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Aula 07 - Direitos sociais Art 6º CF/88 Direitos sociais são os direitos que visam garantir aos indivíduos o exercício e usufruto de direitos fundamentais em condições de igualdade, para que tenham uma vida digna por meio da proteção e garantias dadas pelo estado de direito. É direito de todos, indistintamente. Na CF/88 Já em seu início, mais precisamente em seu Preâmbulo, a Constituição Federal institui que são valores supremos da sociedade o exercício dos direitos sociais, o bem-estar, o desenvolvimento e a igualdade. Portanto, estes valores são direitos de todos os cidadãos. ART. 6º, CF/88 - São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição. Os direitos sociais surgiram em razão do tratamento desumano vivido pela classe operária e os excessos capitalistas durante a Revolução Industrial. reclamam do Estado atividades positivas, prestacionais que tem por objetivo a minoração das desigualdades sociais. passar dos anos emergiu a consciência da necessidade de garantia da dignidade da pessoa humana. Aflorou a idéia de que o Estado deve estar sempre presente e agir de forma a minorar os problemas sociais, buscando a melhoria de condições de vida aos hipossuficientes, visando à concretização da igualdade social. Almejando uma justiça social, após os efeitos da Segunda Guerra Mundial, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) promulgou a Declaração da Filadélfia, em 1944, passando a adotar e disciplinar temas mais amplos de políticas sociais e direitos humanos. “A afirmação dos “direitos sociais” derivou da constatação da fragilidade dos “direitos liberais”, quando o homem, a favor do qual se proclamam liberdades, não satisfez ainda necessidades primárias: alimentar-se, vestir-se, morar, ter condições de saúde, ter segurança diante da doença, da velhice, do desemprego e dos outros percalços da vida.” (HERKENHOFF, 2002, p. 51-52) José Afonso da Silva agrupa os direitos sociais em seis classes: “(a) direitos sociais relativos ao trabalhador; (b) direitos sociais relativos à seguridade; (c) direitos sociais relativos à educação e à cultura; (d) direitos sociais relativos à moradia; (e) direitos sociais relativos à família, criança, adolescente e idoso; (f) direitos sociais relativos ao meio ambiente.” O Título VIII, Da Ordem Social Capítulo I (Disposição Geral, artigo 193); Capítulo II (Da Seguridade Social, artigos 194 a 204); Capítulo III (Da Educação e do Desporto, artigo 205 a 217); Capítulo IV (Da Ciência e da Tecnologia, artigos 218 e 219); Capítulo V (Da Comunicação Social (artigos 220 a 224); Capítulo VI (Do Meio Ambiente, artigo 225); Capítulo VII (Da família, da criança, do adolescente e do idoso, artigos 226 a 230); e, Capítulo VIII (Dos Índios, artigos 231 e 232). Os direitos sociais também estão ligados à política urbana e política agrária, expressos nos artigos 182 a 191 (Título VII, Capítulo II). Capítulo II (Da Seguridade Social, artigos 194 a 204) Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: SAÚDE Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. PRINCÍPIOS Os princípios doutrinários: universalidade, integralidade e da equidade Princípios organizacionais: descentralização, da regionalização e da hierarquização O QUE É O S.U.S?? Sistema Único de Saúde O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988. Hoje integram o Sistema Único de Saúde : os centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil. Princípios doutrinários princípio da universalidade: A saúde é direito social que deve estar disponível em igualdade de acesso a todos os brasileiros. princípio da integralidade de atendimento: todas as doenças listadas na tabela CID merecem atendimento e efetivo tratamento. O princípio da Equidade visa diminuir desigualdades no atendimento aos usuários. Isso porque, apesar de todas as pessoas possuírem direito a todos os serviços, cada uma possui necessidades diferentes de atendimento. Assim, a equidade decorre da aplicação do principio da isonomia ou igualdade, impondo tratamento igual aos iguais e desigual aos desiguais na medida de suas desigualdades Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade. O nível primário: Os serviços básicos ficam a cargo das unidades básicas de saúde. A atenção básica pressupõe ações que visem a promoção e proteção à saúde, bem como a prevenção aos agravos UBS E POSTOS DE SAÚDE. O nível de média complexidade são feitos pelos hospitais conveniados e ambulatórios de especialidades composta por ações e serviços que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, cuja complexidade da assistência na prática clínica demande a disponibilidade de profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos, para o apoio diagnóstico e tratamento Ambulatório de especialidades. O nível de alta complexidade estão sob responsabilidade e atribuição dos hospitais terciários, que consomem cerca de 40% dos recursos alocados para o setor. pressupõe um conjunto de procedimentos que exige alta tecnologia e alto custo ofertados, apenas via serviços qualificados e especializados. É feito apenas em Hospitais referência, mediante prévio encaminhamento decorrente do setor de media complexidade. Ex: assistência ao paciente portador de doença renal crônica, oncologia; cirurgia cardiovascular adulta e pediátrica e intervencionista; cirurgia vascular; procedimentos endovasculares extracardíacos; laboratório de eletrofisiologia; assistência em tráumato-ortopedia; procedimentos de neurocirurgia Saúde Complementar Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. § 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. Saúde complementar É feita pelos convênios médicos. Devem obedecer aos princípiosque regem o SUS Depende de contratação do cidadão. LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998 estabelece as regras. São fiscalizados pela ANS Agência Nacional de Saúde.
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