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Esclerose Múltipla Imunologia Acadêmicos Alan da Silva Fernandes Bianca Palheta Quirino Daffinys Julianny Lima da Silva Douglas Eduardo da Rocha Eduarda Santos da Silva Jhemerson da Silva Cruz Laís Vitória Guedes Campelo Leticia Costa Santos Taís Rodrigues Nogueira Ulisses da Silva Araújo Definição Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, desmielinizante e degenerativa do sistema nervoso central que interfere na capacidade de controlar a visão, a locomoção, a bexiga, o intestino e o equilíbrio. Compromete principalmente a bainha de mielina, e quando esse revestimento é danificado os impulsos nervosos diminuem ou são interrompidos. Aspectos Históricos 1280 Jean Cruveilhier descreve o primeiro estudo patológico. 1825 Jean Martin Charcot sistematiza as manifestações clínicas e divulga a EM. 1835 Carswell publica atlas de patologia incluindo e EM. 1838 Lidwina van Schiedam. Freira alemã descrita por Medaer, como o primeiro caso documentado de EM. Aspectos Históricos 1961 1988 Johnson et. Al. Publicam o estudo definitivo sobre a eficácia do beta-inter-feron 1º no tratamento. . 1993 1999 Miller et al. Empregam ACTH no tratamento dos surtos. Fundação do GT de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia. Fundação do BCTRIMS. Epidemiologia Mais encontrada entre brancos de origem norte – europeia. É a segunda causa de incapacidade neurológica nos adultos jovens a seguir o trauma. 400 mil pessoas são diagnosticas. 10 mil casos diagnosticados por ano. 2,5 milhões de pessoas têm a doença. Ela é mais comum em regiões mais afastadas do Equador . Estudos epidemiológicos ajudaram a qualificar a EM como uma doença muito provavelmente desencadeada por fatores ambientais e que afeta indivíduos geneticamente predispostos. Epidemiologia A prevalência de EM é maior nos países mais distantes da linha do equador Aproximadamente 1 em cada 1050 pessoas da Austrália sofrem de EM Aproximadamente 1 em cada 925 pessoas da Europa Sofrem de EM Aproximadamente 1 em cada 710 pessoas da América do Norte sofrem de EM 45 mil pessoas com EM no Brasil Epidemiologia A América do Sul é considerada região de baixa prevalência (menor que 5 casos por 100.000 habitantes). Não existem dados estatísticos nacionais no Brasil; apenas dados epidemiológicos regionais, onde essa prevalência varia conforme a região geográfica. Na região Norte a prevalência é de 4 a 10 casos por 100.000 habitantes. Na região Nordeste a prevalência é de 10 casos por 100.000 habitantes. Na região Sudeste essa prevalência aumenta para 12 a 18 por 100.000 habitantes. Na região centro-oeste varia desde 4,41 para 100.000 habitantes até 19 para 100.000 habitantes e na região Sul a prevalência é a maior do país, variando entre 14 a 27, para 100.000 habitantes. Etiologia Ainda é pouco conhecida, mas supõe-se que as causas são multifatoriais. As causas envolvem predisposição genética (com alguns genes já identificados que regulam o sistema imunológico) e combinação com fatores ambientais, que funcionam como “gatilhos”: Infecções virais (vírus Epstein-Barr) Exposição ao sol e consequente níveis baixos de vitamina D prolongadamente Exposição ao tabagismo Obesidade Exposição a solventes orgânicos Estes fatores ambientais são considerados na fase da adolescência, um período de maior vulnerabilidade. Imunologia Nas doenças autoimunes, observa-se a perda da capacidade do sistema imunológico denominada auto tolerância, ou seja, de diferenciar o que é inerente ao indivíduo daquilo que não é. A perda da auto tolerância pode ter causas intrínsecas ou extrínsecas, que servirão como “agentes desencadeadores” ou “gatilhos”, para que a autor reatividade do sistema imune à estruturas próprias ocorra. Esse processo, por sua vez, pode se iniciar por meio de um desequilíbrio da regulação da resposta imune de elementos da imunidade inata ou da imunidade adquirida do indivíduo, tornando-o mais susceptível a autoimunidade. Imunologia Sintomas Fadiga Alterações Fonoaudiológicas Transtornos Visuais Problemas de equilíbrio e coordenação Espasticidade Transtornos Cognitivos Transtornos emocionais sexualidade Tipos de Esclerose Múltipla Forma Recorrente-Remitente (EMRR) Forma Primariamente-Progressiva (EMPP) Forma Secundariamente-Progressiva (EMSP) Casos 70% a 80% 10% a 15% 15% a 20% Características Comprometimento neurológico com recuperação pela ou com déficits residuais Surge em idade mais avançada, sem períodos de surtos, os sintomas agravam-se desde o início do diagnóstico. Sua caracterização depende de análise retrospectiva Diagnóstico Para fazer o diagnostico definitivo de EM é preciso que haja história de pelo menos duas crises e evidencias clinicas de pelo menos duas lesões distintas. A Ressonância Magnética de crânio e coluna (medula espinhal) é a principal ferramenta para o diagnóstico da doenças desmielinizantes do SNC. Diagnóstico O exame de coleta de líquor - LCR (líquido cefalorraquidiano), material extraído por uma punção na coluna lombar, auxilia na confirmação do diagnóstico de EM. A pesquisa da bandas oligoclonais (BOC) no líquor e sua interpretação é etapa importante na investigação diagnóstica da doenças desmielinizantes. Tratamentos Medicamentos imunomoduladores visam reduzir a atividade inflamatória e a agressão à mielina, com diminuição dos surtos em intensidade e frequência, contribuindo assim na redução da perda de capacidade ao longo dos anos. Medicamentos imunossupressores (que reduzem a atividade ou eficiência do sistema imunológico) também têm ocupado lugar de destaque no tratamento da EM. Entre eles, destacam-se a azatioprina, a ciclosfosfamida, o mitoxantrone, o methotrexate e a ciclosporina. Interferons Juntamente com o Acetato de Glatirâmer, são utilizados no tratamento da EM para reduzir os surtos e estabilizar a doença. No Brasil estes medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo governo através de farmácias. Neuroreabilitação Aliado ao tratamento medicamentoso, o tratamento reabilitacional é fundamental para reduzir a espasticidade, espasmo, fadiga, depressão entre diversos outros sintomas. A neuroreabilitação é uma aliada importante do tratamento da Esclerose Múltipla. Além disso, colabora na adaptação e recuperação, quando possível, e prevenção ao longo do tempo de complicações como deformidades ósseas. Entre as terapias de neuroreabilitação estão: psicologia, neuropsicologia, fisioterapia, arteterapia, fonoaudiologia, fisioterapia, neurovisão e terapia ocupacional. Potencial Evocado O potencial evocado visual (PEV) é um teste eletrofisiológico que avalia, funcionalmente, o nervo óptico. É indicado para detecção de lesão sem sintomas da via visual, principalmente, em pacientes com suspeita de esclerose múltipla. Assim, o exame é uma ferramenta útil na avaliação neuro-oftalmológica, tanto nos pacientes que já tem o diagnóstico de Esclerose Múltipla, para a avaliação da função visual, quanto naqueles com baixa visual súbita, que não apresentam nenhuma alteração oftalmológica que justifique esta condição clínica. Prognóstico O prognóstico de uma pessoa com esclerose múltipla depende do subtipo da doença, das caraterísticas individuais como o sexo, idade e sintomas iniciais, e do grau de incapacidade que afeta essa pessoa. Têm sido associados a um prognóstico mais favorável o sexo feminino, um número reduzido de ataques nos primeiros anos, e o início da doença em idade mais jovem. Uma questão muito impactante na qualidade de vida destes doentes é o estigma social face à doença, que acaba porcondicionar ainda mais a incapacidade dos doentes. Apesar da melhoria verificada, a esperança de vida ainda é cinco a dez anos inferior à média da população não afetada Papel da Enfermagem na EM A importância de estabelecer diagnósticos para uma doença específica, é a qualidade do auxílio que será prestado ao paciente. é notório o quanto a assistência da Enfermagem pode contribuir para a qualidade de vida cada vez mais avançada ao portador de Esclerose Múltipla, e que os acompanhantes façam parte dessa contribuição. Pelo fato de a EM ser uma doença crônica que evolui para a 28 incapacidade física/motora e até mesmo psíquica, cabe à Enfermagem em conjunto a equipe multidisciplinar proporcionar ao paciente cuidados para alívio dos sintomas, tratar dúvidas e questionamentos tanto do cliente quanto do acompanhante, e juntamente dar suporte terapêutico aos mesmos. Além de aplicar um plano de cuidados, tendo em vista sempre o bem-estar do paciente. Referências bibliográficas SILVEIRA, Lucas Menezes; COUTINHO, André Antunes; SOBRINHO, Hermínio Maurício. Esclerose múltipla: uma abordagem imunológica . Revista educação em saúde. Goiânia-GO, 2020. OLIVEIRA, Enedina Maria Lobato e SOUZA, Nilton Amorim - Esclerose Múltipla. São Paulo; 2007; MACHADO, Suzana e colaboradores. Recomendações-Esclerose Múltipla. 1ª ed. São Paulo: Omnifarma, 2012; GAMEIRO, Telma. ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS NA ESCLEROSE MULTIPLA E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DA FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, 2012; Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Disponível em; www.abem.org.br . Acesso em : 18 mar 2023 ALBERT EINSTEIN; Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. Disponível em; https://www.einstein.br/doencas-sintomas/esclerose-múltipla . Acesso em: 18 mar 2023 TV Enfermagem; Esclerose Múltipla, Youtube, 1 Out 2015, Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=NtpSGxBQWSQ&t=5s Obrigado pela Atenção!
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