Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
e-Book 1 ROBERTO FERREIRA DE MACEDO DESENHO DE OBSERVAÇÃO Sumário INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3 O GESTO DE DESENHAR ������������������������������� 7 Perspectivas Históricas do ensino do desenho à mão livre. ........................................................................................ 7 Instrumentos de Desenho. ................................................. 14 Gesto Intuitivo ..................................................................... 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & CONSULTADAS ��������������������������������������������42 3 INTRODUÇÃO Você já se perguntou o porquê de aprender desenho de observação? Já parou para pensar na utilidade desta ferramenta? Como isto pode contribuir para o seu desenvolvimento profissional? Como posso utilizar o desenho como um meio de expressão pessoal? O objetivo deste curso é responder a todas estas questões de uma maneira simples e objetiva, não se preocupe, a cada etapa da disciplina abordaremos um tema e ele será explicado detalhadamente. Começaremos com os conceitos fundamentais, afinal de contas nem todo mundo tem familiaridade com o mundo do desenho e sua utilização. O desenho é uma forma de materialização de ideias que temos em nossa cabeça, por isso mui- tos artistas e designers criativos usam o famoso Sketchbook, ou caderno de croquis ou de notas, onde rabiscam, desenham e ilustram ideias que aparecem na sua cabeça. O desenho pode ser feito de forma simples e rápida, sem grande complexi- dade, pode ter um detalhamento maior conforme se fizer necessário e pode chegar a um nível de detalhamento bem profundo se for o caso. Mas uma coisa é fato: temos elementos em comum que sempre serão utilizados, bem como um vocabulário 4 próprio que no decorrer do curso será apresentado. Começaremos com fundamentos semelhantes a esta explicação que vocês estão tendo agora, bem como elementos fundamentais; ponto linha plano e volume, por exemplo. Outra questão fascinante são os materiais de dese- nho, e teremos também uma parte que aborda este tema, bem como desenho de formas geométricas simples e complexas, perspectiva, volume, luz e sombra, escala tonal, figura-fundo, composição e suas regras, como por exemplo: o famoso seg- mento áureo, e assim por diante até chegarmos na figura humana. Tudo isto numa progressão sem solavancos durante o curso. Para aqueles que já dominam o processo podem aproveitar o tempo para desenhar e para aqueles que não dominam, podem aproveitar o tempo para desenhar também, ou seja: a prática é fundamental. Este ebook abordará os seguintes temas: Pers- pectivas históricas do ensino do desenho à mão livre, Instrumentos de desenho e o Gesto intuitivo. Abordaremos separadamente cada um destes temas. Por perspectivas históricas do ensino do desenho à mão livre veremos a utilização do dese- nho como forma de representação bidimensional, um meio em que poderemos nos expressar e nos fazer entender, bem como a forma que o desenho tem sido ensinado no decorrer da história, isto é 5 importante para podermos diferenciar sua futura utilização. Instrumentos de desenho tratará como o próprio nome já diz de uma etapa em que conheceremos alguns dos materiais mais usados para desenho, bem como sua utilização e efeitos produzidos por eles. Esta é uma parte bem plástica e visual e seria interessante que vocês pudessem experimentar e conhecer melhor o material de vocês. Gesto intuitivo será como articularemos os conceitos fundamentais do desenho, como: ponto, linha e plano, além de cores e texturas para construirmos um repertório pessoal, uma “assinatura” ou ter um traço característico, algo que define melhor minha produção autoral. Sugeriremos algumas atividades práticas e daremos algumas dicas para que o co- meço deste percurso no mundo do desenho seja simples e agradável mesmo para aqueles que ainda não estão familiarizados com a técnica, não se preocupem. Estamos todos juntos nesta jornada. Não se preocupe se você “acha” que não sabe desenhar ou não tem muita prática, o importante aqui é estu- darmos alguns conceitos que facilitem tudo isto. Para desmistificar este ponto de vista, você poderia fazer uma pesquisa pessoal selecionando 10 ilustradores que você conhece, comparar o estilo de cada um e ver que são muito diferentes. Isto quer dizer que: a REFLITA 6 individualidade faz parte da produção, somos únicos e diferentes, cada um com suas experiências e práticas, então nossos resultados serão diferentes, bem como nossos propósitos. Se você tem como meta ser ilustrador profissional, terá que se dedicar mais a isto e buscar uma identidade pessoal, mesmo que o seu desenho seja mais simples, com poucos traços, isto não importa. Mas se você optar por ser um ilustrador que trabalha com a realidade, hiper-realismo, terá que se ater mais aos detalhes. Se você estuda Design, provavelmente fará um outro uso específico desta disciplina, para desenvolver algo pertinente ao seu universo, bem como o designer de produto terá que transpor suas ideias da cabeça para o papel, para que futuramente possa ser parame- trizada, modelada, estudada, “prototipada” e finalmente produzida em escala industrial. Assim, sucessivamente para arquitetos e decoradores de interiores, que usarão o que for necessário para desenvolver o seu trabalho. E obviamente atender às demandas de seus clientes, pois todo o projeto tem requisições e restrições e muitas delas passam pelo desenho. Finalmente, se você não tem como pretensão nenhuma das alternativas acima, não tem problema, o desenho como linguagem é uma excelente forma de nos ex- pressarmos, então através da arte, isto pode ser feito, inclusive a arte urbana é um exemplo em que podemos observar a variedade de temas, estilos, traços e técni- cas que decorrem diretamente do desenho. Logo será capaz de penetrar neste universo e quem sabe produzir seus primeiros desenhos. Pesquise e observe. Não se preocupem estes são os primeiros passos. Mente de principiante, mente curiosa, este é o segredo. 77 O GESTO DE DESENHAR PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DO ENSINO DO DESENHO À MÃO LIVRE. Por que desenhar? Você deve estar se perguntando o porquê de tanta importância sendo dada a uma disciplina que apenas se trata de desenhar. Pois bem, aqui explico de forma sucinta o que isto tudo significa. Primeiro devemos perceber que desenho é uma linguagem e como tal tem seus fundamentos e sua função específica. Pense na língua portuguesa, normas e também suas funções, que prioritaria- mente é comunicar. O desenho talvez seja a forma mais antiga de nos comunicarmos, perdendo ape- nas para a tradição oral, forma de comunicação que antecede a escrita. No estudo de história da arte ou evolução das artes visuais, vemos lá bem no comecinho do curso as pinturas rupestres. Desenhos feitos nas paredes das cavernas que retratavam cenas de caça e animais da época. Era uma forma de comunicação. Utilizavam a técnica que dominava e os recursos que possuíam. Esta ação de se comunicar evoluiu conjuntamente com as necessidades do ser humano no decorrer do tempo. O desenhar adquiriu novas formas e 88 atribuições e, assim, diferenciando-as uma das outras, poderemos entender melhor o porquê do valor do desenho. Comecemos por uma simples ideia, sim você tem uma ideia na cabeça, e o que faz com ela? Anota. Sim, pois senão pode correr o risco de perdê-la, já que nossa mente é um turbilhão de ideias durante o dia. Pois bem, agora imagine se você teve uma ideia visual, algo que você gostaria de representar no papel, ou mesmo algo que você gostaria de de- senvolver, como fazer? Anote. Mas como? Neste caso, desenhe. Ou seja: o desenho faz esta ligação entre o mundo das ideias, portanto abstrato, para o mundo concreto, algo material e que futuramente poderá ser desenvolvido. Este processo de anotar uma ideia pode ser útil nãosó para o desenhista em si, mas para todos aqueles que estão diretamente relacionados com as visualidades, ou seja: que tem como pressupos- to uma aproximação com a comunicação visual. Explicando melhor: imagine por exemplo que você é um projetista mecânico ou um designer de objetos e tem que criar um dispositivo de fixação para um determinado produto, ou mesmo um designer de embalagens, e precisa também criar este mesmo dispositivo, como fará? Num primeiro momento, pensará no assunto, e assim que esta ideia vier a 99 sua cabeça você a desenhará, para não a perder. Se você ainda não faz isto, aproveite a dica, vai fa- cilitar e muito a sua vida criativa. Imagine-se agora um artista urbano, é essencial que você já tenha definido ao menos o que e como você grafitará no muro, e isto se estabelece inicialmente do seu sketchbook. Agora imagine-se na seguinte situação, você é um ilustrador, e precisa fazer um trabalho para uma revista, ou campanha publicitária, ou mesmo o rótulo de uma embalagem. Ou mesmo um logo para um aplicativo. Por onde começar? Desenhando no seu caderninho, inclusive para que suas ideias iniciais comecem a ter um corpo melhor, comecem a ficar mais claras até ponto de serem produzidas oficialmente. Um artista plástico também se apropria do de- senho, de uma forma diferente, mas sim, utiliza esta linguagem como forma de expressão, assim como a pintura, a música, o cinema e a literatura, tudo isto é linguagem. Porém o ensino do desenho percorreu um longo caminho até chegarmos a sua forma atual. Hoje temos a divisão de desenho artístico (Figura 1) e desenho técnico (Figura 2), obviamente que após a etapa inicial de concepção das suas ideias, para que sejam produzidas em escala industrial, elas precisam ter algum parâmetro, algumas indicações técnicas para que entrem na linha de 1010 produção, então o desenho técnico se faz ne- cessário. Imagine uma planta baixa de sua casa. Ela tem que ter todas as indicações no desenho técnico para que ao ser construída sua casa não fique diferente do que você concebeu inicialmente. Mesmo sabendo que hoje temos softwares que possibilitam a produção deste desenho de forma digital e que posteriormente poderá ser ilustrado de forma mais real, renderizado no 3D. 1111 Figura 1: Desenho Artístico. Fonte: Elaborado pelo autor (2021) 1212 Figura 2: Desenho técnico. Fonte: br.freepik.com Espero que agora você consiga ver o valor e a importância que o desenho tem em todas estas atividades. O ensino do desenho vem evoluindo conforme evo- luem as suas requisições no mercado de trabalho e na indústria, seguindo assim a necessidade de se adaptar ao sistema produtivo, por essa razão o desenho técnico tem sido amparado pelos recursos digitais e suas aplicações 3D. O mesmo ocorre no mundo das embalagens, são inicialmente concebidas segundo requisições e restrições de um projeto, posteriormente desen- volvidas a partir de esboços e estudos iniciais https://br.freepik.com/fotos-gratis/planta-baixa-com-ilustracao-do-projeto-da-mobilia_15559491.htm#page=1&query=planta%20baixa&position=0 1313 (desenho) e depois passam para uma normatiza- ção feita através do desenho técnico, atribuindo, assim, suas medidas e características formais, para finalmente ser impressa em escala industrial. Isto também ocorre no Design de Moda: concep- ção conceitual, desenho criativo, desenho técnico e produção final da peça. Em uma ilustração, seja comercial ou não, segue o mesmo ritmo, sketches iniciais – os esboços, refinamento da ilustração com detalhes e finalmente se for o caso sua di- gitalização, para ser impressa e comercializada ou reproduzida comercialmente. Sei que esta conversa inicial em que falamos de processo de produção industrial e comercial bem no curso de desenho parece meio estranha, mas é importante para que saibamos onde desejamos chegar e qual o percurso a ser percorrido. O ensino do desenho em sala de aula passou por etapas distintas decorrentes dos processos de industrialização, pois a escola deveria atender ao setor produtivo inicialmente. Então o enfoque era um pouco mais objetivo, um pouco mais pragmá- tico, diferente de hoje em que podemos estudar desenho artístico sem um direcionamento tão incisivo da indústria. Para quem se interessar segue um texto, específico de um artigo acadêmico sobre este percurso do 1414 ensino do desenho no brasil, lá vocês verão como a indústria e os processos produtivos interferem em como o desenho era ensinado. Vale a leitura. Segue o link para este artigo em que os processos de ensino/aprendizagem são abordados de forma mais acadêmica, fruto de uma pesquisa feita pelo autor dentro do universo do ensino do desenho no Brasil. https://www.researchgate.net/ Passaremos agora para os materiais de desenho, pois sem eles, tudo isto não faz muito sentido, já que esta atividade é essencialmente prática. INSTRUMENTOS DE DESENHO. Para darmos início a esta etapa, vamos organizar e dividir o curso em partes, nesta primeira parte trataremos de materiais, e posteriormente técnicas. Materiais dividiremos em: Suporte, Aplicadores e Auxiliares. Técnicas: dividiremos em Técnicas de Desenho, Linha e Traço, Hachuras, Valorização Tonal, Perspectiva e Figura Humana. Suporte. Para dar início ao processo, precisamos de um suporte em que aplicaremos algo. Precisamos de SAIBA MAIS https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download 1515 uma superfície. Para que nela seja aplicado algo que lhe imprima uma marca, um registro e isso permaneça por um tempo fixado para que tenha- mos a experiencia ou a informação necessária. O suporte mais tradicional o qual o desenho está mais proximamente relacionado é o papel, mas será que é somente este? O conceito de suporte hoje em dia se ampliou, vai além do papel; uma prancha de madeira, por exemplo, pode ser considerada um suporte, um muro, a pele humana, telas, monitores de computadores, tablets, celulares, uma infinidade de superfícies pode ser utilizada como suporte. Para esta disciplina por uma questão de facilidade indicamos o uso do papel. Mas caso queira expe- rimentar outras possibilidades, sinta-se à vontade, contanto que isto não prejudique o andamento de seus estudos, pois há uma infinidade de matérias em que seus registros podem ser aplicados. Os papéis mais indicados são os papéis para de- senho, pois possuem uma gramatura específica e uma textura que permite melhor absorção dos pigmentos, sejam coloridos ou grafite preto. Por gramatura entendemos o peso da folha por metro quadrado do material, então é comum usarmos 120g/m2, 180g/m2, isto quer dizer que há 120 gramas deste material por metro quadrado, ou n 180g/m2 deste material por metro quadrado, o que significa que quanto maior a gramatura, mais 1616 grossa é a folha, mais resistente é o seu suporte, teoricamente amassará menos e se o papel tiver um tratamento especial, livre de ácidos, poderá estragar menos e dar maior durabilidade aos seus desenhos, caso queira guardá-los. Sugiro que você faça uma pesquisa nos sites específi- cos de produtores de papéis assim saberá das possi- bilidades que são oferecidas no mercado. Importante ressaltar que temos papéis de desenho que suportam técnicas húmidas, como guache e aquarelas, que não fazem parte deste curso, focaremos nossa atenção as técnicas secas, especificamente o grafite. Isto de certa forma facilita a seleção de papéis. O mais comum é o Canson 120gm/2, mas pesquise nestes sites para que você tenha ideia de infinidade de opções. Abaixo colocarei um link informativo sobre o papel Mi-Teintes, você poderá pesquisar mais sobre papéis no site do fabricante. Veja aqui por exemplo a descrição técnica do papel Mi-Teintes muito utilizado para desenho, ele é produzido pelaCanson. Canson® Mi-Teintes® O Canson® Mi-Teintes® é um papel colorido tingido na polpa reconhecido a nível mundial graças às suas qualidades. FIQUE ATENTO SAIBA MAIS 1717 Um verdadeiro papel artístico, o Canson® Mi-Teintes® contém algodão, aliando a resistência mecânica a uma sensação sensual. Além das suas qualidades enquanto suporte de desenho, o Canson® Mi-Teintes® está em conformidade com a norma ISO 9706 de permanência, uma garantia de conservação excelente. Adicionalmente, tem a vantagem de ter uma textura dife- rente de cada lado: uma textura alveolar característica do Canson® Mi-Teintes® num dos lados; e grão fino no outro. Tem a gama mais alargada de cores disponível no mer- cado, com 50 tonalidades resistentes à luz. Veja mais informações no site do fabricante, aqui estou mostrando apenas sobre um papel específico, mas você pode explorar vários. https://pt.canson.com/pastel-e-cor/mi-teintes Confira também as características deste papel, abaixo, não tão específico e mais conhecido por todos, o que comumente chamamos de Canson. ht tps ://pt .canson.com/canson-estudante/ bloco-de-desenho-180 Gráficas e lojas especializadas também costumam dar informações específicas sobre papéis, além dos preços. Porém repito: não se preocupe muito com isto agora, SAIBA MAIS https://pt.canson.com/pastel-e-cor/mi-teintes https://pt.canson.com/canson-estudante/bloco-de-desenho-180 https://pt.canson.com/canson-estudante/bloco-de-desenho-180 1818 um bloco de sulfite com gramatura próximo a 90g/m2 servirá bem ao nosso propósito, porém nada impede que mergulhe mais a fundo neste universo, veja: h t t p s : // b l o g . c r e a t i v e c o p i a s . c o m . b r / diferencas-entre-papel-sulfite-e-offset/ O papel é feito de celulose, portanto vegetal, pode ser da madeira, reflorestada, do algodão, do linho, papéis artesanais de diversas fontes. Papéis para técnicas aquosas como a aquarela por exemplo devem ter uma maior capacidade de absorção, sendo comumente produzidos a partir das fibras de algodão e linho, além de possuírem maior resistên- cia mecânica. O papel também, como mencionado acima deve ser livre de ácido, pois assim evita o seu amarelamento, bem como marcas indesejáveis no desenho com o decorrer do tempo. Ressalto novamente que o papel de desenho para nossas atividades, em que usaremos o grafite, não requer grandes refinamentos, os grãos podem ser bastante finos, e de baixa gramatura, entre 60 e 120g/m2. São encontrados com facilidade. Pa- péis com grão médio, Tipo Ingres, são papéis que já possuem uma textura especial e esta textura serve não só para criar efeitos interessantes nas composições como também para absorver melhor o depósito de material, pigmentos utilizados pelos lápis de desenho e de outras técnicas, como carvão, https://blog.creativecopias.com.br/diferencas-entre-papel-sulfite-e-offset/ https://blog.creativecopias.com.br/diferencas-entre-papel-sulfite-e-offset/ 1919 giz pastel e sanguina. Veja a textura de diferentes papéis nas figuras abaixo. (Figura 3) e (Figura 4). Figura 3: Texturas e grãos. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes (2008) Figura 4: Texturas e grãos. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes (2008) Aqui podemos perceber o papel para croquis, com grão bem fino, e que provavelmente será utilizado em nosso curso, o papel de grão médio, o papel de grão grosso e o papel tipo Ingres, veja no detalhe a 2020 variação do grão e como isto pode dar resultados diferentes nas suas composições (Figura 5), a es- colha do papel é fundamental, pois deve ser levado em conta os efeitos que quero obter, sua utilização e obviamente seu custo. Abaixo novamente o efeito de uma barra de Giz pastel sobre diversos tipo de papel. Mesmo que venhamos a usar papéis mais simples, é importante que saibam destas carac- terísticas. E nada substitui a experiencia de vocês em relação ao próprio material. 2121 Figura 5: Texturas de diferentes papéis, sob mesma técnica. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes (2008) Abaixo exemplos de papéis artesanais, (Fig.6 e 7) feitos de diversas folhas e com diversas técnicas, desde folhas de bananeira até folhas de chá verde. Este tipo de papel é mais decorativo, mas não impede 2222 que você os utilize, mas leve em consideração a textura e cor de fundo, esta relação figura/fundo é muito importante para manter a composição sem muitas interferências visuais. Figura 6: Papéis artesanais. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes (2008) 2323 Figura 7: Papéis artesanais. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes (2008) Aplicadores Lápis� Aplicadores, confesso que por falta de um termo mais adequado utilizaremos este: aplicadores, 2424 ele não se aplica apenas ao lápis, mas também a todos os instrumentos que de alguma forma aplicam algo sobre o nosso suporte, pode ser uma caneta, carvão, giz pastel, sanguina, podem ser pinceis com diversas tintas, mas utilizaremos primordialmente o lápis para nossos estudos. Este é de longe o material mais conhecido e mais aces- sível para todos nós, com poucas especificações técnicas e seu uso é bem intuitivo, mas digamos de passagem que apesar de sua simplicidade, o lápis possui sim algumas características particulares e estas podem nos dar uma variedade de traços e possibilidades de representação bem satisfatórias. Os lápis podem variar conforme a sua dureza, e esta tabela da figura na sequência (fig.8) nos demostra bem isto, ou seja, a maior dureza que começa com o 5H até o 9B de extrema maciez. Isto está diretamente relacionado com a quantidade de argila e grafite em sua composição. Quanto mais argila e menos grafite, mais duro ele é, e fica na denominação H, porém quanto menos argila e mais grafite, mais macio ele é, como no caso da denominação dos lápis B. Isto tem um propósito e está diretamente relacionado com o tipo de traço que você pretende obter. Traços mais finos, pre- cisos, com pouco grafite, utilizados antigamente para desenhos técnicos, antes da criação das lapiseiras mecânicas, são melhores executados 2525 pelos lápis da família H, por sua vez os lápis da família B são indicados quando queremos utilizar traços mais grossos, trabalhar com sombreados, luz e sombra, gradientes tonais e termos mais grafite no desenho. HB é o lápis que fica no meio da escala e serve para usos gerais, bem como para marcações e esboços rápidos na prancha/ suporte, para termos uma ideia de proporção e distribuição dos elementos dentro da sua folha, assim, posteriormente, você poderá usar um lápis mais forte para finalizar e dar acabamento no seu desenho, caso se faça necessário. Figura 8: Espessura do traço conforme categoria do lápis. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes, 2008 Por curiosidade abaixo exemplificamos como um lápis é produzido, e montado em pranchas de ma- deira (Figura 9) de reflorestamento, de preferência o cedro, pois acomoda bem as minas de grafite, é fácil de ser apontado e oferece resistência me- 2626 cânica ao desenhista, evitando assim quebras desnecessárias. Mas apesar disto tudo evite dei- xar cair os seus lápis no chão, as minas internas são compostas de uma massa cozida de grafite e argila (Figura10) e podem facilmente quebrar, mesmo dentro dos lápis. 2727 Figura 9: Montagem de lápis. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes, 2008 2828 Figura 10: Quantidade de argila na composição do lápis. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes, 2008 Outra possibilidade de desenho são as barras de grafite, são um pouco mais complicadas de se trabalhar, é necessário que você comece com os lápis primeiramente para depois utilizar as barras, pois além de soltarem muito mais grafite, sujando o desenho, tem nuancesde tonalidades que são produzidas pelas pontas que formam ao serem usadas, bem como a sua composição determinada pelo processo de produção de cada fabricante. Veja as diferenças abaixo (Figura11). 2929 Figura 11: Detalhes das diferenças dos bastões de grafite. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes, 2008 Outro material que representa resultados bem interessantes e que pode ser estudada dentro do universo do desenho é a sanguina. Também co- nhecido como sanguínea, tem como característica uma com mais avermelhada. Terrosa. Ela advém de um mineral adicionado na composição do lá- pis. Óxido de fero. Temos a sanguínea em barras retangulares e cilíndricas, além de lápis, como podemos observar abaixo (Figura12). 3030 Figura 12: Lápis sanguínea e a diferença de seus traços característicos. Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins Fontes, 2008 Para finalizarmos esta parte, destaco aqui as inúmeras possiblidades (Figura13), de material que vocês poderão utilizar, como suporte para começarem seus estudos. Aqui temos blocos de tamanho A3, A4 e A5, bem como folhas soltas e papéis reciclados, temos também sketchbooks e cadernetas prontas. 3131 Figura 13: Diversos suportes para utilização nesta disciplina. Fonte: Foto do autor (2021) Agora passaremos algumas referências que serão bem úteis para pesquisa, aquisição e informação de materiais diversos de desenho. 3232 Figura 14: Catálogos e descrições disponíveis nos sites dos fabricantes e fornecedores. 3333 Fonte: Do auto, 2021 Recomendamos também, assim como fizemos com os papéis, que você entre nos sites de fabri- cantes, (Figura 14) pois há muita informação a respeito do material a ser utilizado. Veja que até agora falamos de dois materiais fundamentais para a nossa disciplina: o papel e o lápis - e vejam quantas possibilidades de escolha nós temos. O importante é selecionar bem o tipo de papel e os 3434 lápis que serão utilizados conforme os resultados que se deseja. Somente através da experimentação isto é possível. Indicamos também que você teste outros materiais que são tidos como materiais complementares, por exemplo: borrachas plásticas e esfuminhos. Estas borrachas serão úteis para você limpar o excesso de grafite em seus desenhos, são conhecidas também como limpa-tipos, utilizadas há um bom tempo atrás na época das máquinas de escrever, mas são muito eficientes em absorver o material depositado sobre seus desenhos, e o esfuminho para você esfumaçar literalmente o seu desenho, dizendo de outra forma, espalhar o grafite pela superfície do papel. Entrar em contato com os fabricantes é uma boa dica para que você saiba das novidades, além das espe- cificações técnicas dos produtos. Aqui temos alguns links de algumas empresas que além de promover seus produtos, divulgam seus cursos. Faber Castel Conté Caran D’Ache SAIBA MAIS https://www.faber-castell.com.br/products/EstojoCastell9000JumboHB2B4B6B8B/119305 https://conteaparis.com.br/categoria/novidades/ https://www.carandache.com/ch/en/graphite-pencils-c-1501-tp-1503.htm 3535 Agora faremos uma pequena pausa para que pos- samos refletir um pouco sobre tudo isto, e neste box abaixo daremos um direcionamento para você fazer melhor as suas escolhas. É importante que você tenha em mente qual é o seu objetivo dentro desta disciplina, pois assim sendo fica mais fácil você adquirir um material apropriado para você. Como assim? Explico: alguns materiais aqui apresen- tados são profissionais, tanto os papéis como os lápis, isto significa que são de alta qualidade e de preço um pouco acima da média. Se seu objetivo são estudos e pequenos desenhos, deixe-os para mais tarde, pois você está no processo, no caminho e não no fim. O que quero dizer com isto é que caso você já se sinta confiante, poderá optar por um material de melhor qualidade, pois assim terá resultados melhores e poderá preservar seus trabalhos, inclusive se quiser veiculá-los profissional- mente. Ou seja: caso esteja aprendendo, use um Papel Canson ou mesmo sulfite para este fim, a mesma coisa se aplica para os lápis de desenho. Com pouca coisa poderá produzir muito. Fica aberta a possibilidade para que vocês testem outros tipos de aplicadores, como assim chamamos aqui no texto, como por exemplo: sanguina, pastel seco, canetas diversas, carvão, são todas técnicas utilizadas no desenho, porém não abor- dadas diretamente na disciplina, mas isto não impede que você as use. O importante é se acostumar com o material que você está utilizando. REFLITA 3636 GESTO INTUITIVO Para que tudo isto comece a funcionar, precisaremos que você comece a dominar os fundamentos do desenho e para isto, nada mais útil do que desenhar. Então quais são os elementos básicos e fundamen- tais do desenho? De qualquer desenho? Ponto, linha e plano. O ponto, a linha e o plano compõem os alicerces do design. Partindo desses elementos os designers criam imagens, ícones, texturas, padrões, diagramas, animações e sistemas tipográficos. (LUPTON 2104). Importante observar isto em todas as composições, e será de enorme contribuição para o desenvolvimento de sua linguagem pessoal, ou melhor, o seu traço, a forma como você desenha e se expressa graficamente. Para que isto tome um corpo, além da parte teórica, proporemos algumas atividades práticas em que traremos estes conceitos à tona. Serão exercícios descritos nas caixas abaixo e isto trará mais dina- mismo ao nosso curso. O ato de desenhar depende de uma sensibilidade elevada em relação à experiência tátil e visual de modos que são simples e rotineiros. É importante que você entenda, desde o primeiro momento, que a efetividade de um desenho é determinada, antes de tudo, pela riqueza e variedade dos traços utili- zados. A consciência, a sensibilidade e o controle 3737 das características de tração do instrumento de desenho e da textura da superfície do papel são os fatores que determinam a vitalidade de um desenho. O nível de interesse visual gerado por um desenho depende, primeiramente, da energia, da clareza, da variação, do ritmo e da totalidade dos traços que os constituem. Os traços criam significados, em primeiro lugar, ao preservar, documentar e comunicar a experiência sensorial do próprio ato de desenhar. O primeiro nível de conteúdo de um desenho sempre está́ nos próprios traços. (CURTIS, 2015) Assim, podemos perceber a importância do traço e por consequência o gestual envolvido neste processo. Os conceitos fundamentais do desenho: ponto, linha e plano, se articulam com a intenção deliberada, ou seja: o desenhista pretende repre- sentar algo e isto ocorre a partir destes elemen- tos. Pense bem, pegue uma caneta ou um lápis e uma folha de papel. Qualquer coisa que você vier a fazer, terá necessariamente que passar por um ponto, seu deslocamento, uma linha e seu des- locamento, um plano. Ponto, deslocado se torna uma linha, linha deslocada se torna um plano e o plano, deslocado, por sua vez origina um volume. Mas independentemente disto tudo, os conceitos fundamentais serão aplicados. 3838 Vamos então acrescentar algum dinamismo a este curso. Sugerirei algumas atividades simples para que vocês entrem em contato com o desenhar, como um ato pessoal e também um processo criativo. Desenvolveremos exercícios de variação da linha, como elemento fundamental do desenho. Preste atenção a suas texturas, espessura, ritmos em que você traça e o controle que você tem sobre seu lápis ou caneta. Dividiremos os exercícios propostos nas ‘caixas reflita’ para que possam se manter organizados dentro do curso, e nada mais correto do que encarar o “desenhar” como uma forma de reflexão. ATIVIDADE 1 – Material: Papel sulfite A4 ou A3 (tama- nhos da folha), lápis HB, 2B, 4B ou maior. Procedimento: executar uma série de linhas paralelas horizontais, (ao menos 3 folhas) e paralelas verticais (3 folhas). Executar uma sériede linhas paralelas incli- nadas (3 folhas). Esta atividade tem como objetivo estimular a percepção do traço, bem como o controle motor. Importante res- saltar que você deverá variar os lápis utilizados durante a série de traços para que possa perceber como cada numeração (HB, 2B, 4B ou maior) reagem. Varie tam- bém a pressão exercida. Este exercício não tem certo ou errado, apenas observe e constate os resultados. REFLITA 3939 Exercício 2 – Material: Papel sulfite A4 ou A3 (tamanhos da folha), lápis HB, 2B, 4B ou maior. Procedimento 1: executar uma série de circunferências (3 folhas) de variados tamanhos, com diferentes nume- rações dos lápis para que você perceba seu traço agora ao traçar uma circunferência. Perceba a variação das linhas e suas espessuras além obviamente do controle da mão para que ela fique o mais redondinha possível. Procedimento 2: executar uma série de elipses (2 fo- lhas) de variados tamanhos e formas, com diferentes numerações dos lápis utilizados. Veja como você vai adquirindo fluência, isto é muito importante. No futuro terá um bom controle para desenhar estas formas. Exercício 3 – Vamos agora a um nível de execução um pouco mais elaborado, porém sem cobranças apenas exercitando o olhar. Com muita calma, escolha em sua casa ou trabalho, um móvel ou eletrodoméstico simples. Uma geladeira ou fogão ou micro-ondas ou mesmo o seu celular, por exemplo, e os desenhe. São peças de baixa complexidade, sem muitos detalhes e são em sua grande maioria constituídos de retas paralelas, algumas curvas e alguns planos inclinados. Não se cobre muito, faça os desenhos despretensiosamente. Desfrute do REFLITA REFLITA 4040 prazer de desenhar e reserve um horário para isto no seu dia. Algo como uma disciplina mesmo. Você em breve verá os resultados. E jamais, eu disse jamais compare seus resultados com os de outras pessoas, cada um está numa parte do processo. Vá em frente, não pare! Desenhe 5 (cinco), objetos. Desenvolva as propostas com calma e as guarde, pois assim você poderá aferir o seu progresso, somente comparando desenhos de alguns anos atrás, você poderá ver realmente como foi o seu processo. 41 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este texto introdutório teve como objetivo apre- sentar de forma simples e concisa os elementos fundamentais do desenho de observação. Sua utilização em diversos meios e também sugere uma prática leve e acessível a todos aqueles que gostariam de adentrar ao universo do desenho livre, ou desenho artístico, como também é conhecido. Destacamos a importância do traço e como ele pode ser percebido e incorporado no fazer artístico. Apresentamos alguns dos materiais mais comuns e utilizados no desenho, bem como seus efeitos, por exemplo: a variação do traço e diferentes tipos de lápis, o papel como suporte e sua resposta diante de diferentes meios de registro, como utilizar tudo isto de forma harmônica para produzir bons resul- tados e o mais importante, o desenho abordado não só no seu aspecto técnico, mas também como uma ferramenta de autoexpressão. Referências Bibliográficas & Consultadas ABRANTES, José; FILGUEIRAS FILHO, Carleones Amarante. Desenho técnico básico: teoria e prática. Rio de Janeiro: LTC, 2018. [Minha Biblioteca]. BONSIEPE, Gui. Do material ao digital. São Paulo: Blucher, 2015. [Biblioteca Virtual]. CURTIS, Brian. Desenho de observação. 2. ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. [Minha Biblioteca]. DA SILVEIRA, André Luis Marques. O Desenho a mão livre no âmbito da preparação para o processo de ensino e aprendizagem a prática de projeto no Brasil. Link: https://www.researchgate.net/ publication/280947999_O_desenho_a_mao_ livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_ pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_ para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/ link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download Visto em 05/08/2021 FERNANDO, Paulo Henrique Lixandrão et al. Desenho de perspectiva. Porto Alegre: SER - SAGAH, 2018. [Minha Biblioteca]. https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021 https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021 https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021 https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021 https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021 https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021 https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021 GILDO, Montenegro. Geometria descritiva: desenho e imaginação na construção do espaço 3-D. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2015. v.1. [Biblioteca Virtual]. HSUAN-NA, Tai. Design: conceitos e métodos. São Paulo: Blucher, 2017 [Biblioteca Virtual]. LUPTON, Ellen. Novos fundamentos do design. São Paulo: Cosac Naify, 2014. Materiais e Técnicas: guia completo / tradução: Joana Angélica D’Avila Melo. São Paulo; editora Martins Fontes, 2008 MONTENEGRO, Gildo A� Inteligência visual e 3-D: compreendendo conceitos básicos da geometria espacial. São Paulo: Blucher, 2019. [Biblioteca Virtual]. SANZI, Gianpietro; QUADROS, Eliane Soares. Desenho de perspectiva. São Paulo: Érica, 2014. [Minha Biblioteca]. _Hlk79066682 _Hlk79067065 _Hlk79066897 _Hlk79066950 _Hlk79066987 Introdução O gesto de desenhar Perspectivas Históricas do ensino do desenho à mão livre. Instrumentos de Desenho. Gesto Intuitivo Considerações finais Referências Bibliográficas & Consultadas
Compartilhar