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Profa. Dra. Fabiane Marui UNIDADE II Prevenção e Controle de Infecção em Instituição de Saúde Resistência bacteriana Fonte: https://pixabay.com/photos/medical-pharmacy- capsule-pill-1905067/ O desenvolvimento dos antibióticos foi um marco para a área da saúde e revolucionou completamente os tratamentos que eram instituídos até a sua descoberta. Os antibióticos são substâncias químicas que inibem o crescimento bacteriano e matam as bactérias. Uma consequência natural da bactéria é a habilidade de se adaptar, ou seja, criar mecanismos de resistência aos antibióticos. O uso indiscriminado de antimicrobianos exerce uma enorme pressão seletiva para a manutenção e a ampliação da resistência bacteriana. O uso extenso de antimicrobianos é seguido de frequência aumentada de bactérias resistentes que passam a se disseminar. Embora não se possa eliminar o uso de antimicrobianos, a administração racional desses agentes não apenas exige uma seleção criteriosa do antimicrobiano e da duração da terapia, como também sua indicação apropriada. Resistência bacteriana – causas Fonte: https://www.portalsaudenoar.com.br/resistencia-de- bacterias-a-antibioticos/ Aplicação inconsistente das medidas básicas/técnicas de controle pelos profissionais de saúde (lavagem das mãos, uso de luvas etc.); Unidades, especialmente UTI, assistência terciária, superlotadas e com poucos funcionários; Contaminação ambiental; Pacientes colonizados com bactérias multirresistentes – assistência a crônicos (pacientes reservatórios). Pacientes vulneráveis à colonização ou à infecção: Doenças graves – imunodepressão pela doença. Cirurgia recente. Dispositivos: cateter vesical de demora (CVD), tubo orotraqueal (TOT). Resistência bacteriana – causas Fonte: https://www.portalsaudenoar.com.br/resistencia- de-bacterias-a-antibioticos/ Conforme Anvisa: São microrganismos resistentes a diferentes classes de antimicrobianos testados em exames microbiológicos. Alguns pesquisadores também definem microrganismos panresistentes como aqueles com resistência comprovada in vitro a todos os antimicrobianos testados. Capacidade bacteriana para resistir aos antibióticos é mais ágil do que a capacidade humana para desenvolver novos antibióticos. Praticamente todos os germes desenvolveram mecanismos de resistência por muitos antibióticos. Resistência bacteriana – microrganismos multirresistentes Fonte: https://imirante.com/ Resistência bacteriana – microrganismos multirresistentes Fonte: http://www.ioc.fiocruz.br/pages/informerede/corpo/informeemail/2007/2709/mat_01_27_09.html Fonte: https://www.portalsaudenoar.com.br/resistencia- de-bacterias-a-antibioticos/ Inativação enzimática Alteração da permeabilidade da membrana Efluxo ativo de antibióticos, bomba de efluxo Alteração do sítio de ligação do antibiótico Resistência bacteriana A mesma bactéria pode desenvolver os quatro mecanismos de resistência! Fonte: SANINO, Giane Elis de Carvalho; FONTES, Neisa Castells. Prevenção e Controle de Infecção em Instituição de Saúde: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos. São Paulo: Editora Sol, 2016. A Aliança Mundial para a Segurança do Paciente também prevê ações para o monitoramento e a redução da resistência microbiana em serviços de saúde. O Brasil, no ano de 2010, por meio da Resolução RDC 44, de 26 de outubro, da Anvisa, proibiu a comercialização de antibióticos sem a apresentação de receita e via retida na farmácia. A Anvisa, no ano de 2006, lançou o Projeto Monitoramento e Prevenção da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde. Resistência bacteriana – ações para o combate Fonte: https://pixabay.com/photos/headache-pain-pills- medication-1540220/ Microrganismos são capazes de resistir a agentes físicos e químicos. Cabe ressaltar que a capacidade bacteriana para resistir aos antibióticos é mais ágil do que a capacidade humana para desenvolver novos medicamentos. Considerando os principais mecanismos de resistência bacteriana, qual a resposta correta? a) Quando a bactéria usa o mecanismo bomba de efluxo, os antibióticos se ligam a qualquer sítio na superfície da bactéria e, se ele for alterado, o antibiótico não conseguirá tornar-se ineficiente. b) O mecanismo de inativação enzimática se dá no meio extracelular da bactéria. c) A bomba de efluxo tem a propriedade de expulsar ativamente os antibióticos para fora da bactéria. d) A alteração do sítio de ligação do antibiótico modifica a penetração por meio da membrana da bactéria. e) Alteração da permeabilidade da membrana se refere à entrada do antibiótico e sua retenção dentro da bactéria. Interatividade Microrganismos são capazes de resistir a agentes físicos e químicos. Cabe ressaltar que a capacidade bacteriana para resistir aos antibióticos é mais ágil do que a capacidade humana para desenvolver novos medicamentos. Considerando os principais mecanismos de resistência bacteriana, qual a resposta correta? a) Quando a bactéria usa o mecanismo bomba de efluxo, os antibióticos se ligam a qualquer sítio na superfície da bactéria e, se ele for alterado, o antibiótico não conseguirá tornar-se ineficiente. b) O mecanismo de inativação enzimática se dá no meio extracelular da bactéria. c) A bomba de efluxo tem a propriedade de expulsar ativamente os antibióticos para fora da bactéria. d) A alteração do sítio de ligação do antibiótico modifica a penetração por meio da membrana da bactéria. e) Alteração da permeabilidade da membrana se refere à entrada do antibiótico e sua retenção dentro da bactéria. Resposta Precauções específicas = são medidas instituídas a partir do diagnóstico de determinadas patologias para evitar a propagação no ambiente hospitalar para profissionais de saúde, usuários dos serviços de saúde, acompanhantes e familiares. Precauções Padrão Gotícula Aerossol Contato Precauções específicas Precaução padrão = recomendada sempre que ocorrer o risco de alguém ter contato com sangue e líquidos corporais. Essas medidas devem ser utilizadas em todos os pacientes, independente dos fatores de risco ou da doença de base. Existe o grande desafio em identificar os pacientes com infecções transmissíveis assintomáticos. Desafio Fonte: https://guiame.com.br Sintomáticos Assintomáticos As medidas específicas são empregadas desde a suspeita do caso. Deve ser seguida para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções. Precaução padrão Fonte: adaptado de: http://portal.anvisa.gov.br/ Higienização das mãos: lave com água e sabonete ou friccione as mãos com álcool a 70% (se as mãos não estiverem visivelmente sujas) antes e após o contato com qualquer paciente, após a remoção das luvas e após o contato com sangue ou secreções; Use luvas apenas quando houver risco de contato com sangue, secreções ou membranas mucosas. Calce-as imediatamente antes do contato com o paciente e as retire logo após o uso, higienizando as mãos em seguida; Higienização das mãos Luvas e avental Deve ser seguida para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções. Precaução padrão Use óculos, máscara e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções, para proteção da mucosa de olhos, boca, nariz, roupa e superfícies corporais; Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem desconectá-las ou reencapá-las. Óculos e máscara Caixa perfurocortante Fonte: adaptado de: http://portal.anvi sa.gov.br/ Para evitar o contato do profissional de saúde com material biológico do paciente: Sangue; Líquidos corporais; Secreções; Excreções; Pele não íntegra e mucosas. Precaução padrão Fonte: https://edisciplinas.usp.br/ Precaução para gotículas Influenza Rubéola Meningite Fonte: adaptado de: http://portal.anvisa.gov.br/ Higienização das mãos Máscaracirúrgica (profissional) Máscara cirúrgica (paciente durante o transporte) Quarto privativo Indicações: meningites bacterianas, coqueluche, difteria, caxumba, influenza, rubéola etc. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros infectados pelo mesmo microrganismo. A distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, ele deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. Ocorre pela disseminação por gotículas maiores do que 5µm. Podem ser geradas durante: Tosse; Espirro; Conversação ou Realização de diversos procedimentos (broncoscopia, inalação etc.). Precaução para gotículas Por serem partículas pesadas e não permanecerem suspensas no ar, não são necessários sistemas especiais de circulação e purificação do ar. As precauções devem ser tomadas por aqueles que se aproximam a menos de 1 metro da fonte. Precaução para aerossóis Tuberculose Sarampo Varicela Quarto privativo Higienização das mãos Máscara PFF2 (N-95) (profissional) Máscara cirúrgica (paciente durante o transporte) Precaução padrão: higienize as mãos antes e após o contato com o paciente, use óculos, máscara cirúrgica e/ou avental quando houver risco de contato de sangue ou secreções; descarte adequadamente os perfurocortantes. Mantenha a porta do quarto SEMPRE fechada e coloque a máscara antes de entrar no quarto. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, o paciente pode ser internado com outros pacientes com infecção pelo mesmo microrganismo. Pacientes com suspeita de tuberculose resistente ao tratamento não podem dividir o mesmo quarto com outros pacientes com tuberculose. O transporte do paciente deve ser evitado, mas, quando necessário, o paciente deverá usar máscara cirúrgica durante toda sua permanência fora do quarto. Fonte: adaptado de: http://portal.anvisa.gov.br/ Quando ocorre pela disseminação de partículas, cujo tamanho é de 5µm ou menos. Tais partículas permanecem suspensas no ar por longos períodos e podem ser dispersas a longas distâncias. Medidas especiais para se impedir a recirculação do ar contaminado e para se alcançar a sua descontaminação são desejáveis. Precaução para aerossóis Quarto privativo que possua pressão negativa em relação às áreas vizinhas. Fonte: https://www.sulinformacao.pt/ Bactérias multirresistentes Pediculose Escabiose Precaução de contato Fonte: adaptado de: http://portal.anvisa.gov.br/ Quarto privativo Higienização das mãos Avental Luvas Indicações: infecção ou colonização por microrganismos multirresistentes, varicela, infecções de pele e tecidos moles com secreções não contidas no curativo, impetigo, herpes zoster disseminado ou em imunossuprimido etc. Use luvas e avental durante toda manipulação do paciente, de cateteres e sondas, do circuito e do equipamento ventilatório e de outras superfícies próximas ao leito. Coloque-os imediatamente antes do contato com o paciente ou as superfícies e os retire logo após o uso, higienizando as mãos em seguida. Quando não houver disponibilidade de quarto privativo, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. Equipamentos como termômetro, esfigmomanômetro e estetoscópio devem ser de uso exclusivo do paciente. É o modo mais comum de transmissão de infecções hospitalares. Envolve o contato: Direto (pessoa-pessoa) ou Indireto (objetos contaminados, superfícies ambientais, itens de uso do paciente, roupas etc.). Precaução de contato Promovendo a transferência física de microrganismos epidemiologicamente importantes para um hospedeiro suscetível. Fonte: https://enfermagemflorence.com.br/ Precauções específicas Fonte: adaptado de: https://pebmed.com.br/ Apenas ao sair do quarto. Gotículas Aerossóis Contato As precauções específicas e padrão são um conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de transmissão de microrganismos nos ambientes assistenciais. Considerando as especificidades nos equipamentos e a proteção individual pertinentes a cada precaução, analise as sentenças e assinale a que expresse a resposta correta. a) Precaução por gotícula = envolve a higienização das mãos, uso de luvas, avental, óculos e máscara N-95. b) Precaução por aerossol = é essencial o uso de avental, luvas estéreis e quarto privativo. c) Precaução de contato = máscara cirúrgica para o paciente sair do quarto, quarto privativo, máscara PFF2 (N-95) para os profissionais. d) Precaução por gotícula = higienização das mãos, máscara cirúrgica para o paciente durante o transporte e máscara cirúrgica para o profissional ao prestar assistência. e) Precaução padrão = empregada apenas nos pacientes com doenças infectocontagiosas confirmadas. Inclui avental e máscara N-95. Interatividade As precauções específicas e padrão são um conjunto de medidas utilizadas para diminuir os riscos de transmissão de microrganismos nos ambientes assistenciais. Considerando as especificidades nos equipamentos e a proteção individual pertinentes a cada precaução, analise as sentenças e assinale a que expresse a resposta correta. a) Precaução por gotícula = envolve a higienização das mãos, uso de luvas, avental, óculos e máscara N-95. b) Precaução por aerossol = é essencial o uso de avental, luvas estéreis e quarto privativo. c) Precaução de contato = máscara cirúrgica para o paciente sair do quarto, quarto privativo, máscara PFF2 (N-95) para os profissionais. d) Precaução por gotícula = higienização das mãos, máscara cirúrgica para o paciente durante o transporte e máscara cirúrgica para o profissional ao prestar assistência. e) Precaução padrão = empregada apenas nos pacientes com doenças infectocontagiosas confirmadas. Inclui avental e máscara N-95. Resposta Medidas gerais para o controle e a prevenção das Iras Fontes: https://pixabay.com/photos/covid-19- coronavirus-quarantine-5070666/ Treinar os profissionais de saúde, com destaque para higienização das mãos; Ter área física adequada para realizar as ações de saúde; Possuir locais adequados para higienização das mãos; Racionalizar antimicrobianos; Apresentar critérios claros para a realização de procedimentos invasivos; Adotar medidas adequadas de barreira; Adotar medidas adequadas de prevenção de infecção. As infecções relacionadas à assistência à saúde são consideradas eventos adversos à internação que acabam aumentando o tempo de internação e, consequentemente, os custos dessa internação, além de elevar a morbidade e a mortalidade nos serviços de saúde. Principais infecções relacionadas à assistência à saúde Infecção do trato urinário Infecção de corrente sanguínea Infecção de sítio cirúrgico Infecção relacionada à ventilação mecânica PRINCIPAIS IRAS As infecções do trato urinário (ITU) são responsáveis por 35 a 45% de todas as Iras. A grande maioria (80%) está relacionada ao cateter vesical. Mesmo com o emprego de técnica adequada de inserção do cateter vesical e o uso de sistema de drenagem fechado, a colonização da urina na bexiga ocorrerá em torno de 50% dos pacientes após 10 a 14 dias de cateterização. Infecções no Trato Urinário (ITU) Fonte: https://www.miletto.com.br/cateterismo-vesical/ Fonte: https://seucardio.com.br/cateterismo-vesical-intermitente/ Infecção do trato urinário relacionada à assistência à saúde não associada a cateter. Definição das infecções no trato urinário Infecção do trato urinário relacionada à assistência à saúde associada a cateter vesical. Qualquer infecção sintomática de trato urinário em paciente em uso de cateter vesical de demora instalado por um período maior que dois dias calendário (sendo que o D1 é o dia da instalação do cateter) e que, na data da infecção, o paciente estava com ocateter instalado ou este havia sido removido no dia anterior. Qualquer infecção sintomática de trato urinário em paciente que não esteja em uso de cateter vesical de demora, na data da infecção ou na condição que o cateter tenha sido removido, no mínimo, há mais de 1 (um) dia calendário antes da data da infecção. Definição das infecções no trato urinário Outras infecções no sistema urinário Fonte: http://www.coqueirosresidencecar e.com.br/infeccao-urinaria/ ITU não relacionada a procedimento urológico (cirúrgico ou não) diagnosticada após a admissão em serviço de saúde que não está em seu período de incubação no momento da admissão. Compreendem as infecções no rim, ureter, bexiga, uretra, e tecidos adjacentes ao espaço retroperitoneal e espaço perinefrético. Incluem-se as infecções associadas a procedimentos urológicos não cirúrgicos. Fatores de risco para bacteriúria: Infecções no Trato Urinário (ITU) Sexo feminino Cateterização com sistema aberto de drenagem Duração da cateterização (especialmente se maior que 6 dias) Diabetes mellitus Erros na indicação Erros na técnica de inserção Erros na manipulação do cateter Medidas preventivas das ITU relacionadas ao cateter urinário: Infecções no Trato Urinário (ITU) Inserir cateteres somente para indicações apropriadas e mantê-los somente o tempo necessário Se possível, escolher o cateter urinário intermitente Avaliar a possibilidade de métodos alternativos para a realização da drenagem de urina Garantir que a inserção, a manutenção e a remoção do dispositivo sejam realizadas por pessoas treinadas e qualificadas Disponibilizar mensalmente às equipes e à alta direção os relatórios de vigilância epidemiológica Indicação clínica Fonte: adaptado de: Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Fonte: https://giphy.com/stickers/ei-atencao- emformadeletra-Sr8GRHy29KJYkIbkOm Não use cateter urinário, exceto nas seguintes situações: 1. Pacientes com impossibilidade de micção espontânea; 2. Paciente instável hemodinamicamente com necessidade de monitorização de débito urinário; 3. Pós-operário, pelo menor tempo possível, com tempo máximo recomendável de até 24 horas, exceto para cirurgias urológicas específicas; 4. Tratamento de pacientes do sexo feminino com úlcera por pressão grau IV com cicatrização comprometida pelo contato pela urina. Sempre dar preferência ao cateterismo intermitente ou drenagem suprapúbica e uso de drenagem externa para o sexo masculino. Medidas preventivas Infraestrutura para prevenção Vigilância de processo Educação permanente e treinamento Manuseio correto do cateter Estratégias que não devem ser utilizadas para prevenção Evitar inserção de sonda vesical de demora sem indicação Remoção oportuna do cateter vesical Lembrar-se das alternativas à cateterização Técnica asséptica para inserção do cateter urinário Assegurar equipe treinada Essa infecção é um tipo de pneumonia que surge entre 48 e 72 horas após intubação endotraqueal e instituição da ventilação mecânica invasiva (VMI). Pneumonias Associadas à Ventilação Mecânica (PAVM) Pneumonia em paciente em ventilação mecânica (VM) por um período maior que dois dias de calendário (sendo que o D1 é o dia de início da VM) e que, na data da infecção, o paciente estava em VM ou o ventilador mecânico havia sido removido no dia anterior (Anvisa, 2017). Fonte: https://enfermagemflorence.com.br/escalas-de- avaliacao-da-dor-em-uti/ O tubo endotraqueal e a VM invasiva aumentam o risco de pneumonia em 6 a 21 vezes. Assim, o uso da ventilação não invasiva (VNI) está sempre indicado, pois esse procedimento não só pode evitar a intubação, como pode facilitar uma extubação. Pneumonias Associadas à Ventilação Mecânica (PAVM) • Diminuição das defesas do paciente. 1 • Risco elevado de ter as vias aéreas inoculadas com grande quantidade de material contaminado. 2 • Presença de microrganismos mais agressivos e resistentes aos antimicrobianos no ambiente, superfícies próximas, materiais – coloniza o paciente. 3 Os pacientes em ventilação mecânica são um grupo de risco aumentado para pneumonia. Esse risco maior se deve essencialmente a três fatores: Fatores de risco não modificáveis: Idade. Escore de gravidade quando da entrada do paciente na UTI. Presença de comorbidades como: insuficiência cardíaca, DPOC, diabetes, doenças neurológicas, neoplasias. Traumas. Pós-operatório. Pneumonias Associadas à Ventilação Mecânica (PAVM) Fatores de risco modificáveis são: Ao ambiente (microbiota) da própria UTI. Contribuem para o desenvolvimento desse tipo de infecção: Maior longevidade da população. A utilização de fármacos imunossupressores. Desenvolvimento de novos procedimentos intervencionistas. A higienização das mãos; O uso de vigilância microbiológica nos pacientes de risco; O monitoramento e a remoção precoce de dispositivos invasivos; O uso de programas para uso racional de antibióticos; As estratégias para redução da resistência aos antimicrobianos. Medidas preventivas das PAVM Fonte: https://giphy.com/gifs/healthy-estilo-de- vida-pulmones-1zkrv8tr3LFc8E0V1J As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são as complicações mais comuns decorrentes do ato cirúrgico, que ocorrem no pós-operatório em cerca de 3 a 20% dos procedimentos realizados, tendo um impacto significativo na morbidade e na mortalidade do paciente. Terceira complicação infecciosa mais frequente adquirida no ambiente hospitalar. No ano de 2008, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente lançou a campanha destinada à segurança dos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos. Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) Anvisa – “Cirurgias Seguras Salvam Vidas” O principal fator de risco para infecções urinárias em pacientes hospitalizados é a sonda vesical, que quebra vários mecanismos de defesa inespecíficos. O diagnóstico clínico precoce, associado a exames complementares, fornece evidências para uma adequada terapêutica. Entretanto, a indicação clínica apropriada é um grande diferencial. Analise as alternativas e assinale a pertinente. a) Pacientes com micção espontânea tem indicação clínica para cateterismo vesical de demora. b) Clientes com instabilidade hemodinâmica e necessidade de monitorização do débito urinário apresentam indicação clínica. c) No pós-operatório, quando o paciente estiver com sonda, ela deve ficar o maior tempo possível para facilitar a recuperação e minimizar o risco de quedas. d) Mulheres com lesão por pressão grau IV, com cicatrização comprometida pelo contato com a urina, não necessitam de sonda vesical. e) Todas as alternativas estão corretas. Interatividade O principal fator de risco para infecções urinárias em pacientes hospitalizados é a sonda vesical, que quebra vários mecanismos de defesa inespecíficos. O diagnóstico clínico precoce, associado a exames complementares, fornece evidências para uma adequada terapêutica. Entretanto, a indicação clínica apropriada é um grande diferencial. Analise as alternativas e assinale a pertinente. a) Pacientes com micção espontânea tem indicação clínica para cateterismo vesical de demora. b) Clientes com instabilidade hemodinâmica e necessidade de monitorização do débito urinário apresentam indicação clínica. c) No pós-operatório, quando o paciente estiver com sonda, ela deve ficar o maior tempo possível para facilitar a recuperação e minimizar o risco de quedas. d) Mulheres com lesão por pressão grau IV, com cicatrização comprometida pelo contato com a urina, não necessitam de sonda vesical. e) Todas as alternativas estão corretas. Resposta Idade; Obesidade; Desnutrição; Estada pré-operatória prolongada; Infecção a distância. Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) Neoplasia; Controle glicêmico inapropriado; Imunossupressão; Classificação ASA; Comorbidades. São considerados fatores de risco advindos do paciente: São considerados fatores de risco advindos do procedimento: Degermação cirúrgica das mãos realizada de forma inadequada; Potencial de contaminação da ferida; Duração da cirurgia; Cirurgia de urgência. As infecções da corrente sanguínea (ICS) relacionadas a cateteres centrais (ICSRC) estão associadas a importantes desfechos desfavoráveis em saúde. Infecções na Corrente Sanguínea (ICS) Infecções relacionadas ao acesso vascular: Infecções que ocorrem no sítio de inserção do cateter, sem repercussões sistêmicas. A maioria dessas infecções está relacionada ao acesso vascular central. Infecções primárias da corrente sanguínea: Infecções de consequências sistêmicas graves, bacteremia ou sepse, sem foco primário identificável. Com finalidade prática, elas devem ser associadas ao cateter, se ele estiver presente ao diagnóstico. Infecções na Corrente Sanguínea (ICS) Fonte: adaptado de: Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Fisiopatogênica da infecção da corrente sanguínea: Fonte: https://enfermagemflorence.com.br/cuidados- com-cateter-venoso-central/ Fonte: https://enfermagemflorence.com.br/cuidados- com-cateter-venoso-periferico/ Mãos dos profissionais de saúde Colonização da conexão Colonização do fluído infundidoMicrobiota da pele do paciente Disseminação hematogênica Cocos Gram + Cocos Gram + Contaminação durante a inserção Cocos Gram + Bacilos Gram - Candida Enterobactérias Não fermentadores A Anvisa (BRASIL, 2013f) recomenda a adoção de um formulário contendo cinco componentes para avaliar a adesão às boas práticas: Infecções na Corrente Sanguínea (ICS) Os cateteres centrais estão posicionados nas artérias: pulmonares, aorta ascendente, coronárias; carótidas primitiva, interna e externa; cerebrais e tronco braquicefálico; e nas veias cardíacas pulmonares, cava superior e inferior. Higiene das mãos. Precauções de barreira. Seleção do sítio de inserção. Preparo da pele. Revisão diária da necessidade de permanência do cateter. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/828240187692913772/ Infecções na Corrente Sanguínea (ICS) Principais medidas para a prevenção • Limpeza local e assepsia • Preferir membros superiores Sítio de inserção • Teflon ou poliuretano Material do cateter • Lavagem das mãos • Técnica asséptica na inserção do cateter Barreiras de precaução • Adultos: a cada 96 horas • Criança: não há recomendação Troca do cateter • A cada 96 horas • Após a infusão se utilizado para NPP ou hemoderivados Troca de equipo O uso de dispositivos intravasculares é indicado para a administração de soluções endovenosas, medicamentos, sangue, nutrição parenteral e monitorização hemodinâmica. Contudo, trazem riscos de desenvolvimento de infecção de corrente sanguínea. Com base nos fatores de risco que potencializam o surgimento de infecção de corrente sanguínea, leia as afirmativas e assinale a correta. a) Sempre dar preferência para punções em membros inferiores e trocar o cateter a cada 24 horas. b) Por se tratar de uma técnica asséptica, é desnecessária a higienização das mãos, já que o profissional fará uso da luva de procedimento. c) O tipo de cateter escolhido e o tempo de punção não interferem no risco de infecção de corrente sanguínea. d) Em todos os casos, a infecção de corrente sanguínea estará associada a não trocar o equipo responsável por conduzir a medicação do frasco até a veia do paciente. e) Higienizar as mãos, realizar antissepsia no local de punção e manter técnica asséptica são quesitos essenciais. Interatividade O uso de dispositivos intravasculares é indicado para a administração de soluções endovenosas, medicamentos, sangue, nutrição parenteral e monitorização hemodinâmica. Contudo, trazem riscos de desenvolvimento de infecção de corrente sanguínea. Com base nos fatores de risco que potencializam o surgimento de infecção de corrente sanguínea, leia as afirmativas e assinale a correta. a) Sempre dar preferência para punções em membros inferiores e trocar o cateter a cada 24 horas. b) Por se tratar de uma técnica asséptica, é desnecessária a higienização das mãos, já que o profissional fará uso da luva de procedimento. c) O tipo de cateter escolhido e o tempo de punção não interferem no risco de infecção de corrente sanguínea. d) Em todos os casos, a infecção de corrente sanguínea estará associada a não trocar o equipo responsável por conduzir a medicação do frasco até a veia do paciente. e) Higienizar as mãos, realizar antissepsia no local de punção e manter técnica asséptica são quesitos essenciais. Resposta SANINO, Giane Elis de Carvalho; FONTES, Neisa Castells. Prevenção e Controle de Infecção em Instituição de Saúde: Aspectos Pedagógicos e Aprofundamentos. São Paulo: Editora Sol, 2016. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXII, n. 2-111/16, ISSN 1517-9230. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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