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Tanatologia e Sexologia Forense

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Medicina Legal e 
Psicologia Forense
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Susyara Medeiros de Souza
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Tanatologia e Sexologia Forense
Tanatologia e Sexologia Forense
 
 
• Conhecer os critérios de determinação da morte e seus fenômenos, discutindo as repercus-
sões jurídico-sociais relacionadas aos tipos de morte e os destinos dos cadáveres;
• Identificar os crimes de natureza sexual e as perícias médico-legais que são realizadas para 
a materialização do fato e a identificação da autoria;
• Distinguir entre aborto e infanticídio sob o ponto de vista médico-legal, discutindo as reper-
cussões jurídico sociais em cada caso.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO 
• Introdução;
• Sexologia Forense.
UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Introdução
Tudo começa pelo conceito, não é?! Então, podemos conceituar a Tanatologia 
Forense com a lição de França (2015), que explica que é a área da Medicina Legal 
que estuda a morte e o morto, e as suas repercussões na esfera jurídico-social.
Tanatus significa morte, e logia, estudo. Logo, a Tanatologia, resumidamente, é o estudo 
da morte.
Ainda de acordo com França (2015), á na Tanatologia que se estudam os critérios 
atuais para uma definição de morte, os direitos sobre o cadáver e o destino que se 
dá a ele, as causas jurídicas da morte (homicídio, suicídio ou acidente), o diagnóstico 
da realidade de morte pelos sinais tradicionais, a estimativa do tempo de morte, a 
morte súbita, agônica e sobrevivência e as técnicas usadas na necropsia médico legal.
Direitos sobre o Cadáver
Algumas questões surgem diante da morte de alguém. Hoje, com a possibilidade 
dos transplantes, da necessidade de cadáveres para finalidade de estudo e pesquisa 
científicos, necessidade de esclarecimentos das causas de morte, sejam as mortes por 
causas externas ou internas (chamadas naturais), tudo isso provoca questionamentos 
diversos no campo da legalidade e da ética também.
Assim, iniciamos apresentando um conceito simples sobre o que é cadáver: corpo 
sem vida.
Mas é preciso esclarecer que, embora seja corpo sem vida e, consequentemente, 
não seja mais pessoa, configurando-se em “coisa”, não se esqueça de que este cadá-
ver já foi uma pessoa, e representa ainda a imagem do que ela foi, requerendo, por 
isso, todo respeito e tratamento digno. 
Assim, o cadáver tem natureza jurídica de coisa, mas extrapatrimonial (res extra 
commercium), conforme leciona França (2017).
Com relação à posse sobre o cadáver, também sempre há dúvidas e até crendices 
sem fundamentos. 
Mas vamos explicar a seguir.
Posse sobre o Cadáver
Direitos da Família
A família do morto, por óbvio, tem direitos sobre ele, mas também tem deveres. 
O principal desses deveres corresponde à obrigação de respeito à sua última von-
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tade, a não ser que esta última vontade não seja lícita, ou contrarie a moralidade e 
a ordem pública, ou ainda, a família não tenha condições financeiras para executar 
essa última vontade de seu ente falecido.
O professor Genival Veloso de França (2017, p. 431), traz uma observação 
 importante sobre o direito da família sobre o cadáver: ele explica que “[...] a família 
jamais poderá ceder o cadáver a uma instituição científica se esta não era a vontade 
do morto”.
Outra questão importante para que você saiba é que a necropsia clínica, aquela 
 realizada em casos de morte natural (vamos estudar este tópico mais à frente), 
 somente pode ser realizada com o termo de consentimento da família.
E, por fim, mas sem esgotar o assunto, é claro, a família tem direito ao sentimento 
de respeito aos mortos, e deve ser respeitada em sua dor.
Direitos da Sociedade
Mais uma vez, é o Professor Genival Veloso de França que trata sobre o assunto, 
e esclarece que o próprio reconhecimento dos direitos da família sobre o cadáver, 
com o respeito ao princípio da piedade, configura-se como proteção aos direitos 
da Sociedade.
Mas há outras questões que envolvem interesses da Sociedade quando ocorre 
uma morte.
É o caso da necessidade do esclarecimento da causa médica e da causa jurídica 
da morte, tanto por razões de progresso científico quanto por imperativos de ordem 
médico-sanitária, ou seja, ao se esclarecer uma morte, geram-se informações para 
que o poder público crie ou aprimore políticas públicas de saúde e prevenção que 
beneficia a toda Sociedade.
Direitos do de cujos
Aquele que já morreu não é mais sujeito de direitos enquanto pessoa, mas há, 
clara e indiscutivelmente de se respeitar suas últimas vontades declaradas, sobretudo 
em testamento.
França (2017) nos explica que se a vontade do de cujos é vinculante no que se refere 
aos seu testamento, nada mais justo que o seja quanto à disposição de seu corpo. 
Com isso, o autor defende que uma pessoa pode decidir doar seu cadáver a uma 
instituição científica, sem obstáculos. 
Destinos do Cadáver
Quando ocorre uma morte, algumas providências precisam ser realizadas. O cadá-
ver precisa receber a destinação competente.
9
UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Assim, há providências preliminares, ou também chamadas destinos temporários 
do cadáver, que são o encaminhamento para retirada de órgãos e tecidos para trans-
plante, e os exames de necropsia, seja clínica ou médico legal.
Após essas providências, o cadáver deverá ser encaminhado à destinação final, 
sendo possível a inumação (sepultamento), a cremação e a doação para fins de estudo 
e pesquisa de caráter científico.
Destinos Transitórios do Cadáver
Necropsia Médico-Legal
A necropsia médico-legal é um exame pericial, com fundamento legal no Código 
de Processo Penal:
Código Processual Penal
Art. 6°. Logo que tomar conhecimento da prática de infração penal, a 
autoridade policial deverá:
VII – Determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de 
delito e a quaisquer outras perícias.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios será indispensável o exame 
de corpo de delito...
É exame pericial realizado por Peritos Médicos Legistas e seus Assistentes, nos 
Institutos Médicos Legais (IMLs).
No caso de mortes por causas externas, mais conhecidas como mortes violentas 
(acidentes, homicídios e suicídios), o cadáver é um dos vestígios do fato. 
Na verdade, destaca-se como o principal vestígio. Por isso, será indispensável o 
seu exame, com a finalidade de se esclarecer a causa biológica da morte, e auxiliar as 
investigações para se determinar a causa jurídica da morte, entre homicídio, suicídio 
e acidentes.
Também é exigida a necropsia nos casos de mortes súbitas, sem sinais exter-
nos que evidenciem violência, mas também que não permitam observar uma causa 
 natural aparente. 
Vamos imaginar o exemplo uma pessoa que morava sozinha, e determinado dia 
é encontrada morta, sentada no sofá da sala.
Não há histórico de doenças crônicas, não são encontrados medicamentos usados 
em tratamentos cardíacos, por exemplo, não se encontram exames médicos que 
levam a supor que a pessoa possa ter morrido da manifestação de alguma doença. 
Também não se encontram sinais de envenenamento, de asfixia, ou qualquer sinal 
de luta ou ferimento. 
Trata-se, portanto, de uma morte suspeita. Esses casos são examinados nos Ins-
titutos Médicos Legais.
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Necropsia Clínica
A necropsia clínica é exame realizado para esclarecer a causa da morte de pes-
soas que faleceram de causas ditas naturais, ou seja, aquelas que ocorreram pelo 
processo natural de envelhecimento ou do desdobramento natural de uma doença.
É realizada por médicos patologistas e seus assistentes nos conhecidos SVO 
 (Serviços de Verificação de Óbito e Esclarecimento da Causa Mortis).
Veja, a seguir, trecho da Portaria que criou o serviço:
PORTARIA Nº 1.405 DE 29 DE JUNHO DE 2006.
Institui a Rede Nacional de Serviços de Verificação de Óbito e Esclareci-
mento da Causa Mortis (SVO).
§ 1º . Caberá ao médico do SVO o fornecimento da Declaração de 
Óbito nas necropsias a que proceder.
...
Art. 8º . Os SVO serãoimplantados, organizados e capacitados para exe-
cutarem as seguintes funções:
I – realizar necropsias de pessoas falecidas de morte natural sem ou com 
assistência médica (sem elucidação diagnóstica), inclusive os casos enca-
minhadas pelo Instituto Médico Legal (IML);
II – transferir ao IML os casos:
a) confirmados ou suspeitos de morte por causas externas, verificados 
antes ou no decorrer da necropsia;
b) em estado avançado de decomposição; e
c) de morte natural de identidade desconhecida.
III – comunicar ao órgão municipal competente os casos de corpos de 
indigentes e/ou não reclamados, após a realização da necropsia, para 
que seja efetuado o registro do óbito (no prazo determinado em lei) e 
o sepultamento;
IV – proceder às devidas notificações aos órgãos municipais e estaduais 
de epidemiologia;
V – garantir a emissão das declarações de óbito dos cadáveres examina-
dos no serviço, por profissionais da instituição ou contratados para este 
fim, em suas instalações;
VI – encaminhar, mensalmente, ao gestor da informação de mortalidade 
local (gestor do Sistema de Informação sobre Mortalidade):
a) lista de necropsias realizadas;
b) cópias das Declarações de Óbito emitidas na instituição; e
c) atualização da informação da(s) causa(s) do óbito por ocasião do seu 
esclarecimento, quando este só ocorrer após a emissão deste documento.
Parágrafo único.  O SVO deve conceder absoluta prioridade ao esclare-
cimento da causa mortis de casos de interesse da vigilância epidemioló-
gica e óbitos suspeitos de causa de notificação compulsória ou de agravo 
inusitado à saúde.
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Observe, principalmente, o artigo 8º, que fala da competência do SVO. E observe 
que o SVO pode transferir alguns casos ao IML, respeitando a competência do órgão: 
• Confirmados ou suspeitos de morte por causas externas, verificados antes ou no 
decorrer da necropsia;
• Em estado avançado de decomposição; 
• De morte natural de identidade desconhecida.
Agora, vamos entender a função do SVO.
Sempre que houver uma morte por causas naturais, mas essa morte não tiver sido 
acompanhada por um médico que ateste a causa, o corpo deverá ser examinado no 
SVO a fim de esclarecer a causa.
Ou mesmo se, ainda que tenha existido atendimento, não se chegou a ter um 
diagnóstico da doença que acometia a pessoa e ela veio a falecer. Nesse caso, este 
corpo será encaminhado a exame de necropsia clínica para esclarecimento da causa 
da morte.
Em todos esses casos, o médico do SVO emitirá a declaração de óbito.
A necropsia clínica exige autorização da família ou ordem judicial.
Leia a portaria completa sobre a criação e funcionamento dos SVO no Brasil, com todos os 
detalhes em. Disponível em: https://bit.ly/3hBozz9
Ao final desses exames, além da causa biológica da morte, também fica esclarecida 
a causa jurídica da morte, que se classifica em:
• Natural: decorrente do processo natural do envelhecimento ou do desdobra-
mento de doenças;
• Violenta: motivada por causas externas, não naturais (homicídio; suicídio; acidente);
• Indeterminada: sem condições de determinação, mesmo após exames 
e pesquisas.
A causa jurídica da morte não depende exclusivamente da necropsia, mas do con-
junto probatório dos fatos.
Destinos Finais do Cadáver
Inumação (Sepultamento)
Prevista na Lei dos Registros Públicos – Lei n° 6.015/1973:
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Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão de Oficial de Re-
gistro do lugar do falecimento, extraída após a lavratura do assento de 
óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou, em caso 
contrário, de duas pessoas qualificadas que tiveram presenciado ou veri-
ficado a morte. 
Isto é, não se pode inumar o cadáver sem registrar o óbito em Cartório. Caso o 
administrador do cemitério aceite fazer a inumação sem essa formalidade, ele está 
assumindo uma séria responsabilidade.
Cremação
Também prevista na Lei dos Registros Públicos – Lei n° 6.015/1973:
 Art. 77. [...] 
§ 2º. a cremação de cadáver somente será feita daquele que houver 
manifestado a vontade de ser incinerado, ou no interesse da saúde 
pública, e se o atestado de óbito tiver sido firmado por dois médicos ou 
por um médico legista, no caso de morte violenta, depois de autorizada 
pela autoridade judiciária. 
Observe que o cadáver vítima de morte violenta é também vestígio do fato. Logo, 
sua incineração fará com que se perca para sempre esse vestígio. Assim, só poderá 
ser realizada a cremação, nesses casos, mediante autorização judicial.
Doação para Fins de Estudo e Pesquisa
Previsão legal: Lei n° 8.501, de 30 de novembro de 1992:
Art. 1º. Esta lei visa disciplinar a destinação de cadáver não reclamado 
junto às autoridades públicas, para fins de ensino e pesquisa.
Art. 2º. O cadáver não reclamado junto às autoridades públicas, no 
prazo de trinta dias, poderá ser destinado às escolas de medicina, 
para fins de ensino e de pesquisa de caráter científico. 
Art. 3º. Será destinado para estudo, na forma do artigo anterior, o cadáver:
I – sem qualquer documentação;
II – identificado, sobre o qual inexistem informações relativas a endereços 
de parentes ou responsáveis legais.
§ 1º. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autoridade competente fará 
publicar, nos principais jornais da cidade, a título de utilidade pública, 
pelo menos dez dias, a notícia do falecimento.
§ 2º. Se a morte resultar de causa não natural, o corpo será, obrigatoria-
mente, submetido à necropsia no órgão competente.
§ 3º. É defeso encaminhar o cadáver para fins de estudo, quando 
houver indício de que a morte tenha resultado de ação criminosa.
Art. 4º. Cumpridas as exigências estabelecidas nos artigos anteriores, o 
cadáver poderá ser liberado para fins de estudo.
Art. 5º. A qualquer tempo, os familiares ou representantes legais terão 
acesso aos elementos de que trata o § 4° do art. 3° desta lei.
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Lei N° 8.501, de 30 de Novembro de 1992. Disponível em: https://bit.ly/2FL2C3y
Perceba que a doação de cadáveres obedece a regramento sério, em razão das 
questões éticas e de dignidade que incidem aqui.
Somente pode ser doado o cadáver que não tem qualquer identificação, ou da-
queles que, mesmo sendo identificados, não se tem informações sobre sua família, 
impossibilitando encontrar parentes ou responsáveis, 
Tais corpos ficam nos serviços, normalmente nos IMLs, aguardando o prazo legal 
para a destinação final. 
Passados os 30 dias do prazo, iniciam-se as providências para a doação ou para 
o sepultamento desses corpos.
Lembre-se: a doação só pode acontecer desde que morte resulte de causa natu-
ral ou acidental, e não resultante de ação criminosa.
Critérios Atuais de Morte
Os critérios de morte encefálica são definidos pela Resolução do Conselho Federal 
de Medicina nº 2.173/17, como sendo: “Perda completa e irreversível das funções 
encefálicas, definida pela cessação das atividades corticais e de tronco encefálico, 
caracteriza a morte encefálica e, portanto, a morte da pessoa”.
Além do conceito, a Resolução do CFM traz, ainda, os critérios para sua determi-
nação. A determinação da morte encefálica, além de definir que aquela pessoa está 
morta sem possibilidade de reanimação, é importante para os casos de remoção de 
órgãos e tecidos para transplante. Logo, é algo bastante sério.
Destaco para você dois artigos da resolução, que tratam do procedimento de 
diagnóstico de morte encefálica:
Resolução nº 2.173/17
Art. 2º. É obrigatória a realização mínima dos seguintes procedi-
mentos para determinação da morte encefálica:
a) dois exames clínicos que confirmem coma não perceptivo e ausência 
de função do tronco encefálico; 
b) teste de apneia que confirme ausência de movimentos respiratórios 
após estimulação máxima dos centros respiratórios;
c) exame complementar que comprove ausência de atividade encefálica.
Art. 3º. O exame clínico deve demonstrar de forma inequívoca a exis-
tência das seguintes condições:a) coma não perceptivo; 
14
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b) ausência de reatividade supraespinhal manifestada pela ausência dos 
reflexos fotomotor, córneo-palpebral, oculocefálico, vestíbulo-calórico e 
de tosse. 
§ 1º . Serão realizados dois exames clínicos, cada um deles por um médi-
co diferente, especificamente capacitado a realizar esses procedimentos 
para a determinação de morte encefálica
Retirada de Órgãos e Tecidos para Transplantes
A retirada de órgãos e tecidos do corpo humano com a finalidade de transplantes 
está regulamentada pela Lei 9.434/1997.
De acordo com o Art. 3º da Lei, a retirada post mortem (após a morte) de tecidos, 
órgãos ou partes do corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá 
ser precedida de diagnóstico de morte encefálica, sendo permitido que um médico 
de confiança da família esteja presente no momento da comprovação e também do 
atestado da morte.
Pela Lei, também é permitido dispor de partes do corpo ou mesmo órgãos do 
corpo vivo. Isso se a pessoa doadora é pessoa juridicamente capaz e dispuser, gra-
tuitamente, ou seja, só pode doar, os tecidos, órgãos e partes do próprio corpo 
vivo, para cônjuge ou parentes consanguíneos até o quarto grau. Para doar a não 
parentes, requer autorização judicial.
Para doação de medula óssea, pode se doar a qualquer outra pessoa, sem neces-
sidade de autorização judicial.
Leia a Legislação completa e saiba tudo sobre as doações de órgãos e tecidos e partes do 
corpo. A Legislação prevê, inclusive, punição para casos de descumprimento das diretrizes 
da doação. Disponível em: https://bit.ly/2FFbHuv
Declaração de Óbito
Muito importante que você saiba um pouco sobre este documento.
A Declaração de Óbito (DO) é o documento base do Sistema de Informações 
sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). É composta de três vias auto-
copiativas, pré-numeradas sequencialmente, fornecida pelo Ministério da Saúde e 
distribuída pelas Secretarias Estaduais e Municipais de saúde conforme fluxo padro-
nizado para todo o país.
A Declaração de Óbito é o documento que inicia a baixa do registro civil de uma 
pessoa natural. Não se registra óbito em cartório sem a DO.
Além da finalidade jurídica, o registro do óbito fornece estatísticas sobre as causas 
de morte, fomentando políticas públicas.
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Importante!
A emissão da Declaração de Óbito é ato exclusivo de médico, segundo a Legislação do País.
Em que situações é emitida a DO?
• Em todos os óbitos (natural ou violento);
• Quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento, independente-
mente da duração da gestação, do peso do recém-nascido e do tempo que tenha 
permanecido vivo;
• No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou 
o feto com peso igual ou superior a 500 gramas, ou estatura igual ou superior 
a 25 centímetros.
Sinais Característicos da Realidade e do Tempo de Morte
Trata-se, aqui, do estudo dos fenômenos biológicos que se instalam após a morte, 
e passam a alterar o corpo, modificam a aparência do cadáver e são utilizados para 
demonstrar que a morte está instalada naquele corpo e servem, ainda, para se esti-
mar o tempo de morte.
São dois grupos de fenômenos: os fenômenos abióticos ou avitais que, como o 
nome já informa, indicam ausência de vida, e os fenômenos transformativos, que 
alteram a aparência do corpo, em alguns casos destruindo o corpo e, em outros, 
conservando o corpo. 
Vamos conhecer tais fenômenos a seguir.
A partir deste ponto, você deve estudar observando fotografias, para melhor compreensão 
dos fenômenos.
Confira o Atlas Fotográfico de Medicina Legal criado e mantido pelo professor Malthus 
 Galvão, que permite a visualização de forma gratuita. Assim, você vai lendo seu material de 
estudo e observando no site as fotografias dos fenômenos cadavéricos que iremos estudar a 
partir de agora. Disponível em: https://bit.ly/3hCOOoX
Fenômenos cadavéricos abióticos ou avitais
Dividem-se em imediatos e consecutivos. Vejamos os exemplos, conforme os au-
tores clássicos, França (2017) e Croce (2012):
• Imediatos: são os primeiros sinais que indicam a ausência de vida no corpo, 
mas não nos dão certeza. Por isso, são também chamados sinais indicativos ou 
de incerteza de morte:
 » Insensibilidade, inconsciência e imobilidade;
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» Parada cardiorrespiratória irreversível;
» Flacidez muscular generalizada e relaxamento dos esfíncteres;
» Facies hipocrática (olhos fundos, parados, inexpressivos, palidez cutânea);
• Consecutivos: surgem com o passar das horas, e permitem confirmar a mor-
te instalada. 
São também chamados sinais de certeza de morte.
» Desidratação: Perda de água por evaporação;
» Resfriamento progressivo do corpo (algor mortis), que depende de fatores 
como temperatura do ambiente, vestes, massa corporal, entre outros mais 
técnicos. O corpo perde calor para o ambiente;
» Livores de hipóstase: Quando o sangue para de circular no organismo, ele 
decanta, e se acumula nas regiões mais baixas, encharcando os tecidos, dei-
xando uma mancha violácea;
» Rigidez cadavérica: Com o passar das horas, o corpo vai enrijecendo, ficando 
duro. Esse fenômeno começa a surgir na mandíbula depois da 2ª hora; em 
seguida nuca (2 a 4 horas), nos membros (4 a 6 horas) e nos músculos do tórax 
(6 a 8 horas);
» Espasmo cadavérico: Corresponde a um fenômeno que nem todos os autores 
consideram. Seria o enrijecimento imediato do cadáver, mantendo a última 
posição do corpo antes de morrer;
» Mancha verde abdominal, que marca o início do processo putrefativo.
Fenômenos cadavéricos transformativos
Aqui estão agrupados os fenômenos cadavéricos que modificam, alteram a 
aparência do cadáver, dividindo-se em dois grupos: os fenômenos destrutivos e 
os conservativos.
Destrutivos
• Autólise: Ocorre em nível celular. De acordo com Bittar (2018), é a destruição 
das células pelas próprias proteínas que produz e que possuem ação digesti-
va (enzimas);
• Putrefação: É a decomposição do cadáver, pela ação das bactérias. Esse fenô-
meno altera bastante o cadáver, chegando até a esqueletização. Fatores como 
as condições do ambiente, sobretudo a temperatura e a umidade, aceleram o 
processo. Divide-se em 4 fases, listadas a seguir:
» Fase de coloração (1 a 7 dias): Inicia pela mancha verde que, normalmente, 
surge na região abdominal, no lado direito. O nome é fase de coloração ou 
cromática, pois o cadáver realmente muda de cor. Com o passar das horas, 
essa cor verde se espalha por todo o corpo;
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
 » Fase gasosa ou enfisematosa (7 a 21 dias): A putrefação gera uma grande 
quantidade de gases que, à medida que se expandem, distendem os tecidos, 
fazendo com que o corpo aumente de tamanho. É a fase que mais apresenta 
sinais, como aparecimento de bolhas contendo gases pútridos, destacamento 
da pele justamente em razão do surgimento dessas bolhas, agigantamento das 
estruturas do corpo, como a língua, que fica para fora da boca, as genitálias 
incham, e surge ainda um fenômeno muito descrito na literatura, que é a 
“circulação póstuma de Brouardel”. Ela surge pela ação dos gases que fazem 
movimentar dentro dos vasos os restos de secreções e líquidos, deixando os 
vasos do corpo visíveis. Observação: não deixe de observar as fotografias 
desse fenômeno no site indicado;
 » Fase coliquativa (1 a 3 meses): Ocorre o amolecimento, o desfazimento dos 
tecidos e órgãos do corpo, que se transformam em uma lama putrefeita, de 
consistência pastosa ou semilíquida, e bastante fétida. Nessa fase, a ação da 
fauna cadavérica (larvas de insetos que colonizam o cadáver) ajudam a acelerar 
a destruição total dos restos orgânicos, pois essas larvas se alimentam dessa 
matéria em putrefação;
 » Fase de esqueletização (6 meses a 3 anos): Aqui, temos a última fase da 
putrefação, na qual a lama de putrilagem seca e se desfaz, deixando os ossos 
completamente expostos;
• Maceração: Destacamento da pele por ficar muito tempo na água,e assim, há 
um amolecimento dos tecidos. A pele se enruga e se solta. Comum também em 
fetos retidos na cavidade uterina. Nesses casos, a maceração intrauterina pode 
ajudar a estimar o tempo de morte;
Conservadores
Aqui, há a modificação da aparência do cadáver, porém, ele não se destrói. A 
putrefação ou não se instala, ou para antes de destruir o cadáver. 
Vamos ver:
• Mumificação: É o ressecamento do corpo, que acontece quando ele fica em 
temperatura ambiente alta, com ventilação intensa, e Sol causticante. É uma 
verdadeira desidratação, que impede o crescimento de bactérias e deixa a pele 
com característica de couro;
• Saponificação ou adipocera: Também depende das condições do ambiente 
(temperatura baixa, terrenos úmidos e argilosos e pouca ventilação). Aqui, a 
putrefação é freada e as estruturas do corpo passam a se transformar em uma 
consistência de sabão, lembrando muito a superfície de um queijo rançoso;
• Courificação ou corificação: Ocorre por sepultamento em urnas metálicas ou 
hermeticamente fechadas e, segundo autores, com zinco na composição. Não é 
fenômeno comum, mas a aparência é semelhante à mumificação;
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• Calcificação: Muito raro, é descrito na literatura como sendo a infiltração de 
sais de cálcio nos tecidos do cadáver (BITTAR, 2018). Forma, então, fetos petri-
ficados, também chamados litopédio; 
• C ongelamento: Acomete corpos cobertos por gelo ou submetidos a tempera-
turas a seguir de 20°C.
Cronotanatognose
Parece até difícil de pronunciar, não é?! 
Mas se trata de palavra que significa diagnóstico do tempo de morte. Cronos – 
tempo; tanato – morte, e gnose – diagnóstico.
Todos os fenômenos que você estudou até aqui são utilizados em Medicina Legal 
para a estimativa do tempo de morte. 
É claro que se trata apenas de estimativa, não sendo possível uma determinação 
exata, pois muitos fatores influenciam no tempo de surgimento e de desenvolvimento 
desses fenômenos, como as condições do ambiente, principalmente temperatura e 
umidade, as condições próprias do organismo da pessoa etc.
Exemplos:
• Esfriamento progressivo: 2 a 17 horas;
• Desidratação: 10 a 18 gramas por quilo de peso ao dia;
• Rigidez cadavérica: começa em duas horas pelas extremidades e mandíbula, e 
se generaliza em 8 a 12 horas;
• Livores: começa com 30 minutos e se fixa com 12 horas;
• Mancha verde abdominal: 18 a 24 horas;
• Gases da putrefação: 9 a 12 horas;
• Opacificação da córnea: após 24 horas;
• Flacidez: a rigidez se desfaz entre 36 a 48 horas;
• Fauna cadavérica: estudo da Entomologia Forense.
Sexologia Forense
É a parte da Medicina Legal que estuda as questões do comportamento sexual 
ou relacionadas ao sexo. Assim, vamos estudar, aqui, as contribuições da Medicina 
Legal para o esclarecimento de fatos que envolvam crimes sexuais, comportamentos 
sexuais classificados como parafilias e sua influência na vida da pessoa, e as questões 
quanto a aborto e infanticídio.
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Neste estudo, estão presentes conhecimentos médicos, anatômicos, funcionais, 
psicológicos, comportamentais e culturais, no que tange às implicações jurídicas.
Os crimes sexuais
Infelizmente, a violência sexual não é fenômeno raro. Trata-se de problema em 
toda parte do mundo, tendo sido registrado em todas as épocas da Humanidade.
De acordo com o Anuário da Segurança Pública – 2019, houve 66.041 registros 
de casos de violência sexual no ano de 2019 no Brasil. Considere que esse número 
alarmante é apenas o que foi registrado, pois se sabe que a maior parte dos casos 
não são notificados.
Nosso Código Penal tipifica várias condutas como crimes sexuais e, para nosso 
estudo, vamos citar apenas algumas, que embasam nossos comentários sobre as 
perícias relacionadas.
Por exemplo, o crime de estupro, previsto no Art. 213 do CP: Constranger alguém, 
mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir 
que com ele se pratique outro ato libidinoso, e o crime do Art. 217-A. Ter conjunção 
carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos.
A perícia irá buscar os elementos relacionados ao fato, irá buscar mostrar vestí-
gios do ato sexual no corpo da vítima, como por exemplo:
Prova da conjunção carnal:
• Sinais de introdução completa ou incompleta do pênis na vagina; 
• Prova da violência física:
 » Emprego de força física com mordidas, apertões, escoriações ungueais, equi-
moses etc.;
Prova da autoria:
• Busca de espermatozoide, células de descamação do pênis, pelos etc.
Prova de outro ato libidinoso que não seja conjunção carnal, vai depender se tais 
atos deixaram vestígios. Vários atos são libidinosos, pois o conceito de ato libidinoso 
é qualquer ato que busque satisfazer a lascívia ou o desejo sexual.
Assim, atos como beijo lascivo, apalpadas, toque na genitália, lambidas etc. se 
configuram como tais atos. A questão é que a maioria deles não deixa vestígios ma-
teriais no corpo da vítima, dependendo, então, de outros meios de prova.
O que se busca no exame pericial?
Será realizado exame na vítima, ouvindo, inicialmente, seu relato dos fatos e, em 
seguida, o Médico fará o exame físico, no qual verificará se houve conjunção carnal 
(penetração do pênis na vagina), se houve relação sexual anal ou oral, introdução de 
objetos etc.
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O exame ainda busca por vestígios de outros atos libidinosos e sinais de violência 
sobre o corpo da vítima, sendo os pontos mais comuns vulva, nádegas, mamas, 
região anal e pescoço.
O exame físico da vítima considera, dentre outros elementos:
• Conjunção carnal: Confirmação da penetração da vagina pelo pênis;
• Rotura recente do hímen, como sinal de conjunção carnal recente;
• Presença de esperma na vagina;
• Presença de material genético do possível agressor na vagina (pelo, saliva, célu-
las de descamação);
• Doença venérea profunda;
• Gravidez.
O Exame Médico e o Laudo Pericial
O exame sexológico é realizado pelo Perito Médico Legista, que entrevista a vítima 
e examina os vestígios em seu corpo.
O exame inicia, então, pela entrevista, também chamada na área de saúde de 
anamnese. Nesse momento o Legista escuta o relato da vítima sobre o que acon-
teceu, como aconteceu e pergunta se a vítima tomou banho ou de outra forma se 
limpou após a prática criminosa.
Essas informações são redigidas no campo “histórico” do laudo, usando preferen-
cialmente as palavras usadas pela vítima.
O histórico serve como norteador para a perícia, visto que orientará o estabe-
lecimento dos nexos, causal e temporal, entre os vestígios encontrados e o delito 
em apuração.
Quando a vítima é do sexo feminino e relata a prática de conjunção carnal, o 
 médico pergunta quando foi sua última conjunção carnal consentida (é que a conjun-
ção carnal consentida também deixa vestígios e, se aconteceu próximo ao fato cri-
minoso, esses vestígios se confundem), se nessa relação usou preservativo e quando 
foi sua última menstruação.
Em seguida, vem a descrição do exame, na qual o legista registra todos os acha-
dos relevantes, bem como descreve fisicamente a pessoa submetida a exame, tam-
bém chamada de periciando.
São registrados dados como peso, estatura, estado nutricional, compleição física, 
alguma deficiência física ou mental e se há presença de vestígios de emprego de 
violência efetiva. 
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Descreve, detalhadamente, todas as lesões encontradas, as características, locali-
zação no corpo, e quantas são. As lesões que não apresentam relação ao fato delitu-
oso, se existirem, serão descritas à parte pelo Perito.
É examinada a região genital descrevendo o seu desenvolvimento e característi-
cas. Observa o hímen, descrevendo suas características e se há rotura, descreve.
Se a prática foi de outro ato libidinoso, o Perito Médico examina se há vestígio 
disso, como presença de equimose, escoriações, presença de material suspeito de 
ser sêmen etc.
Ao final, o Legista conclui, de forma sintética e esclarecedorasobre a presença 
ou a ausência de vestígios de prática libidinosa delituosa, ou se não foi possível afir-
mar ou negar que houve prática delituosa ou, ainda, informa que o exame foi preju-
dicado, quando, por alguma razão, não pode realizá-lo, como por exemplo, quando 
a pessoa se nega a se submeter ao exame.
Ao final, o Perito deve responder a um conjunto de quesitos padronizados, mesmo 
que a autoridade solicitante do exame não faça nenhuma pergunta na requisição.
O POP – Procedimento Operacional Padrão da SENASP/MJ sugere os seguintes 
quesitos:
• Houve conjunção carnal que possa ser relacionada ao delito em apuração? 
• Houve outro ato libidinoso que possa ser relacionado ao delito em apuração?
• Houve violência para essa prática?
• Qual o meio dessa violência?
• Da conduta, resultou para o(a) periciando(a): incapacidade para as ocupa-
ções habituais por mais de trinta (30) dias, ou perigo de vida, ou debilidade 
permanente de membro, sentido ou função, ou aceleração do parto, ou inca-
pacidade permanente para o trabalho, ou enfermidade incurável, ou perda ou 
inutilização de membro, sentido ou função, ou deformidade permanente, ou 
aborto? (resposta especificada);
• Tem o(a) periciando(a) idade menor de 18 e maior de 14 anos?
• É o(a) periciando(a) menor de 14 anos;
• Tem o(a) periciando(a) enfermidade ou deficiência mental?
• O(A) periciando(a), por qualquer outra causa não pode oferecer resistência?
• Da conduta resultou gravidez?
• O agente transmitiu para o(a) periciando(a) doença sexualmente transmissível?
Para responder aos quesitos, o Legista, normalmente, utiliza os seguintes termos:
• SIM (quando tem convicção de que ocorreu o que o quesito pergunta);
• NÃO (quando tem convicção de que não ocorreu o que o quesito pergunta);
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• SEM ELEMENTOS (quando não tem convicção para responder nem sim, nem 
não ao que o quesito pergunta);
• PREJUDICADO (quando a pergunta que o quesito faz não se aplica àquela 
 situação, ou quando a resposta anterior prejudica a resposta do quesito seguinte);
• AGUARDAR (quando depende do resultado de exame laboratorial).
São essas, suscintamente, as informações que você encontrará no laudo pericial 
dos exames sexológicos. Perceba que os laudos são compostos de um histórico do 
fato, a descrição de tudo quanto se observou ao exame e que tem ou possa ter 
relação com o fato, as conclusões a que chegou o Perito e a resposta aos quesitos 
oficiais (padronizados).
Caso a autoridade solicitante envie outros quesitos, eles serão também respondi-
dos pelo Perito, em sequência.
Os Transtornos da Sexualidade
São distúrbios quantitativos e/ou qualitativos do instinto sexual (HERCULES, 2014).
O termo “transtorno” é mais aceito atualmente. Cientificamente, tem-se evitado a 
palavra perversão, tornada estigmatizante.
Na área acadêmica, não há consenso sobre vários aspectos no estudo das patologias 
relacionadas ao sexo, conflitando-se conceitos desde o diagnóstico até o tratamento.
Causas: os autores referem que há pesquisas considerando diferentes causas: alte-
rações orgânicas concretas, desequilíbrios glandulares perturbações psíquicas, mera 
preferência individual.
A maioria dos transtornos da sexualidade não constituem infrações penais em si 
mesmos.
Ainda de acordo com as lições de Hercules (2014), algumas vezes representam 
fatores criminógenos, contribuindo para escândalos, chantagens, ameaças, corrup-
ções e violência. 
Algumas vezes, observam-se criminosos sexuais apresentando disfunções. Em ou-
tros casos, especificamente os atos para satisfazer ao instinto sexual constitui crime.
Na esfera cível, os transtornos da sexualidade podem ensejar separação judicial, 
divórcio, anulação de casamentos, perda do poder familiar etc. 
Por essas razões, a Medicina Legal se interessa pelo tema. Vejamos os exemplos, 
com base nos estudos de Hercules (2014), por ser o mais completo manual nessa 
área, na minha avaliação. 
Ele divide os transtornos da sexualidade em dois grupos, apesentados a seguir.
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Exemplos de Disfunções Sexuais
• Transtorno de desejo sexual hipoativo: Deficiência ou ausência do desejo de 
ter atividade sexual;
• Transtorno da aversão sexual: Aversão, esquiva do contato genital com o 
parceiro; em casos mais severos, chega a englobar qualquer estímulo sexual, 
mesmo beijos ou toques;
• Transtorno de excitação sexual: Incapacidade persistente ou recorrente de 
adquirir ou manter uma resposta de excitação adequada, seja de lubrificação ou 
turgência genital (do sexo feminino);
• Transtorno erétil masculino: Incapacidade persistente ou recorrente de obter 
ou manter uma ereção adequada até a conclusão da atividade sexual;
• Transtorno orgástico: Atraso ou ausência, persistente ou recorrente, de orgasmo, 
após uma fase normal de excitação sexual;
• Ejaculação precoce: Desencadeamento, persistente ou recorrente, do orgasmo 
e da ejaculação, mediante mínima estimulação, sem que o indivíduo deseje;
• Dispareunia: Dor genital associada ao ato sexual. Não é exclusivo das mulheres. 
No homem, caracteriza-se pela ereção dolorosa;
• Vaginismo: Contração involuntária dos músculos do períneo, quando é tentada 
a cópula;
• Coitofobia: Repugnância ou medo mórbido do coito. Pode ter origem no vagi-
nismo ou dispareunia, ou em fatores psicológicos.
Parafilias
De acordo com os ensinamentos de Higino Hércules (2014), são caracterizadas 
por anseios, fantasias ou comportamentos sexuais, manifestados de forma intensa 
e recorrente, que envolvem objetos, atividades ou situações incomuns, que acabam 
por causar sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social 
ou ocupacional.
É comum nas parafilias a natureza repetitiva, compulsiva e de padrão constante.
É preciso ressaltar que algumas práticas definidas como parafilias, quando se 
apresentam apenas de modo esporádico, não constituindo o meio único ou o pre-
dominante de satisfação sexual, e quando realizados de comum acordo entre os par-
ceiros, não ferindo outras pessoas, podem ser aceitos como normais, especialmente 
em Sociedades mais liberais.
Exemplos de parafilias
• Anafrodisia: diminuição do instinto sexual no homem;
• Frigidez: diminuição do instinto sexual na mulher;
• Exibicionismo: impulso em exibir os órgãos sexuais em público;
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• Mixoscopia: prazer em observar o parceiro em relações sexuais com outrem;
• Gerontofilia: atração sexual por pessoas muito idosas;
• Ninfomania: desejo sexual insaciável da mulher;
• Sadismo: prazer sexual em infringir sofrimento ao parceiro;
• Masoquismo: prazer decorrente da dor, sofrimento, humilhação, infligidos 
pelo parceiro;
• Zoofilia: compulsão por sexo com animais;
• Necrofilia: prática sexual com cadáveres;
• Asfixiofilia: excitação e satisfação erótica por meio de manobras asfíxicas, 
como constrições no pescoço ou sufocação direta;
• Dolismo: atração sexual por bonecas ou manequins de conformação humanas;
• Pigmalionismo: atração sexual por estátuas;
• Edipismo: atração incestuosa do filho homem pela própria mãe;
• Electrismo: desejo incestuoso da filha pelo pai;
• Enclitofilia: atração sexual por indivíduos marginais, delinquentes;
• Lubricidade senil: manifestação exagerada do instinto sexual em idade muito 
avançada. Alguns casos é sinal da instalação da demência da senilidade;
• Onanismo: prática compulsiva da auto masturbação.
Destaque
Pedofilia
É a atração libidinosa compulsiva de adulto por criança ou adolescente menor 
de 14 anos. Pode se manifestar de forma hetero ou homossexual. O pedófilo busca 
se satisfazer de várias formas, desde a observação de fotos ao ato libidinoso ou estu-
pro. Muito comum na Internet, filmes.
Os atos para satisfazer a pedofilia sempre configuram crimes, previstos em nossa 
Legislação, como o estupro de vulnerável (CP- Art. 217-A), corrupção de meno-
res (CP- Art. 218), os atos tipificados no Estatuto da Criança e do Adolescente – 
Lei 8.069/1990 (ver artigos 240, 241, 244-A).
ObstetríciaForense
Este é o termo dado ao estudo médico legal da gravidez, do parto e puerpério e 
do aborto e infanticídio.
Parece estranho estudar a gravidez e parto, mas esse conhecimento é utilizado 
como base para a investigação de aborto e infanticídio.
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Deixe-me explicar: numa investigação de aborto ou de infanticídio, examina-se o 
feto ou o recém-nascido. 
Mas também se examina a suposta mãe, para relacionar a criança a ela. Antes de 
partir para um exame de DNA, por exemplo, essa mulher deve apresentar sinais de 
gravidez e/ou de parto recente. É por isso que vamos ver brevemente essas questões.
Gravidez
É importante o diagnóstico da gravidez para casos que envolvem paternidade, 
simulação e dissimulação de gestação para os mais diversos fins, na investigação 
de infanticídio ou de aborto, atestado de gravidez para fins administrativos e traba-
lhistas, prova de violência sexual, questões civis como impossibilidade de anulação 
casamento e meio de contrair novas núpcias.
São sinais de probabilidade da gravidez:
• Amenorreia (suspensão da menstruação);
• Enjoos e vômitos;
• Alteração das mamas: Pigmentação das aréolas, eliminação de secreção (colostro);
• Máscara gravídica: Manchas na face;
• Pigmentação da linha alba (linha do umbigo até próximo a genitália);
• Aumento do volume do ventre;
• Sinais vaginais como cor arroxeada da vagina e colo do útero amolecido.
Prova da Gravidez
• Exame laboratorial: Dosagem de gonadotrofina coriônica (hormônio produzido 
pela placenta);
• Exame físico: Avaliação macroscópica realizada por médico;
• Movimentos fetais perceptíveis;
• Exame físico: Avaliação por exames de imagens – Ultrassom;
• Batimentos cardiofetais;
• Crescimento uterino.
Parto
O parto é, segundo a Literatura define, um conjunto de fenômenos fisiológicos e me-
cânicos com objetivo único de expulsão do concepto e seus anexos (FRANÇA, 2015).
O trabalho de parto, clinicamente, inicia com as contrações uterinas. Para a Me-
dicina Legal, o parto se dá por iniciado quando ocorre a ruptura da bolsa. O parto 
termina com a expulsão da placenta.
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Perícia do Parto
• Parto Recente: o que o Legista irá observar:
» Mamas túrgidas, com auréola pigmentada e secreção de colostro nos dois 
primeiros dias, ou de leite a partir do terceiro dia;
» Flacidez e relaxamento do abdome, ainda com pigmentação da linha alba;
» Estrias gravídicas;
» Vulva inchada, aberta e com sangue;
» Carúnculas mirtiformes: Restos de hímen, no parto vaginal;
» Colo do útero entreaberto;
» Útero ainda aumentado de volume;
» Lóquios: Secreção genital, semelhante à menstruação – Dura até cerca de 12 dias.
• Parto antigo: O que o legista irá observar :
» Não há como calcular a época em que ocorreu;
» A perícia se baseará em sinais gravídicos persistentes, ou de cicatrizes, como:
» Pigmentação de auréolas;
» Carúnculas mirtiformes;
» Cicatrizes no períneo;
» Orifício no colo do útero em fenda (parto vaginal).
Observação : Na mulher que não pariu (nulípara), e no parto cesariano, o orifício do 
colo do útero é circular.
Aborto
Conforme Croce (2012), aborto é o resultado de um conjunto de meios e mano-
bras com a finalidade de interromper a gravidez. 
O concepto poderá ser expulso, retido, morto ou inviável. Há classificações dou-
trinárias sobre o aborto, apresentadas a seguir.
Aborto espontâneo ou acidental
Decorrente de condições materno fetais endógenas, de inviabilidade da gestação 
ou de fatores traumáticos, tóxicos ou infecciosos, em circunstâncias eventuais.
Aborto provocado
Este, de maior interesse na Medicina Legal, pois pode configurar crime:
• Necessário ou terapêutico: único meio de salvar a vida da gestante;
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
• Sentimental, piedoso ou humanitário: em caso de gravidez resultante de 
estupro. É praticado por médico, com o consentimento da gestante ou de seu 
representante legal, em ambiente hospitalar, até a 12º semana da gestação;
• Eugênico: visa a evitar o nascimento de criança com má formação ou
 defeito genético; 
• Social: praticado por motivos econômicos, morais e até estéticos.
A nossa Legislação penal pune o aborto sob qualquer forma que não seja o necessário e 
o sentimental, previstos no artigo 128 do Código Penal. Mas, em 2012 o STF decidiu pela
legalização do aborto em casos de anencéfalos. Leia a íntegra do Acordão.
Disponível em: https://bit.ly/3mrQHbx
Perícia nos casos de aborto
O exame vai buscar a caracterização do fato. Se foi encontrado material utilizado, 
pois na maioria dos casos é realizado de forma clandestina. Se deixou lesão corporal 
na mulher, o que é uma qualificadora. Verifica, no caso de aborto provocado pelo 
médico, se havia meio de salvar a mulher, por meio de exame do prontuário, as cau-
sas da morte da mãe, se houve complicação etc.
Outras Perícias relacionadas
São exames relacionados: exame de gravidez pregressa, estimativa de idade – do 
feto e da mãe, exame psicopatológico – da mãe, exame de consanguinidade – paren-
tesco entre feto encontrado e suposta mãe, exames indiretos em prontuários.
Quesitos do laudo pericial
• Há vestígios de provocação de aborto?
• Qual o meio empregado?
• Se em consequência do aborto ou do meio empregado para provocá-lo sofreu
a gestante incapacidade?
• Se havia outro meio de salvar a vida (quando praticado por médico)?
• A gestante é alienada ou débil mental?
Infanticídio
O crime de infanticídio está tipificado no Código Penal:
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, 
durante o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
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Perícia nos casos de infanticídio
Busca os elementos constituintes do crime:
• Se houve vida extrauterina (nascimento com vida – caracterizada, fundamen-
talmente, pela respiração autônoma. Diagnóstico realizado pelas “docimásias”, 
que são provas baseadas na respiração e seus efeitos);
• Caracterizar o estado de natimorto, feto nascente, infante nascido e recém-
-nascido (tempo de vida extrauterina);
• Causa jurídica da morte (mecanismo da morte que vai caracterizar se foi real-
mente um infanticídio ou um acidente);
• Estado psíquico da mulher (se ela estava em “estado puerperal”);
• Comprovação de parto pregresso (recente – com sinais do puerpério, ou par-
to antigo).
E quanto ao estado puerperal? 
De acordo com França (2015), a Legislação brasileira adotou como atenuante no 
crime de infanticídio a condição biopsicossocial do estado puerperal, justificado 
pelo trauma psicológico, pela pressão social e pelas condições do processo fisioló-
gico do parto desassistido (angústia, aflição, dores, sangramento e cansaço), cujo 
resultado traria o estado confusional capaz de levar ao ato criminoso.
O puerpério é um período típico durante o qual a mulher se refaz das alterações 
ocorridas em seu organismo, devido à gravidez e o parto.
Durante esse período, em tese, a mulher poderia sofrer perturbações e não teria 
completo discernimento sobre o ato que praticasse. Mas o mesmo autor explica que 
não se pode esperar que toda mulher corra o risco de passar por isso, não é algo 
que sempre aconteça. É preciso buscar comprovar, mediante exames psíquicos, se 
realmente aconteceram perturbações em razão do estado puerperal. Tal condição 
é muito questionada pelos médicos, pois não haveria elemento psicofísico seguro a 
garantir um diagnóstico.
E o que são docimácias?
São exames técnicos que buscam comprovar se a criança respirou fora do útero 
da mãe. 
Caso seja comprovado o que chamamos de respiração autônoma, significa que a 
criança nasceu com vida e só após houve a morte. 
Caso o teste seja negativo, comprova-se que a criança teve morte intrauterina, 
logo não nasceu com vida.
Existem vários tipos de docimácias, mas a mais conhecida e realizada nos IMLs é 
a Docimásia Hidrostática Pulmonar de Galeno: mais prática e mais usada – O pul-
mão que não respirou é mais pesado que água, e afunda. Com a respiração, há expan-são alveolar, diminuindo a densidade, flutuando na água. É realizado em fases. Só tem 
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
valor até 24 horas após a morte, pois os gases da putrefação podem dar resultado falso 
(BITTAR, 2018).
Com isso, concluímos nossa Unidade, na qual você estudou sobre as questões 
relacionadas à morte, como os direitos sobre o cadáver, os destinos do cadáver, a 
doação de órgãos e fenômenos cadavéricos. Estudamos, ainda, tópicos em sexologia 
forense, aprendendo sobre as perícias nos crimes sexuais, os transtornos da sexua-
lidade e quando eles têm interesse penal, além das perícias relacionadas ao aborto 
e infanticídio.
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31
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Site
Malthus
Atlas fotográfico on line e gratuito de Medicina Legal do Prof. Malthus Galvão.
https://bit.ly/32y4fKF
 Livro
Medicina legal
FRANÇA, G. V. de. Medicina legal. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2017. (e-book)
 Leitura
Revista Criminalística e Medicina Legal
Leia artigos atualizados, com acesso gratuito, sobre perícias e pesquisas na área.
https://bit.ly/3iBKNCd
Brazilian Journal of Forensic Anthropology & Legal Medicine
Leia artigos atualizados, com acesso gratuito, sobre Medicina Legal e Antropologia 
Forense e pesquisas na área.
https://bit.ly/32y5UzQ
Procedimento Operacional Padrão da Perícia Criminal
https://bit.ly/2Rwuzi3
Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2019
https://bit.ly/2FFkk8n
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UNIDADE Tanatologia e Sexologia Forense
Referências
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Advogado Editora, 2019. 
BITTAR, N. Medicina legal e noções de criminalística. 7.ed. Salvador: JusPodivm, 
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CARDOSO, L. M. Medicina legal para o acadêmico de direito. 4. ed. Belo 
 Horizonte: Del Rey, 2016. 
COUTO, R. C. Perícias em Medicina Legal e Odontologia Legal. Rio de Janeiro: 
Medbook, 2011.
CROCE, D. Manual de medicina legal. 8.ed. São Paulo: Saraiva, 2012. (e-book)
DEL-CAMPO, E. R. A. Medicina legal. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
EISELE, R. L.; CAMPOS, M. de L. B. Manual de medicina forense & odontologia 
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FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA (org.). Anuário Brasileiro de 
Segurança Pública 2019. [S.L,]: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2019. Dis-
ponível em: <http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2020/03/
Anuario-2019-FINAL_21.10.19.pdf>. Acesso em: 13/08/2020.
FRANÇA, G. V. de. Medicina legal. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 
2015. (e-book)
________. Medicina legal. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. (e-book)
HERCULES, H. de C. Medicina legal: texto e atlas. 2.ed. São Paulo: Atheneu, 2014.
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sia médico-legal. 2.ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2019. 
VANRELL, J. P.; BORBOREMA, M. de L. Vade Mecum de Medicina Legal & 
Odontologia Legal. 3.ed. Leme: JH Mizuno, 2019.
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 Campinas: Millennium, 2013.
32

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