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Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 32 
 
Prova Comentada - IBGE 
 
Fala minha gente! Desculpe a demora em ajudar vocês. Fiquei na 
correria aqui e tive que acordar bem cedo hoje pra conseguir comentar a 
prova de Economia para Tecnologista do IBGE. 
 
Bom, minha primeira constatação é que a prova não foi difícil. Tava 
num nível de mediano para fácil, com muitas questões conceituais, que 
você matava já na primeira tentativa. 
 
Das questões de cálculo, nós fizemos inúmeras durante o nosso 
curso e apenas uma exigia um pouco mais de "percepção": a questão do 
oligopólio de Cournot. Mas também não considerei a questão 
extremamente difícil, não. Aquela de teoria do consumidor que a gente 
fez no curso é bem mais casca-grossa. 
 
Como vocês sabem, fizemos o curso em parceria com o Prof. Mário 
Machado. Caíram duas questões da aula dele: as questões 68 e 69 (prova 
tipo 1). 
 
Das questões restantes de Economia (33), apenas 1 não estava 
EXPRESSA no nosso curso, que foi a questão de número 70. Esta questão 
versava sobre regime de metas para a inflação. 
 
Com os conhecimentos que adquirimos no curso, dava para matar 
essa questão também, mas preciso ser honesto com vocês de que essa 
questão não estava de forma expressa no curso. 
 
Seja como for 32 dividido por 33 nos dá um excelente retorno de 
97% da prova contemplada no nosso curso, o que é excelente, mas, para 
mim, não é o suficiente. 
 
Afinal, excelente é diferente de perfeito. Farei algumas mudanças 
no curso, para deixá-lo 100%. 
 
Por fim, trago duas possibilidades de recurso. Uma na questão das 
PPP, pedindo pela anulação, porque a letra E também está correta. 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 32 
E outra na questão 67, porque acredito que a FGV se confundiu ou na 
alternativa ou no enunciado. 
 
Aos alunos que estudaram conosco, tenho certeza que fizeram uma 
excelente prova e já são vencedores. O mérito é inteiramente de vocês. 
 
Um grande abraço! 
Jetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 32 
 
36 - Com relação à teoria do consumidor, analise as afirmativas a 
seguir: 
I - A teoria da utilidade cardinal parte do pressuposto de que o 
tamanho da diferença de utilidade entre duas cestas é 
insignificante. 
II - Uma curva de indiferença de um consumidor representa várias 
cestas de consumo diferentes que fornecem níveis diferentes de 
utilidade. 
 III - Uma função utilidade dada por u(x1 , x2 ) = ax1 + bx2 , 
onde a e b são constantes positivas, e x1 e x2 os dois bens 
consumidos, representa uma função utilidade para 
complementares perfeitos. 
IV - Quando o preço de um bem varia, há dois efeitos: o renda e o 
substituição. O efeito renda é dado pela variação na demanda 
devido ao aumento do poder aquisitivo. 
 
Sendo V para a(s) alternativa(s) verdadeira(s) e F para a falsa(s), 
a sequência correta é: 
(A) V, V, F e F; 
(B) V, F, F e F; 
(C) V, F, F e V; 
(D) F, F, F e V; 
(E) F, F, V e V. 
 
Comentários: 
I – Incorreta. A teoria do consumidor possui duas teorias de utilidade: a 
ordinal e a cardinal. 
 
A teoria ordinal se baseia na ideia de que a utilidade não pode ser 
mensurada, apenas ordenada. Assim, não só conseguimos dizer que uma 
cesta de bens é melhor que a outra. Mas não conseguimos dizer o 
quanto essa cesta é melhor que a outra. 
 
Essa ideia tem impactos nas funções utilidades. Por exemplo, se a função 
U = 2V, isso apenas significa que o consumidor prefere V a U. A função 
utilidade serve apenas para ordenar a diferença. 
 
Já a teoria cardinal atribui valores para as cestas de bens. Esta teoria visa 
não apenas ordenar as preferências como quantificá-las. De acordo com a 
teoria cardinal, a função U = 2V significa não apenas que o consumidor 
prefere V a U, como este consumidor prefere 2 vezes V a U. A função 
utilidade serviria não só para ordenar as preferências, mas também para 
estabelecer o tamanho da diferença entre elas. 
 
Portanto, para a teoria cardinal, o tamanho da diferença de utilidade entre 
duas cestas é, sim, relevante. 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 32 
 
Vimos esses conceitos na aula 02, a partir da página 31. 
 
II – Incorreta. Um curva de indiferença apresenta várias cestas de bens 
que retornam a mesma utilidade. Aula 02,página 19. 
 
III – Incorreta. Esta função utilidade seria de substitutos perfeitos. Para 
que fosse uma função para complementares perfeitos, teria que seguir o 
formato: U = min{q1,q2}. Aula 02, página 34. 
 
IV – Correta. Perfeita definição do efeito renda. Aula 02,página 47. 
 
Gabarito: D 
 
37 - Considere hipoteticamente que no ano de 2015 a população 
da cidade do Rio de Janeiro tenha consumido 540 milhões de 
garrafas d’água de 500 ml, cujo preço médio da unidade no varejo 
era de R$ 2. Estudos estatísticos mostraram que o valor absoluto 
da elasticidade-preço da demanda era de 1/3. Considerando essas 
informações e que a demanda por garrafa d’água de 500 ml seja 
linear, é possível identificar que a curva de demanda por garrafa 
d’água de 500 ml na cidade do Rio de Janeiro, expressa em 
milhões de unidades, é dada por: 
(A) Q(P) = 600 – 30P; 
(B) Q(P) = 640 – 50P; 
(C) Q(P) = 680 – 70P; 
(D) Q(P) = 720 – 90P; 
(E) Q(P) = 800 – 110P. 
 
Comentários: 
Nessa questão não dá pra dar uma de malandro e sair substituindo P = 2 
nas equações procurando a que retorna Q = 540. É que, com exceção da 
letra E, todas as outras retornam esse valor! A resposta vai ter que sair 
na raça mesmo. 
 
Uma curva de demanda linear tem o seguinte formato: 
 
Q = a – b.P. (aula 00, páginas 06-07) 
 
Precisamos achar a relação entre quantidade e preço. O enunciado já nos 
disse que quando o preço é 2, a quantidade é 540. 
 
Os cálculos ficam simples porque a questão já nos deu a Epd. Apenas 
preciso lembrar que o enunciado fez questão de ressaltar que 1/3 é o 
valor absoluto da Epd. Ou seja, precisaremos usar o valor negativo. 
 
A fórmula da Epd é (aula 00, página 25): 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 32 
 
EPD = 
%𝛥𝑄
%𝛥𝑃
= 
𝛥𝑄
𝑄
𝛥𝑃
𝑃
= 
𝑄𝑓− 𝑄𝑖
𝑄𝑖
𝑃𝑓− 𝑃𝑖
𝑃𝑖
 
 
Usei Qf para quantidade final e Qi para quantidade inicial. A mesma coisa 
com os preços. 
 
Substituindo os valores (considerei P = 2 e Q = 240 como preço inicial e 
quantidade inicial, respectivamente): 
 
−1
3
= 
𝑄𝑓 − 540
540
𝑃𝑓 − 2
2
 
 
−1
3
= 
𝑄𝑓 − 540
540
2
𝑃𝑓 − 2
 
 
 
−1
3
= 
𝑄𝑓 − 540
270
1
𝑃𝑓 − 2
 
 
−1( 270. 𝑃𝑓 − 2) 
3
= 𝑄𝑓 − 540 
−90𝑃𝑓 + 180 = 𝑄𝑓 − 540 
 
 
−90𝑃𝑓 + 180 + 540 = 𝑄𝑓 
 
𝑄 = 720 – 90P 
 
Gabarito: D 
 
38 - Anna é uma estudante do curso de Economia. No início do 
semestre ela precisa comprar dois itens para acompanhar suas 
aulas: folhas de fichário, X, e canetas, Y. Os preços de uma 
unidade desses bens são, respectivamente, pX = 5 e pY = 2. Se 
Anna tem renda de 60 unidades monetárias para cobrir os gastos 
do semestre com esses itens escolares e se sua função utilidade 
por esses bens é dada por U(X,Y) = 50X1/2Y 1/2, a cesta ótimaque 
pode ser comprada por Anna que maximiza sua utilidade sujeita a 
sua restrição orçamentária é: 
(A) X = 2 e Y = 25; 
(B) X = 4 e Y = 20; 
(C) X = 6 e Y = 15; 
(D) X = 8 e Y = 10; 
(E) X = 10 e Y = 5. 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
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Comentários: 
Reparem que a função Utilidade de Anna é uma função Cobb-Douglas. Por 
isso, podemos usar o bizú que aprendemos em aula (aula 02, página 45): 
 
𝑋 =
𝑎
𝑎 + 𝑏
.
𝑚
𝑃𝑥
 
 
𝑌 =
𝑏
𝑎 + 𝑏
.
𝑚
𝑃𝑦
 
 
Nesse bizú, “a” e “b” são os expoentes da função de utilidade Cobb-
Douglas. M é a restrição orçamentária e P é o preço. 
 
Substituindo: 
 
𝑋 =
0,5
0,5 + 0,5
.
60
5
=
30
5
= 6 
 
𝑌 =
0,5
0,5 + 0,5
.
60
2
=
30
2
= 15 
 
Gabarito: C 
 
39 - Considere uma função de produção F que conta com apenas 
dois insumos: capital, K, e trabalho, L, e apresenta a propriedade 
de retornos decrescentes de escala. Essa função F(K,L) pode ser 
descrita por: 
(A) F(K,L) = K0,6L 0,3 ; 
(B) F(K,L) = min{2K,L}; 
(C) F(K,L) = 5K + 4L; 
(D) F(K,L) = 0,7KL; 
(E) F(K,L) = 20K0,5L 0,5 . 
 
Comentários: 
Fácil, fácil 
Vimos em aula (aula 03, página 08) que para funções Cobb-Douglas: 
 
Se (α+β)=1, temos rendimentos constante de escala. Isto significa 
que se aumentarmos K e L em determinada proporção, Q aumentará 
nesta mesma proporção. 
Se (α+β)>1, temos rendimentos crescentes de escala (ou 
economias de escala). Neste caso, aumentos de K e L em determinada 
proporção provocam aumentos de Q numa proporção maior. 
Se (α+β)<1, temos rendimentos decrescentes de escala (ou 
deseconomias de escala). Aqui, aumentos de K e L em determinada 
proporção provocam aumentos de Q numa proporção menor. 
 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
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Portanto, bastava achar uma função Cobb Douglas cuja soma dos 
expoentes fosse menor do que 1. 
 
Gabarito: A 
 
40 - Seja KFGP uma firma que use apenas dois insumos na 
produção do seu produto: capital, K, e trabalho, L. Sua função de 
produção é dada por f(K,L) = min {2K;L}. Se o orçamento da 
produção é limitado a 1000 unidades monetárias e o preço por 
unidade de capital é r = 100 e por unidade de trabalho, w = 50, as 
escolhas dos insumos que maximizam o lucro dessa firma e 
utilizam todo o orçamento disponível são dadas por: 
(A) K = 9 e L = 2; 
(B) K = 8 e L = 4; 
(C) K = 7 e L = 6; 
(D) K = 6 e L = 8; 
(E) K = 5 e L = 10. 
 
Comentários: 
A função de produção que o enunciado nos deu é uma função para bens 
complementares. Esta função de produção é chamada de “função 
Leontief” (aula 03, página 28). 
 
Além desta função, temos também a restrição: 
 
1000 = 100.K + 50.L 
 
Bem, o interessante da função dada no enunciado é que cada unidade do 
produto descrito consome uma quantidade x de capital e o dobro (2x) de 
trabalho (não, não é o contrário). 
 
Substituindo essa quantidade x na restrição, teremos: 
 
1000 = 100.(x) + 50(2x) 
 
Assim, x = 5. 
 
Portanto: 
 
x = K = 5 
 
2x = L = 10 
 
Gabarito: E 
 
41 - Com relação à teoria da produção, analise as afirmativas a 
seguir: 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
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I - A curva de custo médio de longo prazo mede o custo médio 
para cada nível de produção quando todos os insumos 
considerados são variáveis. 
II - Uma empresa apresenta retornos crescentes de escala ou 
economias de escala quando, para se dobrar a quantidade 
produzida, é necessário mais do que dobrar o custo da produção. 
III - As curvas de isocusto descrevem possíveis combinações de 
insumos de produção que custam o mesmo montante para a 
empresa. 
 
Está correto o que se afirma em: 
(A) somente I; 
(B) somente I e II; 
(C) somente I e III; 
(D) somente II e III; 
(E) I, II e III. 
 
Comentários: 
I – Correta. No longo prazo, todos os insumos são variáveis (aula 03, 
página 09) . Logo, a curva de custo médio de longo prazo vai medir os 
custos médios dos insumos variáveis! kkkkk 
 
II – Incorreta. Uma empresa apresenta retornos crescentes de escala 
quando, para se dobrar a quantidade produzida, é necessário MENOS que 
dobrar o custo da produção. (aula 03, páginas 6-8) 
 
III – Correta. Definição perfeita das curvas de isocusto. (aula 03, página 
22) 
 
Gabarito: C 
 
42 Antônio é o dono de uma empresa que fabrica computadores e 
utiliza como insumos equipes de trabalhadores e máquinas de 
montagem. A tecnologia utilizada pela empresa de Antônio é dada 
pela função de produção, Q = 2K1/2L 1/2, em que Q é o número de 
computadores fabricados por semana, K é o número de máquinas 
utilizadas, e L o número de equipes de trabalho. Cada máquina é 
alugada ao custo de r = R$ 10.000 por semana e cada equipe 
custa w = R$ 20.000 por semana. O custo dos computadores é 
dado pelo custo das equipes e das máquinas, mais R$ 980.000 de 
custo fixo de aluguel do galpão. A fábrica de Antônio utiliza 100 
máquinas de montagem e 81 equipes de trabalho. Dessa forma, 
pode-se identificar que o custo médio total de produção dessa 
fábrica em uma semana é de: 
(A) CMeT = R$ 2.000; 
(B) CMeT = R$ 20.000; 
(C) CMeT = R$ 40.000; 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 32 
(D) CMeT = R$ 60.000; 
(E) CMeT = R$ 200.000. 
 
Comentários: 
Questão bem simples. Você só não podia se desesperar na hora da prova. 
Vimos questões parecidas na aula 04, que tratou sobre custos. 
 
CT = CF + CV 
 
CT = 980.000 + r.K + w.L 
 
CT = 980.000 + 10.000.100 + 20.000.81 
 
CT = 3.600.000 
 
Q = 2K1/2L ½ = 2. 1001/281 1/2 = 2.10.9 = 180 
 
Cme = CT/Q = 3.600.000/180 = 20.000 
 
Gabarito: B 
 
43 Suponha que o mercado de alumínio no Brasil seja considerado 
um mercado perfeitamente competitivo. Cada um dos 800 
produtores apresenta função de custo total de longo prazo dada 
por CT(Q) = 20Q3 - 400Q2 + 2500Q. Nesse cenário, o preço de 
equilíbrio de longo prazo nesse mercado é dado por: 
(A) 10; 
(B) 150; 
(C) 250; 
(D) 500; 
(E) 1.000 
 
Comentários: 
Questão da nossa aula 04! O que dificulta os cálculos é que o CT é uma 
função de 3º grau. Se você for pelo caminho “normal” de igualar preço ao 
custo marginal (condição da concorrência perfeita), vai se dar mal. 
 
A grande sacada era lembrar que na concorrência perfeita, P = Cmg = 
Cme = Rme = Rmg. Assim: 
 
CT = 20Q3 - 400Q2 + 2500Q 
 
Cme = 20Q2 - 400Q + 2500 
 
Derivando para encontrar o Cme mínimo: 
 
40Q – 400 = 0. 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
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Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 32 
 
Assim, Q = 400/40 = 10. 
 
Substituindo na função Cme: 
 
Cme = 20(10)2 – 400 (10) + 2500 = 2.000 – 4000 + 2500 
 
Cme = 500. 
 
Como estamos num mercado competitivo, então P = Cme = Cmg = Rmg 
= Rme. 
 
Portanto, P = Cme = 500 
 
Gabarito: D 
 
44 Na cidade de Ubiratana existe uma empresa monopolista cuja 
produção tem custo médio e marginal constantes dados por Cme 
= CMg = 20. Essa mesma empresa defronta-se com uma curva de 
demanda do mercado dada por Q(P) = 45 – (P/4). Nesse 
contexto, o lucro dessa empresa monopolista associado à sua 
escolha ótima de produção é: 
(A) 800; 
(B) 1.000; 
(C) 1.400; 
(D) 1.600; 
(E) 1.800. 
 
Comentários: 
Tratamos as estruturas de mercado, inclusive o monopólio, na aula 05. 
 
Q(P) = 45 – (P/4)- P = 4(Q – 45) = 4Q – 180 
 
P = 180 – 4Q 
 
Receita Total = P.Q 
 
RT = (180 – 4Q).Q = 180Q – 4Q2 
 
Derivando para encontrar a Rmg: 
 
Rmg = 180 – 8Q 
 
A condição de lucro máximo do monopolista é Cmg = Rmg. Então, vamos 
igualar essas duas expressões: 
Economia p/ IBGE 
Teoria e exercícios comentados 
Profs. Heber Carvalho e Jetro Coutinho 
 
 
 
Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 32 
 
Rmg = Cmg 
 
180 – 8Q = 20 
Q = 20 
 
Agora, substituiremos esse valor na função demanda, para achar o preço: 
 
P = 180 – 4Q 
 
P = 180 – 4(20) = 180 – 80 = 100. 
 
Podemos, então, encontrar a Receita Total: 
 
RT = P.Q = 100.20 = 2000. 
 
Falta achar o Custo Total. A questão nos disse que o Cme é igual a 20. O 
Cme é o Custo total dividido pela quantidade. Ou seja, Cme = CT/Q. 
 
Podemos reescrever a equação, assim: CT = Cme.Q 
 
Já sabemos que Q = 20 e o enunciado nos disse que o Cme = 20. 
Portanto, CT será 20.20 = 400. 
 
Pronto! Agora já dá para encontrar o lucro: 
 
Lucro = Receita Total – Custo Total 
 
Lucro = 2000 – 400 = 1600 
 
Gabarito: D 
 
45 Considere o modelo de Stackelberg no qual duas firmas 
produzem um mesmo produto. Suponha que as firmas sejam 
homogêneas, o que significa que as curvas de custo total de 
ambas são expressas por Ci (qi ) = 25qi , para i = L,S. A curva de 
demanda inversa desse mercado todo é dada por P(Q) = 175 – 
1,5Q, onde Q = qL+qS é a produção total no mercado. Em 
equilíbrio, o lucro da firma líder é dado por: 
(A) 1.250; 
(B) 1.875; 
(C) 2.000; 
(D) 2.225; 
(E) 3.750. 
 
Comentários: 
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Profs. Heber e Jetro www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 32 
Essa questão é quase igual à questão de número 05 que fizemos na aula 
05 do nosso curso. 
 
Pra quem estudou com a gente, tava de graça! 
 
Função demanda: P = 175 – 1,5(qL + qS) 
 
Lucro da seguidora: 
L = RT – CT 
L = (175qS – 1,5qL.qS – 1,5qS2) – (25qS) 
 
Maximizando esta função e igualando a zero (fazendo a derivada): 
 
0 = (175 – 1,5qL – 3qs – 25) 
3qS = 150 – 1,5qL 
 
Dividindo tudo por 1,5, teremos: 
 
2qS = 100 – qL 
 
 
qs = 
(𝟏𝟎𝟎−𝒒𝑳)
𝟐
 (1) 
 
Lucro da líder: 
 
L = (175 – 1,5(qL + qS)).qL) – 25qL 
 
L = (175 – 1,5qL2 + 1,5qS.qL – 25qL) (2) 
 
Agora, vamos substituir o qS da equação (1) na equação (2): 
 
L = 175qL – 1,5qL2 – 1,5qL
(𝟏𝟎𝟎−𝒒𝑳)
𝟐
– - 25qL 
 
L = 150qL –1,5qL2 - 
𝟏𝟓𝟎𝒒𝑳
𝟐
 + 
𝟏,𝟓𝒒𝑳𝟐
𝟐
 
 
L = – 0,75qL2 + 75qL 
 
Maximizando e igualando a zero (fazendo a derivada): 
 
0 = -1,5qL + 75 
 
0 = -1,5qL + 75 
 
qL = 50 
 
 
Economia p/ IBGE 
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Agora que já sabemos quanto é qL, é só substituir no lucro da líder: 
 
L = – 0,75(50)2 + 75.(50) = -1875 + 3750 = 1875. 
 
Gabarito: B 
 
46 Considere uma indústria com 25 firmas produtoras de sabão 
em pó, na qual todas apresentam a mesma função custo dada por 
c(qi ) = 88qi , em que qi é a produção da firma i (1=1,...,25). 
Defina a produção total como sendo o somatório da produção de 
cada uma dessas 25 firmas, ou seja, a produção total é dada por Q 
=  i=1 25 qi . A demanda de mercado é p(Q) = 400 – 3Q. 
Supondo que as firmas se comportem como no modelo de Cournot 
e dado que são idênticas, cada firma produzirá a mesma 
quantidade. Dessa forma, identifica-se que a produção total desse 
mercado é de: 
(A) 4 unidades; 
(B) 25 unidades; 
(C) 50 unidades; 
(D) 70 unidades; 
(E) 100 unidades 
 
Comentários: 
O modelo de Cournot foi desenvolvido para duas empresas. Neste 
modelo, a empresa A considera a produção da empresa B como fixa e 
maximiza seus lucros. 
 
Só que para resolver essa questão, não vamos fazer 25 equações (uma 
para cada firma). É mais fácil isolar uma firma e considerar as outras 24 
como uma só. Chamarei de Q1 a quantidade produzida pela firma 1 e de 
Qn a quantidade produzida pelas demais firmas (as outras 24). 
 
Assim, considerando que P = 400 – 3Q, podemos substituir o “Q” por Q1 
e Qn. Ficará assim: 
 
P = 400 – 3Q1 – 3Qn 
 
Mas como Qn representa 24 firmas, temos que multiplicar por 24. Assim: 
 
P = 400 – 3Q1 – 72Qn 
 
Substituindo essa função preço na função RT (RT = P.Q): 
 
RT = (400 – 3Q1 – 72Qn).Q1 = 400Q1 – 3Q12 – 72.Q1.Qn 
 
Para acharmos o Lucro, precisamos subtrair o custo total da receita total. 
Assim: 
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400Q1 – 3Q12 – 72.Q1.Qn – 88Q1 
 
Derivando e igualando a 0: 
 
0 = 400 – 6Q1 – 72Qn – 88 
 
Q1 = 52 – 12Qn 
 
Só que como os custos são os mesmos e as quantidades produzidas são 
iguais, Q1 = Qn. Assim: 
 
Q1 = 52 – 12Q1 
 
Q1 = 4 
 
Essa é a quantidade produzida por uma firma no mercado. Como nós 
temos 25 firmas, 4.25 = 100. 
 
Gabarito: E 
 
47 Em 1968 a economia brasileira iniciou uma fase de crescimento 
vigoroso. Em relação ao período do “Milagre econômico”, analise 
as afirmativas a seguir: 
I - Nesse período adotou-se uma política de minidesvalorização 
cambial que contribuiu positivamente para o resultado da balança 
comercial. 
II - Apesar de no período do “milagre” ter ocorrido um importante 
crescimento econômico da economia brasileira, essa continuou a 
enfrentar o grave problema de altas taxas de inflação. 
III - O crescimento econômico do período do “milagre” retomou o 
processo iniciado no Plano de Metas, voltado para a difusão da 
produção e consumo de bens duráveis. 
 
Sendo V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) 
falsa(s), a sequência correta é: 
(A) V, V e V; 
(B) V, V e F; 
(C) V, F e V; 
(D) F, V e V; 
(E) F, V e F. 
 
Comentários: 
I – Correta. No período do milagre, um dos pontos fortes foi o 
crescimento das exportações, que foi ocasionado pela expansão do 
comércio mundial, originado pela política cambial (minidesvalorizações 
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cambiais) e incentivos fiscais aos exportadores. (Aula 15, parte I, página 
55) 
 
II – Incorreta. Apesar da taxa de inflação cair de 25,5% para 15,6% no 
período do milagre (taxas altas, portanto), é consenso na literatura 
econômica que o milagre ocorreu com relativa estabilidade de preços. Por 
isso, acho difícil tentar um recurso aqui, pois a inflação caiu, e muito, no 
período. (Aula 15, parte I, página 54) 
 
III – Correta. O período do milagre, nesses pontos citados, possui essa 
semelhança com o plano de metas. No milagre econômico, houve 
retomada do investimento público em infraestrutura, aumento dos 
investimentos das empresas estatais, expansão do crédito do SFH, da 
construção civil e também aumento da produção de bens duráveis. (Aula 
15, parte I, página 54) 
 
Gabarito: C 
 
 
48 O II Plano Nacional de Desenvolvimento, se caracteriza por: 
(A) ter contado apenas com financiamento privado; 
(B) não ter havido investimento em infraestrutura; 
(C) ter enfrentado um cenário internacional bastante negativo; 
(D) ter se pautado no crescimento das importações; 
(E) ter sido viabilizado por uma estratégia de endividamento externo. 
 
Comentários: 
A) Incorreta. A estratégia do PND era fazer com que o crescimento da 
Economia fosse baseado nos meios de produção: bens de capital e 
insumos básicos. Quem liderou esses investimentos em produção foram 
as empresas estatais. (Aula 15, parte I, página 67) 
 
B) Incorreta. Um lado positivo do IIPNd foi a descentralização espacial 
dos projetos de investimento, como a construção de siderúrgicas, 
petroquímicas e outras empresas de infraestrutura. (Aula 15, parte I, 
página 67) 
 
C) Incorreta. Pelo contrário! As empresas estatais tinham muita facilidade 
de obter recursos externos, principalmente pelas superávits dos países da 
OPEP. (Aula 15, parte I, página 68) 
 
D) Incorreta. O objetivo do II PND era alterar a estrutura produtiva 
brasileira para que a longo prazo a necessidade de importações 
diminuísse. (Aula 15, parte I, página 66) 
 
E) Correta. Uma das características do período é que o governo foi 
aumentando seu passivo. Tanto foi assim que a partir de 1979 houve 
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piora na situação das contas externas, o que ocasionou a crise de 1980. 
(Aula 15, parte I, página 68) 
 
Gabarito: E 
 
 49 O período da economia brasileira entre 1981 e 1984, 
caracteriza-se por: 
(A) grande crescimento econômico pautado nos saldos positivos do 
balanço de pagamentos; 
(B) fraco crescimento econômico, devido aos juros baixos adotados no 
período; 
(C) controle da inflação devido à política de controle da demanda interna; 
(D) adoção de um modelo de ajuste explicitamente recessivo no qual a 
política monetária tinha grande relevância; 
(E) política monetária expansionista com o objetivo de manter o 
crescimento econômico do período anterior. 
 
Comentários: 
A) Incorreta. Esse período da Economia brasileira foi marcada pela crise 
da dívida externa. Houve choque nos preços do petróleo, os EUA 
aumentaram a taxa de juros (o que prejudicou o Brasil). Juntando tudo, 
foi um período de inflação e piora nas relações de troca, o que prejudicou 
a situação do balanço de pagamentos. (Aula 15, parte 2, página 02) 
 
B) Incorreta. De fato houve fraco crescimento no período (e recessão 
entre 1981 e 1983), mas as taxas de juros estavam altas. (Aula 15, parte 
2, página 02) 
 
C) Incorreta. A inflação, que estava relativamente sob controle no período 
do milagre, voltou a crescer por conta de choques de oferta e de 
deterioração financeira do Brasil no período. (Aula 15, parte 2, página 03) 
 
D) Correta. Como a inflação aumentou muito no período, houveram 
medidas de contenção da demanda agregada. Isso deu origem a diversos 
planos econômicos que visaram combater a inflação. Estes planos tinham 
por base o diagnóstico da inflação inercial e preocupavam-se 
principalmente em utilizar o congelamento de preços e salários para 
combater a inflação. (Aula 15, parte 2, página 03) 
 
E) Incorreta. Houveram medidas para conter a demanda agregada. 
Portanto, o objetivo não era o de manter o crescimento econômico. (Aula 
15, parte 2, página 02) 
 
Gabarito: D 
 
50 Diante de um cenário econômico no qual a inflação atingia 
patamares extremamente elevados, o plano Cruzado foi adotado 
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em 28 de fevereiro de 1986, durante o segundo ano do governo 
Sarney. Sobre esse plano, é correto afirmar que: 
(A) foi criada uma política de “gatilho salarial” para evitar que os 
trabalhadores acumulassem perdas, de forma a garantir correção 
imediata dos salários sempre que a inflação acumulasse 20%; 
(B) as cadernetas de poupança passaram a ter rendimentos semestrais a 
fim de se evitar o fenômeno de ilusão monetária; 
(C) foi revogada a política de congelamento de preços que havia sido 
adotada anteriormente; 
(D) houve de imediato um grande fracasso, não sendo possível controlar 
a inflação por nenhum período logo após sua adoção; 
(E) foi um plano de desindexação da economia baseado na introdução de 
uma moeda indexada que circularia paralelamente à moeda oficial. 
 
Comentários: 
A) Correta. O gatilho salaria (escala móvel) era disparado sempre que a 
inflação atingisse 20%. Com esse instrumento, o governo obrigava os 
salários dos trabalhadores a serem reajustados pelas empresas. (Aula 15, 
parte 2, página 03) 
 
B) Incorreta. Esta não foi uma das características do período. (Aula 15, 
parte 2, páginas 03-04) 
 
C) Incorreta. Pelo contrário! Em 28/02/1986, houve novo congelamento 
de preços, com exceção da energia elétrica, que obteve aumento de 20%. 
(Aula 15, parte 2, página 03) 
 
D) Incorreta. Inicialmente, o Plano Cruzado obtivera sucesso, com grande 
queda na taxa de inflação e grande apoio popular. (Aula 15, parte 2, 
página 05) 
 
E) Incorreta. Não houveram duas moedas paralelas. Houve a substituição 
do Cruzeiro pelo Cruzado. (Aula 15, parte 2, página 03) 
 
Gabarito: A 
 
51 Com relação aos planos de estabilização econômica adotados 
na década de 80 e início da década de 90, analise as afirmativas a 
seguir: 
I - O Plano Bresser diagnosticou a inflação como tendo um 
componente inercial e outro de demanda, e contou com políticas 
fiscais e monetárias contracionistas. 
II - O Plano Verão representou a radicalização da desindexação da 
economia, uma vez que foram extintos todos os mecanismos de 
indexação. 
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III - No Plano Collor I não houve congelamento de preços dos 
bens e serviços, mas houve um aumento da arrecadação devido à 
criação de novos tributos. 
Está correto o que se afirma em: 
(A) somente I; 
(B) somente I e II; 
(C) somente I e III; 
(D) somente II e III; 
(E) I, II e III. 
 
Comentários: 
I – Correta. Por causa do diagnóstico da inflação inercial foi que o Plano 
Bresser visava, principalmente, combater a aceleração inflacionária, em 
vez de buscar a inflação zero. As elevadas taxas de juros caracterizam 
política monetária restritiva no período, enquanto que a busca pela 
redução do déficit público caracterizou uma política fiscal restritiva. (aula 
15, parte 2, páginas 11 e 12). 
 
II – Correta. Tanto é assim que um dos objetivos do Plano Verão era 
extinguir a URP e promover a livre negociação para desindexar a 
economia. A livre negociação acabaria com os reajustes automáticos de 
salários e tenderia a reduzir a inércia inflacionária por meio da queda dos 
salários reais e do arrocho da demanda. (aula 15, parte 2, página 14) 
 
III – Incorreta. No plano Collor I, também chamado de Plano Brasil Novo, 
de fato houve aumento da arrecadação, pois houve ampliação da carga 
tributária ( maior base tributária pela incorporação dos ganhos da 
agricultura, do IOF extraordinário, etc). Além disso, houve, sim, 
congelamento de preços e também desindexação dos salários em relação 
à inflação passada. 
 
O objetivo era acabar com a indexação e, por conseguinte, com a inflação 
inercial. (aula 15, parte 2, página 19). 
 
Gabarito: B 
 
52 Quando, em 1994, Fernando Henrique Cardoso (FHC) assumiu 
a presidência da República era claro que havia sido eleito para 
vencer a inflação. Com relação ao Plano Real de estabilidade da 
economia e a esse governo, é correto afirmar que: 
(A) um importante elemento desse plano foi a política de câmbio 
apreciado que favorecia às exportações; 
(B) houve congelamento de preços e foi implantada a Unidade Real de 
Valor (URV), que representava a unidade monetária para desindexar a 
economia; 
(C) foi necessário paralisar a política iniciada no governo de Fernando 
Collor de Melo de privatização de algumas empresas estatais; 
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(D) o Plano Realteve como importante instrumento para seu sucesso a 
política monetária que elevou fortemente os juros para conter a 
demanda; 
(E) paralelamente ao êxito do controle da inflação do Plano Real, houve 
também sucesso na gestão macroeconômica quanto à política fiscal e nas 
contas externas. 
 
Comentários: 
A) Incorreta. No período pós-eleição de FHC, o Bacen adotou o câmbio 
flutuante e houve valorização do real. Essa valorização ficou conhecida 
como âncora cambial, mas estimulava as importações – e não as 
exportações como a questão afirmou. (aula 15, parte 2, página 33). 
 
B) Incorreta. De fato houve a implementação da URV, mas esse período 
não ficou caracterizado pelo congelamento de preços. (aula 15, parte 2, 
página 29). 
 
C) Incorreta. Pelo contrário! O governo FHC intensificou as privatizações, 
principalmente nas áreas de telecomunicações e energia. A ideia era 
reduzir e reordenar a posição do Estado na economia, transferir à 
iniciativa privada atividades indevidas e insatisfatoriamente exploradas 
pelo setor público, contribuir para redução da dívida pública. 
 
D) Correta. O governo anunciou, à época, políticas monetárias bastante 
restritivas, com limitação das operações de crédito, depósitos 
compulsórios de 100%. As altas taxas de juros ajudavam a conter o 
crescimento da demanda. 
 
O lado interessante é que, apesar das restrições, houve crescimento da 
demanda e da atividade econômica, além de grande uso do crédito. 
(aulas 15, parte 2, páginas 29-30). 
 
E) Incorreta. Ploe contrário! Com a âncora cambial e a valorização do 
real, apareceram déficits na balança comercial, pois houve aumento de 
importações e diminuição das exportações. Posteriormente, a crise dos 
tigres asiáticos em 1997 e a crise russa em 198 fizeram com que o 
governo aumentasse o juros, o que acabou gerando pressões no lado 
fiscal. O resultado foi que houve deterioração fiscal (um crescimento da 
dívida pública de 30% do PIB para 44%). (Aula 15, parte 2, páginas 29-
30). 
 
Foi nesse cenário que houve o forte ajuste fiscal de 1999 e a aprovação 
da Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
Gabarito: D 
 
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53 Associe as funções do Estado a suas respectivas 
características: 
 
1. Alocativa 
2. Estabilizadora 
3. Distributiva 
 
( ) A arrecadação de um tributo sobre movimentações financeiras 
pode ser destinada a melhorar os serviços públicos de saúde, 
utilizados principalmente pelos mais pobres. 
( ) A escolha pelo voto de um político pode ser entendido como 
um mecanismo revelador das preferências verdadeiras do 
eleitorado. 
( ) O abandono do regime de metas inflacionárias tende a abalar o 
nível de confiança do consumidor e das empresas. 
 
A associação correta, de cima para baixo, é: 
(A) 1, 2 e 3; 
(B) 1, 3 e 2; 
(C) 2, 1 e 3; 
(D) 3, 2 e 1; 
 (E) 3, 1 e 2 
 
Comentários: 
Questão muito fácil! Antes de responder a questão, vamos relembrar os 
conceitos: 
 
A função alocativa objetiva promover ajustamentos na alocação de 
recursos. Combate as falhas de mercado. 
 
Jà a função distributiva tem por objetivo melhorar a distribuição de renda. 
E pode utilizar tanto os tributos quanto as transferências para esse fim. 
 
Por fim, a função estabilizadora visa manter a estabilidade econômica 
com alto nível de emprego, crescimento econômico e inflação sob 
controle. Para isso, lança mão da política fiscal e da monetária. 
 
Vale ressaltar que estudamos esses assuntos na aula 13. E até colocamos 
um resumo sobre esse tópico, mais do que suficiente para resolver a 
questão (páginas 35 e 36) 
 
A primeira alternativa só pode ser função distributiva. Já que o objetivo 
do tributo é melhorar os serviços de saúde usados principalmente pelos 
mais pobres, tá na cara que é função distributiva. 
 
A função alocativa tem o objetivo de alocar os recursos na economia. 
Quando o cidadão escolhe um político, ele escolhe não apenas a pessoa, 
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mas o programa de bens e serviços públicos que aquele candidato 
considera como o mais importante para a nação. O voto, portanto, pode 
ser entendido como um mecanismo da função alocativa, pois o político 
eleito irá ofertar bens e serviços públicos à sociedade, com base no seu 
programa de governo. 
 
Por fim, a terceira afirmativa fala da política monetária (metas 
inflacionárias) e só pode estar relacionada à política estabilizadora. 
 
Assim, ordem correta: 3, 1,2 
 
Gabarito: E 
 
54 - Dentre as características de um sistema tributário ideal NÃO 
se encontra: 
(A) a equidade na distribuição do ônus tributário; 
(B) a progressividade dos tributos; 
(C) a neutralidade no impacto sobre as atividades econômicas; 
(D) o máximo de empenho do governo na fiscalização; 
(E) a simplicidade na compreensão das leis tributárias. 
 
Comentários: 
Estudamos os assuntos de tributação na aula 14 e dissemos que um 
sistema tributário ideal deve obedecer ao seguinte (páginas 02 e 03): 
 
 Obtenção de receitas para financiar os gastos públicos 
 Os tributos seriam escolhidos de forma a minimizar sua 
interferência no sistema de mercado, a fim de não torná-lo (mais) 
ineficiente (princípio da neutralidade); 
 A distribuição do ônus tributário deve ser equitativa entre os 
diversos indivíduos de uma sociedade (equidade); 
 Cada indivíduo deveria ser taxado de acordo com sua habilidade 
para pagar (equidade > capacidade de pagamento); 
 Os tributos deveriam ser universais, cobrados sem distinção para 
indivíduos em situações similares; 
 
Portanto: 
 
A) Correta. Buscar a equidade faz parte do sistema tributário ideal; 
B) Correta. A progressividade dos tributos é uma das faces da capacidade 
de pagamento, pois quem recebe mais deve pagar mais. Estudamos a 
progressividade na página 13. 
C) correta. A neutralidade deve ser buscada, pois ela impede que o 
sistema tributário traga consigo um alto grau de ineficiência. A idéia da 
neutralidade é interferir o mínimo possível nos preços relativos. 
 
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D) Incorreta. Do ponto de vista do governo, até faz sentido que ele se 
empenhe para fiscalizar as empresas. Apesar de ser desejável, a 
literatura econômica não cita esta característica como de um sistema 
tributário ideal. 
 
E) Correta. De que adiantaria um sistema tributário que ninguém 
compreende? Quanto mais claro um sistema tributário for, menos custos 
ele gera para a sociedade. 
 
Gabarito: D (questão pede a incorreta). 
 
55 Considerando as parcerias público-privadas, a participação do 
setor público no Brasil ocorre: 
(A) na compra de produtos do setor privado, unicamente de forma direta, 
através de licitações; 
(B) na contratação de terceiros com controle misto ou estatal para 
execução de atividades não necessariamente típicas do setor público; 
(C) na transferência para o setor privado de uma atividade 
economicamente viável e autossustentável, através de um project 
finance; 
(D) na transferência para o setor privado de uma atividade, sem 
complementação de recursos, conforme a Lei nº 11.079 de 2004; 
(E) na transferência de ativos ao setor privado via concessões 
temporárias. 
 
Comentários: 
Estudamos as PPP na página 70 da nossa aula 15, parte 2. 
 
A) Incorreta. Esse tipo de compra continua regido pela Lei 8.666, como 
vimos na página 71. 
B) Incorreta. Essa aqui é viagem. A idéia da PPP é justamente formar 
uma parceria entre o setor públicoou privado. Não há um controle misto 
nem estatal: o setor público ou faz um aporte financeiro ao setor privado 
(PPP patrocinada) ou o setor público utiliza o serviço prestado pelo 
Parceiro privado (PPP administrativa). 
C) Correta. Para que o setor privado fique interessado na parceria, é 
necessário que a atividade deve ser rentável para o setor privado e de 
responsabilidade do poder público. Assim, o poder público pode fazer a 
parceria e todo mundo sai ganhando: o setor público, porque tem o 
serviço prestado; e o setor privado, porque aufere lucros. 
 
Para verificar se o investimento é rentável ou não, deve-se utilizar um 
Project finance, ou seja, técnicas que permitam avaliar o valor do 
investimento. Uma das técnicas utilizadas é o Value For Money (página 
72). 
 
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D) Incorreta. Na modalidade PPP patrocinada, há complementação de 
recursos. 
 
E) Incorreta (mas pode ser correta). A Lei 11.079 deixa claro que as PPPs 
são concessões (art. 2º). E, por definição, as concessões são temporárias 
(no caso das PPP, o art. 5º, inc. I, estabelece PPP deve ser realizada entre 
5 e 35 anos). 
 
O que deixa essa questão passível de recurso é que a Lei 11.079 prevê a 
utilização de bens reversíveis. Ou seja, são bens (ativos) que o setor 
público repassar ao setor privado ou que o setor público paga para que o 
setor privado adquira. Após o fim do contrato de PPP, esses bens voltam 
para a propriedade do poder público (por isso que eles são reversíveis). 
 
O art. 5º, X, e o art. 6º, §§ 2º e 5º tratam dos bens reversíveis. Assim, 
entendo que esta alternativa também está correta. 
 
Gabarito: C (mas cabe recurso para anulação) 
 
56 A renda total recebida pelos brasileiros, tanto no Brasil como 
no exterior, mas excluindo a parcela ganha por estrangeiros 
residentes no Brasil, é definida como: 
(A) Produto Interno Bruto; 
(B) Produto Nacional Bruto; 
(C) Produto Interno Líquido; 
(D) Produto Nacional Líquido; 
(E) Renda Nacional. 
 
Comentários: 
Questão de graça! 
 
Estudamos as contas nacionais na aula 06. Olhe só a definição de produto 
nacional que adotamos na aula: 
 
“O produto nacional é uma medição do produto que leva em conta 
aspectos nacionais, isto é, contabiliza tudo que é produzido por nacionais, 
não importando se estão dentro ou fora do país.” 
 
Como o produto nacional é “nacional”, ele exclui os estrangeiros, mas 
inclui os brasileiros (tanto os que moram aqui, como os que moram no 
exterior). 
 
Vale ressaltar que, por convenção, utiliza-se o conceito bruto (página 27) 
e, por isso, descartamos a letra D. 
 
Gabarito: B 
 
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57 Na análise de determinação da renda, uma redução da 
poupança resulta em: 
(A) redução temporária dos juros, que elevam os investimentos; 
(B) queda da taxa de investimentos, reduzindo os juros; 
(C) redução dos investimentos, elevando os juros; 
(D) aumento do endividamento das famílias e do consumo; 
(E) aumento da renda e do crescimento no curto prazo. 
 
Comentários: 
Outra questão de graça. 
 
Vimos, ainda na aula 06, página 23, que poupança é igual ao 
investimento. Ou seja, S = I. 
 
Se há redução na poupança, haverá redução dos investimentos. 
 
Gabarito: C 
 
58 Um trabalhador ganha um salário mínimo e separa uma 
quantia para pagar as contas ao longo do mês. Esse ato destaca a 
função de: 
(A) reserva de valor da moeda; 
(B) padrão de valor da moeda; 
(C) unidade de conta da moeda; 
(D) meio de troca da moeda; 
(E) poupança da moeda. 
 
Comentários: 
Assunto da nossa aula de moeda (aula 10). Na página 02, estudamos as 
funções da moeda, que são: 
 
 
Meio de troca: ser intermediária das trocas é sem dúvida a principal 
função da moeda e a que a distingue de outros ativos. Esta função da 
moeda é decorrência da aceitação geral da sociedade, 
que realiza as transações econômicas utilizando este ativo como meio de 
troca. 
 
Unidade de conta: a moeda fornece o referencial para que os valores 
das demais mercadorias sejam cotados. Desta forma, os valores dos bens 
e serviços transacionados são expressos em quantidade de moeda, de tal 
forma que ela seja o denominador comum de valor. 
 
Reserva de valor: esta é função decorrente de sua primeira função – 
meio de troca. Só há sentido em utilizar a moeda como meio de troca se, 
entre uma transação em determinado momento e outra transação em 
momento posterior, ela mantiver durante certo intervalo de tempo o seu 
Alexandre
Typewriter
OK
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valor ou seu poder de compra. Moedas inseridas em economias altamente 
inflacionárias têm a sua função de reserva de valor seriamente 
comprometida. 
 
Tendo os conceitos em mente, já fica muito mais fácil responder a 
questão. 
 
Se o trabalhador está separando uma quantia para pagar as contas ao 
longo do mês, ele está confiando que, no fim do mês, essa moeda ainda 
terá o valor para quitar suas contas. 
 
Portanto, estamos nos referindo à reserva de valor da moeda. 
 
Gabarito: A 
 
59 Em relação ao modelo de insumo-produto, analise as 
afirmativas a seguir: 
( ) A relação entre os insumos consumidos em cada atividade e a 
produção total dessa atividade é variável e medida pelo 
coeficiente técnico de produção. 
( ) As colunas da matriz de coeficientes técnicos permitem 
identificar os insumos necessários à produção de uma unidade 
monetária. 
( ) Uma das hipóteses do modelo é que somente um tipo de 
tecnologia é utilizado para se produzir um produto. 
 
Sendo V para as(s) alternativas(s) verdadeira(s) e F para a(s) 
falsa(s), a sequência correta é: 
(A) V – V – V; 
(B) V – F – V; 
(C) F – V – V; 
(D) F – F – V; 
(E) F – F – F. 
 
Comentários: 
Vimos a matriz insumo-produto como adendo à aula 06. 
 
I – Incorreta. Peguinha!!! A definição de coeficiente técnico de produção 
está correta, mas o modelo de Leontief considera que os coeficientes 
técnicos de produção não são variáveis (ou seja, eles não mudam ao 
longo do tempo). 
 
II – Correta. Uai, é claro! Até demos um exemplo, na página 01: 
 No caso da farinha, com um coeficiente de 0,20, podemos dizer que, se 
houver expansão de R$ 60.000 na produção de farinha, é de se esperar 
que esse setor demande mais R$ 12.000 de trigo (0,2 de 60.000) 
 
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III – Correta. É assim em quase todos os modelos de Economia! Kkkkkkk 
 
Gabarito: C 
 
60 Em relação às Tabelas de Recursos e Usos (TRU), uma de suas 
características é: 
(A) a vinculação a uma parcela das contas econômicas integradas, por 
meio de oferta agregada vertical, quando em pleno emprego ou por meio 
de demanda agregada; 
(B) o fato de que são igual a matriz insumo-produto; 
(C) a classificação das unidades produtivas segundo as atividades 
econômicas, permitindo mensurar as relações de troca intra setorial; 
(D) a exclusão da administração pública do cálculo pela dificuldade de se 
medir a renda gerada por esse setor; 
(E) a divisão em recursos de bens e serviços, a qual apresenta em uma 
das partes a oferta total da economia. 
 
Comentários: 
Estudamos as TRU na aula 06, a partir da página 41. 
 
Das alternativas apresentadas a única que se refere as TRU é a letra E, 
pois as TRU representamo equilíbrio entre oferta e demanda, assim como 
as estruturas de custos das atividades econômicas detalhadas por 
produto. 
 
Enquanto um dos quadrantes apresenta a oferta total, o outro mostra os 
bens e serviços destinados à demanda final. 
 
Gabarito: E 
 
61 Considerando os componentes do balanço de pagamentos, a 
estática comparativa correta é: 
(A) um aumento das receitas de exportação de construção eleva o saldo 
da balança comercial; 
(B) uma redução das transferências unilaterais de renda piora o saldo da 
balança comercial; 
(C) a compra de ações de empresas brasileiras por estrangeiros eleva o 
saldo do componente de investimento direto da conta financeira; 
(D) um aumento da receita de seguros eleva o saldo da conta de 
serviços; 
(E) a tomada de empréstimo de longo prazo junto ao Fundo Monetário 
Internacional piora o saldo da conta capital. 
 
Comentários: 
Balanço de pagamentos foi o tema da nossa aula 08. 
 
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A) Incorreta. Se fosse o aumento das exportações como um todo, poderia 
até ser. Mas como a questão se restringiu ás exportações de construção, 
pode ser que isso não verdade. Basta que as importações cresçam de tal 
forma que superem o aumento das exportações de construção.(página 
08) 
 
B) Incorreta. Uma redução das TUC piora o saldo das Transações 
Correntes. A balança comercial só é afetada pelas exportações e 
importações. (página 09) 
 
C) Incorreta. Fizemos esse MESMO exemplo na página 18 da aula. A 
compra de ações por um estrangeiro afeta os investimentos em carteira ( 
não os investimentos diretos). 
 
D) Correta. Já que a Balança de Serviços compreende serviços de frete, 
de seguros, gastos com viagen e serviços governamentais, etc. (página 8) 
 
E) Incorreta. O empréstimo junto ao FMI afeta a conta financeira (não a 
conta capital). (página 11) 
 
Gabarito: D 
 
62 Em geral existe na economia um tradeoff entre inflação e 
desemprego, ou seja, para um aumento da inflação, observa-se 
uma redução da taxa de desemprego. Apenas em um cenário de 
pleno emprego é que elevações da inflação não incorrem em 
redução do desemprego. A descrição no parágrafo acima é 
explicada pelo(a): 
(A) Curva de Phillips; 
(B) Expectativa Racional sobre Inflação e Desemprego; 
(C) Expectativa Adaptativa sobre Inflação e Desemprego; 
(D) Teoria Keynesiana; 
(E) Modelo Neoclássico. 
 
Comentários: 
Questão de graça! Estudamos a relação entre inflação e desemprego na 
aula 12. 
 
Na página 36, temos o conceito de curva de phillips. Olha só um trechinho 
da aula: 
“A curva de Phillips mostra a relação entre o desemprego e a 
inflação.” 
 
Sem dúvidas do gabarito, portanto! 
 
Gabarito: A 
 
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63 De acordo com a teoria quantitativa da moeda, para um 
aumento de 1% na taxa de expansão da moeda, deve-se observar 
um aumento de __ % na taxa de inflação. Por sua vez, de acordo 
com o efeito Fisher, esse aumento na taxa de inflação, provoca um 
aumento de __% na taxa de juros nominal. As lacunas acima são 
preenchidas, respectivamente, por: (A) 0 e 0; 
(B) 0 e 1; 
(C) 1 e 0; 
(D) 1 e 1; 
(E) 1 e 2 
 
Comentários: 
Estudamos a TQM na aula 10, a partir da página 21. 
 
De acordo com essa teoria, coeteris paribus, aumentos da oferta 
monetária provocarão somente aumento dos preços. Assim, quando a 
oferta monetária é aumentada, isto acabará provocando inflação. 
 
A TQM é dada por: 
 
MV = PT, onde M é a oferta de moeda; V é a velocidade de circulação; P é 
o nível de preços e T a quantidade de transações. 
 
Se a oferta de moeda M aumentar em 1%, é necessário que o outro lado 
da equação (P.T) também aumente em 1%, para manter a igualdade. 
Como T já está no seu máximo, é o nível de preços que aumentará em 
1%. Portanto, já descartamos as alternativas A e B. 
 
O efeito Fischer é que afirma que a taxa de juro snominal é a soma entre 
a taxa de juros real e a taxa de inflação. Assim: 
 
N = r + i. 
 
Se a inflação aumentou em 1%, n também aumentará em 1%, pois: 
 
N = r + i 
 
N + 1% = r + i + 1%. 
 
 
Gabarito: D 
 
64 O custo do menu é um tipo de custo associado ao aumento do 
nível dos preços e pode ser descrito como: 
(A) uma distorção provocada pelo imposto inflacionário sobre a retenção 
de moeda, o que faz as pessoas irem mais vezes ao banco para sacar 
dinheiro; 
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(B) o fato de as empresas terem que alterar suas listas de preços com 
maior frequência, incorrendo em maiores custos; 
(C) o aumento da desigualdade, devido ao fato de os mais pobres terem 
acesso a um “menu” mais restrito de instrumentos financeiros; 
(D) a diferente periodicidade com que as empresas alteram seus preços, 
o que eleva a variabilidade da taxa inflacionária; 
(E) a falha das leis tributárias em considerar os efeitos da inflação sobre a 
população. 
 
Comentários: 
Estudamos os custos de menu na aula 12, página 12. Eles são uma das 
razões para a rigidez de preço. 
 
Trecho da aula: Outra razão que explica a rigidez de preços são os 
custos de 
menu. Por vezes, ajustar os preços implica custos como, por exemplo, a 
impressão e distribuição de catálogos, confecção de novas etiquetas de 
preços, impressão de novos cardápios (no caso de restaurantes), 
atualização dos sistemas, atualização da contabilidade, etc. Esses custos 
de menu fazem com que as empresas ajustem seus preços de modo 
intermitente (apenas de tempos em tempos), e não de modo contínuo. 
 
Assim, fica claro que o gabarito é B 
 
Gabarito: B 
 
65 Considere a seguinte nomenclatura: RNB = Renda Nacional 
Bruta RPD = Renda Privada Disponível TUR = Transferências 
Correntes Líquidas Recebidas C = Consumo Final (gastos 
correntes das famílias e administrações públicas) SD = total da 
poupança doméstica RLG = Renda Líquida do Governo RLEE = 
Renda Líquida Enviada ao Exterior A Renda Nacional Disponível 
Bruta (RDB) pode ser calculada como: 
(A) C + SD + TUR; 
(B) RNB + RPD + TUR; 
 (C) RLG + RPD; 
(D) RLEE – TUR; 
(E) RNB – RPD. 
 
Comentários: 
Também vimos esse assunto na aula 06, página 32, onde vimos várias 
formas de calcular a RNDB. 
 
Mas acredito que o mais fácil é ir pelo conceito de RNDB. 
 
A RNDB é a Renda Nacional Disponível Bruta. Como a é Renda Nacional, 
ela exclui os estrangeiros. 
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Nós temos três grandes setores na economia: público, privado e externo. 
Como o conceito Nacional exclui os estrangeiros, ficamos apenas com o 
público e o privado. Assim, a renda nacional disponível será a soma das 
rendas destes dois setores. 
 
A renda disponível do setor privado será a renda líquida de impostos (que 
a questão chamou de RPD). Já a renda do setor público será a renda do 
governo excluídos os subsídios, transferências, etc. Ou seja, é a renda 
líquida (RLG). 
 
Somando as rendas desses dois setores: RLG + RPD, temos a RNDB. Vale 
ressaltar que como a questão não mencionou a depreciação, 
consideramos ela igual a 0. 
 
Gabarito: C 
 
66 Uma elevação das reservas compulsórias exigidas e um 
aumento da oferta de títulos públicos pelo Banco Central tende a: 
(A) elevar a taxa de juros e reduzir a circulação de moeda; 
(B) ter efeito ambíguo sobre a taxa de juros e reduzir a ofertamonetária; 
(C) diminuir a taxa de juros e reduzir a quantidade de moeda na 
economia; 
(D) elevar a taxa de juros e a circulação de moeda; 
(E) reduzir a taxa de juros e a circulação de moeda. 
 
Comentários: 
Questão sobre política monetária e seus efeitos, estudados nas aulas 10 e 
11. 
 
Elevação das reservas compulsórias é política monetária contracionista. 
Aumento na oferta de títulos públicos também é (aula 11, página 15). 
 
Políticas monetárias contracionistas elevam a taxa de juros e reduzem o 
nível de produto. Elas também têm o condão de diminuir a quantidade de 
moda na economia (liquidez) e, portanto, reduzir a circulação da moeda e 
baixar o multiplicador monetário (aula 11, página 23). 
 
Pelo papinho que batemos até aqui, fica fácil perceber que a resposta 
correta é letra A. 
 
Gabarito: A 
 
67 Dentre os possíveis motivos para o aumento do desemprego no 
ano de 2015, pode ser citado: 
(A) o aumento da abertura comercial, que tem levado a uma competição 
predatória, gerando destruição de postos de trabalho; 
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(B) o progresso tecnológico, que tem gerado a chamada destruição 
criativa de empregos; 
(C) a queda do salário real da economia, que impulsiona as demissões; 
(D) a migração de trabalhadores do setor formal para o setor informal da 
economia, decorrente da elevada taxa de rotatividade do mercado de 
trabalho; 
(E) o aumento da taxa de participação da força de trabalho, definida 
como a razão entre as populações economicamente ativa e em idade 
ativa para trabalho. 
 
Comentários: 
A) Incorreta. Pelo contrário, no período 2011-hoje, houveram uma série 
de medidas protecionistas. 
 
B) Incorreta. O progresso da tecnologia aumenta o emprego na 
Economia. 
 
C) Incorreta. A queda do salário real é uma das consequências do 
desemprego, não é a causa. 
 
D) Incorreta. Nos últimos anos, houve o contrário: migração do informal 
para o formal. Políticas como o SIMPLES nacional ajudaram muito nesse 
sentido. (aula 16, página 31). 
 
E) Correta. Cabe recurso!!! Estudamos esse conceito na aula 16, página 
22. A taxa de participação na força de trabalho é também chamada de 
taxa de atividade e ela mede a participação das pessoas economicamente 
ativas. 
 
Mas acredito que a FGV se confundiu, pois um aumento na taxa de 
participação é, de forma geral, positivo para o país. Acho que a FGV quis 
se referir à taxa de inatividade e não à taxa de participação. 
 
Essa alternativa me soou como um “copia e cola” da FGV. 
 
Gabarito: E (mas deve ser anulada). 
 
O assunto das questões 68 e 69 foram tratadas pelo Prof. Mário 
Machado. 
 
70 A partir de 1999 foi adotado no Brasil o regime de metas de 
inflação. Entre suas vantagens, é possível mencionar: 
(A) o elevado grau de previsibilidade da inflação e a utilização de um 
câmbio flutuante exigida por esse regime; 
(B) maior accountability da política monetária e maior flexibilidade aos 
policy makers; 
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(C) o controle direto do BACEN sobre a base monetária e o maior 
monitoramento por parte da população; 
(D) a inflação interna submetida à externa e melhor controle sobre os 
bens tradables; 
(E) a precisão na definição da meta e as metas intermediárias serem de 
uso restrito. 
 
Comentários: 
Questão cheia de termos em inglês, para tentar assustar os candidatos. 
Mas não tem nada de mais. 
A) Incorreta. O regime de metas de inflação é uma política monetária, 
para controlar a inflação. Não tem a ver com política cambial. 
 
B) Correta. Essa é um dos maiores ganhos do regime de metas, pois as 
metas fixadas para a inflação tem que ser divulgadas (accountability). 
Essa divulgação faz com que haja um compromisso público do governo 
em cumprir o prometido. 
 
Caso não haja o comprimento, o mercado reage, punindo o governo. 
 
Ao mesmo tempo, o regime dá flexibilidade a quem faz a política 
econômica do governo (policy makers), pois eles podem agir sobre vários 
instrumentos, que vimos na aula 10, para conseguir atingir o objetivo. 
 
C) Incorreta. Apesar da publicidade dada pelas metas, o regime, por si 
só, não garante o maior monitoramento da população. No Brasil, por 
exemplo, só alguns poucos atores se interessam pelo tema (mídia 
especializada, bancos, academia, etc). 
 
D) Incorreta. Viagem! Nunca que o objetivo do regime de metas vai ser 
submeter a nossa inflação à inflação internacional. 
 
E) Incorreta. Uso restrito nada. Como falamos anteriormente, deve ser 
dada ampla publicidade. 
 
Gabarito: B

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