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QUESTÃO 1 A alternativa correta é a letra e. Não é cabível o divórcio consensual pela via administrativa porque o casal tem um filho menor. De acordo com a Lei nº 11.441/2007, que alterou o Código de Processo Civil brasileiro, o divórcio consensual pode ser realizado por via administrativa, perante o tabelião de notas, desde que o casal não tenha filhos menores ou incapazes. No caso de Paulo e Maria, como eles têm um filho de 10 anos de idade, o divórcio deve ser realizado judicialmente. As demais alternativas estão incorretas conforme a Lei nº 11.441/2007 e o Código de Processo Civil. A alternativa a está incorreta porque, embora seja possível constar na escritura a pensão alimentícia do filho menor e a partilha de bens, o divórcio não pode ser realizado pela via administrativa se o casal tem filhos menores. A alternativa b está incorreta porque a escritura pública de divórcio é título hábil para o registro civil. A alternativa c está incorreta porque é possível que na escritura pública Maria retome seu nome de solteira. A alternativa d está incorreta porque Paulo e Maria podem ser assistidos pelo mesmo advogado no divórcio consensual pela via administrativa. QUESTÃO 2 A questão pede para assinalar a alternativa INCORRETA. Vamos analisar cada uma: a. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento1. Esta afirmação está correta. Se o testador se torna incapaz após a realização do testamento, isso não afeta a validade do documento. b. Podem testar somente os maiores de 18 (dezoito) anos2. Esta afirmação também está correta. De acordo com o Código Civil brasileiro, apenas pessoas maiores de 18 anos podem fazer um testamento. c. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno discernimento2. Esta afirmação está correta. O testamento feito por uma pessoa que não tem pleno discernimento no momento da sua realização é inválido. d. O testamento do incapaz não se valida com a superveniência da capacidade3. Esta é a alternativa INCORRETA. Se uma pessoa incapaz faz um testamento e depois adquire capacidade, o testamento não se torna válido automaticamente3. Portanto, a alternativa d é a resposta correta para esta questão. QUESTÃO 3 A questão pede para assinalar a alternativa INCORRETA. Vamos analisar cada uma: a. Aos tabeliães de notas compete autenticar documentos e fatos12. Esta afirmação está correta. Os tabeliães de notas têm a função de autenticar documentos e fatos1. b. É de competência dos tabeliães de notas a autenticação de documentos e reconhecimento de firma2. Esta afirmação também está correta. Os tabeliães de notas têm a competência para autenticar documentos e reconhecer firmas21. c. No caso de doação de bens imóveis, não importa a localização deles para determinar a competência do notário3. Esta afirmação está correta. A competência do notário não é determinada pela localização dos bens imóveis3. d. Compete com exclusividade ao tabelião de notas lavrar escrituras e procurações públicas; lavrar testamentos públicos; lavrar atas notariais; reconhecer firmas e autenticas cópias; lavrar protestos registrando o ato em livro próprio4. Esta afirmação está correta. Estas são algumas das funções exclusivas do tabelião de notas. e. Entre as funções dos tabelião de notas está, fundamentalmente, a de intervir nos atos e negócios jurídicos a que as partes devam ou queiram dar forma legal ou autenticidade5. Esta é a alternativa INCORRETA. Embora os tabeliães de notas possam intervir em atos e negócios jurídicos para dar-lhes forma legal ou autenticidade, esta não é sua função fundamental5. Portanto, a alternativa e é a resposta correta para esta questão. QUESTÃO 4 Flávia descobriu que um site estava usando suas fotos sem sua permissão. Ela capturou a tela com as imagens e decidiu fazer um registro formal. Ela foi orientada a fazer uma escritura pública para isso1. As opções são: a. Não há nenhuma medida notarial possível para registrar a situação, pois a legislação não permite consignar o fato em um tabelionato2. b. Flávia deve solicitar o registro da situação por meio de uma ação judicial, que, após determinação do juiz, será feita por meio de uma escritura pública3. c. É possível registrar a situação tanto por meio de uma ata notarial quanto de uma escritura pública em um tabelionato de notas, pois ambos os instrumentos servem ao propósito pretendido por Flávia4. d. É possível registrar a situação por meio de uma escritura pública, na qual o tabelionato de notas descreverá fielmente os fatos, incluindo também as imagens no referido instrumento56. e. É possível registrar a situação por meio de uma ata notarial, na qual o tabelionato de notas descreverá fielmente os fatos, incluindo também as imagens no referido instrumento. A assertiva correta é a alternativa e. Flávia pode registrar a situação por meio de uma ata notarial, na qual o tabelionato de notas descreverá fielmente os fatos, incluindo também as imagens no referido instrumento12. A ata notarial é um instrumento público pelo qual o tabelião, ou preposto autorizado, dá fé de fatos que presenciou ou verificou pessoalmente. No caso de Flávia, o tabelião pode verificar a existência das fotos no site e registrar esse fato em uma ata notarial. A ata notarial pode ser usada como prova em um processo judicial para proteger os direitos de Flávia. As demais alternativas são incorretas porque: · Alternativa a é incorreta porque a legislação permite o registro de fatos em um tabelionato por meio de uma ata notarial. · Alternativa b é incorreta porque não é necessário iniciar uma ação judicial para registrar a situação. Flávia pode ir diretamente a um tabelionato de notas e solicitar uma ata notarial. · Alternativa c é incorreta porque, embora tanto a ata notarial quanto a escritura pública sejam instrumentos notariais, eles têm finalidades diferentes. A escritura pública é usada para documentar atos jurídicos, como a compra e venda de imóveis. A ata notarial é usada para documentar fatos que o tabelião presenciou ou verificou pessoalmente. · Alternativa d é incorreta porque a escritura pública não é o instrumento adequado para registrar a situação descrita. A escritura pública é usada para documentar atos jurídicos, não fatos que o tabelião presenciou ou verificou pessoalmente. QUESTÃO 5 A alternativa INCORRETA é a letra e. A escritura pública é um documento considerado verdadeiro para todos os efeitos e dotado de fé pública, gerando presunção relativa (iuris tantum) de sua veracidade, isto é, admite prova contrária aos seus termos. Portanto, a afirmação de que a escritura pública gera uma presunção absoluta (iuris et de iure) de sua veracidade, que não admite prova em contrário, está incorreta. As demais alternativas estão corretas conforme o Código Civil Brasileiro e a Lei nº 8.935/94 (Lei dos Cartórios). A alternativa a está correta conforme o artigo 108 do Código Civil. A alternativa b está correta conforme o artigo 544 do Código Civil. A alternativa c está correta conforme o artigo 496 do Código Civil. E a alternativa d está correta conforme o artigo 215 do Código Civil e o artigo 30 da Lei nº 8.935/94. QUESTÃO 6 A alternativa correta é a letra c. Não existe a necessidade de nomeação de inventariante no inventário e partilha extrajudicial, já que se perfaz em um só ato. O inventário e partilha extrajudicial é uma forma simplificada e rápida de se resolver a sucessão de bens de uma pessoa falecida, desde que todos os herdeiros sejam maiores e capazes e estejam de acordo com a partilha. Nesse caso, não há necessidade de se nomear um inventariante, que é a pessoa responsável por administrar os bens do espólio no processo judicial. Basta que os herdeiros compareçam a um tabelionato de notas, acompanhados de um advogado, e lavrem uma escritura pública de inventário e partilha. As demais alternativas estão incorretas conforme o Código de Processo Civil e a Lei nº 11.441/07. A alternativa a está incorreta porque o prazo de 2 meses para a realização do inventário é aplicável tanto no âmbito judicialquanto no extrajudicial, sob pena de multa. A alternativa b está incorreta porque a meação de companheiro pode ser considerada no inventário extrajudicial, desde que haja prova documental da união estável ou do casamento. A alternativa d está incorreta porque é indispensável a presença de advogado para a lavratura de escritura de inventário e partilha extrajudicial, conforme o artigo 982 do Código de Processo Civil e o artigo 1º da Lei nº 8.906/94 (Estatuto da Advocacia). QUESTÃO 7 A alternativa correta é a letra e. É possível que na lavratura de escritura pública de inventário consensual, um ou mais herdeiros sejam representados por mandatário, o qual deverá apresentar procuração pública. As demais alternativas estão incorretas conforme o Código Civil Brasileiro e a Lei nº 8.935/94 (Lei dos Cartórios). A alternativa a está incorreta porque o tabelião não pode praticar atos de seu ofício fora dos limites territoriais do município para o qual recebeu delegação. A alternativa b está incorreta porque a conversão de união estável em casamento deve ser realizada por meio de sentença judicial e não por ato próprio do Oficial do Registro Civil. A alternativa c está incorreta porque o pacto antenupcial deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis para surtir efeitos perante terceiros. A alternativa d está incorreta porque a união estável pode ser declarada por escritura pública mesmo em relação às pessoas casadas, mas separadas de fato ou judicialmente.
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