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Aula 2

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Nutrição Animal 
 
Anatomia e fisiologia digestiva 
Além de conhecer os nutrientes e sua classificação, temos de relembrar os conceitos de anatomia do trato 
gastrintestinal dos animais e sua fisiologia digestiva para que possamos aplicar os conceitos de forma 
adequada. 
 
Categorização de acordo com os hábitos alimentares: 
▪ Carnívoros: gatos ▪ Herbívoros; equinos, bovinos, 
bubalinos, ovinos e caprinos 
▪ Onívoros: cães e suínos 
 
Monogástricos ou monocavitários 
Possuem apenas um estomago 
▪ Aves; 
▪ Suínos; 
▪ Cães; 
▪ Gatos; 
▪ Equinos; 
▪ Coelhos. 
Poligástricos ou ruminantes 
Apresentam três pré-estômagos (rúmen, reticulo e 
omaso) e o estômago verdadeiro. 
▪ Bovinos; 
▪ Bubalinos; 
▪ Ovinos; 
▪ Caprinos. 
 
Trato gastrintestinal 
Revestimento interno de todos os estômagos, nada mais é do que um grande tubo com dilatações ao longo 
de seu trajeto, com característica histológica, composto por: 
- Mucosa: em contato direto com os alimentos e 
nutrientes. 
- Submucosa: suporte e controle das atividades 
da mucosa. 
- Muscular circular e longitudinal: 
compressão e mistura, bem como ondas peristálticas. 
(Peristaltismo: contração intestinal para movimento 
do bolo). 
- Serosa: suporte e revestimento. 
 
Digestão 
É do que a redução dos 
alimentos e dos compostos 
nutricionais a um tamanho ou 
solubilidade que sejam eficientes 
para permitir a absorção e a 
utilização pelo organismo. 
 
Absorção – digestão química 
É a passagem de pequenas 
moléculas do lúmen intestinal para 
a corrente sanguínea ou linfática. 
 
 
 
 
Redução da partícula – digestão 
mecânica 
O que ocorre na boca dos 
animais, através do processo de 
mastigação. 
 
 
 
Saliva 
Ocorre a liberação na boca, a quantidade depende se a alimentação é seca ou húmida. Formação do bolo 
alimentar, facilitação da deglutição, ação antimicrobiana, revestimento mucoso como forma de proteção 
mecânica, termorregulação e sistema tampão. 
- Composição: água (que perfaz a maior parte da solução, 99%), potássio, sódio, cloro, bicarbonato, cálcio, 
fósforo, fluoreto, iodeto, lisozimas e imunoglobulinas. 
 
 
 
 
 
 
 
As papilas ruminais variam de acordo com a alimentação, concentrados com alto teor de carboidratos e 
proteína sofrem fermentação no rúmen, produzindo ácidos graxos voláteis (AGV), que proporcionam o 
desenvolvimento e crescimento de papilas. 
Os alimentos grosseiramente moídos serão remastigados em um processo conhecido como ruminação, melhor 
aproveitamento do alimento. 
 
Após este primeiro processo de digestão mecânica, o bolo alimentar é conduzido pelo esôfago ao estômago, 
onde iniciará o processo de digestão química. 
 
Intestino é dividido em duas porções, o delgado e o grosso: 
- Intestino delgado: a mais importante porção 
relacionada à digestão enzimática e a absorção dos 
nutrientes. Subdividido em três porções: duodeno, 
jejuno (maior porção) e íleo (menor porção). 
- Intestino grosso: funções são a absorção de água 
e eletrólitos e a fermentação dos compostos não 
digeridos, o que será realizado pela microbiota 
presente nesta porção. É composto pelo ceco, cólon e 
reto. 
 
▪ Os animais de ceco funcional, ou seja, aqueles que possuem elevada capacidade de fermentação nesta 
porção. Exemplo: equinos, coelhos e suínos. 
▪ Aves que podem possuir um, dois ou a ausência total de cecos, conforme a espécie. 
 
Pré-estomago (mecânico): 
▪ Rúmen: papilas ruminais, pH próximo da neutralidade (5,5 a 7,0), temperatura 39 a 40°C. 
▪ Retículo: mucosa reticulada (favo de mel), responsável pelas contrações (primárias e secundárias), 
que além de serem importantes para a mistura do alimento, também atuam na eructação e propulsão do 
conteúdo ruminal. 
▪ Omaso: redução do tamanho das partículas dos alimentos e a reabsorção de água e minerais. 
Estomago verdadeiro (químico): 
▪ Abomaso: início da digestão enzimática, o bolo alimentar é encaminhado para o intestino delgado e na 
sequência para o intestino grosso.
 
Porcentagem de ocupação da cavidade abdominal bovina - adulto
70 a 80% - rúmem 5% - retículo 8% - omaso 7% - abomaso 
 
- Suínos: melhor utilização de alimentos fibrosos que os carnívoros, presença de ceco funcional e importante 
fermentação no intestino grosso. 
- Equinos: estômago pequeno e simples, intestino delgado relativamente reduzido, ceco e cólon bastante 
desenvolvidos, com elevada capacidade de fermentação. 
- Coelhos: estômago de tamanho médio, intestino delgado curto e simples, ceco bastante desenvolvido com 
elevada capacidade de fermentação. Os coelhos realizam a cecotrofagia, que é a ingestão de cecotrofos, o 
produto da fermentação dos componentes nutricionais no ceco, o que possibilita um aproveitamento da proteína 
microbiana gerada nesta porção do intestino. 
- Aves: não possuem dentes, sendo que a apreensão do alimento ocorre pelo bico. Seu trato gastrintestinal 
é dividido em proventrículo e a moela (mais bem desenvolvida nas aves granívoras), onde ocorre uma digestão 
enzimática e mecânica. Bico – Esôfago – Papo – Proventrículo – Moela

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