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COMUNICACAO-EFETIVA-Unidade2---Newton

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A linguagem corporal na comunicação efetiva: 
olhos, boca, cabeça e tronco
Unidade 2
Comunicação 
efetiva
Unidade 2
Comunicação 
efetiva
A linguagem corporal na comunicação efetiva: 
olhos, boca, cabeça e tronco
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
3
Unidade 2 A linguagem corporal na comunicação efetiva: 
 olhos, boca, cabeça e tronco
Objetivos de aprendizagem:
• Compreender a importância da linguagem não verbal representada pelas expressões corporais.
• Reconhecer a funcionalidade do semblante na comunicação.
• Contemplar o trabalho do olhar e da boca como principais elementos da composição do semblante.
• Analisar o papel dos movimentos da cabeça e a postura do tronco em exposições que envolvam 
oratória ou outros processos.
• Refletir sobre os conceitos discutidos, adequando e aplicando as técnicas de descobertas de 
acordo com a sua personalidade e as necessidades comunicacionais.
Tópicos de estudo:
• A expressividade do olhar na composição da mensagem;
• A boca e a sua representação no semblante;
• Os movimentos de cabeça e a postura do tronco na comunicação visual.
Iniciando os estudos:
O corpo fala! E isso quer dizer que parte do conjunto da comunicação traçada com o mundo social e profis-
sional pode ser direcionada à sintonia entre o pensar, o organizar o discurso, o escrever, o falar e também 
a tradução dos gestos, postura e apresentação pessoal associados aos processos quando necessário.
A imagem pessoal mostra ao mundo muito de quem você é, reforçando aspectos favoráveis ou contrá-
rios durante uma apresentação. Favoráveis no sentido de indicar, por exemplo, segurança, poder, 
decisão, confiabilidade, adequação, elegância, empatia e outros. Desfavoráveis quando o oposto dessas 
características é empregado na leitura da imagem de um interlocutor. Até mesmo o fato de um indivíduo 
ser asseado ou não pode intervir em diversas convivências.
Assim, não é somente seu texto e sua voz que comunicam. O semblante, o olhar, os lábios, as pernas, os 
pés, os braços, as mãos, a postura, a higiene e o figurino compõe o mise-en-scène de todas exposições 
que envolvem o corpo humano. Trata-se aqui da comunicação não verbal.
Essa unidade se constrói com o estudo da apropriação da linguagem não verbal e suas representações 
na comunicação eficiente no que tange ao semblante, à cabeça e ao tronco.
Bom aprendizado! E antes de iniciar, relembre o célebre pensamento de uma das figuras mais geniais 
da literatura britânica, o detetive Sherlock Holmes, criado pelo autor Arthur Conan Doyle: “Nas unhas do 
homem, nas mangas do seu paletó, nos seus sapatos, nos joelhos da calça, nos calos do seu polegar e do 
seu indicador, na sua expressão, nos punhos da sua camisa, nos seus movimentos – em cada um desses 
traços a ocupação de um homem se revela. É quase inconcebível que todos esses traços reunidos não 
sejam suficientes para esclarecer, em qualquer circunstância, o investigador competente”.
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
4
1 A EXPRESSIVIDADE DO OLHAR 
NA COMPOSIÇÃO DA MENSAGEM
A linguagem não verbal comporta os estudos de como o corpo pode nos representar nos caminhos de uma 
comunicação eficiente. De forma isolada ou em consonância com a linguagem verbal, ela é usada como 
parâmetro nas relações interpessoais, nas negociações e em muitos processos de comunicação. A ideia é 
que ela deixe de ser somente um ato espontâneo, sem pretensão, sem conhecimento de suas potenciali-
dades para se tornar algo mais consciente e direcionado quando assim for necessário em seus objetivos. 
Porém, também se faz relevante compreender que não existe uma tabela ou alfabeto corporal universal 
que traduza com exatidão a leitura daquilo que o corpo fala. A interpretação da mensagem corporal deve 
ser exercitada considerando o contexto (situação em que os envolvidos se encontram) e o conjunto (a 
conexão ou não do que o corpo comunica com o conteúdo da mensagem verbal ou outros elementos).
Inicialmente, será tratado aqui o semblante, afinal, de todo o corpo humano, é ele que carrega uma 
grande força de expressão de ideias e sentimentos, principalmente por conta dos olhos e da boca que 
agregam coerência sobre o conteúdo de uma mensagem. Muitas vezes, o jogo fisionômico por si só já 
comunica muito do que se deseja: dúvida, decepção, alegria, espanto, desprezo, descoberta, reflexão, 
fúria, tristeza e outros.
Figura 1 - A comunicação facial como mensagem.
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
5
Os traços desenhados pelos olhos e os movimentos delineados pela boca, assim como os seus signi-
ficados, já até se transformaram em linguagem universal por meio dos emojis criados para a troca de 
mensagens instantâneas dentro do WhatsApp, Facebook e demais redes sociais.
Os olhos estabelecem a sua comunicação visual com o outro. Já notou como você pode se sentir inco-
modado quando, ao conversar com alguém, essa pessoa vai aos extremos não olhando para você dire-
tamente ou olhando demasiadamente? Na primeira opção, quando alguém desvia com frequência o 
olhar do seu durante uma conversa, olhando para baixo, para os lados ou para qualquer outro ponto, a 
sensação causada é a de desprezo, de pouco interesse. Na segunda opção, o excesso gera uma impressão 
de invasão, que deixa pouco à vontade aquele que assim é observado.
A orientação é que você não deixe de olhar para os outros e os faça perceber que estão sendo notados 
entre 60% e 70% do tempo total da duração da conversa. No caso de estar falando para um público 
maior, você deve variar passando por todos e jamais ficar fixo, todo o tempo, em apenas uma pessoa, 
desconsiderando as demais ao seu redor.
Figura 2 - As expressões humanas e as suas intenções 
comunicacionais usadas hoje pela escolha dos emojis.
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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No caso de um auditório, orienta-se que você olhe inicialmente para o grupo localizado ao fundo e, natu-
ralmente, sem que os ouvintes percebam passe pelos que estão na região central e depois pelos loca-
lizados na frente. Isso deve se repetir durante a exposição e é interessante deter por alguns segundos, 
mais demorados, a atenção direcionada em pessoas específicas e não somente nesse fluxo geral.
Além de olhar tecnicamente para as pessoas nos processos de comunicação, também é importante 
enxergar o que implica em algo mais complexo, interpretativo, que requer atenção na contemplação de 
como a mensagem que está sendo transmitida impacta no outro ou, ainda, o que ele pretende transmitir 
também de forma intencionada ou não.
Figura 3 - Faça com que o outro perceba que está 
sendo notado durante boa parte da conversa.
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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Para o autor Marco Laurindo (2004, p. 108), os olhos têm três funções importantes. A primeira está rela-
cionada ao rosto, pois, enquanto ele comunica a emoção, os olhos comunicam a intensidade da emoção 
por meio do grau de dilatação da pupila. Quando as pessoas estão motivadas, as pupilas se dilatam. A 
segunda é regular a conversação, pois usamos nossos olhos para solicitar e proporcionar respostas, 
já que um ponto importante em uma conversa é esperar sua vez de falar. A terceira função do olhar é 
definir a natureza da relação. Nesse sentido, um olhar mais demorado pode indicar poder quando, por 
exemplo, uma pessoa com algum status mais elevado frequentemente se fixa mais nos olhos do outro, 
enquanto a pessoa com status mais baixo ou olha indiretamente ou evita o olhar.
Allan Pease e Barbara Pease (2005) reforçam a comunicação da pupila por meio da pesquisa de Eckhard 
Hess, do Departamento de Psicologia da Universidade de Chicago, o pioneiro em pupilometria. Ela 
comprovouque a pupila se dilata em até quatro vezes mais o seu tamanho original diante de uma exci-
tação. Inversamente, um estado mais negativo de frustação ou nervosismo faz a contração das pupilas, 
gerando uma expressão mais fechada, menos reluzente.
Na China antiga, os mercadores de pedras preciosas observavam a dilatação das pupilas dos 
compradores ao negociar preços. Séculos atrás, as prostitutas pingavam nos olhos gotas de bela-
dona, uma tintura contendo atropina, para dilatar as pupilas e assim adquirir uma aparência mais 
desejável. Um velho clichê diz “olhe as pessoas nos olhos ao falar com ela”. Mas na comunicação e 
na negociação, o melhor é “olhá-la nas pupilas” porque são estas que falam dos reais sentimentos 
das pessoas (PEASE, 2005, p. 106).
Figura 4 - Os olhos e algumas de suas funções na comunicação.
Fonte: elaborado pelo autor.
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Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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E nesse sentido de que “os olhos são as janelas da alma”, há também muitos reflexos e exploração 
dessa comunicação presente na literatura. Na brasileira, para citar apenas uma consagrada memória, a 
personagem Capitu de Machado de Assis, na obra Dom Casmurro, é mundialmente conhecida pelo olhar 
enigmático ou pelos “olhos de ressaca, de cigana oblíqua e dissimulada”.
Aprofunde-se
Veja neste trecho de dramaturgia, exibido pela TV Globo, a representação de parte da 
obra de Machado de Assis na qual os atores exploram toda a linguagem não verbal no 
sentido de comunicação facial por meio dos personagens. Embora a narrativa envolva 
uma história de amor e sedução, a expressividade traz a consciência da importância da 
comunicação representada pelo conjunto de elementos que você estuda aqui.
Título: Capitu - Olhos de Ressaca
Acesso em: 25/01/2020
Disponível em: https://youtu.be/8OZDhErA2Rw
Nesse contexto, a cabeça e as sobrancelhas também exercem função nas expressões quando as 
erguemos ou as abaixamos nas diversas escalas. Não é difícil identificar o que você sente ou percebe 
quando se depara com alguém assim, como na imagem abaixo:
Figura 5 - A mulher com as sobrancelhas abaixadas e 
apertadas, olhar em linha reta, pupila diminuída e cabeça 
posicionada baixa parece procurar uma posição de 
enfrentamento com seu rival ou algo que provoque a sua 
agressividade, insatisfação ou profundo descontentamento.
https://youtu.be/8OZDhErA2Rw
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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Outro estudo de linguagem não verbal envolvendo a comunicação do olhar e cabeça é mostrado por 
meio das imagens da princesa Diana Frances Spencer (1961-1997), conhecida como Lady Di, a primeira 
esposa do atual príncipe de Gales, Charles, filho mais velho da rainha Elizabeth II do Reino Unido. Perceba 
algum padrão adotado pela princesa na sua expressividade facial na qual a cabeça e queixo estão leve-
mente abaixados com o olhar suspenso, de cima para baixo.
As imagens da princesa comunicam algum traço de submissão e respeito que, em muitas vezes, são 
postos para alcançar, estrategicamente, algo que se deseje sem embates e com sutileza. Ainda pode-se 
ler alguma pureza por meio da representação da infância, em que, quando pequenos, nos posicionamos 
visualmente dessa forma diante do mundo adulto. Se a princesa adotava essa comunicação de forma 
consciente por meio de preparações de media training e outros, ou se era algo espontâneo e fruto da 
sua criação e repertório feminino ao longo da vida, não é possível afirmar. Mas é um dos casos sempre 
resgatados nos estudos de linguagem corporal ou de como devemos adequar também a comunicação 
envolvendo o olhar como composição do semblante de acordo com as nossas intenções.
Agora se compreende porque não é recomendado permanecer com óculos escuros por muito tempo 
quando tiver algo importante a ser transmitido ou recebido como mensagem. Esse objeto interrompe o 
fluxo de leituras possíveis entre emissor e receptor, funcionando como um ruído.
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Para onde olhar durante uma gravação?
Figura 6 - Princesa Diana e seu padrão de expressividade 
adotado em sua comunicação pelo semblante.
Fontes: disponíveis em: 
https://bit.ly/3cNskQQ
https://bit.ly/2IxDivZ
https://bit.ly/3cMdGcC
https://bit.ly/3cNskQQ 
https://bit.ly/2IxDivZ 
https://bit.ly/3cMdGcC 
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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2 A BOCA E A SUA 
REPRESENTAÇÃO NO SEMBLANTE
Engana-se quem acha que a boca só comunica algo quando fala. Entre as diversas mensagens que 
envolvem tudo o que os lábios e os dentes podem fazer na composição do nosso semblante, vale enal-
tecer a importância da simpatia impulsionada pelo sorriso.
Infográfico 1 - O sorriso.
Fonte: elaborado pelo autor.
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O sorriso abre um campo magnético para a empatia entre as pessoas, em que as resistências e os muros, 
em relação ao conteúdo da mensagem ou à figura do orador, podem ser quebrados com a sensação da 
“boa impressão”. Chega a ser cultural aqui no Brasil que geração após geração peça “risadinhas” aos seus 
bebês desde cedo para serem percebidos com bons olhos pelos outros. Ninguém pede uma lágrima já 
que ela traz a configuração da dor.
Aprofunde-se
“O poder do sorriso” é apresentado por André Buric, que desenvolve a relação deste tema 
com o subconsciente e a persuasão.
Título: O Poder do Sorriso | Neuro Persuasão por André Buric
Acesso em: 31/01/2010
Disponível em: https://youtu.be/Ixtf4JCLLA4
Quanto à tipologia, a literatura faz quatro distinções, segundo Mesquita (2011, p. 15), que são a face 
neutra ou sem sorriso, o sorriso fechado, o sorriso superior e o sorriso largo:
A face neutra ou sem sorriso não apresenta alterações fisiológicas no seu conjunto; não há movi-
mento dos músculos; os lábios permanecem unidos, sem elevação das comissuras labiais e sem 
exibição das arcadas dentárias. No sorriso fechado, o rosto não apresenta alterações fisiológicas 
significativas; o movimento muscular é reduzido; os lábios permanecem unidos; elevação das 
comissuras labiais sem exposição dos dentes. No sorriso superior, o rosto sofre alterações fisioló-
gicas significativas; o movimento dos músculos ocorre com maior intensidade, sendo, no entanto, 
menos intenso que no sorriso largo; os lábios encontram-se separados; elevação das comissuras 
labiais com exposição da arcada dentária superior. No sorriso largo, o conjunto do rosto apresenta 
alterações fisiológicas significativas; movimento intenso dos músculos; lábios separados, elevação 
das comissuras labiais com exposição dos dentes superiores e inferiores (MESQUITA, 2011, p. 15).
Este quadro também aponta que o tempo de duração do sorriso pode apresentar indicações de uma 
comunicação verdadeira ou não. Um sorriso verdadeiro tem uma duração aproximada de 10 segundos; 
demora mais tempo para fixar-se no rosto e desaparece vagarosamente. Um falso sorriso pode ser 
excepcionalmente breve, com a duração de um quarto de segundo; surge e some do rosto rapidamente. 
Um sorriso que não é acompanhado por uma experiência emocional traz a impressão de um congela-
mento, um exagero, com expressões mistas e indiscrições verbais (FREITAS, 2009, p. 67).
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Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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Reflita
Os fotógrafos geralmente pedem aos fotografados para que digam “X”. O motivo é que a 
pronúncia do “X” puxa o músculo conhecido como zigomático maior para trás, esticando 
a boca para os lados, expondo os dentes e alargando as bochechas. Esse músculo pode 
ser controlado de forma consciente, ou seja, com ausência de emoção. Assim pode-se 
reafirmar, então, que os movimentos do rosto servemtanto para exprimir como para 
dissimular emoções. Dessa forma, pense na questão de quando o sorriso não é voluntário: 
o que pode acontecer em termos de comunicação? 
A imagem acima mostra o sorriso consciente com os zigomáticos maiores e seus efeitos.
Os especialistas nesta pauta, Allan Pease e Barbara Pease (2005), afirmam que, em mais de 30 anos 
estudando vendas e processos de negociação, descobriram que sorrir em momentos apropriados e com 
certa naturalidade, em momentos iniciais do negócio, quando as pessoas estão se avaliando, causa uma 
reação positiva de ambos os lados e resulta em acordos mais interessantes e com maiores índices de 
venda. Claro que esse sucesso se dá em combinação com a possibilidade das mais de três mil expres-
sões faciais e suas emoções correspondentes, conforme Ekman (2009), e que instintivamente somos 
capazes de percebê-las.
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: A relevância do sorriso na comunicação
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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3 OS MOVIMENTOS DE CABEÇA E 
A POSTURA DO TRONCO NA COMUNICAÇÃO VISUAL
Assentir com a cabeça, para cima e para baixo, durante uma troca de mensagens significa aprovação ou 
acompanhamento daquilo que está sendo dito. Geralmente, na cultura ocidental, esse é um movimento 
de positividade, do “sim”.
Movimentos afirmativos com a cabeça, assim como vocalizações indicativas de afirmação e 
concordância (sons como “hum-hum”) costumam ser emitidos em momentos de escuta, durante 
a conversa. São interpretados como sinais do ouvinte de interesse, empatia e compreensão com 
aquilo que é dito, servindo de estímulo para o emissor prosseguir seu discurso e para a interação 
continuar (ANDERSEN, 1999).
Já inclinar a cabeça de um lado para o outro pode representar alguma indecisão pela palavra “talvez”. 
Enquanto o movimento panorâmico da cabeça, de um lado para o outro, sem inclinações simplesmente 
quer dizer “não”.
Segundo a biologia evolucionária, dizer não com o corpo é o primeiro gesto que os humanos 
aprendem. Esta teoria diz que o recém-nascido, quando já mamou o suficiente, balança a cabeça 
de um lado para o outro para rejeitar o seio da mãe. De maneira similar, a criança que já comeu o 
bastante, balança a cabeça para impedir que a colher lhe seja enfiada na boca (PEASE, 2005, p. 155).
A velocidade e a frequência em que esses movimentos se repetem durante uma conversa ou apre-
sentação também podem significar algumas questões. Você já deve ter percebido alguém com pressa, 
por exemplo, acenando a cabeça positivamente com rapidez e seguidamente transmitindo a ideia de 
“vamos”, “acelere”, “eu já entendi”, “está sendo prolixo” enquanto alguém fala.
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Movimentos da cabeça e a comunicação corporal
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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O tronco! Você deve estar pensando: mas o tronco comunica o quê? Essa pergunta não é somente sua, 
tanto é que de todo o corpo essa costuma ser a parte mais negligenciada por todos em uma comuni-
cação. E sua importância se relaciona com a postura física, mas também tem interferência junto à cabeça 
e semblante pelo recorte superior do corpo onde as três partes estão localizadas. A ideia sempre será 
a de buscar um equilíbrio. O autor Reinaldo Polito, uma das referências dessa área, indica que se deve 
evitar os extremos no posicionamento do tronco:
Não fique com postura relaxada, com o corpo curvado deselegantemente para frente ou para os 
lados, com os músculos derrubados, o peito retraído e os ombros caídos, como se estivesse desa-
bando. Essa é uma atitude que transmite a imagem do perdedor, do medroso ou do fracassado e 
nem o perdedor, nem o medroso e nem o fracassado conseguem comunicar uma mensagem que 
mereçam o respeito ou tenham credibilidade junto ao público (POLITO, 1997, p. 145).
Figura 7 - A postura envolvendo os ombros caídos e a imagem 
negativa que ela gera em termos de comunicação corporal.
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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Aprofunde-se
A comunicação é fundamental nas relações pessoais, empresariais e educacionais. Sendo 
composta em grande parte pela linguagem não verbal, a comunicação eficiente contempla 
diversos vieses que precisam de estudo para transformar o processo em algo completo e 
coerente. Leia o artigo publicado pela Revista Esfera da Faculdade Católica Salesiana, em 
Macaé, no Rio Janeiro.
Título do artigo: A importância da linguagem não-verbal nas relações de liderança nas 
organizações
Link: http://www.fsma.edu.br/esfera/Artigos/Artigo_Suraia.pdf
Por outro lado, a rigidez, a inflexibilidade do tronco e o peito para frente de forma muito estufada, 
também podem determinar semelhanças com a altivez dos militares, traços de arrogância e prepo-
tência. Então, apenas note-se constantemente e ajuste o seu tronco, lembrando de outra questão: eles 
podem e devem se movimentar. Para frente, por exemplo, ele pode ser alinhado no sentido de dar mais 
ênfase às informações ou gerar sinais de proximidade com os ouvintes à medida que simbolicamente 
penetra no território da plateia. Para trás, pode ser aliado a algo defensivo, uma discordância de pensa-
mento pelo afastamento do corpo daquele que fala com aquele que ouve.
As indicações aqui relatadas têm fundamentação científica e algumas até relacionadas à área da saúde. 
A pesquisadora da USP, Juliana Teixeira Fiquer, comprova em sua tese a relação entre expressões corpo-
rais e a incidência no quadro depressivo. Ela reforça o fato de que a inclinação do corpo na direção 
da outra pessoa sinaliza interesse e motivação para a interação, enquanto o afastamento na direção 
contrária ao parceiro, em contrapartida, pode sugerir esquiva do contato.
Aprofunde-se
Título: “A linguagem corporal molda quem você é” (TED com a psicóloga social Amy Cuddy)
Acesso em: 20/01/2020.
Disponível em: https://bit.ly/2U7sqKs
Assim, encontrar o sincronismo perfeito da linguagem não verbal revelada pelo corpo humano com o 
sentido da mensagem a ser transmitida, e também com a linguagem verbal representada pela inflexão 
vocal, deve ser meta da comunicação eficiente.
http://www.fsma.edu.br/esfera/Artigos/Artigo_Suraia.pdf
https://bit.ly/2U7sqKs
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, foi apresentado um estudo sobre parte da linguagem não verbal para comunicação 
eficiente. Você:
• Conheceu algumas contribuições científicas e técnicas nessa área do saber;
• Entendeu a importância do semblante, cabeça e tronco nos processos de comunicação;
• Percebeu como tem se comunicado e como ser mais assertivo.
Comunicação efetiva | Unidade 2 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: olhos, boca, cabeça e tronco
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GLOSSÁRIO
Atropina: é uma substância presente na Beladona, responsável por provocar a dilatação das pupilas.
Beladona: é uma espécie de planta que foi associada a diversas lendas e histórias, assim como a 
mandrágora. No Egito Antigo, diziam que afastava a tristeza e na Europa foi relacionada na Idade Média 
com a bruxaria. As damas também a usavam nos olhos para ficarem mais belas por meio da dilatação 
que a planta provocava nas pupilas.
Media training: é um treinamento, geralmente para pessoas públicas, para desenvolvimento de técnicas 
de comunicação com a imprensa em entrevistas, programas de televisão, gravações para internet, apre-
sentação em eventos e outros visando potencializar as aparições.
Mise-en-scène: é um termo que tem origem no francês que faz referência à composição de cena. O 
termo veio das peças teatrais envolvendo a produção de personagem e objetos de palco, mas hoje é 
empregado na compreensão da formação de tudo o que se mostra e como se mostra em uma cena e 
seu cenário.
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REFERÊNCIAS
ANDERSEN, P.A. Nonverbal Communication: Forms and Functions. Boston: McGraw Hill, 1999.
EKMAN, Paul. Telling Lies: Clues to Deceit in the Marketplace, Politics and Marriage. Londres: W. W. 
Norton & Company, 2009.
FIQUER, Juliana Teixeira. Comunicação não-verbal e depressão: Uso de indicadores não-verbais para 
avaliação de gravidade, melhora clínica e prognóstico. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/
disponiveis/47/47132/tde-02052011-142412/publico/fiquer_do.pdf Acesso em: 20 jan. 2020.
FREITAS-MAGALHÃES. A Psicologia das Emoções: O Fascínio do Rosto Humano. Editora Escrytos, 2009.
LAURINDO, Marco. Marketing Pessoal e o novo comportamento profissional. São Paulo: Altana, 2004.
MESQUITA, Marilisa da Silva. O Sorriso humano. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bits-
tream/10451/6571/2/ULFBA_TES496.pdf Acesso em: 20 jan. 2020.
PEASE, Allan; PEASE, Barbara. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2005.
POLITO, Reinaldo. Gestos & Posturas para falar melhor. 20ª. edição. São Paulo: Saraiva, 1997.
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-02052011-142412/publico/fiquer_do.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-02052011-142412/publico/fiquer_do.pdf
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/6571/2/ULFBA_TES496.pdf
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/6571/2/ULFBA_TES496.pdf

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