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Penicilinas Mecanismos de Resistência São bactericidas! Penicilina G benzatina: IM. Amigdalite, febre reumática e PRINCIPALMENTE SÍFILIS. Penicilina G cristalina: única que se concentra bem no SNC - usada na Neurossíflis. Penicilina V: oral, quase não é usada A única penicilina natural utilizada atualmente é a PENICILINA G O sítio de ação das penicilinas está localizado na MEMBRANA INTERNA das bactérias - são as proteínas ligadoras de penicilina (PBP/PLP). Fazem parte do grupo dos beta- lactâmicos. O mecanismo de resistência mais comum é a produção de beta-lactamases - tanto que muitas vezes as penicilinas são associadas com inibidores de beta-lactamases. Alteração do sítio de ação: a bactéria altera a PBP, fazendo com que o antibiótico não consiga se ligar. Impermeabilidade: alteração ou não expressão dos canais de porinas - MECANISMO EXCLUSIVO DE GRAM- NEGATIVAS! Bomba de Efluxo: penicilinas são pouco susceptíveis a esse mecanismo porque não precisam entrar na célula para desencadear sua atividade. Atuam de maneira INDIRETA causando a lise da parede celular e morte da bactéria. Penicilina G e V: cobrem somente estreptococos. Também podem cobrir Meningococo (um gram-negativo) - mas para ser usado nesse caso deve ser a G cristalina e sua dose deve estar quadruplicada. Usada em amigdalites, impetigo, febre reumática, sífilis, neurossífilis (G cristalina). Oxacilina: cobre estreptococo e estafilococo meticilina sensível. Aminopenicilina (ampicilina e amoxicilina): geralmente associadas com inibidor de beta-lactamases. Cobram estreptococos e gram-negativos comunitários. Servem para ITU, TGI, infecções de vias aéreas superiores. Piperacilina e Ticarcilina: cobre todos os gram+, gram- comunitário e gram- hospitalar. Erupções cutânes até reação de Stevens Johnson e anafilaxia são o mais comum. Eles são os antibióticos que mais geram alergia verdadeira - mediada por IgE e liberação de histamina. Alergia “cruzada” (cefalosporinas e carbapenêmicos) Efeitos Adversos Não se distribui bem no líquor, intraocular e próstata. Cefalosporinas São todas semissintéticas. Atuam de maneira INDIRETA causando a lise da parede celular e morte da bactéria. Fazem parte do grupo dos beta-lactâmicos. O sítio de ação das cefalosporinas está localizado na MEMBRANA INTERNA das bactérias - são as proteínas ligadoras de penicilina (PBP/PLP). É bactericida! 1ª geração: cefalotina (cefalexina), cefazolina e cefadroxila. 2ª geração: cefuroxima, cefoxitina e cefaclor. 3ª geração: ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima. 4ª geração: cefepime 5ª geração: ceftobiprole e ceftaroline. Amplia a geração = Amplia o espectro 1ª geração: cobre estafilo e estreptococos - útil para infecções de pele, tecidos moles e anexos. PROFILAXIA DE SÍTIO CIRÚRGICO PELO GERME PROVENIENTE DA PELE. 2ª geração: cobre estafilo, estreptococos e gram-negativos comunitários - útil também para infecções de pele. Muito utilizada para profilaxia de cirurgia colorretal - porção intestinal com colonização de gram-negativos. IVAS, ITU, TGI 3ª geração: tem particularidades importantes!* 4ª geração: cobre estafilo, estrepto, gram-negativos comunitários e hospitalares. 5ª geração: cobre todos gram-positivos, sendo o seu diferencial a cobertura para MRSA e VRSA - não é usada empiricamente. As cefalosporinas são utilizadas por VO até a 2ª geração. A partir da 3ª geração, seu uso é IV. As cefalosporinas de 2ª e 3ª geração são mais indutoras de beta-lactamases. Perde cobertura para estafilococos Faz cobertura de estreptococos e gram- negativos comunitários Melhora cobertura para Pneumococos - utilizada em pneumonia mais graves - IVAI. Utilizada junto com a vancomicina como tratamento empírico da meningite. A CEFTAZIDIMA É TERCEIRA GERAÇÃO MAS TEM COBERTURA DE QUARTA GERAÇÃO! 3ª geração: Se concentra bem no líquor e intraocular. Por volta das duas semanas de uso as cefalosporinas podem gerar febre e eosinofilia - para pensarmos que esse quadro está associado às cefalosporinas o paciente precisa apresentar melhora laboratorial e clínica do quadro infeccioso. Hidrossolúveis e estáveis em meios ácidos. Nefrotoxicidade: no nefropata precisamos ajustar a dose. Carbapenêmic os Fazem parte do grupo dos beta-lactâmicos. O sítio de ação das carbapenêmicos está localizado na MEMBRANA INTERNA das bactérias - são as proteínas ligadoras de penicilina (PBP/PLP). É bactericida! Indutores de beta-lactamases Estável na presença de beta-lactamases Se ligam a qualquer tipo de PBP! Mesmo que elas se alterem Cobrem uma variedade maior de bactérias Apresentam certas melhorias em relação às penicilinas e cefalosporinas: Atenção! O imipenem, quando usado sozinho, sofre ação da DHP1 no túbulo contorcido distal, o que resulta em liberação de metabólitos nefrotóxicos que causam necrose tubular. Por isso o Iminipenem sempre vai ser usado em associação com a CILASTATINA! A cilastatina não possui atividade antibiótica e nem faz sinergismo - ela se liga com maior afinidade da DHP1, impedindo que essa enzima se ligue e hidrolise o Imipenem e que a necrose tubular aconteça. Os carbapenêmicos fazem cobertura de estafilococos meticilina sensível, estreptococos, gram-negativos comunitários e gram- negativos hospitalares. Também cobre anaeróbios. Pós-cirúrgico grave Sepse Infecções intra-abdominais: peritonite, apendicite, colecistite Como eles cobrem bem anaeróbios, em uma peritonite com proliferação de anaeróbias podemos usar carbapenêmicos sem associação com anaerobicidas ATENÇÃO! NA PANCREATITE OS CARBAPENÊMICOS SÃO A PRIMEIRA OPÇÃO! O efeito adverso mais comum e mais importante são convulsões - nesse caso não suspendemos antibiótico, mas usamos anticonvulsivantes. A “fraqueza“ dos carbapenêmicos é a sua incapacidade de cobrir bactérias de vida intracelular. Hidrossolúveis e pequenos POSSUI EFEITO PÓS-ANTIBIÓTICO! Mesmo que o nível sérico caia, seu efeito final ainda acontece (destruir parede celular). Imipenem, ertapenem e meropenem Infecções graves hospitalares Infecções em DM descompesado Monobactâmic os Não possuem ação contra anaeróbicos! Nunca são usados de forma empírica. O uso do Aztreonam é feito quando uma infecção é sabidamente causada por gram-negativo. Aztreonam Possui melhor ligação na PBP de bactérias gram- negativas do que gram-positivas, por isso a atuação do Aztreonam se limita apenas a esse grupo de bactérias. É bactericida! Fazem parte do grupo dos beta-lactâmicos. Particularmente indicado em infecções intra-abdominais cirúrgicas como peritonite, abscesso hepático, apendicite, abscesso de parede, etc - nessa situação, deve ser feita a associação com algum anaerobicida e antibiótico que cubra o B. fragilis (clindamicina, metronidazol. cloranfenicol). Os gram-positivos são naturalmente resistentes ao Aztreonam! Resistente a maioria das beta-lactamases. Não é absorvido por via oral - as vias IV e IM são usadas. Em IV é importante fazer acesso venoso profundo, sendo FLEBITE o efeito adverso mais comum desse antibiótico. Difunde-se bem pelo espaço extracelular - peritoneal, pericárdio, sinovial, útero, ossos, coração, etc. Atravessa a barreira hematoencefálica. Atravessa a barreira placentária - NÃO É TERATOGÊNICO! Não tem ação em bactérias atípicas! AZTREONAM COBRE BACTÉRIAS GRAM-NEGATIVAS AERÓBICAS! Infecções urinárias, pulmonares e ginecológicas. Não tem hipersensibilidade cruzada com outros beta-lactâmicos (exceto ceftazidima). Alergia a ceftazidima = alergia ao aztreonam
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