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RESUMÃO DIREITO REAL

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#FORMAS DE AQUISIÇÃO
A aquisição da propriedade imóvel pode ser classificada: quanto à procedência ou causa da aquisição: pode ser originária, quando não há transmissão da propriedade de um sujeito para outro (Formas de aquisição: Acessão, Usucapião). ou Derivada, quando resulta de uma relação negocial entre o anterior proprietário e o adquirente. (	Formas de aquisição: Sucessão Hereditária, Registro de Título)
#ACESSÃO
A acessão também é forma originária de aquisição da propriedade, e consiste na incorporação de um bem por outro. Segundo lição do professor Carlos Roberto Gonçalves: “Acessão é, pois, modo de aquisição da propriedade, criado por lei, em virtude do qual tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário”.
As formas de acessão estão previstas no art. 1.248 do Código Civil, e são as seguintes:
formação de ilhas; aluvião; avulsão; abandono de álveo; plantações ou construções.
#USUCAPIÃO
 “A usucapião é modo originário de aquisição da propriedade, mediante o exercício da posse pacífica e contínua, durante certo período de tempo previsto em lei”.
Portanto, a usucapião exige a conjugação de três pressupostos:
Posse contínua e pacífica, Tempo de posse e Animus domini (agir como se dono fosse)
- As formas de usucapião que existem no ordenamento jurídico brasileiro são: Usucapião ordinária, Usucapião ordinária tabular, Usucapião extraordinária, Usucapião extraordinária com prazo reduzido, Usucapião especial rural ou pro labore, Usucapião especial urbana ou pro misero, Usucapião especial urbana coletiva, Usucapião familiar e Usucapião indígena.
· Rural/prolabore
Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Ø Não ser proprietário de imóvel urbano ou rural;
Ø Possua com sua, por 5 anos sem interrupção e oposição;
Ø Área de terra em zona rural não superior a 50 hectares;
Ø Tornando a produtiva por seu trabalho ou de sua família;
Ø Tendo nela sua moradia.
· Urbano/Pro mísero
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
Ø Pro missero/urbano;
Ø Possuir como sua área urbana de até 250m²;
Ø Por 5 anos ininterruptos e sem oposição;
Ø Utilizando para sua moradia e de sua família.
#ENFITEUSE 
“Direito real, transmissível por ato entre vivo ou por disposição de última vontade, por meio do qual o proprietário atribui perpetuamente a outrem o domínio útil de sua propriedade”. Assim, pela enfiteuse o foreiro ou enfiteuta tem sobre a coisa alheia o direito de posse, uso, gozo e inclusive poderá alienar ou transmitir por herança, contudo com a eterna obrigação de pagar a pensão ao senhorio direto.
#HIPOTECA
A hipoteca nada mais é que um direito real de garantia constituído em benefício do credor, em que se lhe assegura o recebimento de seu crédito com privilégios, sendo um deles a preferência.
Sendo assim tem como finalidade a hipoteca garantir o pagamento de uma dívida que, se não for paga, autoriza que seja alienado o bem com com hipoteca em Leilão judicial para pagar a dívida, podendo também o devedor requerer o bem para ele em troca da dívida, isso se chama adjudicação.
#DA POSSE
A Posse não é um direito, é um fato juridicamente protegido. Possuidor é todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes a propriedade.
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.
São três os elementos da propriedade:
Ø O Uso: tirar o serviço da coisa sem alterar a substância;
Ø O Gozo: fazer a coisa frutiferar, jus fruiendi;
Ø O Dispor: dar a coisa o que o proprietário quer.
Sendo que os elementos da posse são usar e gozar. Nos casos de aluguel o inquilino está usando, enquanto o dono está gozando do fruto da casa.
#TEORIAS DA POSSE:
Ø Teoria Subjetiva de Savigny: para existir a posse é preciso ter o corpo da coisa e a intenção de ser o dono, cuidar como se fosse seu. Tendo como elementos da posse o Corpus + Animus domini, figura material da coisa + a figura evolutiva de cuidar da coisa, elemento da vontade;
Ø Teoria Objetiva de Ihering: a posse é a exteriorização do domínio ou a visibilidade do domínio; A Teoria de Ihering é a que mais se assemelha com o Código Civil Brasileiro.
#USO E USUFRUTO
1- O direito de uso é meramente pessoal, intransmissível e insusceptível de ser onerado permitindo apenas a satisfação de necessidades pessoais do seu titular e agregado familiar. Enquanto o usufruto por sua vez, tem um poder vasto sobre o bem podendo usar e administrar o mesmo, de boa-fé e da mesma forma como se fosse seu tendo como único limite a obrigação de o conservar o na sua forma, substância e destino económico (assumindo também as obrigações inerentes ao mesmo).
A Lei é clara ao definir o direito de uso como a “faculdade de se servir de certa coisa alheia e haver os respectivos frutos, na medida das necessidades, quer do titular, quer da sua família”
O usufruto, é definido na lei como o “direito de gozar temporária plenamente uma coisa ou direito alheio, sem alterar a sua forma ou substância” – art.º 1439.º do Cod. Civil
2- O uso é o direito de servir-se da coisa na medida das necessidades próprias e da família, sem dela retirar as vantagens. Diferente do usufruto, já que o usufrutuário retira das coisas todas as utilidades que ela pode produzir e o usuário não.
#ESPÉCIES DE POSSE
A posse indireta é simbolizada pelo proprietário; a direta pelo comodatário, por exemplo, é a posse temporária. Já a de boa-fé ocorre quando o possuidor desconhece qualquer obstáculo em relação ao exercício da posse, na posse de má-fé o possuidor tem ciência da ilegitimidade de seu direito de posse; a primitiva ocorre quando determinado possuidor é o primeiro a exercer a posse, a derivada aquela que alguém adquire por que houve uma transmissão da posse. Existe o transmitente e o adquirente, decorrente do contrato, a nova quando tiver a duração de até um ano e dia do esbulho e a velha quando já passou mais de ano e dia do esbulho. Na posse justa não há violência, clandestinidade ou ainda precariedade, situação contrária na posse injusta.
A posse ad interdicta não conduz à usucapião, mas, no entanto, gera direito aos denominados interditos possessórios, é o que ocorre com o inquilino ou locatário no contrato de aluguel, desde que seja possuidor direto de boa-fé.
Interditos possessórios são ações intentadas em prol de esbulho, turbação ou ainda ameaça em relação ao exercício da posse, sendo que para cada uma dessas “lesões”será cabível ação específica, como no caso do esbulho, cuja ação será a de Reintegração de Posse; na turbação a ação de Manutenção de Posse e no caso da ameaça, o Interdito Proibitório.
Já a denominada posse usucapionem é aquela que tem o condão de gerar a aquisição da propriedade.Vale destacar que a palavra usucapião, vem de “usucapio”, que significa tomar pelo uso.
Não podem ainda ser esquecidas: a composse que é o exercício simultâneo da posse por duas ou mais pessoas e a detenção que é o exercício da posse direta em razão do cumprimento de ordens
#DOS DIREITOS REAIS
Arts 1225-1227
Para Goffredo Telles Jr., os direitos reais são os direitos subjetivos de ter, como seus, objetos materiais ou coisas corpóreas ou incorpóreas.
Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação;VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; XII - a concessão de direito real de uso.
Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com o registro no Cartório de Registro de Imóveis dos referidos títulos (arts. 1.245 a 1.247), salvo os casos expressos neste Código.
Ø Uma das exceções o Usucapião, que se faz por sentença declaratória;
Ø O Negócio Jurídico não é suficiente para transferir a propriedade, é necessária a Tradição solene, com o Registro no CRI, Cartório de Registro de Imóveis.

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