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CAPÍTULO 01 - O que é bits? 1
BITS E A 
MIXAGEM 
IN THE BOX
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CAPÍTULO 01 - O que é bits? 2
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01 - O QUE É BITS? 3
CAPÍTULO 02 - BITS NO AUDIO DIGITAL 7
CAPÍTULO 03 - O DATA DE ÁUDIO DIGITAL 9
CAPÍTULO 04 - PROCESSAMENTO DO ÁUDIO DIGITAL 12
CAPÍTULO 05 - CONCLUSÃO 14
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CAPÍTULO 01 - O que é bits? 3
De forma simplificada, bit é a menor unidade de informação usada 
entre processadores e entre dispositivos que possuem processadores 
computacionais. Bit é uma informação binária de dados que pode ter 
um ou 2 dígitos. Podemos usar como exemplo simbologias opostas 
como; “0 e 1”, sim e não, enfim, são dois signos diferentes usados para 
compor 2 diferentes símbolos para essa menor unidade de dados.
 
Mas como a maior parte das informações são muito complexas para 
serem representadas por apenas dois valores, foi necessário agrupá-
los para dar ao conjunto deles um significado de comando. Então 
surgiram os Bytes, que são grupos de bits que utilizam desta lógica 
binária para representar uma gama mais extensa de valores. 
Agora, como funciona esta lógica binária?
CAPÍTULO 01
O QUE É
BITS?
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CAPÍTULO 01 - O que é bits? 4
1.1 NUMERAÇÃO BINÁRIA
No nosso sistema numérico decimal, usamos a base 10 para chegar à 
uma composição lógica na nossa simbologia numérica. Isso acontece 
da seguinte forma:
Na primeira casa nós temos a casa da unidade que é representada 
pela potência de 100. Já na segunda casa decimal, nós temos a casa 
das dezenas que é 101, e assim por diante: 
10⁰ 10¹ 10² 10³ 10⁴ 10⁵
0 à 9 10 à 99 100 à 999 1000 à 9999 10000 à 99999 100000 à 999999
Unidade Dezena Centena Milhar Dezena de Milhar
Centena de 
Milhar
Unidades Milhar
0 - 1 - 10 
-11 
100 - 101 
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CAPÍTULO 01 - O que é bits? 5
Da mesma forma que o sistema decimal usa a base 10 onde os números 
vão de 0 à 9, o sistema binário usa da base 2 para contar os seus 
valores, tendo os seus dígitos indo de 0 à 1. Então, ao invés de ficar 
daquela forma que a gente explicou da base decimal, com o 10 na base 
da potência, a lógica usa o número 2 como base. Simples assim: 
Se quisermos contar algo em base binária, temos que contar da 
seguinte maneira: 
0 - 1 - 10 -11 100 - 101 - 110 - 111 - 1000 e assim por diante. 
Dessa forma, cada dígito tem a opção de ser apenas 0 ou 1. 
Potência de 2 20 21 22 23 24 25
Dígitos na 
representação 
binária.
0001 0010 0100 1000 10000 100000
Valores 1 2 4 8 16 32
0 - 1 - 10 
-11 
100 - 101 
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CAPÍTULO 01 - O que é bits? 6
Agora que entendemos como essa estrutura de contagem de valores 
através dos bits funciona, você deve estar se perguntando: “Por que 
usaram um sistema de contagem tão simples só com dois valores?”
Os computadores surgiram com o advento dos micro transistores. 
Esses micro transistores só podem estar ligados ou desligados, não 
há uma terceira opção. Logo, esta sequência numérica binária 
foi a escolhida para representar esses valores. Ela é a linguagem 
binária que possibilita a criação de um maior número de valores e, 
consequentemente, mais precisão de construção de dados. 
A grande sacada desses micro transistores é o fato de que eles 
precisam de uma corrente elétrica muito baixa para ligar ou desligar. 
Fato que facilitou para que tivessem vários destes em um processador.
Processadores fabricados no ano de 2017, já possuem 7,2 trilhões 
de nano transistores. Cada um destes transistores é de forma bem 
simplificada, 1 bit e um byte é um grupo destes 8 bits, ou seja um 
grupo de 8 destes transistores.
Já os computadores caseiros, fabricados a partir do ano de 1984, 
foram feitos para compreender duas linhas de 8 bits, dois bytes 
como um único valor. Assim, os números de cálculos puderam se 
tornar ainda maiores usando linhas com 16 dígitos binários. Então, 
o computador passou a poder calcular valores muito maiores indo de 
255, máximo que conseguia com 8 bits, para 65.535 valores. 
Essa inovação permitiu que o áudio digital pudesse ser muito mais fiel 
à representação do sinal analógico gravado anteriormente. Foi com 
esta capacidade de dispor valores pelo espaço de tempo que surgiram 
os primeiros conversores de áudio analógico para digital com 16 bits e 
44.100 medições por segundo, a famosa “qualidade de CD”.
A capacidade do processamento de dados expandiu muito, e a partir 
da década de 90 quando diversos dispositivos caseiros já tinham 
a capacidade de processamento em 64 bits. Um caso famoso é o 
próprio nintendo 64, video game criado na década de 90 que utiliza 
o processador PA-8000 de 64 bits no endereçamento de algumas de 
suas funções gráficas. 
0 - 1 - 10 
-11 
100 - 101 
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7CAPÍTULO 02 - Bits no áudio digital
2.1. NAS CONVERSÕES AD/DA DO SINAL 
DE ÁUDIO:
Na construção dos dados de áudio digital, os bits são usados para 
construir a representação da dinâmica de um sinal. Isso significa que 
eles representam os níveis de tensão do sinal analógico de áudio 
(AC) pelo espaço de tempo. Eles são os dados que representam a 
intensidade nas diferentes medições pelo tempo de acordo com o 
clock do conversor.
CAPÍTULO 02
BITS NO 
ÁUDIO 
DIGITAL
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8CAPÍTULO 02 - Bits no áudio digital
2.2. ESTRUTURA MOTOR 
(ENGINE)
Além da construção dos dados digitais de áudio e da leitura dos mesmos feita pelos conversores AD/DA, 
os bits determinam a capacidade da estrutura motor do software de áudio e dos plugins, de processar este 
sinal fazendo com que eles mantenham a sua integridade ou não, dependendo da estrutura de ganho e do 
headroom disponível.
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9CAPÍTULO 03 - O data de áudio digital
Os dados de áudio digital podem ter no máximo 32 bits de pontos 
flutuantes, onde parte destes bits são usados para construir uma 
notação científica mais simplificada (pontos flutuantes). Dessa forma, 
o processador consigue realizar a compreensão de valores muito 
elevados, e também muito menores do que as outras arquiteturas fixas 
de bit, como 24 bits e 16 bits. 
No processo de conversão não faz tanta diferença usar 32 bits ou 
24 bits. Porém, no processo de manipulação do áudio digital é 
muito importante utilizar uma leitura dos dados digitais em 32 bits 
com pontos flutuantes para que se consiga maior headroom (espaço 
dinâmico antes do limite do áudio digital). 
É muito comum os softwares oferecem a opção de exportar os 
arquivos com 32 bits de pontos flutuantes, deixando no data 
do arquivo de áudio esses 8 bits que formam o expoente para 
representar a notação científica e o restante para a parte fixa, 
chamada de mantissa ou fração. 
Deixamos aqui uma tabela com as características de cada tipo de 
profundidade de bits utilizado na resolução dos arquivos de áudio 
digital, e várias informações interessantes relacionadas a cada 
uma destas resoluções.
CAPÍTULO 03
O DATA DE 
ÁUDIO 
DIGITAL 
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10CAPÍTULO 03 - O data de áudio digital
Bit Depth Mídia de Reprodução Uso Vantagens Desvantagens Desvantagens
16 CD, Spotify, Deezer, iTunes (standard), Fita Cassette, 
Distribuição digital para 
streaming e leitura em 
mídia física do tipo CD
Arquivos leves e de fácil 
reprodução em diversos 
aparelhos
Range dinâmico reduzido. 
É extremamente necessário 
cuidar de clippings internos 
para evitar que se perca o 
arquivo por completo.
24
YouTube,
iTunes, Vinyl, DVD 
Gravação e distribuição 
em mídias diversas.
É reproduzidona maior 
parte dos aparelhos e 
possui alta definição 
dinâmica
Limitado em range 
dinâmico. Apesar de ser 
superior à 16 bits, continua 
sendo impossível recuperar 
clippings internos.
32 floating point Computadores em geral Pós produção de áudio
Possui definição dinâmica 
extrema a ponto de se 
recuperar a integridade 
arquivos que cliparam 
diferindo do original 
apenas por uma pequena 
compressão dinâmica
Não é reproduzido em 
todos os aparelhos
CARACTERÍSTICAS DE CADA TIPO DE PROFUNDIDADE DE BITS 
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11CAPÍTULO 03 - O data de áudio digital
Sem dúvidas mixar em 32 bits de pontos flutuantes (floating point), 
gera uma oportunidade de não se perder a qualidade do áudio 
digital por tornar possível, através da arquitetura de processamento 
correta, recuperar possíveis clippings internos acontecidos no 
processamento e na exportação do data de áudio. 
Confira no exemplo seguinte como em um arquivo exportado em 32 
bits de pontos flutuantes, mesmo que clipando em +13 dBFS, consegue 
recuperar a definição dele ao ser reproduzido com uma simples redução 
de ganho para chegar ao mesmo nível que chegou anteriormente.
Clique para ouvir os 
exemplos de audio
16, 24 e 32 bits. 
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http://promo.ossia.com.br/audios-16-24-e-32-bits-ossia
12CAPÍTULO 04 - Processamento do áudio digital
Por não haver necessidade de usar uma conversão de 32 bits, a 
maior parte dos conversores utilizam no máximo 24 bits, que já 
representam 16.777.216 valores para dispor o range dinâmico 
e compor os arquivos de áudio. Um grupo de valores muito 
mais elevado do que os 65.536 pontos de dinâmica dos 16 bits 
mencionados anteriormente. Uma vez convertidos, estes arquivos de 
24 bits podem ser lidos e processados, com uma arquitetura de 32 
bits de pontos flutuantes. Ou seja, a arquitetura do software irá fazer 
com que o processamento tenha mais headroom e mais variáveis de 
dinâmica no sinal. 
Quando falamos em arquitetura de software também falamos da 
capacidade de processamento do data de áudio que está gravado no 
computador. Os formatos de arquitetura de digital audio workstations 
sempre variam entre 32 bits e 64 bits. Lembrando que isso não tem nada 
a ver com a resolução de arquivos e sim com o processamento deles 
pela engine do software através do uso do hardware do computador 
(processador e memória RAM).
A grande maior parte dos softwares e plugins fabricados em 2017 já 
trabalham com 64 bits em sua arquitetura. Possibilitando, assim, uma 
quantidade muito inferior de imprecisões de bits, e aumentando a 
resolução da execução e processamento dos arquivos de áudio em seu 
DAW e através de seus plugins. 
Através desta tecnologia de 64 bits é possível recuperar clipppings 
internos em reproduções e leituras de dados feitas com um bit 
depth de 32 pontos flutuantes, o que mudou completamente toda a 
estrutura de ganho do áudio digital para sempre.
CAPÍTULO 04
PROCESSAMENTO 
DO ÁUDIO
DIGITAL
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13CAPÍTULO 04 - Processamento do áudio digital
Confira o quadro abaixo e veja a diferença que a arquitetura do software 
e o uso do seu processador e memória RAM podem fazer de diferença
Arquitetura de processamento de áudio - 2018
Arquitetura de processamento 
de dados
Sistemas operacionais que 
possuem. DAW que suportam Vantagens Exigências de Hardware
32 bits
Windows 95, 98, Milenium, 
2000 e XP e 7.
MAC OS até o 11
Qualquer Linux 
Studio One
Pro Tools
Cubase
Logic Pro até 9
Reaper
Ableton Live
Sonar
Reason
Roda em máquinas com 
menos de 4 gigas de memória 
RAM
Bem simples. Compatível 
com a maior parte os 
computadores caseiros dos 
meados dos anos 90 em 
diante
64 bits
Windows XP, 7, 8 e 10
MAC OS 10.5 Leopard em 
diante.
Qualquer Linux 2.4 em 
diante.
Studio One
Pro Tools
Cubase
Logic Pro 
Reaper
Ableton Live
Sonar
Reason
Muito mais precisão de bits 
e melhor cálculo em sua 
estrutura de ganho. Recupera 
possíveis clippings internos 
de algum ponto anterior na 
estrutura de ganho.
Precisa ter processador 
compatível e no mínimo 4 
gigas de memória RAM
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14CAPÍTULO 05 - Conclusão
Com isso, podemos compreender os dois aspectos envolvidos no 
processamento digital de áudio que são:
1. Resolução do arquivo de áudio digital
2. Engine de processamentos de dados
Se você utilizar 24 bits de profundidade dinâmica (bit depth) na 
conversão de áudio AD, e manipular essa informação com um sample 
rate de 32 bits de pontos flutuantes em uma arquitetura de 64 bits, 
você terá como resultado a qualidade mais elevada do processamento 
de áudio digital da atualidade. Não é necessário se converter em 32 
bits de pontos flutuantes, mas sim usar esses pontos flutuantes para 
recuperar a profundidade dinâmica de um determinado sinal que 
pode ter clipado ou ficado sem definição pela falta de intensidade em 
alguma parte da sua cadeia de sinal. 
Espero que tenhamos te ajudado!
Continue acompanhando os nossos conteúdos para aprender cada 
dia mais!
Grande abraço! 
ALWIN MONTEIRO.
CAPÍTULO 05
CONCLUSÃO
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CAPÍTULO 01 - O que é bits? 15
Produtor musical e engenheiro de mixagem, 
iniciou seus estudos na área de forma 
autodidata. Em 2007, ingressou na faculdade 
de música da Universidade do Estado de Santa 
Catarina (Udesc). Trabalhou, posteriormente, 
com teoria e ensino de guitarra, produção 
de trilhas e efeitos sonoros para jogos de 
computador.
ALWIN MONTEIRO
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https://www.facebook.com/ossiastudios/
https://www.youtube.com/user/OssiaCentroMusical
http://ossia.com.br/
	CAPÍTULO 01
	O QUE É
	BITS?
	CAPÍTULO 02
	BITS NO ÁUDIO DIGITAL
	CAPÍTULO 03
	O Data de 
	áudio digital 
	CAPÍTULO 04
	Processamento 
	do Áudio
	Digital
	CAPÍTULO 05
	CONCLUSÃO

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