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SÃO PAULO SÃO PAULO - BRASIL 2021 CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (FMU) ESCOLA DE NEGÓCIOS E HOSPITALIDADE Resenha Critica – Tempos Modernos. Mayne Oliveira Santos – 2737633 SÃO PAULO SÃO PAULO - BRASIL 2021 Em Tempos Modernos, o autor Charlie Chaplin chama a atenção para o problema do modelo fordista de produção: exercícios repetitivos, vigília constante, paranoia por parte do chef (através dos telões) e cobrança desumana, visando sempre o aumento da produção (e consequentemente lucro). O autor destaca principalmente a vertente da Revolução Industrial, onde ocorre uma mudança significativa na forma de trabalhar: mãos são substituídas por máquinas, já que possuem maior desempenho e menor custo quando comparadas à mão de obra humana. Isso leva a um extenuante esforço físico, mental e, sobretudo, psicológico. O artigo é mais expositivo do que analítico ou descritivo, e usa principalmente do protagonista, que acaba, de forma bem caricata, mecanizado, e tecendo sua função (única), de apertar parafusos, em todo e qualquer objeto que se assemelhe a tal, que demonstra o verdadeiro modelo fordista que visa apenas a produção (intensificação), economia (sem custos com treinamentos) e produtividade (realizando a mesma função todos os dias), onde a eficiência do nível operacional era reconhecida por movimentos repetitivos. Em suas cenas, o autor se apoia no "homem é máquina", no momento em que o personagem, Carlitos é “engolido” por uma, denotando uma fusão e/ou alusão a uma simbiose homem-máquina. A “máquina alimentadora” surge como referência gritante e irônica ao aumento da produção em função da redução do tempo (no caso, do almoço), o que caracteriza os modelos fordistas e taylorista, visando sempre o aumento da produção para atendimento da demanda. O filme também nos traz críticas sociais ferrenhas, resultantes do capitalismo: fome, desemprego, desigualdade, criminalidade e etc. Que mostra os frutos da falta de oportunidades. Exemplo claro é o que fazem a jovem órfã e o ex-colega de fábrica de Charles. Ambos cometem delitos em busca de uma necessidade primária do ser humano, saciedade fisiológica. O encontro e, conseguinte identificação entre Chaplin e a jovem retrata de forma categórica a miséria e desigualdade, já que ambos não têm moradia e emprego. Em determinada passagem são obrigados a se retirarem de um jardim de uma residência por um guarda. SÃO PAULO SÃO PAULO - BRASIL 2021 Como exemplo, o autor cita a Grande Depressão que é retratada quando fábricas fecham suas portas e aumentam as consequências devastadoras que o desemprego ocasiona, assim como a partir daí, o nascimento de uma insatisfação por parte da classe trabalhadora, o que já nos remete a um ideal mais humanitário e crítico da classe (cena da manifestação). Também constatamos muito desrespeito à legislação trabalhista: não cadastramento da CTPS, não pagamento de horas extras, não cumprimento dos períodos de almoço e descanso. Portanto, podemos entender que embora isso tenha sido feito antes de certas leis entrarem em vigor, esse desprezo existe desde o lançamento do filme. Entretanto, o artigo carece de manifestar como é um sistema onde a necessidade do funcionário é significativa para uma boa produção, assim como na pirâmide de Maslow que a necessidade de auto realização e estima é tão importante quanto a segurança e necessidade fisiológica para que o funcionário esteja realizado dentro da empresa. E claro, o fato, de que por mais que a relação à produção seja em massa, não há uma fiscalização da qualidade do produto, o modelo padrão, o funcionário se especializa em apenas uma função e há desperdício de dinheiro, uma vez que os produtos ficam estagnados em estoques, diferença essa do modelo Toyota. Por fim o autor acaba concluindo que o sistema como capitalismo, conservadorismo, nazismo (curiosidade: o filme foi vetado na Alemanha nazista), marginalização, desumanidade, dentre outros. O protagonista age de forma desfigurada durante todo o enredo, fruto da carência de políticas humanitárias no contexto social vigente. Apenas nos momentos finais, consegue ser ele mesmo, um ser humano criativo, desimpedido, “livre” ... Ainda assim notamos uma crítica à burguesia, já que ele surge como bobo da corte para saci ar um capricho tipicamente burguês. Rica em dados e exemplos, o artigo é útil para compreender o sistema operacional do modelo fordista e taylorista, onde visão apenas lucros, sem ao menos se importar com a necessidade e bem-estar do colaborar, o que torna a obra obrigatório para todos os futuros administradores e empreendedores. SÃO PAULO SÃO PAULO - BRASIL 2021 Bibliografia: https://www.youtube.com/watch?v=fCkFjlR7-JQ https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempos_Modernos https://brasilescola.uol.com.br/geografia/modalidades-producao-industrial.htm https://www.youtube.com/watch?v=fCkFjlR7-JQ https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempos_Modernos https://brasilescola.uol.com.br/geografia/modalidades-producao-industrial.htm