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PODER LEGISLATIVO INTENSIVO PODER LEGISLATIVO -Funções típicas : -Âmbito federal: OBS: PODER LEGISLATIVO IMUNIDADES PARLAMENTARES As imunidades são prerrogativas inerentes à função parlamentar, garantidoras do exercício do mandato, com plena liberdade. QPP. PODEM SER RENUNCIADAS? NÃO QPP. SUPLENTE POSSUI? suplente não gozará de imunidade, a não ser no período em que esteja substituindo o titular. Nesse período, ele possuirá a imunidade e o foro especial. Voltando à condição de suplente, o processo deixa de ser julgado pelo STF (INQ n. 2.421). PODER LEGISLATIVO IMUNIDADE MATERIAL Também chamada de imunidade real, substantiva ou inviolabilidade, essa imunidade garante que não há responsabilidade penal ou civil em relação às opiniões, palavras e votos dos parlamentares. -Desse modo, no exercício de suas funções, não podem os parlamentares responder por crimes contra a honra – calúnia, injúria e difamação – ou ser condenados a pagar indenização por danos morais (STF, RE n. 577.785). PODER LEGISLATIVO IMUNIDADE MATERIAL -CASO BOLSONARO o STF entendeu que o parlamentar deveria responder pelos seus atos, que não estariam cobertos pela imunidade material. Na ocasião se entendeu que, apesar de ele ter dado entrevista a veículo de comunicação de dentro de seu gabinete na Câmara do Deputados, a matéria teria sido publicada na imprensa e na internet fora das dependências da Casa, e não guardaria relação com a atividade parlamentar (STF, INQ n. 3.932). PODER LEGISLATIVO IMUNIDADE FORMAL Também chamada de imunidade processual ou adjetiva, é responsável por definir as regras sobre prisão dos parlamentares, bem como ao processo instaurado contra eles. ATENÇÃO!!! - Desde a expedição do diploma – ou seja, antes mesmo da posse –, os parlamentares não poderão ser presos, salvo em flagrante delito por crime inafiançável. PODER LEGISLATIVO IMUNIDADE FORMAL QPP. E SE HOUVER FLAGRANTE DE CRIME INAFIANÇAVEL? Os autos serão remetidos em 24 horas à respectiva Casa Legislativa, para que ela resolva sobre a prisão, pelo voto da maioria de seus membros. Isso significa que poderá o próprio Legislativo relaxar a prisão PODER LEGISLATIVO GRAVE! a) se os fatos forem anteriores à diplomação, o processo tramitará sem a necessidade de prévia licença e sem a possibilidade de determinarem a suspensão; b) se os fatos forem posteriores à diplomação, também não haverá a necessidade de prévia licença. No entanto, pode a Casa determinar a sustação do processo, desde que haja, no prazo de 45 dias, iniciativa de partido político e decisão de maioria dos membros da Casa. PODER LEGISLATIVO IMUNIDADES NAS ESFERAS ESTADUAL E DISTRITAL -Aos parlamentares estaduais e distritais são atribuídas as mesmas imunidades asseguradas no âmbito federal. PODER LEGISLATIVO IMUNIDADES NA ESFERA MUNICIPAL - Aos vereadores, a imunidade material fica restrita ao Município, ao contrário do que acontecia com parlamentares federais, estaduais e distritais – imunidade em todo o País. PODER LEGISLATIVO QPP. VEREADOR POSSUI FORO ESPECIAL? PODER LEGISLATIVO COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO FUNÇÃO? -A CPI nasce em decorrência de uma das atividades típicas do Legislativo, a saber, a função fiscalizatória. Art. 58, § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. PODER LEGISLATIVO COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO Ela só pode prender alguém se for em flagrante Mas o sigilo bancário ela quebra num instante CPI, pra apurar fato certo em prazo determinado CPI, pra criar tem que ter 1/3 de deputados Ou 1/3 de uma casa qualquer Se lembra que ela tem poder instrutório, poder instrutório Pode fazer prova como juiz Mas não pode grampear o telefone seu, isso é coisa pra magistrado Depois de encerrado, manda pro MP. PODER LEGISLATIVO COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO QPP. NA CPI O PRAZO É CERTO, ISSO IMPEDE QUE HAJA PRORROGAÇÕES? QPP. TODAS CPIS PODEM QUEBRAR OS SIGILOS BANCÁRIOS, FISCAIS E TELEFÔNICOS? PROCESSO LEGISLATIVO Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. PROCESSO LEGISLATIVO Iniciativa Geral Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos ATENÇÃO! § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que.... PROCESSO LEGISLATIVO INICIATIVA POPULAR ( Art. 61, § 2º) No âmbito federal: No âmbito municipal: No âmbito estadual/distrital: PROCESSO LEGISLATIVO DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR Iniciativa na CASA INICIADORA: OPÇÕES: Se rejeitado - É arquivado; Se aprovado - Vai para Casa revisora. OBS: Após a sua iniciação, o projeto pode passar por algumas comissões, destacando-se a Comissão de Constituição e Justiça – CCJ. Nela, será analisado se a proposta é constitucional. Trata-se de controle político de constitucionalidade, na forma preventiva. PROCESSO LEGISLATIVO DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR CASA REVISORA Emendou o projeto - Volta à iniciadora; CUIDADO! Somente as emendas que alterem substancialmente o projeto vindo da Casa Iniciadora precisam voltar. Se a alteração for apenas meramente redacional, essa necessidade não existirá. Rejeitou o projeto - Arquiva; Aprovou s/ emendas – Segue para Sanção/Veto. PROCESSO LEGISLATIVO CUIDADO! Princípio da irrepetibilidade p/ LC e LO: A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da MAIORIA ABSOLUTA dos membros de qualquer das Casas do CN. Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal) p/ Emendas Constitucionais: Matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. PROCESSO LEGISLATIVO DELIBERAÇÃO EXECUTIVA A deliberação executiva consiste na demonstração da concordância – ou não – do presidente da República. QPP. QUANDO ACONTECE? -Essa fase só acontece nas leis ordinárias e complementares, além das medidas provisórias aprovadas com modificações pelo Congresso Nacional. PROCESSO LEGISLATIVO DELIBERAÇÃO EXECUTIVA A sanção é a manifestação de concordância do PR ao projeto de lei, podendo ser total ou parcial: PROCESSO LEGISLATIVO DELIBERAÇÃO EXECUTIVA Veto: O veto será sempre expresso, devendo ser manifestado no prazo de 15 dias úteis. Veto Jurídico → Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional; Veto Político → Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, contrário ao interesse público. ATENÇÃO! O veto presidencial pode alcançar toda a proposta legislativa ou, ainda, restringir-se a apenas determinado artigo, parágrafo, inciso ou alínea. PROCESSO LEGISLATIVO DELIBERAÇÃO EXECUTIVA *15 DIAS ÚTEIS - Prazo para vetar/sancionar, se o Presidente não se manifestar, importará em sanção tácita * 48 horas - Prazo para comunicar ao Presidente do Senado os motivos do veto, caso ocorra. * 30 Dias - Neste prazo, o CN apreciará o veto em sessão conjunta a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioriaabsoluta dos Deputados e Senadores, em voto ABERTO. Se nesse prazo não acontecer a deliberação, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. PROCESSO LEGISLATIVO QPP. A APRECIAÇÃO DOS VETOS PRESIDENCIAIS PRECISA RESPEITAR A ORDEM CRONOLÓGICA DE SUA APRESENTAÇÃO AO CONGRESSO NACIONAL? NÃO. STF PROCESSO LEGISLATIVO FASE COMPLEMENTAR -Nesta fase são analisadas a promulgação e a publicação. QPP. O QUE SE PROMULGA? A LEI OU O PROJETO DE LEI? -O que se promulga é a lei! A promulgação é citada na doutrina como “atestado de existênciaválida da lei”. Eu confesso a você que prefiro dizer que ela é a certidão de nascimento da lei. Falo isso porque ela tem natureza declaratória QPP. QUANDO NASCE A LEI? Ela nascerá com a sanção presidencial ou com derrubada deveto por parte dos parlamentares. PROCESSO LEGISLATIVO FASE COMPLEMENTAR PROCESSO LEGISLATIVO QPP. Um projeto de lei tratando sobre aumento de vencimentos para servidores da administração direta é apresentado por um deputado federal. Essa proposta legislativa é aprovada na Câmara e no Senado, sancionada pelo presidente da República. A iniciativa para a apresentação dessa lei caberia privativamente ao presidente da República. Vício de iniciativa foi suprido pela sanção presidencial? NÃO. Vício de iniciativa nunca se convalida, nem mesmo com a sanção (STF, ADI n. 2.867). Ou, usando um trechinho de uma música popular, “pau que nasce torto nunca se endireita”. PROCESSO LEGISLATIVO EMENDAS À CONSTITUIÇÃO Iniciativa da Emenda Constitucional de Reforma (CF, art. 60) Limitação circunstancial (CF, art. 60 §1º) Promulgação (CF, art. 60 §3º) Limitação Material Expressa (Cláusulas Pétreas Expressas) (CF, art. 60 §4º) PROCESSO LEGISLATIVO MEDIDA PROVISÓRIA A medida provisória é uma espécie normativa que tem força de lei ordinária e não conta com a participação do legislativo em sua formação, pois o Legislativo só entra na jogada depois que a MP já está produzindo seus efeitos jurídicos. Afinal, ela entra em vigor já no momento de sua publicação. - Deveriam ser utilizadas apenas quando presentes os requisitos constitucionais de urgência e relevância. PROCESSO LEGISLATIVO MEDIDA PROVISÓRIA CASA INICIADORA? o A Câmara dos Deputados sempre será a Casa iniciadora e o Senado Federal a Casa revisora. o Antes de a MP ser apreciada pela Casa Iniciadora (Câmara dos Deputados) ela deverá passar pela apreciação e parecer de uma Comissão mista formada por Deputados e Senadores PROCESSO LEGISLATIVO MEDIDA PROVISÓRIA -A MP terá eficácia pelo prazo de 60 dias, prorrogável uma única vez por igual período (60+60 dias). O prazo da MP poderá ser mais amplo que 120 dias nas hipóteses previstas nos §§ 4º, 11 e 12, do art. 62, CF/88: *Recesso parlamentar *Não edição do decreto legislativo *Projeto de lei de conversão alterando o texto original da MP Durante o recesso parlamentar a MP continuará produzindo seus efeitos, no entanto, o prazo de eficácia ficará suspenso. PROCESSO LEGISLATIVO MEDIDA PROVISÓRIA -OBS: Se ao final do prazo de eficácia (60+60 dias) a MP nem foi aprovada como lei e nem foi rejeitada expressamente, teremos a rejeição tácita ou por decurso de prazo. PROCESSO LEGISLATIVO MEDIDA PROVISÓRIA TRANCAMENTO DE PAUTA: • O prazo ideal de votação da MP é de 45 dias, sendo este um prazo comum para as 2 Casas. • Não haverá trancamento de pauta em nenhuma das Casas se a votação for concluída dentro de 45 dias. • Se o prazo de 45 dias transcorrer sem que haja conclusão de votação, a pauta da Casa Legislativa em que a MP estiver tramitando ficará trancada (ou seja, com parte das proposições legislativas suspensas). CONVERSÃO DA MP: • Conversão em lei sem alterações do texto: deriva da aprovação da medida nas duas Casas Legislativas sem a incidência de nenhuma modificação engendrada na Câmara ou no Senado. Neste caso, depois de aprovado, o texto será encaminhado ao Presidente da Mesa do Congresso Nacional para que ele promova a promulgação da lei, por autorização do art. 12 da Resolução nº 1/2002-CN. • Conversão com alterações do texto: ocorrerá se qualquer das Casas Legislativas apresentar emendas ao texto da medida provisória, promovendo modificações no mesmo. Neste caso, a medida provisória se tornará um projeto de lei de conversão, que seguirá o trâmite legislativo PROCESSO LEGISLATIVO MEDIDA PROVISÓRIA Proibições em Matéria de Medida Provisória Determinadas matérias não podem ser objeto de medida provisória. São elas: a) à nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) ao direito penal, processual penal e processual civil; c) à organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, à carreira e à garantia de seus membros; d) a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; e) que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; f) reservada à lei complementar; g) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do presidente da República. CUIDADO! Não há proibição de medida provisória em direito civil – a vedação é para direito processual civil.
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