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e-Book 1
ROBERTO FERREIRA DE MACEDO 
DESENHO DE OBSERVAÇÃO
Sumário
INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3
O GESTO DE DESENHAR ������������������������������� 7
Perspectivas Históricas do ensino do desenho à mão 
livre. ........................................................................................ 7
Instrumentos de Desenho. ................................................. 14
Gesto Intuitivo ..................................................................... 36
CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������������41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & 
CONSULTADAS ��������������������������������������������42
3
INTRODUÇÃO
Você já se perguntou o porquê de aprender desenho 
de observação? Já parou para pensar na utilidade 
desta ferramenta? Como isto pode contribuir para 
o seu desenvolvimento profissional? Como posso 
utilizar o desenho como um meio de expressão 
pessoal?
O objetivo deste curso é responder a todas estas 
questões de uma maneira simples e objetiva, não se 
preocupe, a cada etapa da disciplina abordaremos 
um tema e ele será explicado detalhadamente.
Começaremos com os conceitos fundamentais, 
afinal de contas nem todo mundo tem familiaridade 
com o mundo do desenho e sua utilização.
O desenho é uma forma de materialização de 
ideias que temos em nossa cabeça, por isso mui-
tos artistas e designers criativos usam o famoso 
Sketchbook, ou caderno de croquis ou de notas, 
onde rabiscam, desenham e ilustram ideias que 
aparecem na sua cabeça. O desenho pode ser feito 
de forma simples e rápida, sem grande complexi-
dade, pode ter um detalhamento maior conforme 
se fizer necessário e pode chegar a um nível de 
detalhamento bem profundo se for o caso. Mas 
uma coisa é fato: temos elementos em comum que 
sempre serão utilizados, bem como um vocabulário 
4
próprio que no decorrer do curso será apresentado. 
Começaremos com fundamentos semelhantes a 
esta explicação que vocês estão tendo agora, bem 
como elementos fundamentais; ponto linha plano 
e volume, por exemplo.
Outra questão fascinante são os materiais de dese-
nho, e teremos também uma parte que aborda este 
tema, bem como desenho de formas geométricas 
simples e complexas, perspectiva, volume, luz e 
sombra, escala tonal, figura-fundo, composição 
e suas regras, como por exemplo: o famoso seg-
mento áureo, e assim por diante até chegarmos na 
figura humana. Tudo isto numa progressão sem 
solavancos durante o curso. Para aqueles que já 
dominam o processo podem aproveitar o tempo 
para desenhar e para aqueles que não dominam, 
podem aproveitar o tempo para desenhar também, 
ou seja: a prática é fundamental.
Este ebook abordará os seguintes temas: Pers-
pectivas históricas do ensino do desenho à mão 
livre, Instrumentos de desenho e o Gesto intuitivo. 
Abordaremos separadamente cada um destes 
temas. Por perspectivas históricas do ensino do 
desenho à mão livre veremos a utilização do dese-
nho como forma de representação bidimensional, 
um meio em que poderemos nos expressar e nos 
fazer entender, bem como a forma que o desenho 
tem sido ensinado no decorrer da história, isto é 
5
importante para podermos diferenciar sua futura 
utilização.
Instrumentos de desenho tratará como o próprio 
nome já diz de uma etapa em que conheceremos 
alguns dos materiais mais usados para desenho, 
bem como sua utilização e efeitos produzidos por 
eles. Esta é uma parte bem plástica e visual e seria 
interessante que vocês pudessem experimentar 
e conhecer melhor o material de vocês. Gesto 
intuitivo será como articularemos os conceitos 
fundamentais do desenho, como: ponto, linha e 
plano, além de cores e texturas para construirmos 
um repertório pessoal, uma “assinatura” ou ter um 
traço característico, algo que define melhor minha 
produção autoral. Sugeriremos algumas atividades 
práticas e daremos algumas dicas para que o co-
meço deste percurso no mundo do desenho seja 
simples e agradável mesmo para aqueles que ainda 
não estão familiarizados com a técnica, não se 
preocupem. Estamos todos juntos nesta jornada.
Não se preocupe se você “acha” que não sabe desenhar 
ou não tem muita prática, o importante aqui é estu-
darmos alguns conceitos que facilitem tudo isto. Para 
desmistificar este ponto de vista, você poderia fazer 
uma pesquisa pessoal selecionando 10 ilustradores 
que você conhece, comparar o estilo de cada um e 
ver que são muito diferentes. Isto quer dizer que: a 
REFLITA
6
individualidade faz parte da produção, somos únicos e 
diferentes, cada um com suas experiências e práticas, 
então nossos resultados serão diferentes, bem como 
nossos propósitos. Se você tem como meta ser ilustrador 
profissional, terá que se dedicar mais a isto e buscar 
uma identidade pessoal, mesmo que o seu desenho seja 
mais simples, com poucos traços, isto não importa. Mas 
se você optar por ser um ilustrador que trabalha com 
a realidade, hiper-realismo, terá que se ater mais aos 
detalhes. Se você estuda Design, provavelmente fará um 
outro uso específico desta disciplina, para desenvolver 
algo pertinente ao seu universo, bem como o designer 
de produto terá que transpor suas ideias da cabeça 
para o papel, para que futuramente possa ser parame-
trizada, modelada, estudada, “prototipada” e finalmente 
produzida em escala industrial. Assim, sucessivamente 
para arquitetos e decoradores de interiores, que usarão 
o que for necessário para desenvolver o seu trabalho. 
E obviamente atender às demandas de seus clientes, 
pois todo o projeto tem requisições e restrições e muitas 
delas passam pelo desenho.
Finalmente, se você não tem como pretensão nenhuma 
das alternativas acima, não tem problema, o desenho 
como linguagem é uma excelente forma de nos ex-
pressarmos, então através da arte, isto pode ser feito, 
inclusive a arte urbana é um exemplo em que podemos 
observar a variedade de temas, estilos, traços e técni-
cas que decorrem diretamente do desenho. Logo será 
capaz de penetrar neste universo e quem sabe produzir 
seus primeiros desenhos. Pesquise e observe. Não se 
preocupem estes são os primeiros passos. Mente de 
principiante, mente curiosa, este é o segredo. 
77
O GESTO DE DESENHAR 
PERSPECTIVAS HISTÓRICAS DO 
ENSINO DO DESENHO À MÃO 
LIVRE.
Por que desenhar? Você deve estar se perguntando 
o porquê de tanta importância sendo dada a uma 
disciplina que apenas se trata de desenhar. Pois 
bem, aqui explico de forma sucinta o que isto tudo 
significa.
Primeiro devemos perceber que desenho é uma 
linguagem e como tal tem seus fundamentos e 
sua função específica. Pense na língua portuguesa, 
normas e também suas funções, que prioritaria-
mente é comunicar. O desenho talvez seja a forma 
mais antiga de nos comunicarmos, perdendo ape-
nas para a tradição oral, forma de comunicação 
que antecede a escrita. No estudo de história da 
arte ou evolução das artes visuais, vemos lá bem 
no comecinho do curso as pinturas rupestres. 
Desenhos feitos nas paredes das cavernas que 
retratavam cenas de caça e animais da época. Era 
uma forma de comunicação. Utilizavam a técnica 
que dominava e os recursos que possuíam.
Esta ação de se comunicar evoluiu conjuntamente 
com as necessidades do ser humano no decorrer 
do tempo. O desenhar adquiriu novas formas e 
88
atribuições e, assim, diferenciando-as uma das 
outras, poderemos entender melhor o porquê do 
valor do desenho.
Comecemos por uma simples ideia, sim você tem 
uma ideia na cabeça, e o que faz com ela? Anota. 
Sim, pois senão pode correr o risco de perdê-la, já 
que nossa mente é um turbilhão de ideias durante 
o dia. Pois bem, agora imagine se você teve uma 
ideia visual, algo que você gostaria de representar 
no papel, ou mesmo algo que você gostaria de de-
senvolver, como fazer? Anote. Mas como? Neste 
caso, desenhe. Ou seja: o desenho faz esta ligação 
entre o mundo das ideias, portanto abstrato, para o 
mundo concreto, algo material e que futuramente 
poderá ser desenvolvido.
Este processo de anotar uma ideia pode ser útil 
nãosó para o desenhista em si, mas para todos 
aqueles que estão diretamente relacionados com 
as visualidades, ou seja: que tem como pressupos-
to uma aproximação com a comunicação visual.
Explicando melhor: imagine por exemplo que você é 
um projetista mecânico ou um designer de objetos 
e tem que criar um dispositivo de fixação para um 
determinado produto, ou mesmo um designer de 
embalagens, e precisa também criar este mesmo 
dispositivo, como fará? Num primeiro momento, 
pensará no assunto, e assim que esta ideia vier a 
99
sua cabeça você a desenhará, para não a perder. 
Se você ainda não faz isto, aproveite a dica, vai fa-
cilitar e muito a sua vida criativa. Imagine-se agora 
um artista urbano, é essencial que você já tenha 
definido ao menos o que e como você grafitará 
no muro, e isto se estabelece inicialmente do seu 
sketchbook. Agora imagine-se na seguinte situação, 
você é um ilustrador, e precisa fazer um trabalho 
para uma revista, ou campanha publicitária, ou 
mesmo o rótulo de uma embalagem. Ou mesmo 
um logo para um aplicativo. Por onde começar? 
Desenhando no seu caderninho, inclusive para 
que suas ideias iniciais comecem a ter um corpo 
melhor, comecem a ficar mais claras até ponto de 
serem produzidas oficialmente. 
Um artista plástico também se apropria do de-
senho, de uma forma diferente, mas sim, utiliza 
esta linguagem como forma de expressão, assim 
como a pintura, a música, o cinema e a literatura, 
tudo isto é linguagem. Porém o ensino do desenho 
percorreu um longo caminho até chegarmos a sua 
forma atual. 
Hoje temos a divisão de desenho artístico (Figura 
1) e desenho técnico (Figura 2), obviamente que 
após a etapa inicial de concepção das suas ideias, 
para que sejam produzidas em escala industrial, 
elas precisam ter algum parâmetro, algumas 
indicações técnicas para que entrem na linha de 
1010
produção, então o desenho técnico se faz ne-
cessário. Imagine uma planta baixa de sua casa. 
Ela tem que ter todas as indicações no desenho 
técnico para que ao ser construída sua casa não 
fique diferente do que você concebeu inicialmente. 
Mesmo sabendo que hoje temos softwares que 
possibilitam a produção deste desenho de forma 
digital e que posteriormente poderá ser ilustrado 
de forma mais real, renderizado no 3D. 
1111
Figura 1: Desenho Artístico.
Fonte: Elaborado pelo autor (2021)
1212
Figura 2: Desenho técnico.
Fonte: br.freepik.com
Espero que agora você consiga ver o valor e a 
importância que o desenho tem em todas estas 
atividades. 
O ensino do desenho vem evoluindo conforme evo-
luem as suas requisições no mercado de trabalho 
e na indústria, seguindo assim a necessidade de 
se adaptar ao sistema produtivo, por essa razão o 
desenho técnico tem sido amparado pelos recursos 
digitais e suas aplicações 3D.
O mesmo ocorre no mundo das embalagens, são 
inicialmente concebidas segundo requisições e 
restrições de um projeto, posteriormente desen-
volvidas a partir de esboços e estudos iniciais 
https://br.freepik.com/fotos-gratis/planta-baixa-com-ilustracao-do-projeto-da-mobilia_15559491.htm#page=1&query=planta%20baixa&position=0
1313
(desenho) e depois passam para uma normatiza-
ção feita através do desenho técnico, atribuindo, 
assim, suas medidas e características formais, 
para finalmente ser impressa em escala industrial.
Isto também ocorre no Design de Moda: concep-
ção conceitual, desenho criativo, desenho técnico 
e produção final da peça. Em uma ilustração, seja 
comercial ou não, segue o mesmo ritmo, sketches 
iniciais – os esboços, refinamento da ilustração 
com detalhes e finalmente se for o caso sua di-
gitalização, para ser impressa e comercializada 
ou reproduzida comercialmente. Sei que esta 
conversa inicial em que falamos de processo de 
produção industrial e comercial bem no curso de 
desenho parece meio estranha, mas é importante 
para que saibamos onde desejamos chegar e qual 
o percurso a ser percorrido. 
O ensino do desenho em sala de aula passou por 
etapas distintas decorrentes dos processos de 
industrialização, pois a escola deveria atender ao 
setor produtivo inicialmente. Então o enfoque era 
um pouco mais objetivo, um pouco mais pragmá-
tico, diferente de hoje em que podemos estudar 
desenho artístico sem um direcionamento tão 
incisivo da indústria. 
Para quem se interessar segue um texto, específico 
de um artigo acadêmico sobre este percurso do 
1414
ensino do desenho no brasil, lá vocês verão como 
a indústria e os processos produtivos interferem 
em como o desenho era ensinado. Vale a leitura.
Segue o link para este artigo em que os processos de 
ensino/aprendizagem são abordados de forma mais 
acadêmica, fruto de uma pesquisa feita pelo autor dentro 
do universo do ensino do desenho no Brasil.
https://www.researchgate.net/
Passaremos agora para os materiais de desenho, 
pois sem eles, tudo isto não faz muito sentido, já 
que esta atividade é essencialmente prática.
INSTRUMENTOS DE DESENHO.
Para darmos início a esta etapa, vamos organizar 
e dividir o curso em partes, nesta primeira parte 
trataremos de materiais, e posteriormente técnicas. 
Materiais dividiremos em: Suporte, Aplicadores e 
Auxiliares. Técnicas: dividiremos em Técnicas de 
Desenho, Linha e Traço, Hachuras, Valorização 
Tonal, Perspectiva e Figura Humana.
Suporte.
Para dar início ao processo, precisamos de um 
suporte em que aplicaremos algo. Precisamos de 
SAIBA MAIS
https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download
1515
uma superfície. Para que nela seja aplicado algo 
que lhe imprima uma marca, um registro e isso 
permaneça por um tempo fixado para que tenha-
mos a experiencia ou a informação necessária.
O suporte mais tradicional o qual o desenho está 
mais proximamente relacionado é o papel, mas será 
que é somente este? O conceito de suporte hoje 
em dia se ampliou, vai além do papel; uma prancha 
de madeira, por exemplo, pode ser considerada um 
suporte, um muro, a pele humana, telas, monitores 
de computadores, tablets, celulares, uma infinidade 
de superfícies pode ser utilizada como suporte. 
Para esta disciplina por uma questão de facilidade 
indicamos o uso do papel. Mas caso queira expe-
rimentar outras possibilidades, sinta-se à vontade, 
contanto que isto não prejudique o andamento de 
seus estudos, pois há uma infinidade de matérias 
em que seus registros podem ser aplicados.
Os papéis mais indicados são os papéis para de-
senho, pois possuem uma gramatura específica 
e uma textura que permite melhor absorção dos 
pigmentos, sejam coloridos ou grafite preto. Por 
gramatura entendemos o peso da folha por metro 
quadrado do material, então é comum usarmos 
120g/m2, 180g/m2, isto quer dizer que há 120 
gramas deste material por metro quadrado, ou n 
180g/m2 deste material por metro quadrado, o 
que significa que quanto maior a gramatura, mais 
1616
grossa é a folha, mais resistente é o seu suporte, 
teoricamente amassará menos e se o papel tiver 
um tratamento especial, livre de ácidos, poderá 
estragar menos e dar maior durabilidade aos seus 
desenhos, caso queira guardá-los.
Sugiro que você faça uma pesquisa nos sites específi-
cos de produtores de papéis assim saberá das possi-
bilidades que são oferecidas no mercado. Importante 
ressaltar que temos papéis de desenho que suportam 
técnicas húmidas, como guache e aquarelas, que não 
fazem parte deste curso, focaremos nossa atenção as 
técnicas secas, especificamente o grafite. Isto de certa 
forma facilita a seleção de papéis. O mais comum é 
o Canson 120gm/2, mas pesquise nestes sites para 
que você tenha ideia de infinidade de opções. Abaixo 
colocarei um link informativo sobre o papel Mi-Teintes, 
você poderá pesquisar mais sobre papéis no site do 
fabricante. Veja aqui por exemplo a descrição técnica 
do papel Mi-Teintes muito utilizado para desenho, ele 
é produzido pelaCanson.
Canson® Mi-Teintes®
O Canson® Mi-Teintes® é um papel colorido tingido 
na polpa reconhecido a nível mundial graças às suas 
qualidades. 
FIQUE ATENTO
SAIBA MAIS
1717
Um verdadeiro papel artístico, o Canson® Mi-Teintes® 
contém algodão, aliando a resistência mecânica a uma 
sensação sensual.
Além das suas qualidades enquanto suporte de desenho, 
o Canson® Mi-Teintes® está em conformidade com 
a norma ISO 9706 de permanência, uma garantia de 
conservação excelente.
Adicionalmente, tem a vantagem de ter uma textura dife-
rente de cada lado: uma textura alveolar característica do 
Canson® Mi-Teintes® num dos lados; e grão fino no outro.
Tem a gama mais alargada de cores disponível no mer-
cado, com 50 tonalidades resistentes à luz.
Veja mais informações no site do fabricante, aqui estou 
mostrando apenas sobre um papel específico, mas você 
pode explorar vários. 
 https://pt.canson.com/pastel-e-cor/mi-teintes
Confira também as características deste papel, abaixo, 
não tão específico e mais conhecido por todos, o que 
comumente chamamos de Canson.
ht tps ://pt .canson.com/canson-estudante/
bloco-de-desenho-180
Gráficas e lojas especializadas também costumam dar 
informações específicas sobre papéis, além dos preços. 
Porém repito: não se preocupe muito com isto agora, 
SAIBA MAIS
https://pt.canson.com/pastel-e-cor/mi-teintes
https://pt.canson.com/canson-estudante/bloco-de-desenho-180
https://pt.canson.com/canson-estudante/bloco-de-desenho-180
1818
um bloco de sulfite com gramatura próximo a 90g/m2 
servirá bem ao nosso propósito, porém nada impede 
que mergulhe mais a fundo neste universo, veja:
h t t p s : // b l o g . c r e a t i v e c o p i a s . c o m . b r /
diferencas-entre-papel-sulfite-e-offset/
O papel é feito de celulose, portanto vegetal, pode 
ser da madeira, reflorestada, do algodão, do linho, 
papéis artesanais de diversas fontes. Papéis para 
técnicas aquosas como a aquarela por exemplo 
devem ter uma maior capacidade de absorção, 
sendo comumente produzidos a partir das fibras de 
algodão e linho, além de possuírem maior resistên-
cia mecânica. O papel também, como mencionado 
acima deve ser livre de ácido, pois assim evita o 
seu amarelamento, bem como marcas indesejáveis 
no desenho com o decorrer do tempo.
Ressalto novamente que o papel de desenho para 
nossas atividades, em que usaremos o grafite, não 
requer grandes refinamentos, os grãos podem ser 
bastante finos, e de baixa gramatura, entre 60 e 
120g/m2. São encontrados com facilidade. Pa-
péis com grão médio, Tipo Ingres, são papéis que 
já possuem uma textura especial e esta textura 
serve não só para criar efeitos interessantes nas 
composições como também para absorver melhor 
o depósito de material, pigmentos utilizados pelos 
lápis de desenho e de outras técnicas, como carvão, 
https://blog.creativecopias.com.br/diferencas-entre-papel-sulfite-e-offset/
https://blog.creativecopias.com.br/diferencas-entre-papel-sulfite-e-offset/
1919
giz pastel e sanguina. Veja a textura de diferentes 
papéis nas figuras abaixo. (Figura 3) e (Figura 4).
Figura 3: Texturas e grãos. 
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes (2008)
Figura 4: Texturas e grãos.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes (2008)
Aqui podemos perceber o papel para croquis, com 
grão bem fino, e que provavelmente será utilizado 
em nosso curso, o papel de grão médio, o papel de 
grão grosso e o papel tipo Ingres, veja no detalhe a 
2020
variação do grão e como isto pode dar resultados 
diferentes nas suas composições (Figura 5), a es-
colha do papel é fundamental, pois deve ser levado 
em conta os efeitos que quero obter, sua utilização 
e obviamente seu custo. Abaixo novamente o efeito 
de uma barra de Giz pastel sobre diversos tipo de 
papel. Mesmo que venhamos a usar papéis mais 
simples, é importante que saibam destas carac-
terísticas. E nada substitui a experiencia de vocês 
em relação ao próprio material.
2121
Figura 5: Texturas de diferentes papéis, sob mesma técnica.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes (2008)
Abaixo exemplos de papéis artesanais, (Fig.6 e 7) 
feitos de diversas folhas e com diversas técnicas, 
desde folhas de bananeira até folhas de chá verde. 
Este tipo de papel é mais decorativo, mas não impede 
2222
que você os utilize, mas leve em consideração a 
textura e cor de fundo, esta relação figura/fundo é 
muito importante para manter a composição sem 
muitas interferências visuais.
Figura 6: Papéis artesanais.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes (2008)
2323
Figura 7: Papéis artesanais.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes (2008)
Aplicadores
Lápis�
Aplicadores, confesso que por falta de um termo 
mais adequado utilizaremos este: aplicadores, 
2424
ele não se aplica apenas ao lápis, mas também 
a todos os instrumentos que de alguma forma 
aplicam algo sobre o nosso suporte, pode ser 
uma caneta, carvão, giz pastel, sanguina, podem 
ser pinceis com diversas tintas, mas utilizaremos 
primordialmente o lápis para nossos estudos. Este 
é de longe o material mais conhecido e mais aces-
sível para todos nós, com poucas especificações 
técnicas e seu uso é bem intuitivo, mas digamos de 
passagem que apesar de sua simplicidade, o lápis 
possui sim algumas características particulares e 
estas podem nos dar uma variedade de traços e 
possibilidades de representação bem satisfatórias.
Os lápis podem variar conforme a sua dureza, 
e esta tabela da figura na sequência (fig.8) nos 
demostra bem isto, ou seja, a maior dureza que 
começa com o 5H até o 9B de extrema maciez. Isto 
está diretamente relacionado com a quantidade 
de argila e grafite em sua composição. Quanto 
mais argila e menos grafite, mais duro ele é, e fica 
na denominação H, porém quanto menos argila e 
mais grafite, mais macio ele é, como no caso da 
denominação dos lápis B. Isto tem um propósito e 
está diretamente relacionado com o tipo de traço 
que você pretende obter. Traços mais finos, pre-
cisos, com pouco grafite, utilizados antigamente 
para desenhos técnicos, antes da criação das 
lapiseiras mecânicas, são melhores executados 
2525
pelos lápis da família H, por sua vez os lápis da 
família B são indicados quando queremos utilizar 
traços mais grossos, trabalhar com sombreados, 
luz e sombra, gradientes tonais e termos mais 
grafite no desenho. HB é o lápis que fica no meio 
da escala e serve para usos gerais, bem como 
para marcações e esboços rápidos na prancha/
suporte, para termos uma ideia de proporção e 
distribuição dos elementos dentro da sua folha, 
assim, posteriormente, você poderá usar um lápis 
mais forte para finalizar e dar acabamento no seu 
desenho, caso se faça necessário.
Figura 8: Espessura do traço conforme categoria do lápis.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes, 2008
Por curiosidade abaixo exemplificamos como um 
lápis é produzido, e montado em pranchas de ma-
deira (Figura 9) de reflorestamento, de preferência 
o cedro, pois acomoda bem as minas de grafite, 
é fácil de ser apontado e oferece resistência me-
2626
cânica ao desenhista, evitando assim quebras 
desnecessárias. Mas apesar disto tudo evite dei-
xar cair os seus lápis no chão, as minas internas 
são compostas de uma massa cozida de grafite 
e argila (Figura10) e podem facilmente quebrar, 
mesmo dentro dos lápis.
2727
Figura 9: Montagem de lápis.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes, 2008
2828
Figura 10: Quantidade de argila na composição do lápis.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes, 2008
Outra possibilidade de desenho são as barras de 
grafite, são um pouco mais complicadas de se 
trabalhar, é necessário que você comece com os 
lápis primeiramente para depois utilizar as barras, 
pois além de soltarem muito mais grafite, sujando 
o desenho, tem nuancesde tonalidades que são 
produzidas pelas pontas que formam ao serem 
usadas, bem como a sua composição determinada 
pelo processo de produção de cada fabricante. 
Veja as diferenças abaixo (Figura11).
2929
Figura 11: Detalhes das diferenças dos bastões de grafite.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes, 2008
Outro material que representa resultados bem 
interessantes e que pode ser estudada dentro do 
universo do desenho é a sanguina. Também co-
nhecido como sanguínea, tem como característica 
uma com mais avermelhada. Terrosa. Ela advém 
de um mineral adicionado na composição do lá-
pis. Óxido de fero. Temos a sanguínea em barras 
retangulares e cilíndricas, além de lápis, como 
podemos observar abaixo (Figura12).
3030
Figura 12: Lápis sanguínea e a diferença de seus traços 
característicos.
Fonte: Materiais e Técnicas: Guia Completo. Editora wmfMartins 
Fontes, 2008
Para finalizarmos esta parte, destaco aqui as 
inúmeras possiblidades (Figura13), de material 
que vocês poderão utilizar, como suporte para 
começarem seus estudos. Aqui temos blocos de 
tamanho A3, A4 e A5, bem como folhas soltas e 
papéis reciclados, temos também sketchbooks e 
cadernetas prontas. 
3131
Figura 13: Diversos suportes para utilização nesta disciplina.
Fonte: Foto do autor (2021)
Agora passaremos algumas referências que serão 
bem úteis para pesquisa, aquisição e informação 
de materiais diversos de desenho.
3232
Figura 14: Catálogos e descrições disponíveis nos sites dos 
fabricantes e fornecedores.
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Fonte: Do auto, 2021
Recomendamos também, assim como fizemos 
com os papéis, que você entre nos sites de fabri-
cantes, (Figura 14) pois há muita informação a 
respeito do material a ser utilizado. Veja que até 
agora falamos de dois materiais fundamentais 
para a nossa disciplina: o papel e o lápis - e vejam 
quantas possibilidades de escolha nós temos. O 
importante é selecionar bem o tipo de papel e os 
3434
lápis que serão utilizados conforme os resultados 
que se deseja. Somente através da experimentação 
isto é possível.
Indicamos também que você teste outros materiais 
que são tidos como materiais complementares, por 
exemplo: borrachas plásticas e esfuminhos. Estas 
borrachas serão úteis para você limpar o excesso 
de grafite em seus desenhos, são conhecidas 
também como limpa-tipos, utilizadas há um bom 
tempo atrás na época das máquinas de escrever, 
mas são muito eficientes em absorver o material 
depositado sobre seus desenhos, e o esfuminho 
para você esfumaçar literalmente o seu desenho, 
dizendo de outra forma, espalhar o grafite pela 
superfície do papel. 
Entrar em contato com os fabricantes é uma boa dica 
para que você saiba das novidades, além das espe-
cificações técnicas dos produtos. Aqui temos alguns 
links de algumas empresas que além de promover seus 
produtos, divulgam seus cursos.
Faber Castel
Conté
Caran D’Ache
SAIBA MAIS
https://www.faber-castell.com.br/products/EstojoCastell9000JumboHB2B4B6B8B/119305
https://conteaparis.com.br/categoria/novidades/
https://www.carandache.com/ch/en/graphite-pencils-c-1501-tp-1503.htm
3535
Agora faremos uma pequena pausa para que pos-
samos refletir um pouco sobre tudo isto, e neste 
box abaixo daremos um direcionamento para você 
fazer melhor as suas escolhas.
É importante que você tenha em mente qual é o seu 
objetivo dentro desta disciplina, pois assim sendo fica 
mais fácil você adquirir um material apropriado para você.
Como assim? Explico: alguns materiais aqui apresen-
tados são profissionais, tanto os papéis como os lápis, 
isto significa que são de alta qualidade e de preço um 
pouco acima da média. Se seu objetivo são estudos e 
pequenos desenhos, deixe-os para mais tarde, pois você 
está no processo, no caminho e não no fim. O que quero 
dizer com isto é que caso você já se sinta confiante, 
poderá optar por um material de melhor qualidade, pois 
assim terá resultados melhores e poderá preservar seus 
trabalhos, inclusive se quiser veiculá-los profissional-
mente. Ou seja: caso esteja aprendendo, use um Papel 
Canson ou mesmo sulfite para este fim, a mesma coisa 
se aplica para os lápis de desenho. Com pouca coisa 
poderá produzir muito. Fica aberta a possibilidade para 
que vocês testem outros tipos de aplicadores, como 
assim chamamos aqui no texto, como por exemplo: 
sanguina, pastel seco, canetas diversas, carvão, são 
todas técnicas utilizadas no desenho, porém não abor-
dadas diretamente na disciplina, mas isto não impede 
que você as use. O importante é se acostumar com o 
material que você está utilizando.
REFLITA
3636
GESTO INTUITIVO
Para que tudo isto comece a funcionar, precisaremos 
que você comece a dominar os fundamentos do 
desenho e para isto, nada mais útil do que desenhar.
Então quais são os elementos básicos e fundamen-
tais do desenho? De qualquer desenho? Ponto, linha 
e plano. O ponto, a linha e o plano compõem os 
alicerces do design. Partindo desses elementos os 
designers criam imagens, ícones, texturas, padrões, 
diagramas, animações e sistemas tipográficos. 
(LUPTON 2104). Importante observar isto em todas 
as composições, e será de enorme contribuição 
para o desenvolvimento de sua linguagem pessoal, 
ou melhor, o seu traço, a forma como você desenha 
e se expressa graficamente. 
Para que isto tome um corpo, além da parte teórica, 
proporemos algumas atividades práticas em que 
traremos estes conceitos à tona. Serão exercícios 
descritos nas caixas abaixo e isto trará mais dina-
mismo ao nosso curso. 
O ato de desenhar depende de uma sensibilidade 
elevada em relação à experiência tátil e visual de 
modos que são simples e rotineiros. É importante 
que você entenda, desde o primeiro momento, que 
a efetividade de um desenho é determinada, antes 
de tudo, pela riqueza e variedade dos traços utili-
zados. A consciência, a sensibilidade e o controle 
3737
das características de tração do instrumento de 
desenho e da textura da superfície do papel são os 
fatores que determinam a vitalidade de um desenho. 
O nível de interesse visual gerado por um desenho 
depende, primeiramente, da energia, da clareza, da 
variação, do ritmo e da totalidade dos traços que 
os constituem. Os traços criam significados, em 
primeiro lugar, ao preservar, documentar e comunicar 
a experiência sensorial do próprio ato de desenhar. 
O primeiro nível de conteúdo de um desenho sempre 
está́ nos próprios traços. (CURTIS, 2015)
Assim, podemos perceber a importância do traço 
e por consequência o gestual envolvido neste 
processo. Os conceitos fundamentais do desenho: 
ponto, linha e plano, se articulam com a intenção 
deliberada, ou seja: o desenhista pretende repre-
sentar algo e isto ocorre a partir destes elemen-
tos. Pense bem, pegue uma caneta ou um lápis e 
uma folha de papel. Qualquer coisa que você vier 
a fazer, terá necessariamente que passar por um 
ponto, seu deslocamento, uma linha e seu des-
locamento, um plano. Ponto, deslocado se torna 
uma linha, linha deslocada se torna um plano e o 
plano, deslocado, por sua vez origina um volume. 
Mas independentemente disto tudo, os conceitos 
fundamentais serão aplicados.
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Vamos então acrescentar algum dinamismo a este 
curso. Sugerirei algumas atividades simples para 
que vocês entrem em contato com o desenhar, como 
um ato pessoal e também um processo criativo.
Desenvolveremos exercícios de variação da linha, 
como elemento fundamental do desenho. Preste 
atenção a suas texturas, espessura, ritmos em 
que você traça e o controle que você tem sobre 
seu lápis ou caneta.
Dividiremos os exercícios propostos nas ‘caixas reflita’ 
para que possam se manter organizados dentro do curso, 
e nada mais correto do que encarar o “desenhar” como 
uma forma de reflexão. 
ATIVIDADE 1 – Material: Papel sulfite A4 ou A3 (tama-
nhos da folha), lápis HB, 2B, 4B ou maior. 
Procedimento: executar uma série de linhas paralelas 
horizontais, (ao menos 3 folhas) e paralelas verticais 
(3 folhas). Executar uma sériede linhas paralelas incli-
nadas (3 folhas).
Esta atividade tem como objetivo estimular a percepção 
do traço, bem como o controle motor. Importante res-
saltar que você deverá variar os lápis utilizados durante 
a série de traços para que possa perceber como cada 
numeração (HB, 2B, 4B ou maior) reagem. Varie tam-
bém a pressão exercida. Este exercício não tem certo 
ou errado, apenas observe e constate os resultados. 
REFLITA
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Exercício 2 – Material: Papel sulfite A4 ou A3 (tamanhos 
da folha), lápis HB, 2B, 4B ou maior. 
Procedimento 1: executar uma série de circunferências 
(3 folhas) de variados tamanhos, com diferentes nume-
rações dos lápis para que você perceba seu traço agora 
ao traçar uma circunferência. Perceba a variação das 
linhas e suas espessuras além obviamente do controle 
da mão para que ela fique o mais redondinha possível. 
Procedimento 2: executar uma série de elipses (2 fo-
lhas) de variados tamanhos e formas, com diferentes 
numerações dos lápis utilizados. Veja como você vai 
adquirindo fluência, isto é muito importante. No futuro 
terá um bom controle para desenhar estas formas. 
Exercício 3 – Vamos agora a um nível de execução um 
pouco mais elaborado, porém sem cobranças apenas 
exercitando o olhar. Com muita calma, escolha em sua 
casa ou trabalho, um móvel ou eletrodoméstico simples. 
Uma geladeira ou fogão ou micro-ondas ou mesmo o 
seu celular, por exemplo, e os desenhe. São peças de 
baixa complexidade, sem muitos detalhes e são em sua 
grande maioria constituídos de retas paralelas, algumas 
curvas e alguns planos inclinados. Não se cobre muito, 
faça os desenhos despretensiosamente. Desfrute do 
REFLITA
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prazer de desenhar e reserve um horário para isto no seu 
dia. Algo como uma disciplina mesmo. Você em breve 
verá os resultados. E jamais, eu disse jamais compare 
seus resultados com os de outras pessoas, cada um 
está numa parte do processo. Vá em frente, não pare! 
Desenhe 5 (cinco), objetos.
Desenvolva as propostas com calma e as guarde, 
pois assim você poderá aferir o seu progresso, 
somente comparando desenhos de alguns anos 
atrás, você poderá ver realmente como foi o seu 
processo. 
41
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este texto introdutório teve como objetivo apre-
sentar de forma simples e concisa os elementos 
fundamentais do desenho de observação. Sua 
utilização em diversos meios e também sugere 
uma prática leve e acessível a todos aqueles que 
gostariam de adentrar ao universo do desenho livre, 
ou desenho artístico, como também é conhecido. 
Destacamos a importância do traço e como ele 
pode ser percebido e incorporado no fazer artístico. 
Apresentamos alguns dos materiais mais comuns e 
utilizados no desenho, bem como seus efeitos, por 
exemplo: a variação do traço e diferentes tipos de 
lápis, o papel como suporte e sua resposta diante 
de diferentes meios de registro, como utilizar tudo 
isto de forma harmônica para produzir bons resul-
tados e o mais importante, o desenho abordado 
não só no seu aspecto técnico, mas também como 
uma ferramenta de autoexpressão. 
Referências Bibliográficas 
& Consultadas
ABRANTES, José; FILGUEIRAS FILHO, Carleones 
Amarante. Desenho técnico básico: teoria 
e prática. Rio de Janeiro: LTC, 2018. [Minha 
Biblioteca]. 
BONSIEPE, Gui. Do material ao digital. São 
Paulo: Blucher, 2015. [Biblioteca Virtual].
CURTIS, Brian. Desenho de observação. 2. ed. 
Porto Alegre: AMGH, 2015. [Minha Biblioteca]. 
DA SILVEIRA, André Luis Marques. 
O Desenho a mão livre no âmbito da 
preparação para o processo de ensino 
e aprendizagem a prática de projeto no 
Brasil. Link: https://www.researchgate.net/
publication/280947999_O_desenho_a_mao_
livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_
pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_
para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/
link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download 
Visto em 05/08/2021
FERNANDO, Paulo Henrique Lixandrão et 
al. Desenho de perspectiva. Porto Alegre: SER - 
SAGAH, 2018. [Minha Biblioteca]. 
https://www.researchgate.net/publication/280947999_O_desenho_a_mao_livre_no_ambito_da_preparacao_para_a_pratica_de_projeto_no_brasil_parametros_para_o_processo_de_ensino-aprendizagem/link/55ce38ac08ae6a88138475f2/download%20Visto%20em%2005/08/2021
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GILDO, Montenegro. Geometria descritiva: 
desenho e imaginação na construção do 
espaço 3-D. 2. ed. São Paulo: Blucher, 2015. v.1. 
[Biblioteca Virtual]. 
HSUAN-NA, Tai. Design: conceitos e métodos. 
São Paulo: Blucher, 2017 [Biblioteca Virtual]. 
LUPTON, Ellen. Novos fundamentos do design. 
São Paulo: Cosac Naify, 2014.
Materiais e Técnicas: guia completo / tradução: 
Joana Angélica D’Avila Melo. São Paulo; editora 
Martins Fontes, 2008
MONTENEGRO, Gildo A� Inteligência visual e 
3-D: compreendendo conceitos básicos da 
geometria espacial. São Paulo: Blucher, 2019. 
[Biblioteca Virtual].
SANZI, Gianpietro; QUADROS, Eliane 
Soares. Desenho de perspectiva. São Paulo: 
Érica, 2014. [Minha Biblioteca].
	_Hlk79066682
	_Hlk79067065
	_Hlk79066897
	_Hlk79066950
	_Hlk79066987
	Introdução
	O gesto de desenhar 
	Perspectivas Históricas do ensino do desenho à mão livre.
	Instrumentos de Desenho.
	Gesto Intuitivo
	Considerações finais
	Referências Bibliográficas & Consultadas

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