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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Faculdade Mineira de Direito ALANIS MORISSETE SOUSA OLIVEIRA FRANCIS JUNIOR BARROSO LEONARDO JOSE VASCONCELOS PINTO LUANA RIBEIRO DUARTE SOARES LUDMILA BARBOSA DE OLIVEIRA PAULA ABREU VIEIRA THIAGO HENRIQUE DE MELO ABREU Suspensão condicional da pena privativa de liberdade e livramento condicional BELO HORIZONTE-MG 2021 ALANIS MORISSETE SOUSA OLIVEIRA FRANCIS JUNIOR BARROSO LEONARDO JOSE VASCONCELOS PINTO LUANA RIBEIRO DUARTE SOARES LUDMILA BARBOSA DE OLIVEIRA PAULA ABREU VIEIRA THIAGO HENRIQUE DE MELO ABREU Suspensão condicional da pena privativa de liberdade e livramento condicional Trabalho apresentado à disciplina de Direito Penal - Teoria das Penas do curso de Direito na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais como forma de distribuição de pontos do semestre letivo. Orientador: Prof. Eduardo Queiroz de Mello BELO HORIZONTE-MG 2021 1. Suspensão condicional de pena privativa de liberdade: 1.1. Origem: A temática que cerca as penas privativas de liberdade sempre foram alvos de inúmeros debates e teorias para os estudiosos do Direito Penal, uma vez que encontrar um método que seja totalmente eficiente é algo que demanda muito esforço, tendo em vista todas as variantes que incidem sobre assunto e o colocam em crise. Michel Foucault, em “Vigiar e Punir”, abordou a problemática falando sobre a “mitigação das penas” em um de seus capítulos, trazendo duras críticas às penas privativas de liberdade, onde afirma que além de ser totalmente ineficiente como forma de reinserção do indivíduo em sociedade, pois multiplica-lhe os vícios, expande sua revolta e, além disso, é cara. Apesar da prisão ter se estabelecido como o principal modelo de todo o sistema repressivo, o sistema penitenciário nunca conseguiu de fato atingir o seu principal objetivo, que é a ressocialização do condenado. Essa problemática fica ainda mais acentuada quando recaída em condenados sujeitos às penas privativas de liberdade de curta duração, uma vez que a influência de outros presos, gangues e facções corroboram para a piora no comportamento do indivíduo. Tendo em vista o panorama supracitado, os penalistas e legisladores têm direcionado seus esforços em descobrir meios para substituir as penas privativas de liberdade de curta duração. Basileu Garcia alega que o método de prisão que possui maior adesão entre os doutrinadores do próprio Direito objetivo foi a suspensão condicional da pena, também conhecida como condenação condicional, ou sursis, de acordo com a expressão francesa. Alguns autores, como Chrysolito de Gusmão e Hugo Auler, relatam que o sursis possui pontos em comum com institutos semelhantes que vigoraram no Direito Romano, onde tinha-se o desafio de tentar substituir nos crimes de incêndio provocados por negligência, a pena de chicotear (instituto da severa interlocutio), pautada na repressão em face do mau comportamento apresentado. Assim, constata-se que na antiga Roma, a substituição da pena corporal já estava em discussão. Porém, foi apenas no séculos XIX que o instituto da suspensão condicional da pena passou a adquirir características mais próximas das que possui hoje. Não há consenso entre os doutrinadores em relação a quais são as fontes do instituto, mas é sabido que o instituto, nos moldes do que possuímos, teve seu início na França através do Projeto Bérenger, de 26 de maio de 1884, onde o sistema continental europeu teve sua origem, e no qual foi aderido por nós. O primeiro a adotar esse projeto e transformá-lo em lei foi a Bélgica, em 31 de maio de 1888, a França a adotou em sua legislação apenas no ano de 26 de março de 1891. Logo, o sistema passou a ser denominado pelo nome de belgo-francês, franco-belga ou continental europeu. No que tange o Brasil, foi Esmeraldino Bandeira, deputado federal, quem apresentou à Câmara dos Deputados, em 18 de julho de 1906, um projeto de lei que consistia no tema da suspensão condicional da pena. De acordo com ele, o projeto se apoiava quase inteiramente na tradução do texto de lei Bérenger, também conhecida como lei do sursis. Após dezesseis anos da apresentação do projeto de Esmeraldino Bandeira, o Congresso Nacional, sob o governo de Epitácio Pessoa, votou a lei que permitia a reforma total do sistema penitenciária pelo Poder Executivo, tornando efetivo o livramento condicional e criando a suspensão da condenação, através do Decreto n° 4.577, de 5 de setembro de 1922. Por fim, após a escolha do civilista João Luís Alves para Ministro da Justiça, utilizando-se da autorização legislativa, propõe ao Presidente da República o projeto de lei que se transformou Decreto n° 16.588, de 06 de setembro de 1924, no qual consagra, enfim, a adoção do instituto conhecido como “condenação condicional” em nossa legislação. 1.2. Conceito: “Sursis processual, como é conhecida a suspensão condicional do processo, é um instituto previsto no art. 89 da Lei 9.099/95. Se aplica a delitos com pena mínima igual ou inferior a 01 ano, demanda cumprimento de requisitos previstos em Lei e pode durar de 02 a 04 anos” A sursis processual é a suspensão condicional do processo penal proposta pela acusação no momento de oferta da denúncia, sendo facultativo ao réu aceitá-la ou não. O instituto não equivale à condenação, tampouco à absolvição pelo crime contido na denúncia, e que não faz qualquer juízo de valor sobre o caso, haja vista que se mostra tão somente como uma possibilidade negocial colocada pelo legislador. Oferecida a sursis processual, caso o acusado opte pela recusa, a ação seguirá seu curso normal. No entanto, aceitando a oferta, o processo ficará suspenso pelo prazo de 02 (dois) a 04 (quatro) anos, desde que cumpridas as condições acordadas entre as partes, que serão elencadas a seguir. Passado o prazo fixado e cumpridas as condições, o processo será extinto sem dar causa à reincidência ou, ainda, maus antecedentes, já que será como se nunca tivesse existido.No entanto, havendo descumprimento das medidas no curso da suspensão, o processo voltará a tramitar exatamente de onde parou. 1.3. Natureza Jurídica: A natureza jurídica da Suspensão Condicional da Pena não dispõe de um consenso, apresentando uma complexidade quanto à sua denominação. Atualmente o ordenamento jurídico brasileiro entende que há um direito público subjetivo do condenado no instituto da Suspensão Condicional da Pena e também há um outro entendimento desse instituto como uma "condição resolutória" uma vez que o cumprimento da pena depende de uma eventualidade futura. Entretanto, Cezar Bitencourt discute que a suspensão condicional não deve apenas ficar atrelada a uma mera condição. A suspensão condicional não pode ser reduzida a simples condição, quando a condenação imposta permanece e somente a execução da pena fica suspensa e não será cumprida se o beneficiário, no prazo depurador, comportar-se socialmente de modo a não causar sua revogação. É suspensiva uma condição quando a eficácia de um ato ou a aquisição de um direito se subordina à sua verificação; é resolutiva a condição quando a eficácia de um ato ou exercício de um direito somente tem lugar enquanto a conditio não se realiza. ( Bitencourt, 2021, p. 1956,1957) Nesse sentido, o autor discute que a condenação responsável pelo sursis não depende de condições para passar em julgado do mesmo modo o seu êxito. Desse modo, o entendimento majoritário concentra-se no entendimento de que a Suspensão Condicional da Pena é uma verdadeira condenação que se comporta como uma alternativa aos recursos tradicionais com que conta o Direito Penal moderno. Naturezas jurídicas conferida ao instituto da Suspensão Condicional da Pena: ● Substitutivo penal ● Sucedâneo da pena ● Meio autônomo de reação jurídico-penal com várias possibilidades de êxito ● Causa extintiva do delito e da ação ● Adaptação individual da pena ● Complemento do sistema penal ● Meio de punição de ordem especial ● Condição resolutória● Direito público subjetivo ● Uma verdadeira condenação 1.4. Sistemas: A Suspensão Condicional da Pena se fundamenta em três sistemas distintos, o anglo-americano (probation system), o também norte-americano (probation of first offenders act) e franco-belga. O primeiro deles não foi contemplado pelo Código Penal Brasileiro. Ele tem como principal característica o fato de que depois que é reconhecido a responsabilidade penal do réu, ele é sujeitado ao período de prova, mas sem a imposição da pena. Diferente do anterior, no sistema norte-americano o Sursis é aplicado antes de ser reconhecida a responsabilidade penal do réu. Nesse caso, são impostas algumas condições, que caso não sejam cumpridas, acarretam no prosseguimento do processo até a condenação e aplicação da sanção penal. O ordenamento jurídico brasileiro adota o sistema franco-belga, no qual os procedimentos judiciais correm normalmente. Há a condenação e a aplicação da pena privativa de liberdade, e a partir daí são estabelecidas as condições necessárias para aplicação da suspensão na pena aplicada. 1.5. Requisitos 1. Não ser condenado residente em crime doloso; 2. Onde a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social, a personalidade do agente, circunstâncias e o motivo do crime possibilite a concessão. 3. Onde não seja possível a substituição da pena privativa por alternativa Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que: I - o condenado não seja reincidente em crime doloso; II - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizem a concessão do benefício. III - Não seja indicada ou cabível a substituição prevista no art. 44 deste Código. § 1º - A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão do benefício 1.6. Espécies A suspensão condicional da pena privativa de liberdade é concedida somente pelo juiz quando o caso se enquadra nos requisitos legais. Para receber o benefício, o condenado não pode ser reincidente em crime doloso. Uma vez preenchidos todos os requisitos legais, o juiz não pode negar a sua aplicação, tratando-se de um benefício. O autor beneficiado pelo sursis deverá cumprir as obrigações impostas, o período de provas será de 2 (dois) a 4 (quatro) anos nos sursis simples e especial, e de 4 (quatro) a 6 (seis) anos nos sursis etário e humanitário. a) sursis simples (tem previsão nos artigos 77 e 78, 1º do Código Penal): aplicável aos condenados, não reincidentes. Pena privativa de liberdade não superior a 2 (dois) anos. O sentenciado deverá prestar serviço comunitário ou submeter-se a limitações de fim-de-semana. b) sursis especial: o réu fica proibido de frequentar determinados lugares, não pode se ausentar da comarca onde reside sem autorização do magistrado, comparecimento mensal ao juízo para comprovar o desempenho de atividade lícita. O sentenciado deverá seguir as limitações descritas no § 2º do art. 78. c) sursis etário: cabível aos condenados com mais de 70 (setenta) anos de idade na data da condenação, cuja PPL imposta não seja superior a 4 (quatro) anos. d) sursis humanitário ou profilático - Foi criado pela lei 9.714/98. É aplicado aos doentes em situação terminal, em péssimas condições de saúde. O período de provas será de 4 (quatro) a 6 (seis) anos. 1.7. Período de prova: Para que a oferta da sursis processual seja possível, o art. 89 da Lei 9.099/95 (Lei dos Juizados Especiais) impõe alguns requisitos a serem preenchidos: ●O crime contido na acusação deve ter pena mínima igual ou inferior a 01 (um) ano; ●O acusado não poderá estar sendo processado, tampouco possuir condenação por outro crime; ●O acusado preencha os demais requisitos do art. 77 do Código Penal, quais sejam, aqueles necessários à suspensão condicional da pena. https://www.aurum.com.br/blog/lei-dos-juizados-especiais/ https://www.aurum.com.br/blog/lei-dos-juizados-especiais/ https://www.aurum.com.br/blog/codigo-penal-brasileiro/ Presentes tais pressupostos, será cabível a suspensão condicional do processo, que, aceita pelo acusado, coloca este no chamado “período de prova”, no qual deverá arcar com os ônus previstos nos incisos do § 1º do art. 89, sendo eles: ●Reparação do dano provocado (exceto quando provar que é impossível fazê-lo); ●Proibição de frequentar determinados locais; ●Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização judicial; ●Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. Além disso, a lei ainda prevê, no § 2º do mesmo dispositivo, que: “O juiz poderá especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal do acusado”. Aqui, vale se atentar para o fato de que o juízo deve aplicar adequação e proporcionalidade ao caso concreto e, por óbvio, não poderá impor condições que violem algum direito do acusado ou, ainda, tenham caráter punitivo, já que, como dito anteriormente, a sursis processual não se trata de uma pena. Cumpridas as determinações negociadas entre acusação, defesa e órgão julgador e findo o período de prova do réu, o processo será extinto. Essa se mostra a grande vantagem da sursis processual, que não gera reincidência, tampouco maus antecedentes. Por outro lado, havendo descumprimento das condições impostas ou, ainda, caso o acusado venha a ser processado por outro crime durante o curso do período de prova, caberá ao juiz revogar o benefício e retomar o processo de onde parou. 1.8. Condições: As Condições do Sursi podem ser legais, aquelas em que a própria lei determina o conteúdo, ou judiciais, que são aquelas que não foram enumeradas no texto legal e fica à cargo do Juiz fazer a melhor análise, sempre levando em consideração as características de cada condenado. As circunstâncias legais estão dispostas no artigo 78 do Código Penal. São elas: Art. 78 - Durante o prazo da suspensão, o condenado ficará sujeito à observação e ao cumprimento das condições estabelecidas pelo juiz. § 1º - No primeiro ano do prazo, deverá o condenado prestar serviços à comunidade (art. 46) ou submeter-se à limitação de fim de semana (art. 48). § 2° Se o condenado houver reparado o dano, salvo impossibilidade de fazê-lo, e se as circunstâncias do art. 59 deste Código lhe forem inteiramente favoráveis, o juiz poderá substituir a exigência do parágrafo anterior pelas seguintes condições, aplicadas cumulativamente: a) proibição de freqüentar determinados lugares; b) proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; c) comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. (BRASIL, 1940) O disposto no § 1º do artigo acima se refere ao Sursis Simples, enquanto o § 2º trata do Sursis Específico, como já classificado anteriormente. Em relação à condição judicial, César Roberto Bitencourt salienta o seguinte: As condições não podem constituir, em si mesmas, sanções não previstas para a hipótese, em obediência ao princípio nulla poena sine lege, e em respeito aos direitos individuais e constitucionais do sentenciado. Tampouco se admitem condições ociosas, isto é, representadas por obrigações decorrentes de outras previsões legais, como, por exemplo, reparar o dano ou pagar as custas judiciais. (BITENCOURT, 2021, p. 421). Essas condições podem ser fiscalizadas pelo Serviço Social Penitenciário, pelos Patronatos, pelo Conselho da Comunidade ou pelas instituições que foram beneficiadas pelos serviços prestados à comunidade. Além disso, essas instituições fiscalizadoras são inspecionadas pelo Ministério Público ou pelo Conselho Penitenciário. A relação desses órgãos fiscalizadores e inspetores está prevista no §3º do artigo 158 da Lei de Execução Penal: Art. 158. § 3º A fiscalização do cumprimento das condições, reguladas nos Estados, Territórios e Distrito Federal pornormas supletivas, será atribuída a serviço social penitenciário, Patronato, Conselho da Comunidade ou instituição beneficiada com a prestação de serviços, inspecionados pelo Conselho Penitenciário, pelo Ministério Público, ou ambos, devendo o Juiz da execução suprir, por ato, a falta das normas supletivas. (BRASIL, 1984) Vale ressaltar, que o Sursis não é uma medida obrigatória, fica à livre escolha do sentenciado fazer uso dele ou cumprir a pena normalmente. Quando a medida for aceita, inicia-se o período de prova. 1.9. Revogação O condenado poderá perder os benefícios concedido pelo Sursis, se não cumprir integralmente com as obrigações impostas para a concessão do benefício, essa revogação pode ser obrigatória ( Art.81 CP) ou Facultativa (Art. 81, § 1º/CP) Revogação Obrigatória (Art. 81 CP): A revogação obrigatória se o agente for condenado por uma sentença irrecorrível por crime doloso, quando frustrar, embora solvente. A execução da pena de multa ou não efetuar a reparação de dano ou descumpre a condição do § 1.o do art. 78 do CP. Revogação Facultativa (Art. 81, § 1º/CP): A revogação facultativa é determinada a critério do juiz, onde é feita a revogação se o condenado descumprir qualquer outra condição imposta, para a concessão do benefício Sursis. Art. 81 - A suspensão será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário: I - é condenado, em sentença irrecorrível, por crime doloso; II - frustra, embora solvente, a execução de pena de multa ou não efetua, sem motivo justificado, a reparação do dano III - descumpre a condição do § 1º do art. 78 deste Código Revogação facultativa § 1º - A suspensão poderá ser revogada se o condenado descumpre qualquer outra condição imposta ou é irrecorrivelmente condenado, por crime culposo ou por contravenção, a pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos. 1.10. O sursis na lei de revogação penal “Sursis” – Suspensão Condicional da Penal. Concebido pela doutrina como um dos primeiros institutos, o sursis apresenta-se como sucedâneo de penas de prisão de curta duração. Tratando-se da suspensão condicional da execução da pena privativa de liberdade não superior a dois anos. Na sentença condenatória o magistrado deverá pronunciar-se sobre o cabimento do sursis, caso o conceda ou conteste, de acordo com a Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/84), em seu art. 157. A suspensão condicional da pena, desde que satisfeitos os requisitos do art. 77, do Código Penal, pode ser deferida ao réu que praticou crime considerado hediondo, a falta de expressa vedação legal (STJ, Resp. nº 151.769/PR, Rel. Min. José Arnaldo da Fonseca, 5ª T., v.u., j. 02.06.98). No âmbito do direito público subjetivo, o veredito condenatório que não averiguar o seu cabimento, seja para aplicá-lo, seja para refutá-lo, quando a pena privativa de liberdade não é superior a dois anos, torna-se nula de pleno direito. O sistema belga-francês aderido pelo Estatuto Repressivo Brasileiro, permite que o juiz na sentença aplique a pena privativa de liberdade e em seguida suspenda sua execução. Havendo revogação da benesse, o condenado cumprirá integralmente a pena que lhe foi imposta. As causas de revogação podem ser: Revogação obrigatória do sursis (as causas de revogação obrigatória estão elencadas no artigo 81 do Código Penal): • O beneficiário vier a ser condenado irrecorrivelmente por crime doloso; • Não reparar o dano, salvo motivo justificado; • Descumprir as condições do sursis simples. Será facultativa a revogação do sursis se: • O beneficiário vier a ser condenado irrecorrivelmente por contravenção ou crime culposo, salvo se imposta pena de multa; • Descumprir as condições do sursis especial; • Descumprir as condições especiais. Se até a sua conclusão o livramento não é revogado, qualifica-se como extinta a pena privativa de liberdade. (art.90 do CP). A revogação decorre da própria lei, que diz: “Revoga-se o livramento...”(art.86, caput). Diante de uma causa facultativa cabe ao juiz, de acordo com seu prudente arbítrio, revogar a medida ou não. Vale lembrar que não haverá revogação se o beneficiário for sentenciado à pena de multa isolada. Nessas circunstâncias, o juiz não é obrigado a revogar, mas deve proceder. Se não revogar, deverá advertir o infrator, exacerbar as condições ou prorrogar o período de prova até o seu limite máximo. Caso liberado o condenado à pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível por crime anterior ou cometido na vigência do benefício (art. 85 do CP), esta revogação é obrigatória. Uma vez revogado o benefício, não poderá ser novamente concedido. 2. LIVRAMENTO CONDICIONAL 2.1. Origem e desenvolvimento: Ainda não se tem informações suficientes que comprovem totalmente sobre as origens do livramento condicional, porém, alguns doutrinadores defendem que teria existido uma instituição semelhante no Direito Canônico, que praticou algumas formas de direito penitenciário. Porém, existem críticas que afirmam que a ideia de prisão não existia no Direito antigo, que o que se tinha, na verdade, era um ambiente de custódia do condenado até a imposição de sua pena, não havendo de se falar, portanto,sobre a ideia de prisão como sendo a pena em si naquela época. No entanto, vale a pena salientar a fundação que o Papa Clemente XI fez em Roma, chamado de Hospício São Miguel, que tinha por finalidade abrigar delinquentes juvenis e também de dar asilo para órfãos e idosos inválidos, com objetivo de buscar a correção moral, se assemelhando muito a um tratamento penitenciário. Outrossim, Cuello Calón traz a teoria que incumbe os Estados Unidos a origem do livramento condicional. De acordo com Cuello Calón, o instituto começou a funcionar com a lei que deu origem ao Reformatório de Elmira em 1869, onde progrediu até receber o nome de “liberdade sob a palavra” e parol system. Podemos destacar também a versão do livramento condicional que teve origem na França, através da obra de Bonnevile Marsangy, “Institutions complémentaires du régime pénitenciaire”. Através dessa obra, a França estabeleceu a instituição para os menores de idade da prisão de Roquette, situada em Paris, estendendo depois para todos os jovens e adultos que apresentavam bons comportamentos. Inicialmente, a ideia consistia em recompensar a boa conduta liberando os delinquentes menores de 16 anos, que seriam submetidos à tutela da sociedade de jovens detidos. Todavia, a teoria com maior adesão tem início na liberdade condicional nas colônias inglesas da Austrália, denominada como ticket of leave system, foi estabelecido em 1840 por Macconochie, que procurava buscar a recuperação moral e social do delinquente, possibilitando a sua liberação antecipada sob vigilância. Por fim, o livramento condicional hoje é acolhido por todas as legislações penais modernas, sendo um instrumento importante para a mitigação dos efeitos prejudiciais da prisão, e agindo como ferramenta para se atingir a ressocialização, objetivo da pena privativa de liberdade. 2.2. Conceito: O livramento condicional disposto no art. 83 do Código Penal conceitua-se pela liberdade do condenado durante o período que o mesmo cumpre a pena privativa de liberdade, no que tange ao sistema progressivo, o livramento condicional se caracteriza como o último estágio do cumprimento da pena. Entretanto, a pena do condenado há de ser superior ou igual a dois anos para que tal benefício se veja aplicado. Segundo CUNHA (2014, p. 444), trata-se de “medida penal consistente na liberdade antecipada do reeducando, etapa de preparação para a soltura plena, importante instrumento de ressocialização”. 2.3. Natureza jurídica: O livramento condicional é tido como um direito subjetivo do indivíduo, de modo que ele é garantido, em face ao Estado, segundo o cumprimento de determinadas condições - e não pode, segundo o autor Cleber Masson, ser declinada caso siga os requisitos para a sua aplicação. Este direito originou-se através de ideias originadas e perpetuadas na EscolaPositiva de Enrico Ferri, Cesare Lombroso e Raffaele Garofalo. Tem-se que a concessão deste direito, ao réu, pode se dar de modo condicional - de acordo com o cumprimento, por parte do indivíduo, de diversos requisitos os quais devem ser por ele garantidos em seu tempo de reclusão; antecipado - a partir do momento em que o indivíduo tem a privatização de sua liberdade por um período mais curto do que o previamente estabelecido; e precário - a partir do momento em que condiciona-se a ser revogado caso não siga requisitos e condições. 2.4. Requisitos: Para receber o benefício do livramento condicional o condenado terá que ter recebido pena igual ou superior a dois anos, complementando, ainda com outros requisitos. Vejamos o artigo 83 do CP. Art. 83 – O juiz poderá conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 (dois) anos, desde que: I – cumprida mais de um terço da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; II – cumprida mais da metade se o condenado for reincidente em crime doloso; III – comprovado: 1. a) bom comportamento durante a execução da pena; 2. b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; 3. c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e 4. d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; IV – tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; V – cumpridos mais de dois terços da pena, nos casos de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, tráfico de pessoas e terrorismo, se o apenado não for reincidente específico em crimes dessa natureza. Parágrafo único – Para o condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, a concessão do livramento ficará também subordinada à constatação de condições pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir 2.5. Condições ● Obter ocupação lícita; ● Comparecer bimestralmente a este Juízo, comunicando sua ocupação, conforme calendário entregue nesta data; ● Não se afastar do território do Distrito Federal sem prévia autorização deste Juízo, salvo para as cidades do entorno; ● Não mudar de residência sem prévia comunicação a este Juízo; ● Recolher-se à sua habitação, diariamente, quando dela se tenha afastado, até as vinte duas horas (22:00), salvo motivo de força maior, de trabalho ou de estudo (previamente autorizados); ● Não freqüentar locais de prostituição, jogos, bares ou similares, nem participar de reuniões ou espetáculos não recomendáveis; ● Evitar desentendimentos com familiares e estranhos, suprindo às necessidades de seus dependentes e assumindo suas responsabilidades sociais; ● Não andar na companhia de outros internos ou ex-internos, de quaisquer estabelecimentos prisionais; ● Não portar armas ou instrumentos capazes de ofender; ● Não fazer uso de entorpecentes, álcool, ou substâncias ilícitas; ● Comunicar a este Juízo, imediatamente, todos os fatos que lhe impeçam o cumprimento das obrigações que lhe são impostas nesta sentença. ● Sempre conduzir a documentação de identificação pessoal e eventuais autorizações de viagem e de prorrogação de horário; ● Atender com rapidez e boa vontade as intimações de autoridades policiais ou judiciárias; ● Pagar multa e custas processuais (se houver), ficando desde já intimado (a) a efetuar o pagamento da pena de multa; ● Trazer comprovante de endereço na primeira apresentação (conta de água, luz, telefone ou declaração de duas pessoas idôneas). O não cumprimento das condições impostas para o benefício constitui falta grave, podendo ocasionar a perda do benefício e a expedição de Mandado de Prisão Obs:O livramento condicional só pode ser concedido após o cumprimento da pena privativa imposta, sendo esse motivo que o faz diferente do Sursis. 2.6. Revogação: A revogação do Livramento Condicional pode ocorrer em duas hipóteses: Revogação Obrigatória, disposta no art 86 do Código Penal Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado à pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) I - por crime cometido durante a vigência do benefício; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) II - por crime anterior, observado o disposto no art. 84 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Tais crimes quando cometidos acarretará na revogação automática, nesse caso não há discricionariedade do juiz. Cezar Bitencourt aponta que “o apenado que, encontrando- se em regime de livramento condicional, comete um novo delito comprova que não está em condições de usufruir desse excepcional estágio de uma nova política criminal”. (Bitencourt, 2021, p. 2.033) Assim, quando o apenado venha a cometer algum delito durante tal regime destaca-se uma falha do próprio sistema, acarretando 3 consequências: ●O tempo em que esteve solto não será computado na pena. ●Será necessário cumprir a pena da primeira condenação em sua totalidade para se obter novo livramento condicional em sua segunda condenação, sendo que está vedado a concessão de novo benefício para a primeira pena. ●Após a suspensão do livramento condicional, não é possível somar o restante da pena anteriormente imposta na nova pena cominada ao crime para efeito de concessão de novo benefício. Ademais, quando é possível que o apenado tenha o livramento condicional revogado em virtude de condenação por crime anterior quando o mesmo atinge a sua decisão final enquanto o cumprimento do regime de livramento condicional por outro delito, nesse caso, a legislação dispõe das somas das penas da nova condenação com a anterior, onde se o apenado já houver cumprido o mínimo determinado no total das penas o mesmo permanecerá no regime de livramento condicional, do contrário, retornará à prisão e assim que completado o tempo exigido poderá retornar ao regime de livramento condicional. Revogação Facultativa: Disposta no art. 87 do Código Penal Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Na revogação facultativa há a discricionariedade do juiz, ou seja, nessa revogação fica a critério do mesmo revogar ou não o regime de livramento condicional, podendo em vez de revogar apenas advertir o apenado ou até mesmo agravar as exigências do livramento condicional . primeira causa de revogação facultativa é o descumprimento das obrigações aplicadas na sentença, essas obrigações constam na Lei de Execução Penal e em caso de descumprimento o juiz poderá revogar o livramento de modo que tal transgressão reflete a incapacidade do apenado à readaptação à vida social, tendo como efeitos: ●Não se considera o tempo que o apenado esteve em liberdade para computação na pena. ●Está vedada a concessão de novo livramento na mesma pena. A segunda causa que pode ocasionar a revogação facultativa é a condenação irrecorrível, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade, nesse cenário a prática delituosa que deu origem à uma nova condenação não leva em consideração se ocorreu antes ou durante a vigência do livramento condicional. Essa condenação caracteriza-se como facultativa por ser práticas de menor transgressividade, entretanto, ainda assim sinaliza um déficit na recuperação do apenado à readaptação à vida social. Caso o mesmo venha a ser sentenciado com pena privativa de liberdade o mesmo terá de cumpri-la não permitindo o livramento condicional pelo fato de ser impossível cumprir duas penas simultaneamente mesmo fora do regime fechado, nesse caso segundo o art. 76 do Código Penal deve ser cumprida primeiro a pena mais grave. Assim, têm para efeitos ao apenado: ●Não se considera o tempoque o apenado esteve em liberdade para computação na pena. ●Está vedada a concessão de novo livramento na mesma pena. ●Se o fato delituoso tiver ocorrido antes de período de prova, será computado na pena o período em que o apenado esteve em liberdade, tendo ainda a possibilidade de novo livramento condicional em relação ao restante da pena. 2.7. Suspensão do livramento condicional: O livramento condicional é uma medida penal com intuito de se conceder a liberdade antecipada do condenado, sendo um importante dispositivo para se alcançar a ressocialização do preso. Essa medida decorre do sistema progressivo de cumprimento da pena, no entanto, não se presume que o condenado precise passar por todos os regimes prisionais para consegui-lo. Sua concessão se dá pelo cumprimento de requisitos objetivos e subjetivos, no qual levam em conta a parcela da pena imposta que deve ser cumprida, assim como a capacidade do condenado para a liberdade prévia. Tratando-se da revogação do livramento condicional e os seus efeitos, ocorre quando o condenado descumpre qualquer condição imposta pelo juiz no momento em que foi concedido o livramento, ou quando é condenado por novo fato delituoso durante o andamento do livramento condicional. 2.8. Prorrogação do livramento e extinção da pena: O livramento condicional é concedido durante a execução da pena e pressupõe cumprimento parcial da pena privativa de liberdade; é cabível para condenações iguais ou superiores a dois anos; e seu período de prova equivale exatamente ao tempo que resta pena a ser cumprida. Após estabelecer, no art. 85, cujo qual o juiz concede o benefício, ele deverá fixar quais as suas condições, o Código Penal passa a discriminar as causas de revogação e extinção do livramento condicional. O livramento condicional depende da conduta do criminoso depois de obter o benefício. Caso o condenado esteja respondendo por qualquer crime o artigo 89 do Código Penal determina que o juiz não poderá declarar extinta a pena enquanto não passar em julgado a sentença em processo a que responde o liberado por crime cometido na vigência do livramento, trata-se aqui da prorrogação do benefício. Caso o réu seja efetivamente condenado, o livramento será revogado com as consequências fixadas no art. 88 do Código Penal, ou seja, o livramento não pode ser concedido novamente, e, além disso, o tempo que ele ficou solto não é descontado da pena. De acordo com o nosso ordenamento jurídico, somente o Estado é detentor do direito de impor sanções aos indivíduos que cometem crimes. Tal poder existe a fim de que o Poder Público possa assegurar as condições de existência e continuidade da organização social. Por isso, cabe ao Estado, por meio do Poder Judiciário, punir aqueles que violem alguma norma penal. Por sua vez, a extinção da punibilidade é a perda da pretensão punitiva do Estado, de modo que não há mais a possibilidade de impor uma pena ou sanção ao réu. O Código Penal é a legislação responsável por contemplar as principais causas de extinção da punibilidade. Elas estão previstas, em sua maioria, em seu art. 107. São elas: a morte do agente, a anistia, graça ou indulto, a abolitio criminis, a prescrição, a decadência ou a perempção, a renúncia ao direito de queixa ou o perdão aceito, a retratação do agente e o perdão judicial. O art. 66, II, da Lei de Execuções Penais, estabelece que compete ao juiz da execução declarar extinta a punibilidade. Tal declaração se refere à extinção da punibilidade decorrente da satisfação da sanção penal restritiva de liberdade ou de direitos imposta ao condenado. A partir do cumprimento do período de pena imposto ou da pena restritiva de direitos substitutiva da privativa de liberdade, a Autoridade Judiciária encarregada da execução penal declarará extinta a punibilidade. Ou seja, a partir da satisfação da pena imposta não persiste mais nenhum interesse do Estado no exercício do direito de punir, exaurido pela execução da pena. 2.9. O livramento condicional na lei de execução penal: A Lei de Execução Penal versa acerca do livramento condicional em seus Artigos 131 e 132, os quais detalham acerca do seu modo de concessão. Assim sendo, tem-se, no Artigo 131, que ele deve ser outorgado por parte do Juiz da execução, consoante a verificação quanto à prática dos requisitos estabelecidos no Artigo 83 do Código Penal, por parte do indivíduo. Destaca-se, ainda, que o Conselho Penitenciário e o Ministério Público devem ser ouvidos por parte do Juiz. Para além disso, o Artigo 132 garante que o juiz deve estabelecer, em caso de aprovação do livramento condicional do réu, as exigências para que ele se dê. 2.10. Alteração advindas com a lei 13964: A partir da Lei 13.964 de 24 de dezembro de 2019, houveram alterações no Instituto do Livramento Condicional. Assim sendo, antes era estabelecido, no Artigo 83 do Código Penal, requisitos para a concessão deste direito, ao réu, os quais foram modificados. Portanto, tem-se que, em sua redação antiga, havia neste Artigo o requisito: “comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto”. Assim sendo, em sua nova redação, estabelece-se três requisitos os quais foram divididos em quatro alíneas: “a) bom comportamento durante a execução da pena; b) não cometimento de falta grave nos últimos 12 (doze) meses; c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; d) aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto”. Bibliografia: BITENCOURT, Cezar R. Tratado de Direito Penal 1: Parte Geral. Disponível em: Minha Biblioteca, (27th edição). Editora Saraiva, 2021. BRASIL. Código Penal Brasileiro. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm> Acesso em 15 de novembro de 2021. BRASIL. Lei de Execuções Penais. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm> Acesso em: 15 de novembro de 2021. GANEM, Pedro Magalhães. Entenda o que muda no instituto do livramento condicional com a Lei 13.964/2019. 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