................................... 20 D.E.R. – (DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM) ................................. 21 JARIS – (JUNTAS ADMINISTRATIVAS DE RECURSOS E INFRAÇÕES) ............. 22 P.R.F. – (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL) .......................................................... 22 P.M.E. – (POLÍCIA MILITAR DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL) .................. 23 CIRETRAN – (CIRCUNSCRIÇÃO REGIONAL DE TRÂNSITO) .............................. 23 CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO E AS RESOLUÇÕES DO CONTRAN ....... 24 CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO ............................................. 26 AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO ..................................................................... 26 PENALIDADES ADMINISTRATIVAS DO CTB ........................................................ 27 AS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS DO CTB ........................................................... 30 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 41 4 Faculdade de Minas VÍDEO DE APOIO Como apoio ao material desta apostila abaixo são sugeridos alguns vídeos que abordam o conteúdo a ser estudado, de maneira didática e clara, que visam agregar mais conhecimento. Se for necessário, após a leitura do conteúdo a apostila, assista novamente os vídeos. Vídeo 1: Trânsito e Mobilidade: Gestão do Trânsito em foco Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=c-J24XxW6hs> Sinopse: o Trânsito e Mobilidade desta semana aborda o tema "Gestão do trânsito em foco". Neste vídeo com a participação de Alessandro Geraldo Dias (Presidente da entidade sindical em âmbito estadual de Minas Gerais), Jucimara Fernandes (Gestora de Centro de Formação de Condutores e Observadora Certificada pelo ONSV), e Gisele Almeida (Aluna do curso de Gestão do Trânsito e Mobilidade Urbana) abordarão como se dá o processo de Gestão do Trânsito. Vídeo 2: Podcast 05 - Minuto DetranSP - Mudança do Código de Trânsito Brasileiro Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=Rxz7OLTNaws> Sinopse: Podcast Minuto Detran/SP trata das Mudança do Código de Trânsito Brasileiro neto Maschellani, presidente do detran/SP e presidente da (AND) Associação Nacional de Detrans. 5 Faculdade de Minas Vídeo 3: Introdução ao Sistema Nacional de Trânsito (ATUALIZADO COM A LEI 14.071/20) - Profº Pedro Canezin Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=7I1au8BnCE8> Sinopse: neste vídeo são apresentados os temas: Alterações na CTB, Sistema Nacional de Trânsito. 6 Faculdade de Minas TRÂNSITO BRASILEIRO O trânsito no Brasil vem aumentando a cada ano que passa e os números de acidentes são consequências desse crescimento, por ser um tema pouco abordado pela coletividade e pelas autoridades, o trânsito não está sendo considerado importante para a sociedade. O descaso da sociedade, tanto por parte da população quanto das autoridades competentes, faz o trânsito ser perigoso, pois os condutores e pedestres não respeitam as leis de trânsito e as autoridades são omissas quanto a este assunto. O Código de Trânsito Brasileiro – CTB atribui uma grande responsabilidade que não é cumprida pelos municípios, por meio da municipalização do trânsito, para que haja uma ordem no trânsito e seja mais seguro, reduzindo assim as estatísticas de acidentes que há nele. A municipalização do trânsito assegura que o município, está mais próximo dos condutores, dos pedestres e das vias de circulação, possa ter uma ação direta frente ao trânsito e passa assumir uma responsabilidade que não tinha anteriormente ao CTB. Embora a municipalização seja uma obrigação atribuída pelo Código de Trânsito Brasileiro aos municípios, poucos são os que estão cadastrados no Sistema Nacional de Trânsito, sendo apenas de 14% deles. O ato da municipalização consiste em transferir responsabilidades ao município referentes ao trânsito, incluindo seu planejamento, a manutenção das vias e sinalizações, e até a aplicação das sanções impostas pelas leis de trânsito aos que a infringirem. 7 Faculdade de Minas O Código de Trânsito Brasileiro em seu dispositivo legal fornece a seguinte definição no artigo 1°, § 1°: Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga. Em seu Anexo I do referido diploma legal completa a definição com “a movimentação e imobilização de veículos, pessoas e animais nas vias terrestres”. Quando nos referimos ao trânsito muitas são as dúvidas relacionadas a ele, por exemplo, ao associarmos o trânsito com veículo, trânsito de veículos não motorizados, a circulação de pedestres, entre outros. Vasconcellos define o trânsito como: “conjunto de todos os deslocamentos diários, feitos pelas calçadas e vias da cidade, e que aparece na rua na forma de movimentação geral de pedestres e veículos”, fazendo assim uma definição mais ampla e genérica sobre trânsito, considerando pedestres e veículos. Ao comentar sobre o trânsito, Wilson de Barros Santos, faz um questionamento, “há, no entanto, um equívoco quando associamos o trânsito exclusivamente aos deslocamentos deveículos, pois as pessoas” vestem “um modo de transporte para suprir a necessidade de locomoção. De forma errônea dizemos que “ali vem uma motocicleta, um automóvel, etc”, mais adequado seria dizer “ali vem uma pessoa em uma motocicleta, em um automóvel, etc”, são as pessoas que se deslocam, elas apenas utilizam um modo de transporte para estar finalidade”, questionando assim as distinções entre veículos e pedestres. Wilson de Barros Santos distingue os usuários do trânsito quanto ao seu deslocamento, utilizando um modo de condução natural ou artificial. Em relação aos deslocamentos realizados menciona que: “nem sempre são realizados de forma pacífica, às vezes ocorrem conflitos de interesses tendo como consequência os famosos acidentes de trânsito”. Pode-se definir os principais fatores que geram conflitos existentes no trânsito, como à não observância das leis do trânsito pelos condutores e falta de interesse das autoridades do poder público. 8 Faculdade de Minas A EVOLUÇÃO DA LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO A primeira lei de trânsito a ser criada foi o Decreto n. 8.324 em 27 de outubro de 1910 o qual versava sobre o transporte de passageiros e de mercadorias por meio de veículos. Também tratou das rodovias, na época chamadas estradas de rodagem. Já naquele tempo legislou-se neste decreto sobre medidas de segurança de forma bastante genérica, mas já havia um controle sobre a situação de segurança do veículo antes de o mesmo poder rodar. Versou alguns artigos sobre estipulação de horários de rodagem, bem como, do valor de tarifas de transporte. O Decreto trazia algumas penalidades e formas de fiscalização, no entanto, não visando o motorista, ou “motorneiros”, como eram chamados na época, mas principalmente as empresas responsáveis por realizar as obras das estradas de rodagem e por transporte. (BRASIL, 2010). Importante salientar que, mesmo sendo a primeira legislação sobre trânsito, este Decreto já trazia em seu texto algumas preocupações dos legisladores com medidas de segurança na condução dos veículos, citadas entre os artigos 18 e 26 do Decreto. Como por exemplo: Art. 18. Nenhum automóvel poderá ser posto em serviço sem prévio exame do engenheiro fiscal, que deverá proceder as experiências que julgar convenientes, afim de verificar que não apresenta nenhuma causa de perigo, sendo empregado no trafego da estrada. A infracção deste artigo sujeita o concessionário a penalidade estatuída pelo art. 33. (BRASIL, 2010, p. 19). Resta claro também a responsabilidade imposta ao condutor quanto ao controle da velocidade em que conduz seu veículo, como uma maneira de se evitar acidentes. Era previsto na norma de uma maneira mais ampla e não tão dogmático como é atualmente, no entanto, com a mesma intenção, como se vê: Art. 21. O motorneiro deve estar constantemente senhor da velocidade de seu veículo, devendo diminuir a marcha ou mesmo para o movimento, todas as vezes que o automóvel possa ser causa de acidentes. A velocidade deverá ser reduzida o mais possível nos pontos da estrada, onde, por quaisquer obstáculos, não se possa 9 Faculdade de Minas estender á distancia o raio visual, ou quando atravessar caminhos ou ruas de povoados. (BRASIL, 2010, p. 20). Em 1922 foi criado o Decreto Legislativo n.4.460 o qual tratava basicamente de regras às estradas de rodagem, principalmente, visando evitar transtornos aos veículos que trafegavam. Neste Decreto é perceptível uma regressão da norma, pois a atenção estava voltada muito mais ao fluxo dos veículos do que a segurança dos cidadãos, conforme comenta Berwig (2013, p. 50): “Nota-se que no início do século passado nossos governantes já resguardavam a passagem do automóvel em detrimento de outros impeditivos. Foi o início da crescente importância dos veículos automotores na história brasileira”. Em 5 de janeiro de 1927 foi criado o Decreto Legislativo n. 5.141 que criava um fundo para a construção e manutenção das estradas de rodagem. O Decreto n. 18.323, de 24 de julho de 1928, trouxe algumas regulamentações mais complexas, inclusive estão presentes na legislação atual, como a presença de polícia nas estradas, sinalização, pagamento prévio de licença para trafegar e as competências de União, Estados e Municípios quanto as estradas de sua jurisdição. (BERWIG, 2013). Na data de 28 de janeiro de 1941 foi criado o primeiro Código Nacional de Trânsito, Decreto-Lei n. 2.994, no entanto, com pouco tempo de vigência tendo em vista a criação do Decreto-Lei n. 3.651 o qual revogou o Código de Trânsito e determinou algumas competências aos Estados para legislar sobre trânsito, conforme texto da época, hoje revogado, Brasil (2015b): Art. 1º O trânsito de veículos automotores de qualquer natureza, nas vias terrestres abertas a circulação pública, em todo o território nacional, regular-se-á por este Código. As leis estaduais, relativas ao trânsito e aos condutores dos demais veículos, aos pedestres, aos animais e à sinalização local, devem adaptar-se às disposições deste Código, no que for aplicável. Os Estados baixarão, para esse fim, regulamentos e instruções complementares. Art. 2º Cada Estado organizará, de acordo com as suas necessidades, os serviços administrativos destinados ao cumprimento dos dispositivos deste Código, obedecendo às normas gerais da legislação federal. 10 Faculdade de Minas Este Decreto norteava diretrizes gerais para o trânsito como, por exemplo, alguns deveres e proibições impostos aos condutores, sendo mais específico e claro do que em normas anteriores, visando a segurança dos motoristas e/ou pedestres, conforme exemplo do texto original, Brasil (2015b): Art. 6º É proibido: [...] 9, passar à frente: a) entre o meio-fio e o bonde que houver feito parada temporária regulamentar para deixar ou receber passageiros; b) sem estar certo de que dispõe para isso de espaço suficiente, à esquerda, ou de que o pode fazer sem risco de acidente; c) quando a visibilidade não for satisfatória; d) nas curvas, no cume de uma elevação, nas passagens de nível, nos cruzamentos, pontes ou viadutos; 10, forçar passagem entre dois veículos que, trafegando em sentido contrário, estejam na iminência de cruzar-se; No ano de 1966 foi criado o segundo Código Nacional de Trânsito, a Lei 5.108, de 21 de setembro, onde previa que Estados legislariam dentro de algumas peculiaridades de sua região desde que seguissem os preceitos da legislação federal base e, criava órgãos e entidades no âmbito federal, estadual, distrital e municipal, ou seja, retirou o poder dos Estados de legislarem, autorizando apenas naqueles casos em que não fosse satisfeito pela lei maior. Neste código as maiores diferenças para o antecessor são no âmbito administrativo, através da criação do sistema Nacional de trânsito, portanto, a atenção foi menor às regras de trânsito e maior à organização das responsabilidades Estatais quanto ao trânsito. (BRASIL, 2015b; 1966). Em 1988, com o advento da Constituição Federal atual, foi previsto no art. 22, XI que compete privativamente a União legislar sobre trânsito e transporte. Nota-se que a competência exclusiva da União é no âmbito legislativo, tendo em vista que há várias competências atribuídas aos Estados e Munícipios, no entanto, elas são administrativas, exercidas por inúmeros órgãos políticos-administrativos. (BERWIG, 2013). Inclusive essa prerrogativa é clara no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) vigente: Art. 5º O Sistema Nacional de Transito e o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de 11 Faculdade de Minas condutores, educação, engenharia, operaçãodo sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades. (BRASIL, 1997). O atual CTB (Código de Trânsito Brasileiro) foi instituído no dia 23 de setembro de 1997 pela Lei n. 9.503, o qual recepcionou todas as resoluções anteriores do CONTRAN e determinou que o mesmo fizesse uma revisão da melhor aplicabilidade dessas resoluções ao novo código com acréscimo de novas, caso necessário para maior efetividade do mesmo. Para alguns estes códigos é um dos melhores do mundo desde que bem interpretado. (BERWIG, 2013). Pois trata das mais variadas questões relacionadas ao trânsito como, por exemplo, da educação para o trânsito, dos veículos em circulação internacional, da condução de escolares, das infrações, limitação de velocidade, dos crimes de trânsito, etc., no entanto, como citado anteriormente, ele é vasto, mas necessita de uma boa interpretação. (BRASIL, 1997). Ainda no quesito legislação de trânsito não há como deixar de fazer uma breve citação da Lei Federal nº 11.705, de 19 de junho de 2008, popularmente denominada “Lei Seca”, alusão às alterações feitas no CTB, das quais a mais emblemática foi a tolerância zero ao consumo de álcool para motoristas: Art. 1o Esta Lei altera dispositivos da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, com a finalidade de estabelecer alcoolemia 0 (zero) e de impor penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência do álcool [...]. (BRASIL, 2015h). Nota-se uma atenção especial do legislador à problemática da união entre álcool e direção, combinação responsável por inúmeros acidentes de trânsito no país, números estes que serão foco ainda nesse capítulo. Essas alterações feitas pela “Lei Seca” deixaram as regras mais rígidas no tocante ao álcool, seu uso, propaganda e venda, tendo em vista as multas de valores mais altos, suspensão no direito de dirigir e o limite zero de álcool por litro de sangue. 12 Faculdade de Minas DIREITO NO TRÂNSITO Com o intuito de estabelecer a organização no trânsito, há legislações a serem seguidas, algumas na esfera penal, outras na cível e outras nas administrativas. Dentro da legislação específica de trânsito, temos as normas, resoluções, as deliberações, as portarias de diversos órgãos e entidades competentes, não se restringindo apenas ao Código de Transito Brasileiro – CTB, lei nº. 9503/97. O Código de Trânsito Brasileiro especifica quais são os crimes penais no trânsito, porém seus procedimentos gerais estão no Código Penal e no Código de Processo Penal. Todo esse ordenamento jurídico específico de trânsito tem como finalidade mantê-lo em condições seguras para todos os membros da sociedade, sendo condutores ou pedestres. Outras legislações, embora não sejam sobre trânsito, são utilizadas para solucionar alguns conflitos que são gerados no trânsito, como por exemplo, o emprego do Código Civil para resolver as lides de indenizações e reparações de danos que surgem no trânsito. A APLICABILIDADE DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO E SUA VIGÊNCIA O Código de Trânsito Brasileiro – CTB entrou em vigor no dia 22 de Janeiro de 1998 pela lei 9.503, contendo 341 artigos e divididos em 20 capítulos, que abrange disposições sobre o sistema nacional de trânsito; normas gerais; normas específicas para veículos e pedestres; sobre sinalizações; entre outras áreas relacionadas ao trânsito. O atual CTB em seu art. 341 revogou o código anterior, Lei 5.108/66, ampliando a aplicabilidade das normas de trânsito em todas as vias terrestres do território nacional, inclusive via interna como condomínio fechado. Assim, somente serão aplicadas as normas de trânsito estabelecidas pelo CTB às pessoas, veículos e animais que se utilizarem das vias públicas, incluindo praias abertas ao público, bem como vias internas de condomínios fechados. Porém, tais 13 Faculdade de Minas normas não terão aplicabilidade no interior das propriedades privadas, urbanas ou rurais. CONHECENDO O CÓDIGO DE TRÂNSITO São 341 os artigos que compõem o Código de Trânsito Brasileiro. Do 161 até o 255 são descritas as infrações de trânsito e suas respectivas penalidades. Ou seja, o código é muito mais do que isso. Além do capítulo destinado às infrações, há outros 19. Veja quais são: Capítulo I – Disposições Preliminares: Trata dos conceitos-chave da lei, alguns dos quais já vimos aqui, como o que é considerado trânsito e a quem as disposições do código são aplicadas. 14 Faculdade de Minas Capítulo II – Do Sistema Nacional de Trânsito: composto por duas seções, uma que define e estabelece os objetivos do Sistema Nacional de Trânsito e outra que detalha a sua composição e as competências de seus órgãos. Capítulo III – Das Normas Gerais de Circulação e Conduta: orienta qual deve ser o comportamento de motoristas (por exemplo, como deve ser feita uma ultrapassagem). Capítulo III-A – Da Condução de Veículos por Motoristas Profissionais: capítulo incluído pela Lei Nº 12.619/2012 e praticamente todo reescrito pela Lei Nº 13.103/2015. Ele estabelece regras especiais para os motoristas profissionais de transporte coletivo de passageiros ou de cargas. Capítulo IV – Dos Pedestres e Condutores de Veículos Não Motorizados: você sabia que pedestres e ciclistas também precisam respeitar regras de trânsito? Elas estão estabelecidas nesse capítulo, entre os artigos 68 e 71 do CTB. Capítulo V – Do Cidadão: em dois artigos, este capítulo confere a qualquer cidadão o direito de solicitar melhorias na infraestrutura ou normas de trânsito. Capítulo VI – Da Educação Para o Trânsito: define a educação para o trânsito como direito de todos e estabelece obrigações aos órgãos de trânsito nesse sentido. Capítulo VII – Da Sinalização de Trânsito: as principais regras sobre placas, equipamentos e pinturas na via são definidas pelo Contran, mas nesse capítulo você encontra algumas definições básicas para guiar a implantação da sinalização. Capítulo VIII – Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do Policiamento Ostensivo de Trânsito: apesar desse nome comprido, o capítulo traz poucos artigos. A maioria das normas quanto a essas ações são estabelecidas pelo Contran. Capítulo IX – Dos Veículos: capítulo dividido entre a seção I, que traz definições sobre tipos de veículos e disposições gerais sobre as suas características (proibições e permissões); seção II, que versa sobre os requisitos de segurança (o 15 Faculdade de Minas detalhamento é atribuído ao Contran); e seção III, que explica como deve ser feita a identificação do veículo (número do chassi e placas). Capítulo X – Dos Veículos em Circulação Internacional: tem apenas dois artigos, que definem regras básicas para a circulação de veículo em território nacional (independentemente de sua origem) e entrada e saída temporária ou definitiva de veículos no país. Capítulo XI – Do Registro de Veículos: o nome é autoexplicativo. Todo o veículo que trafega em vias públicas precisa estar registrado junto ao órgão de trânsito, e nesse capítulo estão as regras para essa obrigação. Capítulo XII – Do Licenciamento: assim como o registro, o veículo precisa estar com o licenciamento em dia. Aqui estão algumas regras para isso. Capítulo XIII – Da Condução de Escolares: o serviço de conduzir veículos destinados ao transporte coletivo de alunos é tão importante que ganha um capítulo especial, que estabelece regras para a autorização, inspeção, equipamentos e habilitação do condutor. Capítulo XIII-A – Da Condução de Moto-Frete: esse serviço profissional ganhou um capítulo com a Lei Nº 12.009/2009. Ele versa sobre os requisitos para o exercício legal dessa atividade. Capítulo XIV – Da Habilitação: é um dos capítulos mais importantes. Ele versasobre o processo de habilitação que confere aos cidadãos o direito de dirigir. Apesar de ter 20 artigos, muita coisa desse processo é detalhada pelas resoluções do Contran. Vários de seus artigos já foram atualizados por outras leis. Capítulo XV – Das Infrações: é o maior capítulo do Código de Trânsito. Seus artigos descrevem quais são as infrações de trânsito e suas respectivas penalidades. Mais adiante, você vai conhecer melhor essa parte. Capítulo XVI – Das Penalidades: a multa pecuniária, ou seja, a necessidade de pagar determinado valor ao órgão de trânsito, não é a única penalidade aplicada a quem comete uma infração. Aqui, todas elas são descritas e detalhadas. 16 Faculdade de Minas Capítulo XVII – Das Medidas Administrativas: além das penalidades descritas no capítulo anterior, uma infração também pode resultar em medidas como a remoção do veículo. Aqui, essas ações são detalhadas. Capítulo XVIII – Do Processo Administrativo: quando um motorista é autuado, ele não sofre as penalidades diretamente. É aberto um processo administrativo, no qual ele terá respeitado seu direito à ampla defesa. Em duas seções, esse capítulo versa sobre a lavratura do auto de infração e o julgamento das autuações. Capítulo XIX – Dos Crimes de Trânsito: Dependendo da gravidade da conduta do motorista, ele estará cometendo um crime de trânsito, e não uma infração. Nesse caso, terá outras punições (como a detenção ou reclusão) e responderá judicialmente. As disposições gerais e descrição dos crimes e penas estão nesse capítulo, dividido em duas seções. Capítulo XX – Disposições Finais e Transitórias: é o último capítulo do Código de Trânsito Brasileiro. Ele versa sobre prazos para resoluções do Contran, destinação de receitas de multas e outros detalhes de interesse apenas dos órgãos de trânsito. Os 341 artigos do Código de Trânsito estão, portanto, divididos entre esses 20 capítulos que você acabou de conhecer. SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO O conceito de Sistema Nacional de Trânsito pode ser encontrado no próprio Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 5º: O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades. 17 Faculdade de Minas Essa definição abrange diversos órgãos e entidades com competência municipal, estadual, federal e Distrito Federal, atribuindo-lhes algumas funções administrativas e punitivas. O Sistema Nacional de Trânsito – SNT tem por objetivos básicos, estabelecer as diretrizes da Política Nacional de Trânsito, visando a segurança, fluidez, conforto, defesa ambiental, e à educação para o trânsito e ainda fiscalizar seu cumprimento. O SNT é responsável por realizar uma padronização de ações de seus órgãos, mediante fixação de normas e procedimentos relativos a critérios técnicos, financeiros e administrativos para a execução das atividades de trânsito para que não haja controvérsias entre as ações de seus órgãos. O Sistema Nacional de Trânsito é um complexo de órgãos que juntos garantem o perfeito funcionamento do trânsito no país. Estes órgãos têm competências nacionais, estaduais ou municipais e visam, de acordo com a sua competência, regular, planejar, pesquisar, normatizar, educar e fiscalizar tudo que for relativo ao trânsito de pessoas ou de veículos, em vias rurais e urbanas dentro do território nacional. 18 Faculdade de Minas Para desempenhar o papel normativo dentro do Sistema Nacional de Trânsito, foram criado os conselhos: Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, com uma atuação em todo território nacional; os Conselhos Estaduais de Trânsito – CETRAN, tendo uma atuação restrita apenas ao uma unidade federativa; e o Conselho de Trânsito do Distrito Federal – CONTRADIFE, com as mesmas funções do CETRAN. CONTRAN – (CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO) Com sua sede em Brasília, DF, o CONTRAN é órgão máximo normativo, consultivo e coordenador da Política de Trânsito e do Sistema Nacional de Trânsito. O CONTRAN é composto de membros de diversos ministérios da administração pública e se reúne ordinariamente uma vez ao mês com intuito de tratar sobre as questões referentes à Política Nacional de Trânsito; coordenar os órgãos de trânsito, visando a integração dos mesmos; zelar pelo cumprimento da legislação de trânsito vigente; discorrer sobre as multas e sanções aplicáveis em caso de descumprimento das normas de trânsito; responder sobre as consultas que lhe forem formuladas, relativas à aplicação da legislação de trânsito; normatizar sobre o procedimento de habilitação de condutores de veículos; definir questões referentes à aprovação, alteração ou complementação dos dispositivos de sinalização e os equipamentos de trânsito; apreciar recursos de decisões inferiores e apreciar questões de conflitos de competência ou circunscrição. CETRAN – CONSELHO ESTADUAL DE TRÂNSITO E CONTRADIFE Os CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito) são órgãos subordinados ao CONTRAN presentes em cada estado do país, juntamente com o CONTRADIFE (Conselho de Trânsito do Distrito Federal) que tem competência no Distrito Federal. O CETRAN e o CONTRADIFE são órgãos de natureza colegiada, normativa, consultiva e coordenativa do Sistema Brasileiro de Trânsito, competentes para julgar 19 Faculdade de Minas recursos interpostos contra penalidades aplicadas por órgãos executivos de trânsito e rodoviários dos estados e municípios. Algumas das principais atividades específicas dos CETRAN são: cumprir a fazer valer as normas de trânsito vigentes; elaborar normas de trânsito de acordo com sua competência; estimular e orientar a realização de campanhas educativas de trânsito; dirimir conflitos sobre a circunscrição e competência de trânsito no âmbito municipal e enviar relatórios de suas atividades ao CONTRAN. ÓRGÃOS E ENTIDADES EXECUTIVOS DE TRÂNSITO DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS Estes são os órgãos competentes direta de fazer cumprir a legislação de trânsito e aplicar as multas para os infratores, sendo outras atribuições relevantes dos mesmos: controlar o processo de formação, reciclagem de condutores de veículos; administrar a expedição e cassação de Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do órgão federal competente; vistoriar, as condições de segurança veicular; junto com as Polícias Militares, estabelecer diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito; coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas e realizar projetos de educação no trânsito de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN. DENATRAN – (DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO) O DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito é o órgão máximo executivo da União. Cumpre a ele, dentre várias atribuições, fazer cumprir a legislação de trânsito vigente estabelecida pelo CONTRAN; supervisionar os outros órgãos delegados para garantir a execução da Política Nacional de Trânsito; combate a violência no trânsito, com projetos de preservação do ordenamento e da segurança 20 Faculdade de Minas do trânsito; criar e supervisionar projetos referentes a engenharia, educação, administração, policiamento e fiscalização do trânsito para que haja uma unificação dos procedimentos de trânsito; se responsabilizar pela emissão de documentos de habilitação de condutores e licença de veículos; controlar o sistema de multas eadministrar seus órgãos inferiores para que haja eficiência na aplicação das mesmas; elaborar junto a outros órgãos do governo, programas de educação no trânsito e prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e financeiro ao CONTRAN. DETRAN – (DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO) O DETRAN é um órgão executivo de natureza e competência estadual, presente em cada estado do país estando subordinado ao DENATRAN. São funções do DETRAN: supervisionar se as normas de trânsitos e suas sanções em caso de descumprimento estão sendo cumpridas; acompanhar e supervisionar a emissão de carteiras de habilitação e licenças de acordo com sua circunscrição; fiscalizar se as condições de segurança dos veículos estão sendo cumpridas e ainda se os veículos possuem documentação válida; estabelecer junto a Polícia Militar, diretrizes, para o patrulhamento ostensivo das vias de trânsito; aplicar diretamente as punições de transito para os infratores; fazer pesquisa e coleta de dados sobre o sistema de trânsito local; promover e colaborar com projetos de educação no trânsito e manter contato frequente sobre os documentos emitidos e multas aplicados com os outros órgãos de trânsito do Sistema Nacional de Trânsito para que o mesmo funcione de acordo com seu interesse. D.N.I.T – (DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA – ESTRUTURA DE TRANSPORTES) O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte é o órgão máximo de execução de obras relativas ao trânsito. O DNIT é encarregado de executar obras relativas à infraestrutura dos segmentos de viação, assim como suas reformas, 21 Faculdade de Minas ampliações e manutenções. É um órgão do executivo federal, dirigido por cinco diretores nomeados pelo Presidente da República e administrado com verbas diretas da União para execução das obras. Cabe ao DNIT administrar as infraestruturas de transportes no território nacional, sendo elas vias navegáveis, ferrovias ou rodovias federais, instalações e vias de transbordo e de interface intermodal ou instalações portuárias, elaborando e executando projetos de obras juntamente com seus órgãos subordinados. Dentre várias competências do DNIT se destacam: Executar as políticas formuladas pelo Ministério dos Transportes e pelo Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte – CONIT, para melhoria e implementação da infraestrutura do Sistema Federal de viação; promover estudos na área da engenharia rodoviária, aquaviário ou ferroviária e analisar também o impacto ambiental de possíveis obras; estabelecer padrões e programas para a constante manutenção das vias e de suas sinalizações; promover ações educativas visando a redução de acidentes, em articulação com órgãos e entidades regionais; elaborar um relatório anual dos projetos e obras realizados; elaborar relatórios e estatísticas sobre as atividades portuárias, aquaviária, ferroviária e rodoviárias sob sua administração e submeter anualmente ao Ministério dos Transportes a sua proposta orçamentária assim como as alterações orçamentárias que se fizerem necessárias. D.E.R. – (DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM) O Departamento de Estradas e Rodagem é um órgão de competência estadual, presente em todos os estados do Brasil, com o fim de promover, administrar, fiscalizar e supervisionar as obras rodoviárias e os transportes de suas respectivas circunscrições. Compete ao DER: elaborar, executar e fiscalizar serviços técnicos e administrativos para o melhoramento das estradas de rodagens estaduais, inclusive, pontes e demais obras de artes especiais; fiscalizar os serviços intermunicipais do sistema Estadual de transportes rodoviário e terminais rodoviários, aeroportuários e 22 Faculdade de Minas hidro portuários; realizar os a revisão periódica do Plano de Rodoviário Estadual, bem com manter atualizado a mapa rodoviário do Estado; ajudar prestando assistência técnica aos municípios no desenvolvimento de seus sistemas rodoviários e administrar estradas de rodagem federais, situadas no território do Estado, por conta e delegação de órgão federal. JARIS – (JUNTAS ADMINISTRATIVAS DE RECURSOS E INFRAÇÕES) As JARI são órgãos colegiados, componentes do Sistema Nacional de Trânsito, responsáveis pelo julgamento dos recursos interpostos de penalidades aplicadas pelos órgãos e entidades executivos de trânsito. Existe, junto aos órgãos executivos de trânsito um número de JARIs necessários para julgar, os recursos interpostos nestes órgãos executivos. Compete às JARIs: julgar os recursos interpostos pelos infratores além de manter estreito contato com os órgãos executivos correspondentes para que exista um trabalho conjunto para dinamizar as decisões de ambos os órgãos. A JARI terá no mínimo, três integrantes, para seu efetivo funcionamento. P.R.F. – (POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL) A Polícia Rodoviária Federal é um órgão fiscalizador do trânsito rodoviário do país, visando a eficácia da aplicação das leis de trânsito e, portanto, melhorando a segurança nas vias terrestres federais. Dentre as principais atribuições da Polícia Rodoviária Federal estão: cumprir a legislação e as normas de trânsito de acordo com suas atribuições; realizar patrulhamento, executando operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros; aplicar e arrecadar multas impostas por infrações de trânsito além de 23 Faculdade de Minas valores provenientes de estada e remoção de veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas; fazer investigação nos locais de acidentes de trânsito e prestar o devido atendimento, socorro e salvamento de vítimas; proporcionar a livre circulação nas rodovias federais; coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal; implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de Trânsito e ainda fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga. P.M.E. – (POLÍCIA MILITAR DOS ESTADOS E DISTRITO FEDERAL) A Polícia Militar Estadual exerce um apoio aos órgãos de trânsito e de acordo com convênios firmados ela pode adquirir competência de executar a fiscalização de trânsito, como agente do órgão ou entidades executivas de trânsito ou executivas rodoviárias, juntamente com os demais agentes credenciados. CIRETRAN – (CIRCUNSCRIÇÃO REGIONAL DE TRÂNSITO) As Circunscrições Regionais de Trânsito (CIRETRAN) são órgãos regionais do Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN competentes a promoção e a realização dos serviços de trânsito na sua respectiva circunscrição além de executar registros referentes a Veículos, multas, Carteiras Nacionais de Habilitação, Taxa Rodoviária única, guarda e liberação de Veículos e apreensão de Veículos. 24 Faculdade de Minas CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO E AS RESOLUÇÕES DO CONTRAN O atual Código de Trânsito Brasileiro revogou o antigo Código Nacional de Trânsito, porém várias foram as leis que alteraram o Código de Trânsito Brasileiro. O Código de Trânsito Brasileiro costuma ser modificado por diversas resoluções, porém não deveria ser assim, as resoluções somente deveriam completar a legislação e não a alterar. Porém, há muitos casos em que as Resoluções do CONTRAN modificam, literalmente o CTB. O Código de trânsito Brasileiro, é regido por diversos princípios, entre eles citamos o principal que é o princípio de proteção prioritária a vida, conforme especifica os artigos 1º, §5º e artigo 269, § 1º do Código de Trânsito Brasileiro. “Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do território nacional,abertas à circulação, rege-se por este Código. § 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente.” “Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administrativas: § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas administrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à vida e à incolumidade física da pessoa.” Portanto, o Código de Trânsito Brasileiro, não visa arrecadação de fundos para o estado ou nem punição de condutores que cometem infrações de trânsito, visa sim garantir a integridade física do cidadão. O artigo 1º, § 1º do CTB, conceitua o que é transito portanto, transito, segundo o Código de Trânsito Brasileiro é: Art 1º, § 1º do CTB: “Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga”. 25 Faculdade de Minas Ou seja, a simples utilização das vias de circulação sejam elas rurais, ou urbanas, já é considerado trânsito. Por exemplo, um carroceiro que transporta objetos para um sítio, na zona rural, de acordo com o CTB, conceitua como trânsito, estando ele sujeito a aplicação do Código de Trânsito Brasileiro. Só lembrando que o CTB, não tem por finalidade punir um condutor que comete uma infração de trânsito, e sim tem por objetivo educá-lo de forma que este[condutor, infrator], não venha a cometer novamente a mesma infração, protegendo assim o bem maior tutelado que é a vida, pois evitando o cometimento de infrações o Código de Trânsito Brasileiro evita a ocorrência de acidentes por usuários das vias de circulação terrestres. O artigo 2º do CTB no seu parágrafo único, dá outras classificações para os locais de aplicação do CTB: “Art. 2º. São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais. Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública e as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas.” De acordo com o código qualquer lugar onde tenha via terrestre, aplica-se o CTB, um exemplo, os condomínios fechados, aqueles condomínios autônomos, também estão sujeitos ao CTB, complementando, condomínios autônomos são aqueles formados por casas, os condomínios verticais, pois há vias abertas nestes condomínios. Para efeitos do Código de trânsito Brasileiro, não são considerados vias terrestres, pátios internos de quartéis (pois estes estão sujeitos a legislações próprias), os estabelecimentos comerciais, como estacionamento de shopping centers, supermercados e outros, postos de gasolinas. Os outros estabelecimentos que não são considerados “de livre acesso”, aqueles que por qualquer motivo podem ser fechados não permitindo a entrada de pessoas. 26 Faculdade de Minas CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO As infrações de trânsito estão classificadas no artigo 161, do CTB: As infrações são consideradas como a inobservância do Código de Trânsito Brasileiro, desde que a conduta inobservada esteja prevista dos artigos 162 ao 255 do CTB. Por exemplo, o Código de Trânsito, nas suas disposições preliminares, explica que todo motorista ter atenção ao conduzir seu veículo, inclusive ter atenção ao abrir a porta, tanto do passageiro, quanto do condutor, porém não existe nenhuma infração de trânsito para o condutor ou passageiro que abre a porta do veículo sem prestar a tenção na via e causa um acidente. Concluímos então que as infrações de trânsito devem estar tipificadas no código de trânsito brasileiro. As medidas administrativas, são aquelas previstas no artigo 260 do CTB, são aplicadas pela autoridade de trânsito e seus agentes nas esferas de suas atribuições, competências e circunscrições. Por exemplo, o agente de trânsito, autua e remove um veículo cujo condutor ou o veículo estejam irregulares. A autoridade de trânsito no caso do mesmo veículo, multa e recolhe o veículo. O capítulo III, do artigo 26 ao artigo 67 do CTB, referem-se as normas gerais de circulação e conduta, mais claramente, ao comportamento ideal do condutor. O Capitulo XV, refere-se as infrações e suas consequências. Só acrescentando que os capítulos III e XV se interagem. AUTO DE INFRAÇÃO DE TRÂNSITO Com relação ao auto de infração, este por sua vez não é uma medida administrativa, é um ato administrativo, e tem por finalidade documentar a prática de uma infração de trânsito. Para concluir acrescentamos que existem duas esferas de competência na aplicação das autuações de trânsito, um estadual, existindo um total de 63 infrações, sendo estas infrações toas referentes, em regra geral, a condutores, documentação, além do ato de permitir, entregar ou confiar a direção de veículos 27 Faculdade de Minas automotores. A segunda esfera é a esfera municipal, totalizando 164, infrações de trânsito, todas aquelas relacionadas com circulação, parada e estacionamento. Para que um agente de trânsito, por exemplo a polícia militar, realize autuações em ambas as esferas, é necessária a existência de um convênio por parte dos órgãos executivos responsáveis, por exemplo em um município a polícia militar só poderá autuar se houver convenio entre o batalhão responsável e o município de atuação. A mesma coisa ocorre na esfera estadual, porém, no caso do estado de São Paulo, o fato da Policia Militar e o DETRAN pertencerem à mesma secretaria extingue a necessidade do convenio pelo fato das duas instituições pertencerem a mesma pasta do Governo Estadual. PENALIDADES ADMINISTRATIVAS DO CTB O CTB no seu artigo 256 determina que a autoridade de trânsito na esfera das competências estabelecidas no código e dentro da sua circunscrição, deverá aplicar, pela inobservância às infrações nele previstas, às seguintes penalidades: I – Advertência por escrito; II – Multa; III – suspensão do direito de dirigir; IV – Apreensão do veículo V – Cassação da Carteira Nacional de Habilitação; VI – Cassação da permissão para dirigir; VII – Frequência obrigatória em curso de reciclagem. Cada penalidade apresenta a sua particularidade, inicialmente falando da “advertência por escrito” que poderá ser aplicada em substituição à multa quando tratar-se de infração de natureza leve ou média cometida por condutores ou proprietários de veículos. Quando a multa é aplicada aos pedestres esta poderá ser 28 Faculdade de Minas substituída por participação do infrator em cursos de segurança viária, à critério da autoridade de trânsito. Toda infração terá prevista como penalidade pelo menos a multa, podendo ser de natureza leve (03 pontos), média (04 pontos), grave (05 pontos) e gravíssima (07 pontos), sendo todas infrações definidas quanto à gravidade pelo legislador, que também previu para um grupo de dez artigos do CTB que são tipos infracionais de trânsito de natureza gravíssima atribuída pelo legislador conhecidos como fatores multiplicadores (multas agravadas) por três, por cinco e por até cinco vezes1 o valor da multa de natureza gravíssima, conforme cada tipo infracional previsto de forma específica. A suspensão do direito de dirigir será aplicada nos casos previstos pelo CTB pelo prazo mínimo de um mês até o máximo de um ano, no caso de reincidência nos próximos doze meses, asuspensão será pelo prazo mínimo de seis meses até o máximo de dois anos, com critérios estabelecidos pelo CONTRAN. A suspensão também se dará sempre que o infrator atingir a soma de vinte pontos em seu prontuário de habilitação em doze meses ou quando pela infração cometida, haja previsão de forma específica a penalidade de suspensão do direito de dirigir. A apreensão do veículo se dará por um prazo de até 30 dias regulamentadas pelo CONTRAN. No entanto, há previsão desta penalidade para os tipos infracionais determinados, sendo a falta de registro e de licenciamento um deles. Esta apreensão se dará depois do encerramento do processo administrativo para aplicação da pena e consiste na entrega do veículo pelo proprietário ao depósito credenciado pelo órgão que impôs a penalidade, onde permanecerá sob custódia do órgão ou entidade apreendedora, com ônus para o seu proprietário. A cassação da Carteira Nacional de Habilitação, penalidade imposta ao condutor que tiver o seu direito de dirigir suspenso e for flagrado conduzindo veículo em via pública ou no caso de reincidência nos tipos infracionais dos artigos 162, 163, 164, 165, 173, 174 e 175 num período de doze meses, podendo o condutor voltar a reabilitar-se após decorridos dois anos da cassação. A cassação da Permissão para dirigir se dará pelos mesmos motivos ensejadores da cassação da CNH, o diferencial é que a Permissão é o documento de 29 Faculdade de Minas habilitação com validade para um ano. Neste período, o condutor, não cometendo nenhuma infração de natureza grave, gravíssima ou reincidência de infração média garantirá habilitação definitiva; então, todos os condutores definitivamente habilitados renovarão exame médicos e psicológicos de cinco em cinco anos e de três em três para aquelas pessoas com idade superior a sessenta e cinco anos de idade. Quanto a penalidade de frequência obrigatória em curso de reciclagem o legislador apenas inseri-a no rol de penalidades previstas pelo CTB, na legislação complementar tratou ela apenas como curso de reciclagem conforme Resolução n° 182 de 09 de setembro de 2005 do CONTRAN, porém todos infratores para efeito do curso é como se nunca tivessem sido habilitados anteriormente, pois terão a carga horária de 30h de curso, e após, se aprovados, voltarão à conduzir na categoria de habilitação que se encontravam antes da imposição da penalidade de suspensão ou cassação da habilitação. Para aplicação das penalidades acima previstas os órgãos e entidades de trânsito necessitam obrigatoriamente da instauração de um processo administrativo que existe no âmbito da função administrativa e prevista pelo CTB e normas complementares. Teve significativa mudança o processo administrativo previsto pelo CTB, tendo em vista a publicação da Súmula Vinculante n° 21 que afirma que é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para a admissibilidade de recurso administrativo. O CTB previa o pagamento da penalidade de multa para recorrer para segunda instância o que não é mais possível, inclusive tendo sido revogado o § 2º do art.288 do CTB pela Lei nº 12.249 de 11 de junho de 2010. A Constituição Federal de 1988 contemplou o termo processo para significar a processualidade administrativa, nestes termos: art. 5º, inc. LV: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.” O Código de Trânsito por ocasião da distribuição de competências atribuiu ao CONTRAN a regulamentação do CTB, no entanto, este deixou de regulamentar a aplicação da penalidade de advertência por escrito, apreensão do veículo, cassação 30 Faculdade de Minas da permissão para conduzir e frequência obrigatória em curso de reciclagem. O CTB apenas contemplou no capítulo VIII DO PROCESSO ADMINISTRATIVO a multa, a suspensão do direito de dirigir e a cassação da Carteira Nacional de Habilitação. Quanto às finalidades do processo administrativo ensina Medauar (2010, p. 168-169), As várias finalidades do processo administrativo apresentam-se cumulativas sem se excluírem, embora sejam expostas de modo separado, por exigências de sistematização científica: Garantia; Melhor conteúdo das decisões; Legitimação do poder; Correto desempenho da função; Justiça na Administração; Aproximação entre Administração e cidadãos; Sistematização de atuações administrativas e facilitar o controle da Administração. Para a aplicação das penalidades previstas pelo CTB é necessário que estejam presentes alguns princípios basilares consagrados na nossa Constituição e na legislação infraconstitucional qual sejam: Lei 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro) e Lei 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública federal. AS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS DO CTB Medidas Administrativas são atos administrativos, com os atributos de presunção de legitimidade, imperatividade, auto executoriedade e tipicidade, de competência da Autoridade de Trânsito com circunscrição sobre a via ou seus agentes. Ensinam Alexandrino, Marcelo e Paulo, Vicente (2009, p. 454-456): A presunção de legitimidade ou presunção de legalidade é um atributo presente em todos os atos administrativos, quer imponham obrigações, quer reconheçam ou confiram direitos aos administrados. Esse atributo deflui da própria natureza do ato administrativo, está presente desde o nascimento do ato e independe de norma legal que o preveja. A auto executoriedade é qualidade própria dos atos inerentes ao exercício de atividades típicas da administração, quando ela está atuando na condição de poder público. A necessidade de defesa ágil dos interesses da sociedade justifica essa possibilidade de a administração agir sem prévia intervenção do Poder Judiciário. A imperatividade decorre do denominado poder extroverso do estado. Essa expressão é utilizada para representar a prerrogativa que 31 Faculdade de Minas o poder público tem de praticar atos que extravasam sua própria esfera jurídica e adentram a esfera alheia, alterando-a, independentemente da anuência prévia de qualquer pessoa. (p.454-457). Elas têm como objetivo principal e prioritário a proteção à vida e à incolumidade física das pessoas, evitar que certas infrações continuem ou se repitam, com todas as suas consequências, assim como servir de instrumento para aplicação de algumas penalidades administrativas do CTB. Para diversos tipos infracionais previstos no CTB do art.162 ao art.255, há previsão de implementação de mais de uma medida administrativa por infração cometida. Não suprimem a aplicação das penalidades por infrações estabelecidas no CTB, há situações em que são implementadas em caráter complementar a estas. Diferentemente da penalidade, a aplicação de medida administrativa independe de processo administrativo. Nem sempre elas serão executadas de imediato à autuação já que algumas delas dependem da aplicação da penalidade, como no caso do recolhimento da habilitação derivada da suspensão do direito de dirigir, bem como, da remoção do veículo no caso da aplicação da penalidade de apreensão do veículo. Elencadas no art. 269 do CTB assim descritas: a) Retenção do veículo; b) Remoção do veículo; c) Recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação; d) Recolhimento da Permissão para Dirigir; e) Recolhimento do Certificado de Registro; f) Recolhimento do Certificado de Licenciamento; g) Transbordo do excesso de Carga; h) Realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância Entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica; i) Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas eencargos devidos. 32 Faculdade de Minas j) Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular. Retenção do veículo Medida administrativa que deverá ser aplicada toda vez que for cometida infração de trânsito e que o código preveja para esta infração a aplicação desta medida e excepcionalmente a adoção ainda de outra para a mesma infração cometida. Ex: Art.165 Dirigir sob influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determina dependência. – Medida Administrativa – Retenção do veículo até apresentação de condutor habilitado e recolhimento do documento de habilitação. A retenção do veículo significa que o veículo deverá permanecer no local do cometimento da infração por um lapso temporal necessário apenas para regularização desde que as circunstâncias assim o permitam. As infrações de trânsito previstas pelo CTB encontram-se todas descritas no capítulo XV do CTB, do artigo 162 ao 255. Remoção do veículo Trata-se de medida administrativa que independe de processo e que tem a finalidade de cessar a violação da norma, através da retirada do veículo de determinado local, utilizando-se de guincho ou similar, o qual é encaminhado para depósito fixado pela autoridade com circunscrição sobre a via. ABREU, Waldir de (1998, p.120) relaciona a remoção do veículo à finalidade de desobstrução da via pública: A remoção do veículo é medida administrativa que tem por objetivo proceder à desobstrução da via pública, em favor de seus usuários, seja nos acostamentos ou calçadas, ou onde lhe seja vedado permanecer. Rizzardo (2003, p.120) destaca a necessidade de remoção para um local permitido ou determinado pela Autoridade de Trânsito: A remoção equivale ao deslocamento ou ao afastamento de um local onde se encontra o veículo para um local permitido ou ordenado pela autoridade. Retira-se ou afasta-se de um lugar inconveniente o bem, para desobstruir, a via ou o passeio. 33 Faculdade de Minas O sentido é mais profundo do que uma simples transferência de posição ou lugar, eis que requer a colocação em lugar permitido ou determinado. A medida administrativa de remoção do veículo, entretanto, não está associada apenas às infrações relacionadas a estacionamentos irregulares, mas também a outras infrações em que está prevista a penalidade de apreensão do veículo. Assim, entende-se que a remoção do veículo visa restabelecer as condições de segurança e a fluidez da via e, ainda, possibilitar a aplicação da penalidade de apreensão do veículo. Consiste em deslocar o veículo do local onde é verificada a infração, para depósito fixado pela Autoridade de Trânsito com circunscrição sobre a via (artigo 271 do CTB). Adotando a melhor doutrina, considera-se que a remoção do veículo deixará de ser aplicada, como medida administrativa, se o responsável estiver presente e se dispuser a retirá-lo do local em que se encontra estacionado de forma irregular, desde que isso ocorra antes que o veículo destinado à remoção esteja em movimento com destino ao depósito fixado pela Autoridade de Trânsito. Conforme o habeas corpus nº 63.065, relatado pelo Desembargador Euclides Custódio Silveira do Tribunal de Justiça de São Paulo (apud PINHEIRO, 2001, p. 482): É ilegal guinchar o veículo estacionado momentaneamente em local proibido se o responsável presente se dispõe a retirá-lo incontinenti. Assim, opondo-se ele a insistência do guarda de trânsito em executar o ato ilegal, não comete o crime de resistência ou qualquer outro. Este procedimento não se aplica aos casos em que o veículo deva ser removido em decorrência da previsão de penalidade de apreensão do veículo. Como se vê, a remoção do veículo e a retenção do veículo, não se confundem, pois são medidas administrativas distintas com natureza jurídica diversa. Recolhimento da carteira nacional de habilitação Medida Administrativa que será adotada de acordo com a previsão do CTB para a infração cometida. Medida está assim denominada pois trata-se do recolhimento daquelas habilitações de condutores que não se encontram mais naquele período de doze meses que poderíamos denominar “condutores permissionários” e condutores efetivos. Ex: Art.173. 34 Faculdade de Minas Disputar corrida por espírito de emulação. Medida Administrativa: Recolhimento do documento de habilitação. Portanto como é previsível que condutores “permissionários” cometam esta infração aos moldes de condutores efetivos, o legislador denominou a medida administrativa neste caso como recolhimento do documento de habilitação tendo em vista que o infrator poderia ser qualquer um deles e ser denominada de recolhimento da permissão para dirigir. Esta medida está prevista para todos aqueles tipos infracionais em que a pena prevista além da multa é também a suspensão do direito de dirigir. Evidentemente que recolher o documento de habilitação por ocasião da constatação da infração caracteriza pelo menos o cerceamento do direito ao contraditório e a ampla defesa. Recolhimento da permissão para dirigir Medida administrativa já abordada no item anterior por tratar-se do recolhimento do documento de habilitação daquele infrator permissionário ao qual foi concedido a oportunidade de conduzir veículos automotores por doze meses e após senão cometer nenhuma infração gravíssima, grave ou reincidente de infração média estaria apto a receber a habilitação efetiva com validade de cinco anos. É notório que o legislador optou para fazer distinção de ambos documentos de habilitação, porém com a mesma finalidade, até para uma melhor compreensão do texto legal. Ambos documentos de habilitação serão recolhidos além das previsões pelos tipos infracionais, quando houver suspeita de inautenticidade ou adulteração, sempre com contra recibo. Recolhimento do certificado de registro Medida administrativa que será aplicada para aqueles tipos infracionais previstos e se houver suspeita de inautenticidade ou adulteração, ou se alienado o veículo, não for transferida sua propriedade no prazo de trinta dias. Medida esta de complexa implementação, tendo em vista que o Certificado de Registro não é documento de porte obrigatório na condução de veículo automotor, logo o condutor ou proprietário não portarão este documento. O verso do Certificado de registro é utilizado para realizar a transferência do veículo por ocasião da venda. 35 Faculdade de Minas Recolhimento do certificado de licenciamento anual Medida administrativa que será implementada sempre quando o tipo infracional prever que ela seja executada. As autoridades de trânsito ou seus agentes deverão recolhê-lo sempre que o tipo infracional prever a penalidade de apreensão do veículo e ou quando um veículo for retido por alguma irregularidade e esta não puder ser satisfeita no local da fiscalização, tão logo satisfeita e apresentado o veículo regularizado será restituído o Certificado de Licenciamento Anual (CLA), importante salientar que o recolhimento de documentos sempre se dará contra recibo. Devendo ser recolhido também sempre que houver suspeita de inautenticidade ou adulteração e devendo ser comunicada a autoridade policial do tipo penal infringido. Recolher o Certificado de licenciamento e de registro sempre que o artigo do tipo infracional prever a penalidade de apreensão do veículo é ato abusivo e ilegal, mas infelizmente o CTB prevê estes procedimentos havendo o cerceamento do direito fundamental de ir e vir e o direito à ampla defesa e o contraditório, pois é proibido a circulação com veículo automotor sem possuir documentos de porte obrigatório e ao mesmo tempo recolhendo o documento sem o devido processo legal. Transbordo do excesso de carga Medida Administrativa implementada pelas autoridades ou seus agentes dosórgãos de trânsito fiscalizadores de veículos transportadores de cargas diversas. Toda vez que for flagrado o veículo transportador de carga com excesso de peso, por ocasião da fiscalização através de balança rodoviária ou através do documento fiscal de porte obrigatório do transportador, será autuado, retido até a realização da descarga do excesso verificado para posterior prosseguimento na sua viagem. Realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica Medida administrativa adotada sempre que condutores se envolverem em acidentes de trânsito ou forem alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob influência de álcool. Os respectivos testes serão realizados com o emprego de aparelhos homologados pelo CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), conhecidos popularmente por bafômetros e etilômetros. 36 Faculdade de Minas O CTB estabelece que o agente poderá caracterizar a ingestão de bebidas alcóolicas mediante a obtenção de outras provas em direito admitidas, acerca dos notórios sinais de embriaguez, excitação ou torpor apresentados pelo condutor. Serão aplicadas as medidas administrativas estabelecidas no Art.165 do CTB, ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos do caput do Art. 277 do CTB. Art. 277. Todo condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito, sob suspeita de dirigir sob a influência de álcool será submetido a testes de alcoolemia, exames clínicos, perícia ou outro exame que, por meios técnicos ou científicos, em aparelhos homologados pelo CONTRAN, permitem certificar seu estado. O legislador com a redação deste artigo garantiu ao condutor de veículo automotor o direito fundamental de não produzir provas contra si próprio, mas por outro lado aquele condutor que houver fundada suspeita de embriaguez que negar-se a confirmar o seu estado será autuado e será lavrado termo de constatação de embriaguez apontando comportamento e apresentação pessoal do suspeito. Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos Medida administrativa com um grau maior de dificuldade para sua implementação tendo em vista muitas vezes a dificuldade de identificação do proprietário dos animais soltos e falta de depósitos para sua colocação e também pela falta de regulamentação quanto ao valor das multas e cobrança dos demais encargos. O CTB prevê o recolhimento destes animais e prevê também que serão levados à hasta pública se não forem reclamados em noventa dias e o dinheiro arrecadado será para fazer frente às despesas de remoção e estada destes animais e o valor remanescente será depositado à conta do proprietário caso for devidamente identificado. 37 Faculdade de Minas Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular Medida administrativa implementada por ocasião do processo de habilitação em que o candidato a obtenção da primeira habilitação se sujeitará aos exames preliminares de aptidão física, mental(psicológico) e após participará de 30(trinta) horas aula teórica em Centro de Formação de Condutores assim distribuídas: 12 horas/aula de Legislação de Trânsito, 8 horas/aula de Direção defensiva, 4 horas/aula de Noções de Primeiros Socorros, 4 horas/aula de Noções de Proteção e Respeito ao Meio Ambiente e de Convívio Social no Trânsito e 2 horas/aula de Noções Sobre Funcionamento do Veículo de 2 e 4 rodas e após Prática de Direção Veicular 20 hora/aula. Esta medida é de competência privativa dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do distrito federal (DETRAN), sendo executada pelos Centro de Formação de Condutores (CFC), que são empresas particulares e prestam serviço público. NOVOS DISPOSITIVOS DO CTB Após apresentar o panorama da CTB nos tópicos anteriores vale ressaltar que O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou na edição desta segunda-feira, 12 de abril de 2021, uma série de resoluções que regulamentam novos dispositivos da Lei nº 14.071, de 13 de outubro de 2020, que altera regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Observa-se que a maioria das Resoluções publicadas, referem-se às Portarias publicadas pelo Contran e que passou a vigorar a partir do dia 12 de abril de 2021, após ter sido sancionada pelo Excelentíssimo Presidente do Brasil Jair Bolsonaro. 38 Faculdade de Minas RESOLUÇÕES RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 842, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Alterou a Resolução CONTRAN nº 315, de 08 de maio de 2009, que estabelece a equiparação os veículos ciclo-elétricos, aos ciclomotores e os equipamentos obrigatórios para condução nas vias públicas abertas à circulação, para adequar a definição de ciclomotor ao que prevê o Anexo do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). A Resolução faz alterações como a definição de ciclomotor (todo veículo de duas ou três rodas, provido de motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm³, e cuja velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 km/h. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 843, DE 9 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 691, de 27 de setembro de 2017, que dispõe sobre o exame toxicológico de larga janela de detecção, em amostra queratínica, para a habilitação, renovação ou mudança para as categorias C, D e E, decorrente da Lei nº 13.103, de 02 de março de 2015. Dentre as alterações, a nova Resolução define que a validade do exame toxicológico será de 90 dias, contados a partir da data da coleta da amostra, “podendo seu resultado ser utilizado neste período para todos os fins previstos“. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 844, DE 9 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 723, de 6 de fevereiro de 2018, que dispõe sobre a uniformização do procedimento administrativo para imposição das penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento de habilitação, previstas nos arts. 261 e 263, incisos I e II, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), bem como sobre o curso preventivo de reciclagem. Essa resolução, dentre vários itens, define os limites de pontos e as penalidades para suspensão da CNH, conforme previstas na nova Lei, no período de 12 meses: a) 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas na pontuação; b) 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima na pontuação; c) 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 845, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 619, de 06 de setembro de 2016 que estabelece e normatiza 39 Faculdade de Minas os procedimentos para a aplicação das multas por infrações, a arrecadação e o repasse dos valores arrecadados, nos termos do inciso VIII do art. 12 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e dá outras providências. Essa resolução determina que o Auto de Infração de Trânsito valerá como notificação da autuação “quando for assinado pelo condutor e este for o proprietário do veículo ou o principal condutor previamente identificado, desde que conste a data do término do prazo para a apresentação da Defesa da Autuação”. A Notificação da Autuação constará a data do término do prazo para a apresentação da Defesa da Autuação pelo proprietário do veículo, principal condutor ou pelo condutor infrator devidamente identificado, que não será inferior a 30 dias, contados da data de expedição da notificação da autuação ou publicação por edital. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 846, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 453, 26 de setembro de 2013 de que disciplina o uso de capacete desegurança para condutor e passageiro de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados e quadriciclos motorizados. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 847, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 292, de 29 de agosto de 2008, que dispõe sobre as modificações de veículos previstas nos artigos 98 e 106 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro e dá outras providências, para permitir a alteração do diâmetro externo do conjunto pneu/roda para veículos classificados na espécie misto, tipo utilitário, carroçaria jipe. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 848, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 205, de 20 de outubro de 2006, que dispõe sobre os documentos de porte obrigatório e dá outras providências. Na nova redação da Resolução de 2006, fica determinado que sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado, “o condutor deverá portar sua comprovação até que essa informação seja registrada no RENACH”. 40 Faculdade de Minas RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 849, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 789, de 18 de junho de 2020, que consolida normas sobre o processo de formação de condutores de veículos automotores e elétricos. Determina que o Exame de Aptidão Física e Mental será preliminar e renovável com a seguinte periodicidade: I – a cada 10 anos, para condutores com idade inferior a 50 anos; II – a cada 5 anos, para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos; e III – a cada 3 anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 anos. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 850, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 598, de 24 de maio de 2016, que regulamenta a produção e a expedição da Carteira Nacional de Habilitação, com novo leiaute e requisitos de segurança. Dentre as mudanças, a Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir deverá trazer os seguintes dados variáveis: – Sobre o portador: nome completo, documento de identidade, órgão emissor/UF, CPF, data de nascimento, filiação, fotografia e assinatura; – Sobre o documento: Data da 1ª habilitação, categoria do condutor, número de registro, validade, local de emissão, data da emissão, assinatura do emissor, código numérico de validação e número do formulário RENACH; – Campo de observações: deverão constar as restrições médicas e a informação sobre o exercício de atividade remunerada, todos em formatos padronizados e abreviados. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 851, DE 8 DE ABRIL DE 2021 – Altera a Resolução CONTRAN nº 810, de 15 de dezembro de 2020, que dispõe sobre a classificação de danos e os procedimentos para a regularização, a transferência e a baixa dos veículos envolvidos em acidentes. 41 Faculdade de Minas REFERÊNCIAS ABREU, Waldir de. Código de Trânsito Brasileiro, infrações administrativas, crimes de trânsito e questões fundamentais. São Paulo, SP: Saraiva, 1998, p.121. ALEXANDRINO, Marcelo; VICENTE, Paulo. Direito administrativo. 17. ed. Rev.atual. ampl. São Paulo: Método, 2009. ARAUJO, Júlyver Modesto de. Trânsito Reflexões Jurídicas. 1º ed. São Paulo: Letras Jurídicas, 2011. BRASIL. Código Penal Atualizado até 2002. (legislação brasileira). BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília BERWIG, Aldemir. Direito público II. Ijuí: Ed. Unijuí, 2009. BRASIL. 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