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Nutrição Animal Anatomia e fisiologia digestiva Além de conhecer os nutrientes e sua classificação, temos de relembrar os conceitos de anatomia do trato gastrintestinal dos animais e sua fisiologia digestiva para que possamos aplicar os conceitos de forma adequada. Categorização de acordo com os hábitos alimentares: ▪ Carnívoros: gatos ▪ Herbívoros; equinos, bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos ▪ Onívoros: cães e suínos Monogástricos ou monocavitários Possuem apenas um estomago ▪ Aves; ▪ Suínos; ▪ Cães; ▪ Gatos; ▪ Equinos; ▪ Coelhos. Poligástricos ou ruminantes Apresentam três pré-estômagos (rúmen, reticulo e omaso) e o estômago verdadeiro. ▪ Bovinos; ▪ Bubalinos; ▪ Ovinos; ▪ Caprinos. Trato gastrintestinal Revestimento interno de todos os estômagos, nada mais é do que um grande tubo com dilatações ao longo de seu trajeto, com característica histológica, composto por: - Mucosa: em contato direto com os alimentos e nutrientes. - Submucosa: suporte e controle das atividades da mucosa. - Muscular circular e longitudinal: compressão e mistura, bem como ondas peristálticas. (Peristaltismo: contração intestinal para movimento do bolo). - Serosa: suporte e revestimento. Digestão É do que a redução dos alimentos e dos compostos nutricionais a um tamanho ou solubilidade que sejam eficientes para permitir a absorção e a utilização pelo organismo. Absorção – digestão química É a passagem de pequenas moléculas do lúmen intestinal para a corrente sanguínea ou linfática. Redução da partícula – digestão mecânica O que ocorre na boca dos animais, através do processo de mastigação. Saliva Ocorre a liberação na boca, a quantidade depende se a alimentação é seca ou húmida. Formação do bolo alimentar, facilitação da deglutição, ação antimicrobiana, revestimento mucoso como forma de proteção mecânica, termorregulação e sistema tampão. - Composição: água (que perfaz a maior parte da solução, 99%), potássio, sódio, cloro, bicarbonato, cálcio, fósforo, fluoreto, iodeto, lisozimas e imunoglobulinas. As papilas ruminais variam de acordo com a alimentação, concentrados com alto teor de carboidratos e proteína sofrem fermentação no rúmen, produzindo ácidos graxos voláteis (AGV), que proporcionam o desenvolvimento e crescimento de papilas. Os alimentos grosseiramente moídos serão remastigados em um processo conhecido como ruminação, melhor aproveitamento do alimento. Após este primeiro processo de digestão mecânica, o bolo alimentar é conduzido pelo esôfago ao estômago, onde iniciará o processo de digestão química. Intestino é dividido em duas porções, o delgado e o grosso: - Intestino delgado: a mais importante porção relacionada à digestão enzimática e a absorção dos nutrientes. Subdividido em três porções: duodeno, jejuno (maior porção) e íleo (menor porção). - Intestino grosso: funções são a absorção de água e eletrólitos e a fermentação dos compostos não digeridos, o que será realizado pela microbiota presente nesta porção. É composto pelo ceco, cólon e reto. ▪ Os animais de ceco funcional, ou seja, aqueles que possuem elevada capacidade de fermentação nesta porção. Exemplo: equinos, coelhos e suínos. ▪ Aves que podem possuir um, dois ou a ausência total de cecos, conforme a espécie. Pré-estomago (mecânico): ▪ Rúmen: papilas ruminais, pH próximo da neutralidade (5,5 a 7,0), temperatura 39 a 40°C. ▪ Retículo: mucosa reticulada (favo de mel), responsável pelas contrações (primárias e secundárias), que além de serem importantes para a mistura do alimento, também atuam na eructação e propulsão do conteúdo ruminal. ▪ Omaso: redução do tamanho das partículas dos alimentos e a reabsorção de água e minerais. Estomago verdadeiro (químico): ▪ Abomaso: início da digestão enzimática, o bolo alimentar é encaminhado para o intestino delgado e na sequência para o intestino grosso. Porcentagem de ocupação da cavidade abdominal bovina - adulto 70 a 80% - rúmem 5% - retículo 8% - omaso 7% - abomaso - Suínos: melhor utilização de alimentos fibrosos que os carnívoros, presença de ceco funcional e importante fermentação no intestino grosso. - Equinos: estômago pequeno e simples, intestino delgado relativamente reduzido, ceco e cólon bastante desenvolvidos, com elevada capacidade de fermentação. - Coelhos: estômago de tamanho médio, intestino delgado curto e simples, ceco bastante desenvolvido com elevada capacidade de fermentação. Os coelhos realizam a cecotrofagia, que é a ingestão de cecotrofos, o produto da fermentação dos componentes nutricionais no ceco, o que possibilita um aproveitamento da proteína microbiana gerada nesta porção do intestino. - Aves: não possuem dentes, sendo que a apreensão do alimento ocorre pelo bico. Seu trato gastrintestinal é dividido em proventrículo e a moela (mais bem desenvolvida nas aves granívoras), onde ocorre uma digestão enzimática e mecânica. Bico – Esôfago – Papo – Proventrículo – Moela
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