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PC 02 Tributário Teoria Geral

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1 
 
 
 
Discente: Luiz Roberto Venditti Goulart De Sousa RA:004202005756 
Docente: Myrella Cristine Trevisan da Costa Direito Tributário: Teoria Geral 
 
PRÁTICA DE COMPETÊNCIA 02 
 
1. Contribuinte recebeu a notificação do lançamento do IPVA e opta por pagar em 05 
parcelas, conforme possibilitado pelo Ente tributante. Nesse caso, reputa-se suspenso o 
crédito tributário, nos termos do artigo 151, VI, do CTN? 
 
Na situação hipotética supramencionada, verifica-se a presença de crédito tributário 
não vencido, sendo escolhido adimplir de forma fracionada pela opção do contribuinte, e, 
mediante a voluntariedade e liberalidade do Ente tributante, que faculta a facilidade pelo 
recebimento desta maneira (fracionado) do tributo, em vias de garantir adimplência. 
In casu, o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – 
IPVA, cuja opção de pagamento desvelar-se-á em 05 parcelas, não suspenderá o crédito 
tributário, conforme art. 151, VI, do CTN1, sendo o fracionamento permitido como ato de mera 
“comodidade” oferecida ao contribuinte. 
Doutro modo, aplicar-se-ia o dispositivo do art.151, VI, do CTN, caso o crédito tributário 
restasse vencido, ou seja, em pertinência de dívida tributária. 
Assim, o parcelamento disposto no mandamento legal (diferentemente do caso em 
enunciado), dar-se-ia por lei específica2, não excluindo a incidência de juros e multa, e, 
suspendendo a exigibilidade do crédito tributário. 
 
2. O senhor Nicodemos prestou diversos serviços de pintura no município de Valinhos/SP: 
em 01.11.22 para a empresa CPT Ltda.; em 03.11.22 para a pessoa física Luis Felipe 
Ramos; em 05.11.22 para a empresa Deep Blue Entretenimentos; e em 09.11.22 para a 
empresa HBN Brasil Ltda. Cobrado o recolhimento de ISSQN pelo Município de Valinhos, 
o senhor Nicodemos afirmou ter realizado a emissão de todas as NF e o recolhimento 
integral dos tributos de todos os serviços prestados. Como prova, apresentou o 
comprovante de recolhimento de ISS dos dois últimos serviços prestados, afirmando, 
ainda, que, mesmo sem ter localizado os comprovantes dos outros serviços, por serem 
estes anteriores aos dos comprovantes apresentados, por óbvio também estariam 
quitados. Com base na situação narrada e no sistema tributário vigente, analise o caso e 
conclua pela extinção ou não do débito. 
 
 
1Art. 151, VI, CTN: “Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 
2001) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes 
da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes”. 
2Conforme mandamento do art. 155-A, do CTN. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp104.htm
2 
 
 
Por desiderato, muito embora o pagamento do tributo seja a forma mais comum de 
extinguir o vínculo obrigacional da relação tributária, o art. 156 do CTN, dispõe das hipóteses de 
extinção do crédito tributário. 
 
Art. 156, CTN: Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a 
compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; 
VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a 
homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 
1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do 
artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a 
definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação 
anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI – a dação em 
pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em 
lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) (Vide Lei nº 13.259, de 2016). Parágrafo 
único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito 
sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o 
disposto nos artigos 144 e 149 (grifo nosso). 
 
Inobstante, a comprovação de pagamento referente aos 02 recolhimentos recentes de 
ISS, não extinguirá os demais débitos, uma vez que somente com a demonstração de 
adimplência dos tributos (ISS) antigos, a cobrança cessará e restará comprovado pagamento, 
mormente, pelo caráter da Indisponibilidade do Interesse Público aplicado ao tributo. 
Outrossim, o art. 158, do CTN3 coaduna com a afirmação supramencionada, vez que 
a demonstração por parte do Sr. Nicodemus da quitação de 02 obrigações, não presume que 
este contribuinte tenha realizado o pagamento das outras (obrigações), de mesma natureza, 
extinguindo o crédito tributário, o qual, por esta razão encontra-se existindo (não extinto). 
 
3. Quando começa a contar o prazo de decadência para o Fisco lançar nos tributos 
sujeitos ao lançamento de ofício? E nos tributos sujeitos ao “lançamento por 
homologação”? 
 
Inicialmente, entende-se como prazo de decadência ou decadencial, o decurso de 
tempo em que o Fisco poderá exigir do contribuinte, os direitos relativos a obrigação tributária, 
através da constituição do crédito tributário, por seu lançamento. 
Destarte, em tributos cuja modalidade de lançamento do crédito tributário se dá de 
ofício, segue-se o disposto no art. 173 do CTN, respeitando o prazo de 05 anos, a contar do 
primeiro dia do exercício seguinte àquele que ocorre o fato gerador, para o lançamento e 
constituição do crédito tributário pelo Fisco, sendo, este direito de constituição, e, 
consequentemente cobrança do crédito tributário, exaurido (ineficaz) passado o tempo prescrito 
em norma (05 anos). 
 
Art. 173, CTN: O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário 
extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício 
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da 
 
3Art. 158, CTN: “O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: I - quando parcial, das prestações 
em que se decomponha; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos”. 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp104.htm
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13259.htm#art4
3 
 
 
data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício 
formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a 
que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo 
nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do 
crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida 
preparatória indispensável ao lançamento (grifo nosso). 
 
Em contrapartida, quando se trata da modalidade de lançamento por homologação, ou 
seja, nos casos em que o contribuinte declara, apura e realiza o pagamento da obrigação 
tributária antecipadamente a manifestação administrativa do Fisco, deve-se seguir o disposto no 
art. 150, §4° do CTN: 
 
Art. 150, CTN: O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos 
cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento 
sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a 
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo 
obrigado, expressamente a homologa. § 4º Se a lei não fixar prazo a 
homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato 
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha 
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente 
extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou 
simulação (grifo nosso). 
 
Logo, o prazo de decadência considerará, o decurso de tempo que o Fisco detém para 
apurar a exatidão ou inexatidão do lançamento realizado pelo contribuinte,bem como, auferir se 
o pagamento realizado foi suficiente para o adimplemento da referida obrigação tributária, ou 
seja, na observância da ocorrência do fato gerador. 
Ainda, sobre o tema, o conflito aparente das normas do art. 173, com o art. 150, §4°, 
ambos do CTN, quanto ao prazo decadencial dos lançamentos por homologação, decidiu-se o 
STJ, com a produção da Súmula 555, aludindo ao fato de que quando não houver declaração do 
débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se 
exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito 
passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. 
 
4. Contribuinte entregou declaração de IR no dia 30 de abril 2014, referente a renda 
auferida em 2013 e efetuou o pagamento do tributo declarado, contudo a Receita Federal 
apurou irregularidades na declaração. Qual o prazo para o fisco lançar a diferença 
apurada? Esse prazo sofreria alguma alteração caso o contribuinte tivesse entregado a 
declaração sem ter efetuado o pagamento do tributo? E se não tivesse nem ao menos 
entregue a declaração, qual prazo disporia o fisco para a constituição do crédito 
tributário? 
 
Primeiramente, tem-se que o Imposto sobre a Renda – IR, é tributo lançado na 
modalidade por homologação, com a participação ativa do contribuinte, e, posteriormente, 
efetivado por ato da Administração Pública. 
Neste sentido, o prazo para que o Fisco exija do contribuinte os direitos obrigacionais 
referentes a constituição do crédito tributário obedecerá ao prazo decadencial, estabelecido na 
4 
 
 
regra do art. 150, §4°, do CTN, cuja disposição, permite a Fazenda Pública, o período de 05 anos 
a contar do fato gerador (in casu, 31 de dezembro de 2013) para auferir a apuração das 
diferenças percebidas em declaração, uma vez que, de maneira oficiosa, o Fisco deverá realizar 
novo lançamento. 
Inobstante, a ausência do adimplemento da obrigação tributária (pagamento efetivo do 
tributo, como elencado em situação hipotética narrada) declarada em lançamento na modalidade 
por homologação, não alterará o prazo decadencial disposto no art. 150, §4°, do CTN, vez que, 
mediante lançamento de valores equivocados pelo contribuinte, o Fisco deverá realizar revisão 
de ofício para novo lançamento correto de valores à serem cobrados, sendo que a falta do 
pagamento, não alterará a situação fática da necessidade oficiosa de novo lançamento. 
Finalmente, a modalidade de lançamento do crédito tributário por homologação, não 
obsta ao Fisco, a pertinência de sua realização por ofício, mormente, em casos do 
desacatamento por parte do contribuinte, em assim, o fazê-lo. 
Portanto, em situações em que ocorrem esta inobservância supracitada, dever-se-á 
observar o mandamento legal do art. 173 do CTN4, cujo prazo de 05 anos, a contar do exercício 
seguinte ao fato gerador, será concedido ao Fisco, para a constituição do crédito tributário, com 
a complementação de juros e multa em face ao contribuinte negligente. 
 
5. Nestor Otávio é proprietário de veículo automotor, da marca Porshe, modelo 718 
Boxster. Sabendo que o fato gerador do IPVA ocorre em 1o de janeiro de cada ano no 
Estado de São Paulo, até quando o Fisco pode cobrar o imposto relacionado ao exercício 
de 2022? 
 
Primeiramente, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA tem 
modalidade de lançamento tributário por ofício, assim, caberá ao fisco assim o faze-lo, e, desta 
forma constituir o crédito tributário para cobrança, conforme o art. 173 do CTN. 
Deste modo, e segundo o dispositivo supramencionado, a Fazenda Pública deterá o 
prazo de 05 anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento 
poderia ter sido efetuado, para constituição e cobrança do crédito tributário em face a Nestor 
Otávio, qual seja, de 1º de janeiro de 2023 a 1ª de janeiro de 2028. 
 
6. Quem tem legitimidade ativa para pleitear a repetição do indébito tributário? A hipótese 
prevista no artigo 166 do CTN, prescreve alguma alteração do sujeito legitimado? 
 
Notadamente, objeto da Ação de Repetição de Indébito concentra-se na restituição dos 
valores de tributos, que pagos espontaneamente, deram-se de forma indevida ou a maior, sendo 
que, a legitimidade ad causam para a propositura deste tipo de ação, encontra-se disposta no 
art. 165 do CTN. 
 
4Em complemento a Súmula 555 do STJ. 
5 
 
 
Logo, por disposição legal, permite-se ao sujeito passivo da relação jurídica tributária 
requerer a restituição destes valores pagos equivocadamente por meio da referida ação, assim, 
estendendo esta legitimidade ao contribuinte de fato, ou seja, nos tributos indiretos em que este 
tipo de contribuinte (de fato) suporta o ônus tributário pelo fenômeno da repercussão. 
Entretanto, menciona-se que, na interpretação sistêmica do conjunto de normas, a 
respeito do assunto, o art. 166 do CTN5, que permite a transferência do encargo financeiro 
através da demonstração de requisitos (prova de contração do encargo e autorização expressa) 
para a possibilidade de restituição de indébito tributário, perfaz-se como exceção à regra do art. 
165 do próprio CTN6. 
 Neste sentido, para a pacificação do entendimento, a Súmula 71 do STF7 entendeu 
por descaber a restituição de indébito nos casos de tributação referentes aos impostos 
classificados como indiretos, visto que o contribuinte de fato não detém os requisitos (autorização 
expressa) do art. 166 do CTN, que atribuam a legitimidade para pleitear a ação de repetição dos 
tributos indiretos. 
Assim, a transferência do respectivo encargo financeiro, que segundo o art. 166 do 
CTN, causa a alteração do sujeito passivo da relação jurídica tributária para sua consequente 
legitimação em propor a ação de repetição de indébitos, via de regra, torna-se ineficaz, pela 
própria embaraço do contribuinte de fato, em provar e atestar o ônus tributário que sofreu. 
 
7. Durval Antônio tem três anos de idade e é proprietário de um imóvel predial e territorial 
urbano. Em janeiro deste ano, o Fisco notificou Durval para o pagamento do IPTU, por 
meio do envio do carnê de cobrança ao seu endereço. Os pais de Durval, recebendo a 
notificação do lançamento, decidiram não pagar o tributo. O Fisco Municipal deseja cobrar 
coercitivamente o débito. De quem e em qual condição poderá o Fisco fazer a cobrança? 
 
Inicialmente, observa-se que diante o regramento civil brasileiro Durval Antônio detém 
incapacidade absoluta, e, via de regra sem aptidão jurídica para exercício da manifestação da 
vontade e da contração de direitos e obrigações. 
Contudo, o art. 126, do CTN8, dispõe a respeito da capacidade tributária passiva, 
estendendo e abrangendo a capacidade a um rol irrestrito e total de sujeitos passivos da relação 
 
5Art. 166, CTN: “ A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo 
financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, 
estar por este expressamente autorizado a recebê-la”. 
6Art. 165, CTN: “O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do 
tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: 
I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária 
aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do 
sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência 
de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisãocondenatória. 
7Súmula 71 do STF: “Embora pago indevidamente, não cabe restituição do tributo indireto” 
8Art. 126, CTN: “A capacidade tributária passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se 
a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou 
profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios; III - de estar a pessoa jurídica regularmente 
constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional”. 
 
6 
 
 
jurídico-tributária, sem a imposição de limitações de exercício ou qualidades subjetivas de 
restrição individual. 
Assim, apesar dos 03 anos de idade, a criança, por força de legislação tributária, detém 
capacidade tributária passiva para que lhe seja notificado e consequentemente cobrado o tributo 
de IPTU (considera-se também o Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público9 aplicado 
aos tributos). 
Logo, para o cumprimento da obrigação tributária, fixa o art. 128 do CTN10 a atribuição 
de Responsabilidade Tributária a Terceiros, ou seja, será a terceira pessoa responsabilizada 
pelo crédito tributário por estar vinculada a fato gerador da respectiva obrigação, mesmo que o 
fato não tenha nascido com ele, e por situação superveniente. 
Portando, considerando a determinação legal e na condição de Responsável Tributário 
por Transferência de Terceiro, os pais de Antônio Durval arcarão com a cobrança do IPTU por 
parte do Fisco, que embasara, inclusive, a exação, conforme o art. 134, I11, do CTN. 
 
8. Interprete a Lei hipotética abaixo e responda: 
 
a) Qual o instituto exonerativo contido na norma? Quais são as hipóteses de acordo com 
a lei? 
 
Notadamente, o instituo de exoneração tributária contido em Lei Hipotética do Estado 
de São Paulo nº 1234/2022 é o da isenção, conforme o art. 175, I, do CTN12, sendo causa da 
exclusão pela desconstituição do crédito tributário através da dispensa legal do pagamento de 
determinada espécie tributária. 
Ademais, a isenção não obstrui o surgimento da obrigação tributária, mas, por 
estabelecimento em lei infraconstitucional, excluindo a etapa de lançamento do credito tributário, 
para consequente desconstituição de cobrança, enquanto na vigência da norma exonerativa. 
Destarte, o art. 10, da Lei Hipotética estabelece a isenção: 
 
Artigo 10 - Fica dispensado o pagamento do imposto, a partir do mês da 
ocorrência do evento, na hipótese de privação dos direitos de propriedade 
do veículo por furto ou roubo, quando ocorrido no território do Estado de São 
Paulo, na seguinte conformidade: I - o imposto pago será restituído 
proporcionalmente ao período, incluído o mês da ocorrência em que ficar 
comprovada a privação da propriedade do veículo; II - a restituição ou 
compensação será efetuada a partir do exercício subsequente ao da 
ocorrência. § 1º - A dispensa prevista neste artigo não desonera o 
 
9O administrador deve gerir todos os bens públicos, sejam serviços ou bens, baseados no interesse coletivo e 
conforme ordenado por lei. 
10Art. 128, CTN: “Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo 
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do 
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”. 
11Art. 134, I, CTN: “Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, 
respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os 
pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores”. 
12Art. 175, I, CTN: “Excluem o crédito tributário: I - a isenção; Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não 
dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou 
dela consequente”. 
 
7 
 
 
contribuinte do pagamento do imposto incidente sobre fato gerador 
ocorrido anteriormente ao evento, ainda que no mesmo exercício (grifo 
nosso). 
 
Conquanto, a Lei supramencionada, confirma desoneração (isenção) ao proprietário 
de veículo automotor (contribuinte), que tenha sido privado de seus direitos de propriedade 
veicular por for furto ou roubo do veículo ocorrido no âmbito territorial do Estado de São Paulo, 
entretanto, respeitando a proporcionalidade do tempo em que perdeu o gozo da propriedade do 
bem veicular, e, o consequente pagamento do tributo relativo ao tempo restante (de quando a 
detinha). 
 
b) Em que ele difere do vinculado pela Constituição Federal? 
 
Notadamente, o da imunidade perfaz-se em matéria normativa irrevogável (cláusula 
pétrea13) eminentemente disposta por Constituição, em seu art. 150, já, as isenções são definidas 
por lei infraconstitucional, conforme art. 176 do CTN14. 
Ainda, as imunidades são consideradas hipóteses de não incidência tributária, ou seja, 
dá-se plena limitação ao poder de tributar. 
Por outro lado, nas isenções, apesar de ocorrer a hipótese de incidência e a relação 
jurídica que enseja a obrigação tributária, a norma de desoneração obstrui o lançamento e 
desautoriza a constituição do credito tributário, deste modo, impedindo a compulsoriedade de 
sua cobrança por parte do Fisco. 
 
 
 
13Embora não mencionadas no art. 60 da CF/1988, são consideradas cláusulas pétreas implícitas, logo, impedidas de 
serem abolidas de matéria constitucional por representarem fundamento do Estado Democrático de Direto, além de 
direito e garantia fundamental. 
14Art. 176, CTN: “A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições 
e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Parágrafo 
único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela 
peculiares”.

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