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FÓRUM 5 período

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FÓRUM
Semana 1:
1. Durante um AVC do tipo obstrutivo inicia-se um processo de isquemia, isso causará a formação de um edema isquêmico, pois há aumento da entrada de água na célula. Na TC, esse fenômeno se traduz na formação de uma imagem hipodensa no parênquima cerebral. Quando essa hipodensidade se encontra na substância cinzenta há perca da diferenciação da substância branca e os contornos se atenuam. Além disso, os locais em que mais comumente se nota esse fenômeno são no lobo insular, núcleos da base – tálamo, núcleo lentiforme e cabeça do núcleo causado – e no córtex. Outros sinais de AVC isquêmico agudo que podem ser observados na TC são a artéria hiperdensa e a apagamento dos sulcos corticais.
2. Para o tratamento do AVC agudo do tipo isquêmico são usados métodos de desobstrução do vaso, para que haja recanalização sanguínea e minimizar as complicações do quadro. Desse modo, pode-se optar pela realização da trombólise IV ou a trombectomia mecânica, a depender do tempo dos sintomas e características da obstrução. A trombólise IV é considerada de primeira escolha, por ser um tratamento eficaz e pouco invasivo, contudo só pode ser usada se o tratamento for iniciado dentro de 4,5 horas do aparecimento dos sintomas. Nesse caso, é administrado alteplase intravenosa, a qual ativa o plasminogênio, iniciando a fibrinólise, ou seja, processo de dissolução do trombo. No caso da trombectomia mecânica, é indicada para os pacientes que sofreram um AVC isquêmico devido a uma grande oclusão de artéria na circulação anterior. Nesse procedimento há a introdução de um cateter até o ponto de oclusão, em que haverá a remoção do coagulo com um stent, podendo ser realizado em até 24 horas do inicio dos sintomas.
Referências:
BERTOLUCCI PHF et al. Neurologia: Diagnóstico e Tratamento. 3ª ed. Barueri: Editora Manole, 2021.
BRANT, William E. Fundamentos de Radiologia: Diagnóstico por Imagem. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
OLIVEIRA-FILHO, Jamary; LANSBERG, Maarten G. Neuroimaging of acute ischemic stroke. UpToDate, 2021.
OLIVEIRA-FILHO, Jamary; SAMUELS, Owen B. Approach to reperfusion therapy for acute ischemic stroke. UpToDate, 2022.
Semana 2:
Qual a diferença entre os dois problemas apresentados pelos pacientes abaixo (dois vídeos - um para cada paciente)?
Inicialmente, tem-se que os dois vídeos mostram pacientes tendo uma crise epiléptica, a qual é definida pela ocorrência de manifestações clínicas – sensitivas, motoras ou cognitivas – decorrentes de atividade neuronal excessiva ou síncrona no cérebro. Desse modo, no primeiro vídeo o paciente aparenta estar passando por uma crise epilética tônico-clônica generalizada, que é caracterizada por contrações tônicas simétricas e bilaterais, em que há a perda da consciência e o paciente cai, seguidas de contração clônica dos quatro membros. Além disso, pode ser acompanhada de sintomas autonômicos, como apneia, mordedura de língua, sialorreia e liberação dos esfíncteres, com duração de cerca de 1 minuto. Enquanto que no segundo vídeo o paciente apresenta uma crise epiléptica de ausência, na qual há curtos períodos de comprometimento da consciência, às vezes podem ser acompanhados de discretas manifestações motoras, como piscar de olhos, aumento ou diminuição do tônus muscular e sinais autônomos de inicio e término abrupto.
	
Referências:
BERTOLUCCI PHF et al. Neurologia: Diagnóstico e Tratamento. 3ª ed. Barueri: Editora Manole, 2021.
CARVALHO, Fernanda Cruz et al. Epilepsy, from diagnosis to treatment: a literature review. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 2, p. 8988-8997, 2022.
COSTA L.L. O. et al. Atualização em epilepsia: revisão de literatura. Rev Med (São Paulo). V. 99, n.2, p:170-81, 2020. 
Semana 3:
Wernicke-Korsakoff / Reportagem Câmera Record
Caso 1. Como tratar esses pacientes?
Os pacientes apresentam a síndrome de Wernicke-Korsakoff, a qual é uma complicação neurológica causada pela deficiência de tiamina (vitamina B1), relacionada, principalmente, ao alcoolismo crônico. A nomenclatura é a junção de duas síndromes distintas, que representam um estágio diferente da doença manifestada por ataxia, amnésia anterógrada e oftalmoparesia. Inicialmente tem-se a encefalopatia de Wernicke (WE), uma condição aguda que necessita de tratamento urgente, depois como consequência dessa, pode surgir a síndrome de Korsakoff, caracterizada por um estado neurológico crônico. O tratamento para a síndrome de Wernicke-Korsakoff deve ser imediato, até nos casos de suspeita deve-se iniciar a terapia com tiamina. Dessa forma, recomenda-se a administração intravenosa (IV) de 500 mg de tiamina durante 30 minutos três vezes ao dia por dois dias consecutivos, além de que pode-se combinar com outras vitaminas do complexo B.
2. Reportagem Câmera Record. O que sente o paciente com esta patologia?
A esclerose múltipla é uma doença autoimune e inflamatória caracterizada pela perda da bainha de mielina (desmielinização) no sistema nervoso central (SNC). Dessa forma, há um comprometimento da condução nervosa podendo ou não haver déficit de função. As manifestações clínicas variam de acordo com a região que foi afetada no encéfalo ou medula e da evolução da doença. Entre os principais sintomas tem-se a fraqueza muscular, fadiga, ataxia, tremor, dismetria, espasticidade, paresias, com sensação de choque elétrico percorrendo as costas e membros inferiores, alterações visuais (diplopia, visão turva, diminuição da acuidade visual), urinárias (incontinência ou urgência urinária), sexuais (perda de libido), intestinais, cognitivas e comportamentais (depressão).
Referências:
GALVÃO, N. et al. Síndrome de Wernicke-Korsakoff associada ao álcool. Braz. J. Hea. Rev, Curitiba, v. 3, n. 6, p. 18435-18444, 2020. 
KRICHAKI, Barbara; ILKIU, Giovana. Esclerose Múltipla: revisão de literatura. Revista de Saúde e Meio Ambiente, v. 2, 2021.
SO, T. Yuen. Wernicke encephalopathy. UpToDate, 2020.
OLEK, J. Michael et al. Manifestations of multiple sclerosis in adults. UpToDate, 2021.
Semana 4:
Como podemos utilizar o apêndice cecal na abordagem de pacientes portadores de meningomielocele com comprometimento neurogênico da bexiga?
Em pacientes com bexiga neurogênica, às vezes não existe a opção de realizar o cateterismo através da própria uretra, desse modo, pode ser utilizado um canal cateterizável abdominal continente, como uma apendicovesicostomia (procedimento de Mitrofanoff) ou ileovesicostomia (procedimento de Monti). Isso tem como objetivo permitir o esvaziamento vesical adequado e promover continência urinária, através de cateterismo intermitente limpo. A passagem é construída entre a bexiga e a pele, e o apêndice cecal pode ser utilizado, com o estoma colocado ao nível do abdome inferior ou umbigo. Importante lembrar que pode haver complicações, como a estenose ou extravasamento do estoma na pele.
Referências:
BASKIN, Laurence S. Myelomeningocele (spina bifida): Urinary tract complications. UpToDate, 2022.
Semana 5:
O que são as instituições totais referentes ao atendimento de problemas de saúde mental?
As instituições totais são locais que proporcionam “isolamento”, simbolizado pela barreira à relação social com o mundo externo e por proibições à saída do ambiente. Desse modo, abrigam indivíduos com situações semelhantes, separados da sociedade por um período considerável de tempo. A instituição psiquiátrica se caracteriza como uma instituição total, em que os pacientes com problemas de saúde mental são internados e tratados a fim de se adaptarem a vida social. Além disso, são definidas por Goffman como locais que cuidam de indivíduos considerados incapazes de cuidar de si próprios e que representam uma ameaça para a comunidade, um exemplo desse estabelecimento é o hospital psiquiátrico.
Referências:
MUHL, Camila. Uma conversa sobre a instituição psiquiátrica com goffman e foucault. Pluralidades em Saúde Mental, Curitiba, v. 8, n. 2, p. 143-155, 2019.
Semana 6:
Neste fórum trabalharemos as diferenças práticas dos tipos de receptores de neurotransmissores? Quais são elas?Os neurotransmissores são liberados na fenda sináptica por um neurônio pré-sináptico e depois se ligam aos receptores de membrana dos neurônios pós-sinápticos. Desse modo, existem diferentes tipos de receptores de neurotransmissores, podendo ser ionotrópicos ou metabotrópicos. Eles divergem pelo sitio de ligação do neurotransmissor e de acordo com os constituintes do canal iônico - se eles são componentes da mesma proteína ou de proteínas diferentes. Em relação ao metabotrópico, é um tipo de receptor que apresenta um sítio de ligação, mas não tem um canal iônico como parte de sua estrutura. Assim, ele está acoplado indiretamente a um canal, por meio da proteína G, a qual pode abrir (ou fechar) a passagem ou pode agir indiretamente ativando um “segundo mensageiro”. Já o tipo de receptor ionotrópico contém um sítio de ligação para um neurotransmissor e um canal iônico, ou seja, na mesma proteína. É um canal necessariamente ativado com um “ligante” (neurotransmissor), podendo ser inibitórios ou excitatórios.
 
Referências:
TORTORA, Gerard J.. Principios de anatomia e fisiologia. 14 ed. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
Semana 7:
1. Poliomielite paralítica associada à vacina: qual vacina tem associação com esta patologia? Quais os benefícios populacionais do uso desta vacina? Como evitar a Poliomielite Paralítica Associada à vacina?
A vacina da poliomielite que pode ocasionar a poliomielite paralítica é a VOP (vacina oral da poliolielite), formada por cepas vivas atenuadas (Sabin), essa paralisia caracteriza-se por ser flácida aguda (PFA), que se desenvolve após a vacinação. A vacina promove vários benefícios para a população, como a erradicação da doença e imunização contra os polivírus 1,2 e 3. E para evitar a Poliomielite Paralítica associada à vacina o Programa Nacional de Imunizações instituiu que a 1ª e a 2ª doses da vacina contra a pólio deveriam ser VIP (vacina inativada da poliomielite) – Salk –, por que ela é inativa e existe um discreto risco da reação adversa ocorrer após a administração de 1ª e 2ª doses de VOP. Além de que pacientes imunossuprimidos ou que tenham contato com os mesmos não devem receber Sabin.
Referência:
MODLIN et al. Immunization Against Poliomyelitis and the Challenges to Worldwide Poliomyelitis Eradication. J Infect Dis. V. 224, n.4, p. S398–S404, 2021.
Semana 8:
O que cabe à equipe de cuidados paliativos? Quais as possibilidades de serviços a serem realizados?
Os cuidados paliativos fazem parte de uma especialidade médica interdisciplinar que busca a prevenção e alívio do sofrimento de indivíduos que enfrentam uma doença grave e/ou com risco de vida. Desse modo, os cuidados cabem a uma equipe multidisciplinar, podendo ser formada por nutricionista, médico, fisioterapeuta, assistente social, farmacêutico, enfermeiro, psicólogo, assistente espiritual e/ou dentista. Esses profissionais trabalharão em conjunto para ofertar a melhor qualidade de vida possível e suporte psíquico-espiritual e social para os pacientes e suas famílias, se estendendo ao período de luto. Desse modo, é montado um plano terapêutico com a família e o paciente, tratando sintomas físicos, emocionais e espirituais, garantindo a integralidade do cuidado.
Referência:
HARMAN et al. Palliative care: The last hours and days of life. UpToDate, 2021.
Semana 9:
1. Coluna em bambu: qual patologia tem esse achado no estudo radiológico? Quais as características? E o HLA mais comum?
 A coluna em bambu é um sinal muito especifico da espondilite anquilosante e outras artropatias seronegativas. É caracterizada por uma coluna lombar com corpos vertebrais quadrados, fundidos por sindesmófilos, apresentando um formato que lembra as canas de bambu. Esse processo é causado por inflamação na zona de inserção das fibras externas do anel fibroso, a formação de osso novo não ocorre no corpo vertebral, em vez disso, são formados na junção periósteo-cartilagem, por isso a mudança no formato. O antígeno leucocitário humano (HLA) mais associado a essa patologia é o gene B27, que pode influenciar na ativação de uma via que leva à geração de fosfatase alcalina inespecífica no tecido (TNAP) espinhal.
Referência:
YU, David T; TUBERGEN, Astrid Van. Pathogenesis of spondyloarthritis. UpToDate, 2021.
Semana 10:
Qual a função desta caixa com espelho?
A caixa de espelhos foi projetada para ser usada no tratamento da dor do membro fantasma em amputados. Ela é um dispositivo simples que consiste numa caixa dividida ao meio por um espelho de duas faces. O seu objetivo é o paciente movimentar o membro sadio, esses movimentos são refletidos no espelho, o qual transmite a percepção de que o membro afetado está se movimentando sem dor e limitações. Supõe-se que a interpretação do sistema nervoso central desta “ilusão”, estimula a neuroplasticidade, fazendo com que seja uma ótima terapêutica na abordagem da síndrome dolorosa regional complexa tipo I.
Referência:
GASPAR, Ana Teresa; CASTRO, André; ANTUNES, Filipe. Terapia com caixa de espelhos na síndrome dolorosa regional complexa tipo I. Revista Acta Fisiátrica, v. 17, n. 3, 2010.
Semana 11:
Qual patologia impediu a cantora Lady Gaga a participar deste evento de música em 2017? O que acontece com estes pacientes?
A fibromialgia, a qual é uma doença caracterizada por dor músculoesquelética crônica generalizada sem a presença de inflamação no tecido ou dano estrutural. Acredita-se que esses pacientes possuam um distúrbio no processamento da dor que faz com que haja o aumento da sensibilidade dolorosa. Desse modo, as pessoas que sofrem com essa patologia sentem dor crônica generalizada (manifestação cardinal), também chamada dor multissítio (MSP), na qual pelo menos 6 locais estão envolvidos, incluindo cabeça, braço, tórax, abdome, perna, a parte superior das costas e a coluna e a parte inferior das costas e a coluna (incluindo as nádegas). Também pode haver artralgia, inchaço nas articulações, fadiga persistente, distúrbios do sono, distúrbios cognitivos, como problemas de atenção, depressão, ansiedade, cefaleia – do tipo tensional ou migrânea – e parestesias.
Referências:
GOLDENBERG, Don L. Clinical manifestations and diagnosis of fibromyalgia in adults. UpToDate, 2022.
Semana 12:
Qual patologia esta criança apresenta? Quais as etiologias?
Essa criança apresenta o pé torto equinovaro congênito, que é uma deformidade no desenvolvimento do pé/tornozelo na qual um ou ambos os pés estão em flexão plantar, com o antepé balançando medialmente e a sola direcionada para dentro. Quanto a sua etiologia, a maioria dos casos é idiopática (80%), podendo ser também associada a alterações genéticas ou anomalias estruturais e cromossômicas. Desse modo, dividem-se em causas intrínsecas, como na ocorrência de espinha bífida (mais comum), doenças musculares ou do tecido conjuntivo, aneuploidias, anormalidades dos cromossomos sexuais e síndromes de deleção, e causas extrínsecas, que estão relacionadas a fatores externos que dificultam o crescimento normal do pé. Exemplo disso ocorre na gestação múltipla, oligoidrâmnio, posição pélvica, má apresentação e anormalidade da cavidade uterina.
Referências:
MAGRIPLES, U. Prenatal diagnosis of talipes equinovarus (clubfoot). UpToDate, 2021.
Semana 13:
Qual a principal função da caderneta da gestante? Quando a mesma é disponibilizada?
Ser um meio de registro de todos os dados do pré-natal da gestante, com suas consultas, exames, vacinas e é um meio de acompanhar o desenvolvimento da gravidez, garantindo um pré-natal de qualidade. Além disso, ele também serve como um local de fonte de informação para a gestante, já que aborda sobre as mudanças na gestação, cuidados com a alimentação, o desenvolvimento do feto conforme as semanas, sobre o parto, puerpério e amamentação. Ela deve ser disponibilizada no momento em que a gravidez é confirmada, para que se registrem os dados da 1ª consulta do pré-natal.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Caderneta da gestante. 6ª ed. Ministério da saúde. Brasília - DF, 2022.
MARTINS-COSTA, Sérgio H. et al. Rotinas em obstetrícia.7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
Semana 14:
Cerca de 25 a 50% das mulheres desenvolvem tremores no pós-parto imediato, de curta duração. Qual a explicação fisiológica e o tratamento?
Algumas pacientes apresentam calafrios ou arrepios no pós-parto, que geralmente iniciam em 1 a 30 minutos após o parto e são normalmente autolimitados, durando de 2 a 60 minutos. A causa desse evento é desconhecida, porém pode ser uma resposta à diminuição da massa corporal e por uma queda na temperatura corporal após o parto, com reajuste nos sensores térmicos. Além disso, pode ser consequência de sangramento fetal-materna, êmbolos micro-amnióticos, separação placentária, anestesia, bacteremia ou administração de certos medicamentos. O tratamento é de suporte, em que a paciente deve ser aquecida com cobertores quentes e/ou ar quente, além de ser observada. Nos casos de tremores associados à anestesia pode haver complementação farmacológica.
REFERÊNCIA:
BERENS, Pamela. Overview of the postpartum period: Normal physiology and routine maternal care. UpToDate, 2022.
Semana 15:
HPV - Qual a maneira adequada de identificar os tipos e subtipos? Quais as diferenças no potencial oncogênico? Como realizar a prevenção desta doença?
Os tipos e subtipos da HPV podem ser identificados através da história clínica, exame físico, análise por biópsia, detecção de marcadores celulares e testes de DNA de HPV. As diferenças no potencial oncogênico variam conforme o potencial em causar carcinomas intraepiteliais cervicais, nesse caso, tem-se os tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58, 59, 68, 73 e 82 com alto risco oncogênico, pois podem formar complexos com as proteínas anti-ocogênicas p53 ou retinobastoma (pRb); e os de baixo risco, 6, 11, 40, 42, 43, 44, 53, 54, 61, 72, 73 e 81, que podem ser assintomáticos ou provocar condilomas com lesões intraepiteliais escamosas. Em relação a sua prevenção, é realizada através da vacinação e o rastreamento pelo PCCU. No Brasil tem-se a vacina quadrivalente contra HPV tipos 6 e 11 (de baixo risco oncogênico, responsáveis por lesões verrucosas) e 16 e 18 (de alto risco oncogênico). Nas meninas o período de imunização é de 9 a 14 anos e nos meninos é de 11 a 14 anos, com duas doses.
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
PALEFSKY, Joel M. Virology of human papillomavirus infections and the link to câncer. UpToDate, 2019.

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