HUET Unidade 2

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SUMÁRIO 
 
 
UNIDADE 2 ................................................................................................................ 3 
 
2.1 - PROCEDIMENTOS DE QUEDA ..................................................................... 4 
2.2 - ABANDONO DE SUPERFÍCIE ....................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE 2 
 
Objetivo: 
 
● Entender os procedimentos de queda; 
● Conhecer o abandono de superfície. 
 
 
Conteúdo abordado: 
 
● Procedimentos de queda; 
● Abandono de superfície. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.1 - PROCEDIMENTOS DE QUEDA 
 
O último componente do triângulo de segurança é: Procedimento. Os procedimentos 
que irão lhe assistir são necessários para evacuar-se de um helicóptero tanto de uma 
posição correta quanto emborcado. A partir do momento que o capitão do helicóptero 
declara “Emergência no helicóptero”, até que você tenha adotado a posição de 
impacto (brace), lembre-se da sua lista de verificação e aja de acordo. 
 
Há 2 cenários possíveis que você pode encarar: 
 
● Queda com aviso - notícia de mais de 60 segundos; 
 
● Queda sem aviso - notícia de menos de 60 segundos. 
 
 
2.1.1 QUEDA COM AVISO 
 
Nossa checagem pré-queda consiste em 4 passos. Eles estão designados para 
prevenir problemas e eliminar riscos a você e outros passageiros, e preparar-se 
mentalmente para a queda. 
 
Os passos são: 
 
Cinto de segurança / postura - identificar saídas primárias e secundárias - colete 
salva-vidas - posição de impacto 
 
● Cinto de segurança / postura - apertado e seguro, fivela vertical, fins soltos 
comprimidos e empurrados para o fundo do acento. 
 
● Saídas primária e secundária - confirmar saídas primária e alternativa, saiba 
alcançar ambas com os olhos fechados, visualize a operação do mecanismo 
de abertura. 
 
● Etiqueta de inflação do colete salva-vidas - confira se a sua etiqueta de 
inflação do colete salva-vidas está acessível embaixo de seu assento. Não 
infle até que você esteja na superfície. 
 
● Posição de impacto - minimiza o impacto, os ferimentos, previne 
desorientação e prove um bom ponto de referência. 
 
 
2.1.2 INVERSÃO DO HELICÓPTERO 
 
Se o helicóptero emborcar, uma vez que ele tocar a água, os próximos 5 passos 
devem ser seguidos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Esperar - abrir saída – mão na referência - abrir cinto de segurança - saída 
 
● Espere até que todo movimento cesse; 
 
● Manter a calma e esperar o término do fluxo de alagamento na aeronave; 
 
● Localize e abra a saída; 
 
● Localize e retenha ponto fixo; 
 
● Abra o cinto de segurança; 
 
● Saia do helicóptero (guarnecer a balsa se for localizada e sair); 
 
● Inflar colete salva vidas; 
 
● Inflar a balsa na superfície. 
 
OBS.: Essa saída deverá ser feita com segurança, pois, os helicópteros 
possuem flutuadores, onde esses flutuadores farão com que a aeronave 
permaneça na superfície por aproximadamente 2 horas. Os flutuadores são 
bóias que, quando infladas destinam-se a estabilizar a aeronave flutuando, para 
que os sobreviventes possam abandonar a mesma. 
 
 
2.1.3 QUEDA SEM AVISO 
 
Lembre-se que anteriormente falamos das fases críticas de vôo que são 
aproximações e decolagem das instalações. Nesses momentos caso haja uma 
emergência de vôo dificilmente a tripulação terá tempo suficiente para avisar os 
passageiros. Ao tornar-se óbvio que o helicóptero vá sofrer uma queda, faça o 
seguinte: 
 
Adote uma posição de impacto (brace position) até que a queda ocorra. 
 
● Caso o helicóptero emborque, os passos permanecem os mesmos que citados 
acima; 
 
● Caso o helicóptero permaneça na posição correta, aguarde instruções da 
tripulação sobre quais ações serão conduzidas; 
 
● Caso o helicóptero permaneça na posição correta ou o capitão escolha 
conduzir um abandono, as ações seguintes serão empreendidas ou dirigidas 
pela tripulação; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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● Os equipamentos de segurança e sobrevivência serão removidos e colocados 
perto da saída escolhida. Para um abandono de superfície as amarras da balsa 
inflável devem ser primeiramente desatadas, só então ative a balsa; 
 
● Procedimentos de abandono - determinados pela tripulação, mantenha-se 
sentado com seu cinto de segurança afivelado até ser chamado. Quando for a 
sua vez retire seu cinto de segurança e mova-se rápido para a saída escolhida 
e conduza um pulo seguro em direção a água. 
 
● Uma vez que você saiu do helicóptero, você deve manter vigia por outros 
sobreviventes e juntar-se a eles; 
 
● Uma vez em grupo, adote a posição de aglomeração (huddle) e procure a 
tripulação; 
 
● Mantenha a busca por qualquer equipamento que possa flutuar na superfície e 
possa ser usado pelo grupo. Se você estiver só, adote a posição espera e 
mantenha a busca por outros sobreviventes e procure a tripulação; 
 
● Novamente mantenha a busca por algum equipamento ou fragmentos que 
possam flutuar e ser usados. 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Posição de impacto 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2 - ABANDONO DE SUPERFÍCIE 
 
Estudos em todo o mundo têm mostrado que ainda ocorrem problemas nas 
evacuações até quando os helicópteros que sofreram queda permanecem flutuando 
corretamente. 
 
Pânico: durante evacuações tem sido o maior contribuinte quando uma situação 
segura e controlada torna-se um desastre. Se uma evacuação é conduzida 
corretamente e de uma maneira controlada, as chances de uma saída rápida do 
helicóptero para a balsa inflável são enormemente acrescentadas. 
 
Sempre há uma chance de um helicóptero que está flutuando numa posição correta 
emborcar-se rapidamente. 
 
OS PONTOS A SEGUIR DEVERÃO SER CONSIDERADOS AO EFETUAR UM 
ABANDONO DE SUPERFÍCIE: 
 
● O helicóptero pousa na superfície sobre controle; 
 
● A tripulação desliga o motor; 
 
● A tripulação aconselha os passageiros a permanecerem sentados e com os 
cintos de segurança afivelados; 
 
● Normalmente a tripulação provém ao comando e aconselham como e quando 
evacuar; 
 
 
 
 
 
 
 
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● Ao comando, as portas e janelas específicas são ejetadas e facilmente 
alcançáveis pelos tripulantes; 
 
● Asseguram-se de que movimento do rotor cessou; 
 
● Balsas salva-vidas são lançadas; 
 
● Saída controlada e cuidadosa do helicóptero para a balsa ou para a água; 
 
● Uma vez fora do helicóptero a balsa deverá ser deslocada à distância do rotor, 
e o procedimento de balsa salva-vidas imediatamente iniciado. 
 
 
“O helicóptero deve ser mantido o mais estável e balanceado possível. Qualquer 
movimento de peso pode levá-lo ao emborcamento.” 
 
 
“Evacuação desordenada pode ser formadora de pânico, levando à transferência 
rápida de peso.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2.1 INFLACÃO DA BALSA SALVA-VIDAS 
 
Atado a balsa salva-vida está um cabo. Este cabo; ativa o cilindro da mistura de 
CO²/Nitrogênio que é o sistema para inflar a balsa. 
 
Este cabo deve ser fixado no helicóptero até que chegue a hora de ser cortado. 
 
A balsa inflável leva somente segundos para encher quando a seqüência de inflação 
é iniciada. A força empregada nesse processo é o bastante para retirar a balsa da sua 
Saiba Mais 
AVISO: Não saia do helicóptero até que 
todo o movimento do rotor tenha 
cessado. 
 
AVISO: Não encha, sob nenhuma 
circunstância, o colete salva-vidas. 
Espere até sair da cabine. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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valise ou container. O início desse processo dá-se ao puxar o cabo até que se sinta 
certa resistência. Um puxão adicional inicia a seqüência. 
 
Assim que a balsa inflável encher, uma saída de ar ocorrerá na válvula de liberação 
de pressão a bordo; porque a pressão do cilindro é pouco maior do que as câmaras 
de flutuação podem suportar, isso é para assegurar que a balsa infle completamente. 
 
O calor do sol também irá causar alívio na pressão à medida que o gás expande-se 
nas câmaras de flutuação. As válvulaspodem ser ajustadas para permitir aos tubos 
manterem-se firmes quando resfriados. 
 
2.2.2 DESVIRANDO UMA BALSA EMBORCADA 
 
Se a seqüência para inflar a balsa, ou as condições de mar fizerem com que ela 
emborque, o procedimento para desemborcar deverá ser iniciado. 
 
A balsa inflável do helicóptero é perfeitamente reversível - não importa de qual lado 
se infle, mesmo se o abrigo da balsa armar você pode subir e iniciar a manobra normal 
para desemborcar. 
 
 É essencial que a manobra para desemborcar seja desenvolvida urgentemente, e 
que a balsa seja ocupada imediatamente porque ela vagueará rapidamente com o 
vento e o mar. Uma balsa inflável é virtualmente impossível de manobrar contra 
quaisquer condições prevalecentes. 
 
Uma pessoa competente deve entrar na água, subir na balsa emborcada e levar o 
cabo a manobra para desemborcá-la. 
 
● Desemborcando a balsa: girar a balsa salva-vidas de maneira que o cilindro de 
CO², que é fixado no fundo da balsa, fique a favor do vento (sotavento); 
 
● Uma pessoa sobe na balsa, põe seus pés no cilindro de CO² e, agarrando o 
cabo de correção ou laçadas, inclina-se para traz usando seu próprio peso, 
para desvirá-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AVISO: Tenha cuidado para não se prender na parte de baixo da balsa em nenhum 
dos cabos. Outros sobreviventes devem manter vigia par a segurança do pessoal que 
efetuar a manobra. 
 
2.2.2.1 Técnicas de manuseio de uma balsa salva-vidas 
 
● É preferível que a balsa salva-vidas e qualquer outro equipamento de 
emergência sejam retirados do helicóptero e usados; 
 
● A balsa na água é um alvo maior que pessoas. É mais facilmente avistada em 
busca aérea, e somada ao helicóptero tem a vantagem de prover maior 
proteção; 
 
● Quando usada em conjunção com o helicóptero, o kit de sobrevivência suprirá 
aos sobreviventes com artigos essenciais para manter a vida e ajudará a 
manter a moral elevada; 
 
● Apesar das balsas não serem os equipamentos mais confortáveis, elas 
providenciarão aos sobreviventes proteções contra os elementos e algum grau 
de conforto até serem resgatados; 
 
● Para assistir os sobreviventes a formular um plano de ação de sobrevivência 
usamos o mnemônico POLC para ajudá-los a lembrar o processo: 
P - Proteção contra os elementos, feche a balsa, jogue a âncora flutuante. 
O - Organize, leia o manual, faça um plano. 
L - Localização, ative EPIRB, monte uma vigia. 
C - Conforto, mantenha-se o mais confortável possível, torça as roupas, confie na 
balsa. 
 
Um plano de procedimentos mais detalhado é como se mostra: 
Figura 2: Desviramento de balsa salva vidas 
 
 
 
 
 
 
 
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a) Inflação 
 
● Juntar o pessoal em um grupo ou próximo à balsa/linha de operações; 
 
● Infle a balsa; 
 
● Use os cabos da vida para manter contato com a balsa. 
 
b) Embarque 
 
● Ajuste as pessoas na balsa primeiro; 
 
● Ajude cada um na subida a bordo; 
 
● Faça a contagem de todas as pessoas; 
 
● Procure e resgate outros sobreviventes; 
 
● Solte o cabo de acionamento se necessário. 
 
c) Ações imediatas: 
 
● Verifique possíveis danos na balsa; 
 
● Solte a âncora flutuante; 
 
● Distribua comprimidos contra enjôo; 
 
● Administre os primeiros socorros; 
 
● Ative o EPIRB; 
 
● Instrução dos ocupantes; 
 
● Tire a água da balsa e passe a esponja; 
 
● Torça as roupas molhadas; 
 
● Faça um plano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2.2.3 TÉCNICAS DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR 
 
O tempo de sobrevivência na água vai variar dependendo da localização, estação do 
ano, da temperatura da água e outros fatores com que o indivíduo pode aumentar seu 
tempo de sobrevivência e, conseqüentemente, ser salvo. 
 
Lembre-se que ninguém é um sobrevivente até que seja resgatado, e para ser 
resgatado seu tempo de sobrevivência tem que ser maior que o tempo que as equipes 
de busca levarão para encontrá-lo. 
 
O corpo humano perderá calor rapidamente na água. Qualquer massa de água com 
temperatura menor que 37º C terá efeito resfriador no corpo. Em águas com menos 
de 27º C a pessoa em média perderá mais calor para a água do que poderá produzir. 
Conseqüentemente, a sua temperatura interna começará a cair e assim continuará 
pelo tempo que ele permanecer na água. 
 
Fatores que afetam o tempo de sobrevivência são: 
 
● Peso do corpo - pessoas pesadas e obesas sobreviverão mais tempo que as 
magras; 
 
● Roupas - prolongarão o tempo de sobrevivência; 
 
● Posição do corpo - ao adotar a posição de socorro ou de agrupamento, você 
estará protegendo a maior área de perda de calor, como a virilha, embaixo do 
braço e laterais da caixa torácica - outra área de grande perda de calor é a 
cabeça; 
 
● Uso de auxílio - coletes salva-vidas conservam energia, e o uso das balsas 
infláveis mantém os sobreviventes fora da água, aliviando o processo de 
Hipotermia (Diminuição da temperatura corporal). 
 
Figura 3: Balsa salva vidas 
 
 
 
 
 
 
 
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Posição de Socorro 
 
● Erga a cabeça para fora da água, incluindo a nuca. Use um boné, puxe um 
capuz ou ponha algo similar sobre sua cabeça; 
 
● Encolha seus braços contra o tronco e laterais. Agarre a ajuda e retenha o 
máximo de roupa possível; 
 
● Pernas cruzadas, joelhos encolhidos e juntos o tanto que as ondas e sua 
estabilidade permitirem. 
 
 
 
 
 
● Erga a cabeça para fora da água, incluindo a nuca. Use um boné, puxe um 
capuz ou ponha algo similar sobre a cabeça; 
 
● Braços interligados ou abraçando um ao outro sobre o colete salva-vidas. 
Retenha o máximo de roupa possível; 
 
● Máximo contato corporal possível, especialmente na caixa torácica; assim 
reduz a perda de calor; 
 
● Pernas entrelaçadas o máximo possível; 
 
● Converse para manter a moral elevada; 
 
Figura 4: Posição de Agrupamento / Circulo da vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
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● Grupos maiores podem prover a oportunidade de um intercâmbio de pessoas 
no centro do grupo. 
 
 
 
 
 
Saiba Mais 
LEMBRE-SE: 
 
“Ninguém é um sobrevivente até que 
seja resgatado. Mantenha-se calmo, 
seja determinado e fique visível”.