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DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL
A sabedoria é adquirida em estágios. É aprendida 
quando deixamos o velho e arriscamos uma 
aventura num território desconhecido.
Quando você inicia uma jornada dentro de um 
novo território, um mapa ou um esboço da estra-
da à frente dá-lhe confiança ou, pelo menos, 
conforto para enfrentar o terreno e os obstáculos 
que o esperam. Um mapa dá-lhe esperança 
quando você parece perdido. Ele permite que 
você se lembre de como ser criativo ou audaz 
porque há muitas maneiras de alcançar o objeti-
vo. Pode preveni-lo sobre becos sem saída e 
desvios, de tal maneira que seu tempo não é 
desperdiçado. Você pode, também, registrar sua 
jornada para ajudar as outras pessoas que viajarão 
pelo mesmo território. Pode dar-lhe tenacidade e 
paciência para agir apesar dos obstáculos. Os 
melhores mapas mostrar-lhe-ão como e quando 
preparar-se para os diferentes estágios da jornada.
 
Um viajante habitual sabe que cada mapa, não 
importa quão acurado ou elaborado é, não é 
idêntico ao território que descreve. As ricas sensa-
ções, as dimensões estéticas, pessoais e sociais da 
experiência, não podem ser abstraídas e simboli-
zadas no papel bi ou tridimensional. Ao cami-
nhar pelo território, você construirá sua própria 
visão, vulnerável às sensações e possibilidades. 
Cada passo do caminho tem uma essência e 
centro únicos, que dão sabor à sua experiência de 
tempo e espaço. Nenhum mapa inclui todas as 
formas de experiências que o transformarão, o 
irão enriquecer e amadurecer. O mapa é apenas a 
superfície. Mesmo se o mapa é do território 
psicológico, emocional ou espiritual, é apenas 
uma abstração. Ele está do lado de fora da verda-
deira experiência. Estudar, destacar, argüir e 
admirar um belo mapa, não o transformará ou o 
elevará. Somente a experiência e o desafio de 
cruzar o território real o leva além da superfície e 
abre a porta para a transformação e a criatividade. 
Somente quando você escala altas colinas, avança 
com dificuldade sobre profundas torrentes e 
dorme sob a sombra dos bosques, pode aumentar 
a sua fortaleza, construir sua confiança, transfor-
mar sua capacidade para enxergar e solidificar 
sentimentos de integridade e de auto-valor. Nada 
disto lhe pode ser dado através de um mapa. 
Nada disto será igual para diferentes explorado-
res do mesmo território registrado em um mapa. 
Mesmo assim, os mapas são essenciais para abrir 
a porta do conhecimento mais profundo que 
vem com a experiência e com a sabedoria.
O mais importante mapa para ter e compreender 
é aquele que codifica o território do Ser e os 
estágios da auto-mestria. Independente da área 
de conhecimento e de ação em que você se 
encontra, o ser é o centro da experiência. Você 
precisa ter a habilidade de guiar a sua mente 
através dos estágios de aprendizado e mestria. 
Precisa conhecer o limite universal que marca o 
caminho do noviço para o aprendiz, do artesão 
para o especialista e, finalmente, para o misterio-
so reino da Mestria. Este mapa é um guia para 
seu crescimento em cada área do conhecimento 
interpessoal, espiritual, mercantil, gerencial, 
físico ou fisiológico.
162
OS CINCO ESTÁGIOS
DA SABEDORIA
O mapa dos estágios da sabedoria é, freqüente-
mente, o mapa dos mapas. É um meta-mapa de 
como a mente trabalha em cada situação. A 
mente sempre usa mapas, consciente ou incons-
cientemente, para organizar seu entendimento 
da realidade. Algumas vezes, são estes mesmos 
mapas que nos limitam a promoção do cresci-
mento e a exploração. Um mapa dos estágios da 
sabedoria o guia através dos níveis de planeja-
mento que a mente usa para cada estágio de 
aprendizagem. Muitas grandes pessoas tornaram-
-se Mestres de uma disciplina ou de seus próprios 
seres. Através de seus esforços, deixaram para trás 
registros e, algumas vezes, instruções explícitas 
sobre a caminhada para a sabedoria e sobre a 
natureza da mestria.
Uma vez que estamos atuando no plano da aqui-
sição de habilidades, isto pode ser acumulado em 
qualquer área de conhecimento. Todos os mapas, 
de diferentes áreas, culturas e tempo, comparti-
lharão uma estrutura comum de estágios ou 
passos. Mestres da guerra, do esporte, de uma 
ciência, da música ou do espírito precisam ter a 
mestria sobre si mesma. O tema de estudo de 
uma disciplina espiritual é o próprio ser. A 
mestria neste campo de ação é o mais direto 
caminho para aprender sobre os caminhos da 
sabedoria e do ser.
No mundo espiritual, aqueles sábios e santos que 
caminharam com êxito por este caminho, deixa-
ram-nos muitos mapas, presentes, sutras, escritu-
ras, técnicas e inspiração para ajudar-nos a com-
pletar a jornada e evitar os perigos. Um destes 
mapas é o conhecimento do crescimento espiri-
tual e de que todo crescimento interior não 
ocorre num passo, num lampejo, ou num 
momento. Não é tudo ou nada, branco ou preto. 
É um esforço cumulativo. É como a especial 
magnificência de um amanhecer, onde uma cor 
vai construindo, imperceptivelmente, uma outra 
para cobrir o céu, numa visão que comanda a 
perfeição da natureza. É uma unidade que ocorre 
em estágios.
Quando todos os estágios estão completos, a 
pura luz branca do Sol dissolve todas as fases do 
amanhecer dentro da singular realidade da 
manhã.
Quando você atravessa os estágios de Mestria, 
você não pode saltar nenhum deles, mesmo 
quando, no final de um, já vê o novo abrangendo 
a realidade do Ser e da área de conhecimento que 
você domina. Há cinco estágios que são fases 
universais de aprendizagem e crescimento na 
emoção, ação e cognição humana.
No mundo espiritual, estes cinco estágios (pad 
significa estágio ou passo) foram registrados 
pelos Gurus Sikhs e elaborados por Yogi Bhajan:
1. SARAM PAD
2. KARAM PAD
3. SHAKTI PAD
4. SAHEJ PAD
5. SAT PAD
A classificação para a pessoa que se move pelos 
estágios é: iniciante, aprendiz, perito, especialista e, 
finalmente, um mestre. A natureza da experiência e
os tipos de ensinamentos e desafios úteis para o 
estudante são diferentes em cada estágio. Uma vez 
que você compreende os estágios, encontrará exem-
plos deles em cada área de sua vida.
SARAM PAD
O ESTÁGIO DO INICIANTE
Nele você é chamado a fazer, aprender ou explo-
rar algo. É um tempo onde você está exposto ao 
assunto ou a tarefa. É a primeira instrução de 
como dirigir, o estímulo para proceder no 
primeiro encontro, o tempo para testar sua cami-
nhada num novo território.
Neste estágio, você não tem ou, pelo menos, tem 
poucas experiências, não há memória de sucesso 
ou falhas para guiá-lo. Você pode ter ouvido 
estórias ou ter lido algo sobre o assunto, mas não 
terá encontrado esta situação desafiadora antes. 
Há três tipos de motivações que o levam a saram 
pad:
1. Necessidade, possibilidade e destino
Quando a vida nos traz doenças, problemas, 
dificuldades e frustrações, procuramos por outro 
caminho. Se as coisas não vão bem o suficiente, 
163
agimos porque é necessário evitar a dor e aceita-
mos o risco de explorar algo novo porque preci-
samos. Isto pode ser a motivação para tentar uma 
nova solução matemática para o problema, uma 
nova maneira de flertar com um amor, ou uma 
nova forma de reunir dados de uma companhia. 
A velha maneira parece insuficiente. Está em 
frente a algo diferente. Então, alguma coisa o 
introduz no novo método: você lê sobre uma 
alternativa, ou é orientado por uma súbita visão 
de um caminho fora do sofrimento.
2. A segunda motivação nasce da possibilidade
Você observa um amigo ou colega que gosta de 
uma experiência ou tarefa. Maravilha-se com a 
forma de obter este estado de satisfação, recebe 
amostras de um exercício, comida ou pensamen-
to e encontra satisfação nela. Então, você procura 
aumentar a sua satisfação e para isto, começa a 
procurar algo similar. Você assume os riscos e as 
vestes do noviço para encontrar a possibilidade 
de grande satisfação ou ampliação do prazer que 
você experimentou.
3. O terceiro tipo de motivação é intuitivo, 
total e vem do ser criativo da pessoa
Ocorre independentemente da dorou do prazer, 
da fama ou da degradação, da riqueza ou da 
pobreza, da aceitação ou rejeição. É quando você 
sente “um chamado”. Não é um simples desejo 
que vem de uma parte de seu ser, que tem sido 
negligenciado ou precise expressar-se. Um 
chamado vem do ser total. Quando você age a 
partir de um chamado, há um sentimento de 
destino. Sente que faz uma escolha com a alma 
livre e verdadeira e que não poderia ter feito 
outra escolha. Isto é o sentido da manifestação 
criativa de algo que é identificado com seu ser 
real ou seu objetivo verdadeiro. É a ação do amor 
mais que da paixão e do medo. Você se move de 
forma confortável igualmente ante as coisas 
diferentes, como também com as familiares e 
similares de experiências passadas. Você procura, 
ao invés da expressão única e autêntica, a própria 
unidade. Independente da motivação que traz 
alguém para “Saram Pad”, todos começam na 
mesma situação e com os mesmos desafios. 
O iniciante não sabe no que estar atento. Quais, 
entre centenas e milhares de aspectos e sensações, 
serão priorizados. Lembre-se de quando você 
iniciou a andar de bicicleta, dirigir um carro ou 
jogar xadrez; nesta ocasião, algum instrutor 
cuidadoso ensinou-lhe: segure a barra de direção, 
mantenha a bicicleta sem cair, pedale constante-
mente e permaneça do lado direito da estrada. 
No caso de um carro: mantenha-se à direita da 
linha central divisória, aplique os freios devagar, 
permaneça um pouco afastado do carro da frente 
e sinalize todos os movimentos claramente. As 
instruções são baseadas em características fáceis 
de identificar. As regras para seguir são diretas e 
absolutas e permitem que você se concentre sem 
ser esmagado. Uma boa instrução para um 
noviço não inclui todas as exceções e circunstân-
cias especiais que ocorrerão. Idealmente, o 
noviço dirige em estradas fáceis, sem mau tempo 
ou tráfego denso. 
Um noviço dirige uma bicicleta com poucos 
acessórios e sempre no mesmo caminho. O 
noviço joga um pouco, usando movimentos 
simples que enfatizam as diferentes naturezas e 
valores para cada peça. Boas regras para um 
noviço são aquelas fáceis de compreender. Você 
não deve ensinar a um motorista de primeira 
mão: permaneça a 30 pés do carro da frente se 
você for mais rápido; depois aumente 20 pés a 
cada 5mph, a menos que o fluxo do tráfego esteja 
mais tranqüilo que o usual, ou se estiver garoan-
do e a superfície da estrada esteja lisa, a menos 
que a chuva tenha sido moderada por meia hora, 
mas seja cuidadoso se a chuva é intensa e aumen-
te a distância dos outros carros, quando eles estão 
lentos porque isto pode indicar álcool, ou outros 
problemas, etc. Esta lista confundiria o mais 
sincero noviço.
O noviço não precisa ainda aprender todos os 
fatos. Tentar listar todas as sensações e exceções 
das experiências da vida real é uma terrível forma 
de ensinar. Não é desta forma que você apren-
deu? As regras para o noviço precisam ser claras e 
livres do contexto. O trabalho do noviço é com-
preender o que lhe cabe fazer. Não tem um senso 
integrado de todas as tarefas baseado na experi-
ência. A única forma de ele poder julgar a quali-
164
dade de sua performance é avaliar como está 
seguindo as orientações. A qualidade pessoal que 
ele precisa cultivar é a escuta, e a abertura de 
coração e da mente para executar. O processo é 
estabilizar certos hábitos e torná-los automáticos. 
Desta forma, a atenção pode ser aberta em outras 
experiências que detalham o próximo nível de 
aprendizagem. 
As orientações precisas permitem experiências 
sem correr grandes riscos. Os estudantes, que 
podem facilmente observar similaridades e seguir 
orientações repetindo comportamentos, desta-
cam-se neste estágio de aprendizagem. 
Aqueles entusiastas, que se entrgam ás orienta-
ções, buscadores de fórmulas, que se concentram 
no agora e não perguntam prematuramente por 
estágios mais avançados, avançam bem nessa 
etapa. Para um estudante de Kundalini Yoga 
algumas orientações poderiam ser: fazer respira-
ção de fogo somente por três minutos, tomar 
somente líquidos ou chá iogue nas segundas-fei-
ras, fazer cada série exatamente como é dada na 
seqüência e no tempo, tomar cinco minutos de 
banho frio a cada manhã, nunca falar uma pala-
vra dura ou fazer fofoca. Muitas vezes, condições 
especiais são criadas para acentuar a experiência 
do iniciante: fazer uma monodieta por três dias e 
não falar durante um retiro. Cada uma destas 
experiências enfatiza certos traços do projeto 
comportamental e emocional. 
Num caminho espiritual orientações precisas 
ajudam a observar e a distinguir entre o ego e o 
verdadeiro ser. O aspirante espiritual desenvolve 
costumes que optam pelo Ser. Se você pratica 
neste estágio, é fácil movimentar-se para o próxi-
mo estágio. Em música, aprender a bater em uma 
nota automaticamente permite-lhe deslocar sua 
atenção para refinar a execução das notas, melo-
dia e harmonia.
KARAM PAD
O ESTÁGIO DO APRENDIZ
O segundo estágio é o de aprendiz. O estudante 
é chamado “um aprendiz” neste estágio porque é 
ação o que lhe é pedido: fazer e praticar num 
vasto raio de ação concreta. A palavra Karam 
significa fazer ou executar as tarefas e os trabalhos 
que são feitos pelo estudante dentro de circuns-
tâncias variadas. Durante este processo exceções e 
novos aspectos surgirão, sem que estejam especi-
ficados como nas orientações precisas do primei-
ro estágio. Desta forma, o aprendiz precisa 
buscar as experiências de um professor mais 
avançado ou dos próprios parceiros que estão 
tendo desafios similares. 
Os grandes desafios de Karam Pad são enriqueci-
mentos sensoriais, acúmulo de experiências em 
muitos contextos, redefinição da natureza das 
tarefas e expectativas sobre elas e desenvolvimen-
to da concentração em situações complexas. Ao 
ganhar experiência de que há muitos elementos 
sensoriais na tarefa, o estudante sente a necessi-
dade de redefinir seu conceito de tarefa. A tarefa 
pode ter sido definida num só sentido para o 
iniciante. A regra para dirigir um carro era: 
manter o carro a 40 milhas por hora em segunda 
marcha. No segundo estágio, o estudante moto-
rista agora reconhece o som de “marcha forçada”, 
é capaz de olhar o terreno íngreme à frente, sentir 
o aquecimento do motor, o sacudir dos pneus e o 
cheiro de fumaça do exaustor ou do conversor 
catalítico. A informação que vem de todas estas 
fontes permitem a redefinição da tarefa e quais as 
opções disponíveis para o motorista. Cada carro 
e cada situação são tão variados que poderia ser 
inútil a tentativa de elaborar uma lista completa 
de todas as sensações que estão disponíveis à 
atenção treinada. O caminho da experiência traz 
muitas sensações para o estudante. Este enrique-
cimento sensorial é uma tarefa para o aprendiz.
 
Ensinar tarefas que realcem a abertura sensorial é 
um grande catalizador neste estágio. Usualmente 
o estudante tem preferência por algum sistema 
sensorial, dependendo do hábito, treinamento e 
temperamento. Num contexto de negócios, o 
aprendiz precisa prestar atenção aos gráficos 
estatísticos da corporação e olhar também para as 
soluções pessoais. 
O estudante precisa estender a base de seus dados 
também para a impressão das pessoas, ouvindo 
suas declarações, incluindo os tons emocionais 
em seu relatório. O ritmo e o passo que os 
165
responsáveis pelo negócio solicitam e o sentido 
de ordem e desordem no acontecimento podem 
também ser significantes. Este tipo de flexibilida-
de sensorial é essencial para passar por este 
estágio de aprendizagem. 
Uma outra tarefa central para este estágio é a 
habilidade para concentrar-se à medida que o 
número de sugestões aumenta, o que é uma 
função da experiência sobre um grande raio de 
situações. A habilidade para apresentar similari-
dades com exceções é um estilo cognitivo que 
cria excelência neste estágio. Em cada nova 
circunstância, a habilidade para apresentar 
pequenos desvios das regras originais e nova 
formulação de tarefas, direcionam a concentra-ção para o que precisa ser aprendido. Um apren-
diz não encontra uma situação nova sem uma 
história. 
Um aprendiz teve suas experiências e, portanto, 
um passado para comparar com a situação atual. 
A prática fez com que se tornasse fácil e rápido 
buscar as similaridades do passado e, desta forma, 
a atenção se desloca para as diferenças dentro de 
circunstâncias razoavelmente similares. Subir 
uma colina, dirigindo um carro, é muito similar 
se o dia está ensolarado ou nublado, mas a refle-
xão da luz e o julgamento visual será diferente. 
Isto afetará o julgamento do motorista sobre a 
passagem de um outro carro, por exemplo.
Como o estudante acumulou as experiências, a 
colina é uma similaridade que se torna rodeada e 
enriquecida por muitas diferenças: o tempo, o 
número de carros, a hora do dia, a condição do 
carro, a potência do motor, o número de passa-
geiros, a condição dos outros motoristas, a super-
fície da estrada, o tipo de arredores, etc. Um bom 
aprendiz desenvolverá o que Yogi Bhajan chama 
uma “natureza subconsciente alerta” para as 
pequenas diferenças de situações passadas que 
requerem uma atenção extra. Este alerta extra 
coloca o aprendiz no estado de acelerar o apren-
dizado e a concentração. O acúmulo destas expe-
riências, muitas vezes, prepara o aprendiz para 
manejar desafios cada vez mais complexos e 
variados. Um estudante de yoga destaca-se neste 
estágio de aprendizagem se faz sua prática regu-
larmente.
Os exercícios de Yoga, como a sadhana e a medi-
tação, precisam ser realizadas dia após dia, de 
qualquer modo. Isto dá ao aprendiz a habilidade 
para estabelecer uma perspectiva independente, 
apesar das condições ao redor da prática e suas 
mudanças. Desenvolve elasticidade e resistência. 
Também desenvolve o número de táticas dispo-
níveis para o aprendiz. 
Um grande catalizador deste estágio de aprendi-
zagem é ler e estudar a história de bons modelos 
de tarefas, ouvir a experiência dos parceiros que 
treinaram em diferentes contextos e ter um 
mentor que promova oportunidades que desa-
fiem e que promovam previamente o aprendiza-
do. 
Para se preparar para o próximo estágio de apren-
dizagem ,o contexto que você experimenta como 
um aprendiz precisa ser o mais variado possível.
SHAKTIPAD
O ESTÁGIO DO PRATICANTE
O terceiro estágio é o mais crucial, transitório e 
desafiante de todos os estágios. As escolhas feitas 
neste estágio e a transformação que tem lugar na 
capacidade dos estudantes determinam se o 
praticante progredirá em direção à mestria, se 
permanecerá no nível de aprendiz ou se desistirá 
totalmente do estudo. É um estágio em que ou 
uma transformação ou uma descontinuidade 
ocorrem. Na disciplina espiritual, shaktipad é 
conhecido como o teste do ego ou o teste do 
poder. 
Neste estágio, o estudante já acumulou uma 
grande quantidade de experiências. Ele testou as 
regras, acumulou habilidades e hábitos conscien-
tes e inconscientes e está ocupado com as possibi-
lidades. O que é requerido para alguém nesse 
estagio é a habilidade de selecionar um objetivo, 
fixar uma motivação e, conscientemente, com-
prometer-se com uma série de valores....precisa, 
também, desenvolver a habilidade para estabele-
cer uma priorização de escolhas... precisa ter uma 
faculdade para priorizar séries complexas de 
tarefas e decisões e estabelecer o que é e o que não 
é significante para o objetivo. Imagine o moto-
166
rista que aprendeu, como um noviço, as tarefas 
básicas para guiar um carro. 
Como um aprendiz, aprendeu a arte de dirigir e 
explorou muitas rotas e tipos de veículos diferen-
tes. Agora, como um praticante, um novo nível 
de tarefas é demandado. Como escolherá dentre 
as muitas possibilidades que você está, tecnica-
mente, habilitado para executar? Como pratican-
te, é necessário escolher uma estratégia. É neces-
sário assumir a responsabilidade pela escolha de 
uma entre todas as trilhas que você pode tomar 
ao longo da viagem. O motorista pode ter 
cinqüenta caminhos que o levam a Boston. 
Colocar todas as escolhas na mente, sem um 
método para restringir e dirigir uma decisão, 
poderia ser confuso, esmagador e consumir 
tempo. Nesse estágio, ao contrário, escolhe o 
caminho para Boston baseado num objetivo ou 
valor particular para a viagem. Cada rota satisfaz 
um diferente valor. A rota 1 é mais “rápida” e 
economiza tempo. A rota 2 é mais “bonita”. A 
rota 3 é mais “social”, pois passa pela casa de 
amigos. A rota 4 é “mais histórica”, apresentando 
muitos monumentos. A rota 5 é “mais desafian-
te”, com diversidade de paisagens e condições de 
estrada. A escolha do valor que determinará a 
escolha da rota precisa ocorrer antes do início da 
viagem. Se você decidir pela “beleza”, não poderá 
mudar ou reclamar à última hora. Como um 
aprendiz, cada jornada estava especificada pelo 
mentor. Como um praticante, a escolha agora é 
sua. Como um aprendiz, você aprendeu que há 
muitas regras para diferentes situações. Como 
um praticante, você deve formular quais as séries 
de regras a aplicar. As regras: beleza, velocidade, 
desafio e novidade são diferentes. Este estágio é 
semelhante à adolescência.
O noviço é um recém-nascido, o aprendiz é uma 
criança e o praticante é como o adolescente que 
está pronto para desafiar as regras, arriscar novas 
combinações e agir dentro de padrões diferentes 
dos do passado. É um estágio criativo e perigoso. 
Da mesma forma que um adolescente quer o 
poder de escolher sem o perigo da responsabili-
dade, o praticante quer tomar uma decisão sem 
comprometimento. 
O praticante que aprende a dirigir com responsa-
bilidade, a vencer as dúvidas e usar os valores 
apropriados, conquista este estágio de aprendiza-
gem. O motorista adolescente pode decidir que 
“velocidade” é o valor mais importante. O moto-
rista, então, não fica à distância adequada do 
carro da frente, arrisca curvas em alta velocidade 
e se arremessa por entre os outros carros no tráfe-
go. Se o praticante se apegar àquele valor, estará 
insensível às situações que não se ajustem a este 
valor. Ele gastará tempo para tentar conseguir 
matar-se ou colocar em risco os outros motoris-
tas. Se o motorista gosta de velocidade e está 
disposto a ser um noviço neste valor, deve se 
inscrever num curso para motoristas de corrida e 
tornar-se um profissional desta área. Este é o 
teste de poder de shaktipad. 
O praticante olha para todas as situações, para o 
panorama dos fatos e das escolhas. Precisa, então, 
atuar do todo para uma parte do todo. Esta é 
uma habilidade crítica.
A habilidade cognitiva necessária a este ponto é a 
capacidade de perceber as implicações de todas as 
possibilidades de escolha e informação. Agir 
inconsciente ou incorretamente a partir de uma 
visão de uma pequena parte do todo é um erro 
fatal. Um praticante falha se escolhe o valor e o 
objetivo de que gosta ou no qual encontra muito 
interesse ou estimulação, em detrimento do valor 
que serve ao projeto maior, tarefa ou estudo que 
ele treinou para atingir. A experiência deste tipo 
de tomada de decisão é frequentemente desagra-
dável e completamente assustadora. É cercada 
pela incerteza e traz dúvidas. Este é um momento 
perigoso e existencial. É agonizante como a deci-
são de Hamlet - uma questão de identidade ou 
comprometimento. A decisão é tomada pelo 
esforço deliberado para alcançar a perspectiva 
correta do todo e para discernir o verdadeiro 
significado da decisão. O ego ou apego do estu-
dante tornam-se os maiores bloqueios deste 
estágio. Imagine o motorista que gosta tanto de 
sentir o carro em movimento que recusa-se a 
estudar os mapas ou fazer planos. A sensação de 
dirigir está tão internalizada que a habilidade que 
viria a seguir não pode ser desenvolvida. Isto 
acontece com os games. Recordo-me certo joga-
dor de vídeo game que não conseguia ultrapassar 
certo número de pontos. Eu lhe disse que sabia 
167
como fazer isto, mas ele tinha de deixar o dispa-
rador tornar-se automático. Ele disse-me que 
sabia disto, mas preferiasentir o desafio. O seu 
apego àquela sensação bloqueou-o para mover-se 
para um nível melhor de performance. 
O amor ao desafio era maior que o comprometi-
mento com o objetivo do jogo, que era o de 
conseguir maior número de pontos e, desta 
forma, a meta não pôde ser atingida. Tampouco 
conseguiu sentir a mestria de vencer seus 
próprios apegos para chegar ao objetivo do jogo. 
Neste ponto, o meu amigo redefiniu o jogo e 
concluiu que o que havia feito antes estava 
errado. Isto equivale a negar a ajuda do guia que 
lhe diz como continuar e não parar, se quiser 
alcançar o fim. 
Um praticante que não passa no teste de shakti-
pad nega o professor ou o mentor. Ele está cheio 
de dúvidas sobre os valores do que fez antes e 
duvida da sabedoria do professor. O teste verda-
deiro deste estágio é o teste de superar a dúvida, 
para criar uma ação onde todas as partes da 
mente estão atrás do caminho que você escolheu 
originalmente. 
Este estágio requer comprometimento. Requer 
envolvimento no sentido de que você é total-
mente responsável por sua escolha. O resultado 
da escolha, bom ou mau, é sua responsabilidade. 
O sucesso e o fracasso tornam-se e cheios de pres-
ságios e conseqüências. É similar ao adolescente, 
cuja pequena negação ou aceitação pelos outros é 
recebida com uma enorme reação de raiva ou 
êxtase. Cada ação, desde que verdadeiramente 
sua, é amplificada em seus impactos e efeitos. 
Esta escolha de valores não pode ser feita de 
forma impessoal. É sempre uma escolha pessoal 
que fazemos. Não é possível neste estágio ter uma 
perspectiva cósmica do desapego. A escolha não 
pode ser evitada sem deter o aprendizado e o 
crescimento. Isto acontece porque a escolha é 
feita primeiro, antes de se seguir adiante. Nas 
disciplinas espirituais, isto é o salto da fé. É o 
momento em que você escolhe seguir seus 
próprios desejos e perspectivas limitadas ou os 
valores elevados, estabelecidos pelo caminho ou 
pelos ensinamentos que você começou a estudar. 
Além deste ponto, o estudante está desapegado 
da escolha. Como um noviço, você apenas seguia 
regras. Como um aprendiz, você estava ocupado 
aprendendo novas percepções. Como um prati-
cante, você está competente para fazer muitas 
tarefas relacionadas às atividades que está apren-
dendo. Você precisa escolher onde e para que 
usar o que está aprendendo.
No caminho do Yoga, muitos estudantes saem 
neste ponto porque sentem que alguma parte 
deles está sendo ignorada ou rejeitada por seus 
esforços anteriores. Outros ganham um ego 
espiritual e fantasiam-se completamente, mesmo 
com a advertência do professor e dos ensinamen-
tos de que não se deve chegar a este ponto. 
Outros enfraquecem lentamente porque deci-
dem que são exceção às regras e que não precisam 
mais seguir a disciplina original.
Aqueles estudantes que podem atuar com fé e 
totalidade realizam bem este estágio. Os estudan-
tes que podem pesquisar diferentes formas para 
chegar ao objetivo principal e corrigir suas 
direções, passam através deste estágio muito 
facilmente. É fácil, neste estágio, tornar-se 
hipnotizado pela satisfação e poder das habilida-
des que você ganhou. Se o indivíduo segue o 
caminho, emerge com força e poder em direção a 
seu objetivo.
SAHEJ PAD
O ESTÁGIO DO ESPECIALISTA
O quarto estágio, o do especialista, é uma alegria. 
É uma completa mudança do perigoso estágio de 
shaktipad. “Sahejpad” significa o estágio da 
facilidade e elegância. Neste estágio, o estudante 
já adquiriu a experiência, está enfocado no obje-
tivo e cada novo desafio aumenta suas habilida-
des. O que se modifica é a preocupação com seu 
ser. Neste estágio, o especialista se envolve com 
uma missão. Ele salta do completo envolvimento 
com a tarefa e o sujeito e a estimativa do padrão 
de sua ação. Nunca há uma pergunta sobre o que 
faz ou porque faz, há apenas a intensa associação 
de um padrão após o outro. 
No mundo do xadrez, um estudante no estágio 
do especialista, memorizará 10.000 a 50.000 
168
jogadas. O especialista pode reconhecer cada 
uma, de um só lance. Imagine que cada jogada é 
uma personalidade. O especialista olha o tabulei-
ro e conhece Susan, Jake ou Gurnam. Imediata-
mente sabe sobre cada personalidade e possui 
maneiras práticas de agir. Uma decisão é tomada 
imediatamente baseada numa impressão tangível 
e direta do todo. O todo não é subdividido e 
analisado componente por componente. O espe-
cialista responde de pronto à entidade ou à 
personalidade. Esta capacidade é chamada intui-
ção. Ela pode ser ignorada ou subestimada por 
psicólogos ou no mundo dos negócios. No 
entanto, mais recentemente, alguns dos mais 
respeitados líderes na gerência e consultoria de 
negócios têm reconhecido a necessidade de unir 
as decisões tomadas através da intuição com 
aquelas baseadas na organização lógica da infor-
mação. Mintzberg notou que este é um fator que 
separa um bom homem de negócios de um 
grande homem de negócios. Esta capacidade é 
especialmente útil em situações de grande com-
plexidade e rápidas mudanças, que requerem 
decisões rápidas e liderança. O especialista usa a 
intuição para agir e analisar o impacto da decisão 
tomada. O atleta, neste estágio, adquire a quali-
dade de fluidez em seus movimentos. O vende-
dor sentirá um novo mercado para o produto e, 
então, acrescentará dados ao que já sabe. Um 
consultor usará todos os sentidos para saber o 
que uma companhia precisa para crescer. A intui-
ção faz com que algum fator que levará à solução, 
venha rapidamente à consciência. O especialista, 
então, acompanha esta intuição com os dados 
obtidos, construindo ligações e outras habilida-
des que farão a mudança. O especialista pesquisa 
diferenças com exceções. Ele olha para os 
elementos significativos e, então, liga-os a 
padrões do passado que são similares e que o 
levarão a uma solução. O especialista não muda 
o comportamento se todas as coisas vão bem. “Se 
não está quebrado, não se deve arrumar”, é uma 
frase familiar. Ao invés disto, vai diretamente ao 
que precisa de mudança. Onde não há mudança 
a fazer, é preciso simplesmente transformar em 
elegância o que você já faz. 
Em muitas disciplinas, como nas artes, química, 
matemática, música e educação, leva-se de 7 a 10 
anos para construir uma base experimental que 
permita passar da fase do especialista e ter a 
chance de tornar-se um Mestre. 
O estudante precisa de paciência e uma atitude 
de servir a uma grande causa. Esta atitude de 
serviço é chamada seva. O estudante neste 
estágio está frequentemente em um grupo 
rarefeito.
O especialista aprende através de outros especia-
listas e outros Mestres da tradição. O especialista 
também estuda todos os registros e histórias 
deixadas por Mestres do passado. Aprender neste 
estágio leva em conta quatro componentes 
primários:
1. Processamento profundo;
2. Complexidade das referências interiores;
3. Enriquecimento sensorial da intuição e 
padrão de percepção total;
4. Ensinamento a outras pessoas.
Processamento profundo refere-se à forma 
como o todo é relacionado nas atividades, 
memória e sentimentos, dando uma identidade. 
Por exemplo, um motorista pode encontrar um 
caminho no nível do reconhecimento sensorial. 
É cinza, tem curvas características e é rodeado 
por árvores e pelo oceano. O motorista pode 
processar e reagir à estrada num nível profundo, 
encontrando similaridades com outros trechos 
de estradas e observando diferenças nesta mesma 
estrada em diferentes condições de tempo. O 
motorista pode processar a experiência da estra-
da, no mesmo nível profundo, se recorda senti-
mentos, sensações corporais, histórias de viagens 
e significados que esta estrada evoca. Este é o 
nível do motorista profissional de competição. 
Um estudante de yoga pode fazer uma postura, 
que é uma posição do corpo que tem uma certa 
forma e sensação peculiar. A posição pode ser 
executada com consciência de todas as mudanças 
internas produzidas, comparativamente a outras 
posições. Como também, pode comparar 
diferentes formasde realizar a mesma posição. 
O estudante avançado poderia, ainda, experi-
mentar a postura sob o prisma de outros signifi-
cados em relação a outras práticas de meditação e 
serviço. 
169
O especialista também usa uma atitude em 
relação ao corpo, considerando-o um veículo 
sagrado.
A complexidade refere-se ao número de estrutu-
ras de referência interna que o estudante tem 
para observar a tarefa. O motorista pode enxer-
gar a viagem como um cidadão seguidor das leis, 
como um pai, como uma pessoa cortês, como 
um explorador ou como um esporte. Sob cada 
ponto de vista a viagem é enfocada e medida de 
forma diferente. O especialista tem muitos 
pontos de vista bem estabelecidos. Esta comple-
xidade de referências interiores o ajuda a encon-
trar oportunidades, estudar conexões não usuais 
e encontrar recursos na pessoa e na situação. É 
uma excelente ajuda para resolver problemas. 
Com relação à personalidade, é uma proteção 
contra a depressão que vem do fracasso sob qual-
quer ponto de vista. Você pode realizar a viagem 
por esporte, mas pode ser também como um pai 
ou como uma pessoa cortês. Um estudante de 
Kundalini Yoga precisa meditar e sentir a medita-
ção sob o ponto de vista do estudante, do yogue, 
de uma pessoa consciente de sua saúde, como um 
membro de um movimento espiritual, como um 
cidadão responsável do planeta Terra e como um 
conselheiro que aplica as técnicas. 
Este estágio de conhecimento é similar a karam-
pad , uma vez que aqui também, você aumenta 
sua abertura sensorial para os sinais. A diferença 
é que os sinais abrangem o projeto todo, a pessoa 
como um todo, o total tabuleiro de xadrez, o 
kriya inteiro de yoga, o negócio total e a equipe 
de trabalho. Você aprende a acessar o todo e não 
uma estatística sobre o negócio ou uma série de 
medidas, mas com todos os sentidos disponíveis, 
consciente e inconscientemente. Ao invés de 
prestar atenção a pequenos detalhes, o estudante 
aprende a sentir o quadro mais amplo e as 
diferenças entre os vários quadros da mesma 
situação, tarefa ou pessoa. Isto abre a intuição. 
O especialista aprende ensinando. Para ter 
mestria em algo é preciso ensinar. Este estágio 
requer que você se comunique e reparta o que 
tem estudado com os outros. Em negócios, signi-
fica treinar uma pessoa mais jovem e com menos 
experiência. Esta é uma ação poderosa que ajuda 
o estudante a cultivar o não-apego à tarefa ou ao 
objetivo. Torna-se algo que você dá sempre, que 
você implanta nos outros. Isto desperta o pai, a 
mãe e o professor internos e ajuda o estudante a 
formular as habilidades e a informação. 
A qualidade da compaixão está sempre presente 
no verdadeiro especialista. O especialista sobre-
põe-se às perdas e ganhos pessoais. 
O especialista joga o jogo sempre enfocado no 
objetivo. Está ausente o sentimento de medo e de 
estar na defensiva. Isto permite ao especialista 
estar aberto a todas as emoções e sensações. 
O especialista está mais para o objetivo e a tarefa 
do que para si mesmo. 
SAT PAD
A ETAPA DO MESTRE
O quinto e último estágio é o do Mestre. É raro 
e obtido por poucos. Nas disciplinas espirituais é 
chamado Sat Pad, o estágio da Verdade e Realida-
de. A preocupação do Mestre é a realidade atual 
da tarefa ou situação. Não há distorções pela 
necessidade do ego do estudante. Não há separa-
ção entre o Mestre e a ação que desempenha. O 
Mestre motorista une-se ao carro, à estrada e à 
viagem. A consciência não é limitada, está enfo-
cada em várias coisas ao mesmo tempo. O Mestre 
Yogi com seu verdadeiro Eu e encontra-se 
imanente e presente em todas as partes da jorna-
da da vida. O Mestre dos negócios une-se com a 
natureza única do negócio específico e encontra 
os princípios universais de organização e prospe-
ridade em todas as partes do negócio. O negócio 
é conduzido como uma bem treinada e afinada 
orquestra. Tomemos uma simples habilidade 
como a de uma pessoa cega usando o seu bastão. 
Quando ela se torna um Mestre da técnica do 
bastão, ela sente e “vê” através dele. Ela pode 
adivinhar onde estão todas as coisas. A informa-
ção que tem é sobre o ambiente e não sobre o 
bastão! Um controlador de tráfego aéreo não se 
perde em complicadas manipulações dos pontos 
em sua tela de radar, ele imagina os aviões em 
vôo, inclusive com relação a seu tamanho e tipo. 
170
A posição do Mestre é uma posição sempre 
presente, focalizada no impacto e contexto da 
habilidade, tarefa ou jogo. Um piloto de avião 
novato sente que seu vôo é rodeado de complica-
ções e perigos. O piloto Mestre sente somente 
que voa - a sensação que tem é a do vôo. Os 
problemas de turbulência e outras aeronaves são 
superados, como uma criança cheia de habilida-
de que salta com um só pé sobre poças de água e 
pedras enquanto canta. 
O foco é a viagem. Se há um cálculo incorreto ou 
um incidente imprevisto, que existem mesmo no 
nível de mestria, o Mestre rapidamente lista 
todas as alternativas e formas para um novo 
movimento. Isto é realizado de uma forma 
instintiva e com fluidez. Há uma qualidade de 
neutralidade envolvida. O Mestre aprende a usar 
sua mente neutra. A capacidade intuitiva não é a 
percepção do todo, mas uma integração à situa-
ção, tarefa, objeto ou pessoa. Falta uma palavra 
para exprimir esta capacidade especial. YogiBha-
jan a chama de consciência intuitiva, inteligente, 
comparativa e compreensiva. Talvez pudéssemos 
chamá-la apenas o uso da vontade!! “Vontade” 
tem muitas conotações antigas que precisam ser 
abandonadas. Vontade, neste contexto, significa 
a ação intuitiva que emana da pessoa como um 
todo em resposta a uma situação global. 
Não é forçada. É espontânea, mas não impulsiva. 
É criativa, prazerosa e completamente real. Para 
agir a partir da Vontade é preciso usar a sua 
essência, a alma e não apenas uma parte da 
mente ou emoção. Quando você se comunica a 
partir da Vontade, exterioriza seu ser completo e 
verdadeiro. O propósito da comunicação é repre-
sentar sua totalidade, independente do sujeito. 
Similarmente, quando você usa a Vontade para 
melhorar a ação, você está totalmente presente e 
isto é realizado sem esforço, uma vez que não há 
resistência interna, nem desvios da atenção. 
Exemplo disto está na famosa história zen, na 
qual o mestre explica que quando era um noviço 
carregava água e cortava lenha. Depois de muitos 
anos, recebeu a Iluminação. E agora, ele “carrega 
água” e “corta lenha”.
O Yogi que é um Mestre sente sua ação direta-
mente comandada pela Vontade de Deus ou do 
Dharma. Não há separação entre os deveres do 
Planeta e a decisão de sua própria vontade. Há 
um sentido de igualdade e transcendência no 
Infinito do Ser. Isto é expresso desde uma simples 
ação até através de uma palavra concisa. Uma 
outra característica do Mestre aprendiz é que o 
tempo que se toma para a escolha e a ação é 
muito pequeno. Imagine um jogador de basque-
te que pode selecionar e computar uma jogada 
numa fração de segundos, ou o yogi que conhece 
o destino e o estado do estudante, num simples 
olhar, ou o Mestre dos negócios que tem acesso à 
situação da companhia, com aparentemente 
pouca informação. 
Um Mestre coloca pouca atenção à tarefa, mas a 
atenção que põe é muito concentrada e comple-
ta. O resultado é que o piloto pode voar e cantar 
ao mesmo tempo. Um Mestre do xadrez pode 
fazer cálculos matemáticos e jogar uma partida 
de xadrez. Um Mestre yogi pode elevar a kunda-
lini e entreter-se socialmente ao mesmo tempo. 
O noviço tem a impressão de que o Mestre não 
presta atenção ou está distraído. Na realidade, o 
noviço precisa colocar todos os recursos da aten-
ção sobre a tarefa, enquanto o Mestre focaliza, 
decide e age, antes mesmo que o noviço tenha 
formulado o problema! O estilo cognitivo do 
Mestre é muito interessante. Na área da Mestria, 
o mestre-aprendiz está confortável com as 
diferenças e similaridades. Adicionalmente, ele 
trata com a identidade e a singularidade que vem 
da tarefa, pessoa ou situação, sem comparação ou 
especulação.
A perspectivade tempo do Mestre é inexistente e 
ele está sempre no tempo certo. 
As ações realizadas também estão no tempo certo 
e são escolhidas sem referências ao passado pesso-
al do Mestre. Ele aprovaria a escolha no presente, 
como também num futuro próximo e sabe, 
exatamente, o tempo para cada escolha. Não há 
dualidade ou dúvidas que vem de olhar a ação 
sob diferentes perspectivas de tempo. 
Um Mestre poderá ser muito concreto na aplicação 
de conceitos abstratos. O noviço terá somente 
ideias abstratas de experiências reais. A transforma-
171
ção do noviço em Mestre é acompanhada da capa-
cidade para a metáfora, ao invés do símbolo; ação 
específica e concreta ao invés da norma abstrata; 
espontaneidade ao invés de impulsividade e intui-
ção ao invés da racionalização.
IMPLICAÇÕES DOS CINCO PASSOS DA 
SABEDORIA
Há várias implicações e conseqüências que acom-
panham cada um dos cinco estágios de aprendi-
zagem. Os estágios são universais e aplicáveis 
para quase todas as situações de aprendizagem. 
Se estivermos conscientes dos estágios e como se 
relacionam uns com os outros, podemos evitar 
muitos erros quando aprendemos ou ensinamos 
um assunto. Usando os cinco estágios, podemos 
otimizar o desenho e a implementação do treina-
mento para tarefas em esporte, negócios, yoga, 
ou em qualquer outra área de atividade. A apren-
dizagem é um processo, contínuo, não para. 
Muitas pessoas enfrentam uma tarefa como se 
houvesse um só estágio de aprendizagem: o obje-
tivo do aprender é memorizar alguns fatos. Isto é 
possível somente para tarefas muito elementares, 
onde tudo o que se precisa é que o noviço realize 
a tarefa. “Versar sobre o interruptor de luz” é fácil 
e usualmente não nos damos conta sobre a 
elegância desta exposição. 
Para tarefas mais complexas, as diferenças entre 
os estágios de aprendizagem são acentuadas.
 
DIFERENTES PROFESSORES PARA 
DIFERENTES ESTÁGIOS
Há cinco estágios sob a ótica do professor. A 
tarefa de um professor e o estilo da apresentação 
que otimiza o aprendizado é diferente para cada 
estágio. O mentor precisa treiná-lo em todos os 
estágios, mas as técnicas que ele utiliza podem 
mudar drasticamente, à medida que avança nos 
estágios.
1. NOVIÇO SARAM PAD : GUR
Instrutor traduz as fórmulas básicas, descritivas, 
baseada nos sentidos. O instrutor é rígido e 
incute normas. As instruções são simples e 
claras e utilizam fatos óbvios e regras absolutas. 
A ênfase é como concluir o jogo e evitar desas-
tres.
2. APRENDIZ KARAM PAD : GURU
Instutor que conhece seus sentidos, dá-lhe 
tarefas e avisos. Muitas tarefas e ambientes e 
contextos são variados para repetir a tarefa mais 
vezes. O instrutor ensina com precisão e crité-
rio. Ocorre o fortalecimento básico das habili-
dades.
3. PRATICANTE SHAKTI PAD : SAT 
GURU
Mestre que confrontará os estudantes e prescre-
verá as regras e padrões. Aconselha e avisa. Trei-
namento de sistemas conscientes, opções para 
casos da vida real, o feedback de pessoas em 
diferentes níveis de experiência é importante, 
modelos de aprendizagem e modelos táticos de 
conhecimento.
4. ESPECIALISTA SEHEJ PAD : SIRI 
GURU
Um mentor que ensina através da demonstra-
ção. São treinamentos de auto-fortalecimento, 
solução de problemas situacionais, apresentação 
de desafios que parecem paradoxais, sem uma 
hierarquia de valores, conscientização de valo-
res, habilidade refinada com os mapas cogniti-
vos do eu.
5. MESTRE SAT PAD : WAHE GURU
Um modelo que está ocupado com suas tarefas 
e que usa sua intuição, criatividade e esponta-
neidade para responder originalmente a cada 
estudante. Especialista. Tem o contato social 
com o modelo. É uma tarefa de grande respon-
sabilidade com retroalimentação de grupos de 
alto nível. Modelos do Eu, mestria e Palavra, 
compromisso com a Mestria do EU.
172
QUATRO ERROS PRINCIPAIS
DE UM ESTUDANTE
NO CAMINHO
DO DESENVOLVIMENTO
Muitos erros são cometidos e muitos atrasos são 
criados por ignorar o modelo de cinco estágios. 
Estes são os quatro erros mais comuns que um 
estudante comete quando não entende a nature-
za dos cinco estágios:
1. O engano do primeiro nível
O estudante age como se houvesse um só nível. 
Isto pode vir de uma necessidade de uma certeza 
ou simplesmente por ignorância. Para este estu-
dante, o mapa é o território. Não há alternativas. 
O mundo existe sem graduações. O espectro 
torna-se uma simples cor. O estudante cessa o 
esforço de aprender mais e representa pobremen-
te a tarefa com grande lacuna de profundidade e 
detalhe. Lembre-se de que sempre há mais para 
aprender. Se você encontra-se no alto e sente que 
não há mais nada a aprender, sacuda-se e acorde!
2. O engano do atalho
O estudante acredita que pode saltar para um 
estágio mais avançado porque pode perceber 
aquele estágio. É como um adolescente que 
percebe um adulto à sua frente e se pergunta se 
pode pular a puberdade. Certas coisas não 
podem ser apresentadas sem atravessar os desa-
fios de cada estágio. Os estudantes que se acomo-
dam neste engano, simplesmente imitam o nível 
real do conhecedor, mas não poderão mantê-lo 
diante da pressão real da vida. A melhor regra é 
colocar a atenção no nível em que se está. Deixe 
que o próximo estágio venha e emerja do centro 
do que você está fazendo.
3. O engano do campo de ação cruzado
Este é o erro mais freqüente. Um estudante 
ganha experiência e mestria em uma área e acha 
que esta experiência serve a outras áreas. É 
importante manter a mente de um principiante 
aberta e pronta para as instruções em áreas não 
desenvolvidas. Se você não fizer desta maneira, 
mantendo as experiências desastradas de um 
noviço, manter-se-á alijado por um escudo de 
pretensão e falso orgulho.
4. O engano da perfeição
Este erro acontece quando você declara e assume 
que está completo. Deixe que os outros façam 
isto. Muitos estudantes decidem que não mais 
precisam de um professor. Eles são os mestres 
perfeitos. O ego acredita que você é poderoso e 
grande. Então, você se bloqueia. A lição dos 
estágios é cultivar um professor ou mentor em 
cada um deles. Continuar com um professor 
para ser desafiado e aprender.
FERRAMENTAS DE
AUTO-CAPACITAÇÃO
O COMPROMISSO DA MESTRIA
Ao longo do caminho da mestria você pode se 
voltar para dentro de algum ponto. Isto não é 
normal nem plenamente aceito na cultura 
Ocidental. É uma cultura voltada para o exterior. 
Voltar ao interior pressupõe medo. Sentimos que 
não existem referências claras. Somos desajeita-
dos e sentimos que pode não valer a pena e 
simplesmente atuamos como um escape das 
“ações reais de fora”. Porém, o Ocidente está 
pouco a pouco se voltando para o interior, assim 
como o Oriente está se voltando para o exterior. 
Existem muitos problemas, como o uso de 
drogas, que nunca encontrarão uma solução 
externa. É necessária a capacitação do ser interior 
para reconhecer novos comportamentos. 
É necessária uma mestria gradual sobre os sinais 
interiores que nos ajudam a familiarizar com 
nossos próprios mecanismos de pensamento, 
motivação e imaginação. As duas grandes escolas 
de meditação e psicologia cognitiva são conver-
gentes. Concordam que o estudo do mecanismo 
interno é poderoso e prático. Elas também 
concordam que as práticas de concentração e 
mentalização são benéficas. Em muitas escolas 
173
clássicas de automestria, a meditação é parte 
desta tecnologia. 
Muitas companhias têm experimentado a medi-
tação para reduzir o stress. É utilizada nos Esta-
dos Unidos nos maiores hospitais para este 
propósito. Mas, o mais importante uso da medi-
tação é acelerar a aprendizagem e aumentar a 
flexibilidade cognitiva e utilização do cérebro. 
Neste tempo de mudanças caóticas, a meditação 
é uma técnica antiga para reinvestir em nós 
mesmos. Ela fortalece todas as principais variá-
veis que ajudam a afiar a competitiva aresta da 
Mestria. Ela poderia ser uma ferramenta prática 
para este treinamento específico. O treinamento 
precisa ser uma coleção de técnicas específicas 
para fortalecer asdiferentes funções de um 
consulente como havia citado antes. 
As técnicas de Kundalini Yoga são especialmente 
bem ajustadas para o meio ambiente de trabalho, 
uma vez que estas técnicas são usadas por pessoas 
não religiosas. São meditações para pessoas ativas 
e desafiadoras no mundo e no local de trabalho.
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