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Imunidade Tributária em Entidade Filantrópica

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QUAIS SÃO OS FUNDAMENTOS DE FATO E DE DIREITO DA PETIÇÃO
INICIAL DO MS? FUNDAMENTE.
A Impetrante, Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, nos termos do seu estatuto social, assim como das declarações expedidas por diversos órgãos e instituições públicas, é uma instituição civil sem fins lucrativos, com forte atuação na seara educacional e de assistência social. 
Deste modo, por enquadrar-se como uma entidade beneficente e de filantropia, foi declarada de utilidade pública pela União e pelo Estado de São Paulo, visto que desenvolve atividade filantrópica de caráter geral e indiscriminado. Outros sim, por se classificar como uma instituição de assistência social e educacional, nos termos do Art. 150, VI, alínea “c” e § 4º, da Constituição Federal de 1988, goza do direito à Imunidade Tributária em relação aos bens que está importando. 
Assim, a Impetrante buscava a importação de insumos necessários para a consecução de suas finalidades essenciais, visto que tais insumos são indispensáveis para a produção do material utilizado nas atividades educacionais e assistenciais. Ademais, ressalte-se que os objetos ora importados não se destinam para fins mercantis, e nem se destinam a terceiros, pois se tratam de bens para uso próprio, reservados exclusivamente à promoção das finalidades essenciais da Impetrante. 
Desta feita, nos moldes da Constituição Federal e do Código Tributário Nacional, bem no entendimento uníssono da jurisprudência pátria mais abalizada, bem pertencente a patrimônio de entidade de assistência é beneficiado pela imunidade tributária. Deste modo, tal imunidade abrange também o Imposto de Importação, tributo cuja autoridade alfandegária busca recolher.Destarte, os fundamentos de fato e de direito inerentes ao caso em concreto estão na natureza jurídica da Impetrante e o que está disposto na Carta Magna, CTN e jurisprudência, onde é garantido a imunidade tributária a mesma
QUAIS OS MOTIVOS DE FATO E DE DIREITO PODERIAM SER UTILIZADOS 
NA CONTESTAÇÃO? FUNDAMENTE.
Os motivos de fato e de direito que poderiam ser utilizados em sede de contestação seria o de que tal entidade filantrópica de educação e assistência social não goza de imunidade referente ao Imposto de Importação, mas somente, em tese, de eventual isenção, devendo ser analisado o caso em concreto. 
Deste modo, mesmo que os insumos adquiridos fora do país fossem eventualmente utilizados na produção de material destinado a execução das atividades fins da instituição, deveria a autoridade alfandegária observar rigorosamente as disposições atinentes a matéria.
ELABORE A CONTESTAÇÃO DA AUTORIDADE COATORA (INSPETOR ALFANDEGÁRIO).
A impetrante usou como argumentos iniciais que enquadra-se como instituição para fins de assistência social e educacional com fulcro no disposto no art 2º de seu estatuto, ressalvando que, conforme dispõe o art. 17 e 13, §1º é concretizada por doações voluntárias, juntando, ainda, relatórios assistenciais, além de certificado de entidade beneficiente de assistência social.
Ademais, ressalva que a qualidade jurídica da impetrante é igualmente atestada pelo conselho municipal de assistência social. 
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Embora tenha afirmado que respeita os princípios da não distribuição patrimonial, da aplicação territorial, da transparência escritural, só fez comprovação documental do principio da transparência não enquadrando-se, dessa forma, no disposto, não fazendo jus, dessa forma, ao referido pedido inicial.
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DOUTO JUIZO FEDERAL DA [XXX] VARA FEDERAL DA SUBSERÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTOS-SÃO PAULO
 
 
 
 
 
Ref.: Mandado de Segurança [XXX]
 
 
 
INSPETOR DA ALFANDEGA DO PORTO DE SANTO, JÁ QUALIFICA, por, seuadvogado infra-assinado, vem apresentar esta:
 
CONTESTAÇÃO
 
ao Mandado de Segurança em epígrafe, impetrado pela ASSOCIAÇÃO TORRES DE VIGIA E BÍBLIAS E TRATADOS. São os fatos e fundamentos que sustentam o pedido:
DOS FATOS	
A impetrante ingressou com mandado de segurança visando o seu reconhecimento como entidade de assistência social e educacional à imunidade tributária em relação ao imposto de importação e importo sobre produtos industrializados, com base no art. 50, VI, c e §4º da CF/88, além de pedir, liminarmente a liberação dos itens independente de recolhimento de impostos.
DO DIREITO 
Existem várias formas de desoneração fiscal de acordo com a legislação tributária brasileira, ou seja, situações em que certas entidades não fazem contribuições ao fisco para proteger a lei. No entanto, para que a lei seja isenta, o fato aparentemente inexequível deve inquestionavelmente violar alguns de seus requisitos. 
De todas as formas de desoneração tributária, a que requer maior atenção é a imunidade, pois possui uma característica especial veiculada no âmbito constitucional. Esta limitação do fisco inviabiliza a criação de obrigações e constitui uma proibição total da competência tributária, uma vez que o crédito tributário não só é inexigível, como simplesmente não existe em caso de isenção.
Incluso as entidades que possui tal imunidade estão asentidades de cunho assistencial, sendo válido ressalvar que a isenção tributária que isenta de imunidade as entidades assistenciais também protege os direitos sociais, pois quando os legisladores constituintes se referem à “previdência social”, ela inclui saúde, previdência e assistência social (art. 194 CF/88). 
Nesse contexto, a Constituição também define o alcance da expressão "assistência social"., ou seja, se qualquer pessoa física ou jurídica pagar tributos destinados a proporcionar direitos e segurança para todo o grupo social auferir rendimentos, inclusive aqueles tributos destinados à viabilização de recursos necessários à previdência social. 
Para uma determinada instituição se qualificar para isenção de impostos, ela deve atender a três condições. O primeiro é chamado de "princípio da não distribuição de ativos" porque a renda faz parte da aquisição de ativos. Portanto, bens ou rendimentos não podem ser distribuídos a pessoas que constituem a instituição ou a terceiros. 
O segundo requisito é conhecido como "princípio da aplicabilidade territorial", segundo o qual os recursos devem ser utilizados internamente para fins sociais. 
Por fim, há o “Princípio da Transparência”, terceiro e último requisito para que as entidades de assistência social sejam consideradas isentas, que estabelece a necessidade de as instituições registrarem suas receitas e despesas em livro de contas formalizado que possa garantir sua exatidão
Todavia, no caso em tela, a impetrante, embora tenha afirmado que respeita os referidos princípios, só fez comprovação documental de um deles (principio da transparência), não enquadrando-se, dessa forma, no disposto, não fazendo jus, dessa forma, ao referido pedido inicial.
DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer, 
A improcedência do pedido inicial e consequente extinção do feito;
Á parte impetrante o ônus de sucumbência 
Termos em que pede e espera deferimento
Local, data
Advogado..., OAB
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