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COMUNICACAO-EFETIVA-Unidade3---Newton

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A linguagem corporal na comunicação efetiva: 
mãos, braços, pernas e pés
Unidade 3
Comunicação 
efetiva
Unidade 3
Comunicação 
efetiva
A linguagem corporal na comunicação efetiva: 
mãos, braços, pernas e pés
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
3
Unidade 3 A linguagem corporal na comunicação efetiva: 
 mãos, braços, pernas e pés
Objetivos de aprendizagem:
• Buscar alternativas efetivas de comunicação corporal;
• Compreender a comunicação corporal no que tange aos braços e mãos como aliados da fala;
• Reconhecer a comunicação das pernas e dos pés durante uma exposição oral;
• Pensar e adequar os movimentos e posturas, restringindo as implicações negativas e contem-
plando as positivas nos atos comunicacionais;
• Dominar o poder da gesticulação;
• Refletir sobre a primeira impressão.
Tópicos de estudo:
• Os braços e as mãos na comunicação corporal;
• O estudo do movimento e da posição das pernas e dos pés;
• A primeira impressão e outros elementos de comunicação corporal.
Iniciando os estudos:
Tornar consciente a existência e a potencialidade dos braços, das mãos, das pernas e dos pés enquanto 
instrumentos de comunicação eficazes do corpo humano é o caminho a ser percorrido nesta unidade. 
Embora nem sempre o receptor da mensagem tenha instrução e clareza para interpretá-la nesse sentido, 
instintivamente nessa decodificação, a aceitação ou a rejeição, a agradabilidade ou o incômodo em relação 
ao que ele assiste do emissor é inerente ao processo.
Assim, valorizar o conhecimento adquirido sobre este tema com o exercício da naturalidade da gesticu-
lação, dos movimentos e das posições deve ser conduta nestas descobertas para que a verossimilhança 
se reverta no convencimento da mensagem que você desejará transmitir nas suas relações interpessoais.
Saiba que não há uma única regra, padrão ou instrução fixa e rígida, mas um conjunto de alertas, orienta-
ções e pesquisas que indicam adequações, bom senso e, sobretudo, um equilíbrio de gestos e posturas. A 
ideia é contribuir para que você se torne um interlocutor eficaz, afastando a imobilidade corporal (que gera 
um ar de apatia) ou o excesso (que gera uma aparência eufórica e muitas vezes descabida).
Seja assertivo, conquiste seu público e cative uma audiência que te respeite pelo seu conteúdo e pela 
forma admirável como o apresenta.
Bons estudos!
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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1 OS BRAÇOS E AS MÃOS 
NA COMUNICAÇÃO CORPORAL
“Onde eu coloco as minhas mãos?” ou “O que eu faço com as minhas mãos?” são duas perguntas que 
sempre surgem durante os momentos que se usam as extensões do corpo dentro dos processos de 
comunicação. Em apresentações de trabalhos, exposições que requerem a oratória, participação em 
programas de televisão, contribuições em vídeos dos canais do YouTube e tantos outros, um bom comu-
nicador fica incomodado quando percebe que as mãos estão em movimentos perdidos, aleatórios ou 
como se fossem algo sobrando entre ele e o receptor. Para esse momento, sugere-se o uso das mãos 
em concha.
Juntar as palmas das duas mãos de forma que uma esteja virada para cima e a outra para baixo, com 
os polegares entrelaçados, posicionadas na frente do corpo e na linha da cintura, é o que se chama de 
mãos em concha. Muitos optam por esse gesto em momentos em que as mãos não teriam um objetivo 
de gesticulação, seria uma espécie de pausa. Se não cabe nenhuma contribuição que fortaleça a fala, 
uma opção é a concha.
Entretanto, em diversas outras vezes, a gesticulação se mostra em sincronia com a fala e com toda a 
comunicação não verbal, podendo endossar a expressão de um sentimento, completar uma informação, 
enaltecer um fato e reforçar dentro de uma história um dado mais importante.
Também é possível que o gesto tenha um grande valor no momento em que ele substitui a pronúncia 
das palavras. Por exemplo: um diretor de uma multinacional, em reunião com seus colaboradores sobre 
os baixos números de vendas do mês, pergunta a todos:
Figura 1 - O uso das mãos em formato de concha.
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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– “Vocês acham que devemos nos sentir satisfeitos com esse resultado?”.
E, após uma pequena pausa, ele sinaliza com a mão, em silêncio, uma negativa. E continua:
– “Hoje, então, desenvolveremos em conjunto algumas estratégias para que o quadro dos próximos 
meses seja de progressão da empresa.”
O diretor com essa opção impactou e valorizou algumas nuances da mensagem. Sobre isso, Marrone 
(1967, p. 40) completa com a reflexão de que:
[...] uma gesticulação em silêncio, são gestos reais que constroem “desenhos” no espaço. O maestro 
demonstra não só o ritmo ou tempo a que quer que os músicos toquem, mas também determina a 
expressão de como o executar, gestos longos e com grande intensidade ou apenas pequenos sinais de 
articulação. Uma linguagem silenciosa que substitui a palavra falada. Nos gestos é o silêncio que fala.
Aprofunde-se
A Profª Dra. Elisabeth Leone Gandini Romero é pesquisadora do Centro Interdisciplinar 
de Semiótica da Cultura e da Mídia da PUC-SP. Neste artigo, ela estuda as mãos como 
comunicação, chamando-as de “mídia viva em constante movimento”. Leia e expanda 
seus conhecimentos científicos diante deste tema.
Título do artigo: “A gestualidade das mãos: o gesto técnico e o gesto poético”
Link: https://dobras.emnuvens.com.br/dobras/article/download/265/263
O autor Reinaldo Polito (1997, p. 74-144) aponta recomendações que podem te direcionar na exploração 
das associações entre corpo e fala:
• ENUMERAÇÃO DAS PARTES
Quando a mensagem está organizada em etapas, fases e conjuntos, podendo ser enumerada de alguma 
forma, você usa o indicador da mão direita tocando e segurando a ponta do dedo mínimo da mão 
esquerda em convergência com uma fala que represente um “primeiro lugar”. Depois, segue o mesmo 
com o anular, médio, indicador e polegar em consonância com as falas de “em segundo”, “em terceiro”, 
“em quarto” e “em quinto lugar”. Muitas outras enumerações de partes não são recomendadas, mas 
caso ocorra mais do que cinco, existe a opção de usar as duas mãos e dedos separadamente, deixando 
um dedo para cada parte, gerando um total de dez opções de enumerações.
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• IDEIA DE SEPARAÇÃO
Quando a mensagem apresenta conceitos relacionados ao dividir, romper, separar, partir, estilhaçar, 
esmiuçar, divergir e outros, muitos gestos são apropriados para cada um dos verbos. Uma opção seria 
usar uma palma da mão aberta, no sentido lateral de forma que o polegar esteja para cima e os demais 
dedos voltados para o público. A outra palma deve estar estendida e voltada para cima. O dedo mínimo 
da palma lateral toca a palma estendida para cima como em um movimento de corte com faca.
Figura 2 - Exemplo de enumeração das partes.
Figura 3 - Exemplo de ideia de separação.
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• IDEIA DE UNIÃO
Os movimentos de juntar ou enganchar as mãos ou os dedos trabalham a interpretação de entrelaça-
mento, comunhão, junção e outros.
• IDEIA DE FORÇA
Tem a maior representação por meio das mãos fechadas com o polegar pressionando o dedo médio, 
gerando repertórios de coragem, bravura, resistência, fé, convicção, energia e outros.
Figura 4 - Exemplo de ideia de união.
Figura 5 - Exemplo de ideia de força.
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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• IDEIA DE DIMENSÃO
Para tratar a dimensão,são diversas as possibilidades. Com a palma da mão voltada para baixo, ao 
descer a mão abaixo da cintura, indica-se uma pequena altura; já subindo a mão acima dos ombros 
sugere-se algo alto. Para reforçar algo pequeno, aproximam-se os dedos polegar e indicador mantendo 
os demais recuados na palma da mão. Aquilo que é estreito pode ser mostrado com as duas palmas 
das mãos em paralelo uma com a outra, sem que se encostem, com os polegares para cima e os demais 
dedos na direção do ouvinte. E assim seguem diversas outras formas de comunicar esse conceito dentro 
de uma mensagem.
• IDEIA DE TEMPO
O passado pode ser mostrado com o dedo polegar esticado apontando para trás das costas de quem 
fala; no presente se usam os dedos para baixo e no futuro lançam-se as mãos adiante do corpo, com os 
dedos esticados para frente, na altura do peito.
Figura 6 - Exemplo de ideia de dimensão.
Figura 7 - Exemplo de ideia de tempo.
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• IDEIA DE ACALMAR
Na maior parte das vezes, é mostrada com as palmas das mãos viradas para baixo com os dedos leve-
mente encurvados, em movimento de cima para baixo.
• IDEIA DE DESCONHECER
Quando o emissor afasta os braços um do outro com as palmas das mãos voltadas para cima, erguendo 
para cima levemente os ombros, a incerteza, a dúvida e o dilema são lidos nessa gesticulação.
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Figura 9 - Exemplo de ideia de desconhecer.
Figura 8 - Exemplo de ideia de acalmar.
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Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Comunicação não verbal: a gesticulação
O campo das ideias da comunicação gestual é inesgotável e muitas outras possibilidades são estudadas 
pelos pesquisadores dessa área com a finalidade de contribuir para esse tipo de comunicação e suas 
potencialidades.
Aprofunde-se
Acompanhe esta reportagem que mostra quando o poder da gesticulação é utilizado para 
fins depreciadores e criminais. Torcedores da Bulgária fazem gestos de representação 
racistas e nazistas durante jogo contra a Inglaterra, em 2019. E devido a essa grave 
comunicação, o presidente da Federação de Futebol da Bulgária renunciou ao cargo.
Título: Torcedores da Bulgária fazem gestos racistas e nazistas em jogo contra a Inglaterra
Acesso em: 11/02/2020.
Disponível em: https://glo.bo/2vni6pw
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Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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Os erros mais comuns na gesticulação
Sinalizam um desconforto, demonstrando um 
emissor pouco à vontade no 
ambiente e, esteticamente, deselegante.
Conheça o que você deve evitar em suas apresentações comunicacionais que envolvam a exploração 
do corpo direcionada aos braços e mãos. 
Mãos nos bolsos
Além de esconder as mãos, esconde-se 
parte dos braços em posição de algemado, 
preso, sem movimento e detido.
Mãos atrás das costas
Indicam quase sempre uma postura não 
receptiva ou uma atitude defensiva. Se 
empregado propositalmente, em conjunto 
com outros elementos de comunicação, 
pode indicar espera ou desafio.
Braços cruzados
Demostram pouca
expressão e, por estarem 
caídos, parecem gestos 
sem força, sem vida.
Gestos abaixo 
da cintura
Limita os movimentos, dando a ideia de cansaço 
ou necessidade de equilíbrio e apoio.
Mãos apoiadas em móveis
Transmite que o orador esteja com algum 
problema para se mexer por uma leitura 
corporal pouco flexível ou ainda uma ideia que 
de que esteja reprimido.
Cotovelo fixo junto ao corpo
Geram irritabilidade e incômodo em quem 
assiste, pois são gestos persistentes e fora 
do contexto por aquele que fala, como tirar e 
colocar um anel, segurar a gola do paletó, 
arrumar constantemente a gravata, passar 
a mão no cabelo como pente e outros.
Movimentos sem sentido
Suscita no receptor a figura de um emissor autoritário, que 
expõe as pessoas e as submete a algum tipo de exposição, 
pressão, julgamento ou ordem.
Dedo indicador apontado
Podem indicar um emissor 
eloquente e exagerado.
Gestos acima 
da cabeça
Infográfico 1 - Comunicação corporal.
Fonte: elaborado pelo autor.
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2 O ESTUDO DO MOVIMENTO E 
DA POSIÇÃO DAS PERNAS E DOS PÉS
De toda expressão corporal, as pernas e os pés são as últimas preocupações e alvo de estudo daqueles 
que se importam em desenvolver uma comunicação eficaz e entrosada em todas as suas possibilidades. 
Allan Pease e Barbara Pease (2005, p. 137) afirmam que “[...] temos menos consciência dos nossos 
braços e mãos do que do rosto, menos consciência do peito e do estômago do que dos braços, menos 
consciência das pernas do que do tronco, e dos pés quase nos esquecemos”.
Mas à medida que essa consciência floresce, repete-se que é necessário procurar pela naturalidade para 
que nada pareça treinado, robotizado e programado.
Isso evidenciaria artificialismo e provocaria resistência na receptividade do ouvinte. O público não 
deseja ver uma máquina de falar, deseja, sim, ver e ouvir um ser humano. O gesto deverá surgir de 
tal forma, natural e espontâneo, e trabalhará para complementar e conduzir a mensagem sem que 
o auditório o perceba conscientemente (POLITO, p. 15, 1997).
O autor ainda completa afirmando que a mensagem é elaborada ao mesmo tempo em que é infor-
mado ao corpo o movimento a ser executado; o corpo reage e só depois são pronunciadas as palavras. 
Isso compreende dizer que os gestos, movimentos e posturas vêm antes da palavra ou junto com ela, 
e não depois.
Aprofunde-se
O episódio chamado “O andar” é uma produção de Luis Louis que estuda a integração da 
linguagem do corpo e das emoções na vida criativa. Assista para aprofundar os estudos 
deste tópico.
Título: O Andar
Acesso em: 30/03/2020.
Disponível em: https://youtu.be/Tkh8dTliVVI
As pernas têm a função de sustentar e equilibrar o corpo. Diante dessa função, surge a primeira instrução 
que considera esse aspecto: quando estiver em uma apresentação, em que ocupa posição de destaque, 
em pé, parado, sendo observado por outras pessoas, mantenha as pernas afastadas por um palmo, 
deixando uma delas levemente flexionada para se alternar nesse sentido com a outra, sempre que você 
sentir algum cansaço. Também mantenha os pés paralelos com as solas no chão.
https://youtu.be/Tkh8dTliVVI
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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Analise que, se você deixar as pernas muito abertas, ficará deselegante, assim como as pernas muito 
juntas podem te desequilibrar.
Quando o emissor estiver em pé, as pernas posicionadas em forma de “X” também geram estranheza, 
ideia de insegurança e de afastamento.
Já o cruzamento das pernas quando sentado pode ser elegante e adequado em diversas situações, mas 
também, a depender do contexto, pode sinalizar algo negativo tanto na figura daquele que fala como 
daquele que escuta. Afinal, quando a mente se fecha o corpo acompanha! Assista à animação abaixo que 
reforça essa teoria com um exemplo:
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Quando a mente se fecha, o corpo acompanha!
Figura 10 - Uma das escolhas corretas que envolve 
pernas e pés durante uma apresentação.
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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Alguns movimentos e posição de pernas e pés são considerados inadequados para os ambientes corpo-
rativos e muitas vezes não são percebidos por aquele que fala, incomodando quem o assiste. Entre 
alguns desses erros, cita-se:
Animal enjaulado
Quando o emissor da mensagem fala andando constantemente, de um lado para o outro 
do espaço que tem disponível para sua ocupação, de uma pontaa outra como se estivesse 
em um cativeiro.
Gangorra
Os pés do emissor se movimentam de forma que ora ele apoia todo o peso do corpo nos 
calcanhares, retirando as pontas dos pés do chão, e ora o peso está nas pontas dos pés 
que, ao contrário, retiram do chão os calcanhares. No primeiro caso, o corpo é inclinado 
levemente para trás e no segundo para frente.
Pêndulo O corpo se movimenta para a esquerda e para a direita em uma dança contínua.
Espreguiçadeira Quando sentado, o emissor transparece uma imagem de descuido e absoluto relaxamento, 
esticando as pernas para frente e jogando o corpo para trás durante a sua apresentação.
Reflita
Olhe para a imagem, analise e reflita sobre o conjunto gestual e a leitura que você faz do 
quadro utilizando como base o repertório que estudou até aqui.
Tabela 1 - Erros mais cometidos no movimento 
e posição de pernas e pés.
Fonte: adaptado de Polito (1997).
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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3 A PRIMEIRA IMPRESSÃO E OUTROS 
ELEMENTOS DE COMUNICAÇÃO CORPORAL
“Você jamais terá uma segunda chance de causar uma primeira boa impressão” ou “A primeira impressão 
é o amor à primeira vista no mundo dos negócios” são frases que ouvimos muito pelas jornadas de cons-
trução profissional e até mesmo pessoal. Ambas nos chamam a atenção para o exercício de todos os 
aspectos estudados até aqui que envolvem, também, a linguagem corporal como meio para a comuni-
cação eficaz.
Pesquisas indicam que as pessoas formam até 90% das opiniões sobre você nos primeiros quatro 
minutos de contato e que 60% a 80% da construção desse quadro se dá pela leitura não verbal que você 
representa (PEASE, 2005). Neste cuidado, ainda alguns autores alertam sobre outros elementos para 
estes impactos da imagem gerarem positividade:
a) O vestuário, os acessórios, a higiene pessoal e a maquiagem que cada um escolhe para 
composição das apresentações diárias. Entretanto, quando o foco é corporativo, é necessária 
a ponderação, a adequação e a discrição à proposta do evento, local de realização, cultura 
organizacional e valores dos participantes.
Aprofunde-se
Este trabalho é uma pesquisa realizada na Universidade UNIVAP, pelos alunos, na qual 
pessoas foram entrevistadas sobre o que consideram importante na comunicação visual 
em um primeiro contato.
Título do artigo: Como o visual interfere na comunicação
Link: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007/trabalhos/sociais/inic/INICG00245_01C.pdf
b) A atitude que está relacionada ao comportamento do indivíduo e que pode ser classificada 
como física ou mental. Para compreender como a sua atitude pode impactar a imagem que 
você gera nos outros, pense sobre a seguinte situação:
Suponha que você vai apresentar um projeto a um cliente e, durante uma reunião envolvendo 
15 pessoas da sua empresa-alvo, uma dessas pessoas conta uma piada com fundamentação 
homofóbica. Qual seria o seu comportamento:
• Fica incomodado e, imediatamente, em volume de voz para todos ouvirem, diz que homo-
fobia hoje é crime e proíbe esse tipo de fala na organização;
• Se diverte rindo da piada, pois entende que é uma brincadeira;
• Se reserva no momento sem qualquer reação, mas após a reunião, conversa isoladamente 
com quem contou a piada;
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007/trabalhos/sociais/inic/INICG00245_01C.pdf
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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• Prefere não agir pelo impulso, mas ao término da reunião, fala da importância em instru-
mentalizar e debater a questão da diversidade nos ambientes corporativos.
A considerar as características do grupo e a linha da empresa, você gerará impressões diversas 
nas pessoas a partir da escolha de cada uma das possibilidades comportamentais acima.
c) A zona espacial é o como você ocupa o território na comunicação com o outro e é identi-
ficada como íntima, pessoal, social e pública. Laurindo (2004) especifica que a zona íntima 
é a reservada para pessoas afetivamente muito próximas, como familiares e amigos, com 
uma distância de no máximo 45 centímetros entre as partes envolvidas. Se você estabelecer 
uma proximidade dessas com alguém que não tenha tanta liberdade, principalmente em um 
primeiro contato, causará uma sensação de invasão e desconforto no outro. Porém, considere 
que algumas profissões, necessariamente, podem precisar desse espaço, como os médicos, 
as manicures, os professores de educação infantil. A zona pessoal estabelece uma distância 
de 45 centímetros a 1,20 metro. Geralmente em festas, shows, coquetéis, coffees e outros com 
semelhança interativa encontram-se muitas pessoas nessa zona.
A distância entre 1,20 e 3,60 metros é chamada de zona social. O limite mais próximo dessa zona 
é apropriado a um encontro de negócios entre um cliente e um vendedor. Se as duas pessoas se 
conhecerem bem, não seria inadequado que o vendedor chegasse à zona pessoal, contanto que 
permanecesse no limite superior dessa zona (LAURINDO, 2004, p. 73).
Figura 11 - Laurindo (2004) especifica que a zona íntima é a 
reservada para pessoas afetivamente muito próximas, como 
familiares e amigos, com uma distância de no máximo 45 
centímetros entre as partes envolvidas.
Comunicação efetiva | Unidade 3 - A linguagem corporal na comunicação efetiva: mãos, braços, pernas e pés
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Por fim, a zona pública sugere uma distância entre o interlocutor e o público de 3,60 metros ou 
mais, sendo comum em eventos, exposições e reuniões com um caráter mais formal e envol-
vendo um representativo número de pessoas. A demarcação dessas fronteiras com o corpo 
representa limites e respeito ao espaço de todos.
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Os ângulos do corpo também sinalizam interpretações 
na comunicação não verbal
d) No caso de usar o microfone, lembre-se de que as suas mãos ou o pedestal devem colocá-lo cerca 
de quatro dedos abaixo da sua boca para não interromper o campo completo do semblante.
e) O cumprimento quando o grupo é pequeno, aqui no Brasil, é representado pelo aperto de 
mãos. Você já deve ter vivenciado alguns estranhamentos como quando o outro apertou as 
suas mãos com as palmas suadas, quando segurou muito forte quase espremendo seus ossos 
ou segurou levemente somente as pontas dos dedos, quando de forma aguerrida sacudiu 
o cumprimento diversas vezes no sentido vertical, quando a sua mão foi forçada para ficar 
abaixo ou acima do cumprimento e tantas outras. O encontro das palmas deve ser horizontal, 
durar aproximadamente três segundos, sem movimentos bruscos, sem força, sem fraqueza, 
apenas um contato equilibrado.
Aprofunde-se
Acompanhe a palestra do prof. Allan Pease da ULIM International University com o tema 
“Linguagem corporal, a força está na palma das mãos”.
Título: Body language, the power is in the palm of your hands
Acesso em: 10/02/2020.
Disponível em: https://youtu.be/ZZZ7k8cMA-4
https://youtu.be/ZZZ7k8cMA-4
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, você:
• Aprofundou seus conhecimentos sobre gesticulação, postura e movimento do corpo na comu-
nicação eficaz;
• Exercitou uma visão mais crítica em relação à leitura da comunicação corporal;
• Percebeu a importância da primeira impressão.
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REFERÊNCIAS
DEMARAIS, Ann; WHITE, Valerie. A primeira impressão é a que fica. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
LAURINDO, Marco. Marketing Pessoal e o novo comportamento profissional. São Paulo: Altana, 2004.
MARRONE, Silvio. Psicologia dos gestos das mãos: contribuição para o seu estudo e sua importância 
em medicina. São Paulo: Mestre Jou, 1967.
PEASE; Allan; PEASE, Barbara. Desvendando os segredos da linguagem corporal. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2005.
POLITO, Reinaldo. Gestos & Posturas para falar melhor. 20. ed.São Paulo: Saraiva, 1997.

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