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CONCEITO DE TRIBUTO Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Definição de tributo Prestação pecuniária compulsória Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir Que não constitua sanção de ato ilícito Instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada Classificação dos tributos 5- Imposto, taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório e contribuições. direito tributário tem a sua base estruturada na Constituição Federal de 1988, que define a área de atuação desse ramo do direito, além de especificar como que os tributos podem ser criados no país. PRINCÍPIOS da legalidade, da isonomia, da irretroatividade, da anterioridade, do não-confisco e da liberdade de tráfego e o da capacidade contributiva. LEGALIDADE: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”. O princípio da isonomia tributária: as pessoas em pé de igualdade não devem receber tratamento desigual, criando um atendimento igualitário entre os sujeitos da sociedade O princípio da irretroatividade dita que não é lícito cobrar impostos sobre uma atividade ocorrida no passado, mas que teve lei específica de tributação sobre ela no presente. princípio, da anterioridade, também conhecido como princípio nonagesimal, ou dos noventa dias: Esse princípio protege o contribuinte de ter que arcar automaticamente com um novo tributo ou com o aumento de um já existente no momento da sua criação ou alteração. Dessa forma, a Constituição prevê a necessidade de o Estado esperar, no mínimo, 90 dias para poder começar a arrecadar recursos por meio do tributo. O princípio do não-confisco, como prevê o próprio nome, indica que o Estado não pode utilizar a tributação com o objetivo de confiscar os bens ou propriedades do contribuinte. princípio, o da liberdade de tráfego: Com o intuito de preservar o direito pétreo de ir e vir, é inconstitucional aplicar tributação com o objetivo de limitar o tráfego de pessoas ou bens. A única exceção a este princípio é a cobrança de pedágio para a utilização de rodovias públicas, mantidas pelo Poder Público ou por entidades privadas, por meio de concessão. O princípio da capacidade contributiva está previsto no parágrafo 1º do artigo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm https://www.projuris.com.br/principio-da-isonomia/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art145 145 da Constituição Federal. Ele aponta que, sempre quando possível, os tributos devem ter caráter pessoal, levando em consideração a capacidade econômica do contribuinte. as pessoas que tem menos condição econômica devem pagar menos tributos, enquanto as que têm mais capacidade econômica pagam mais. ESPECÍES TRIBUTÁRIAS Impostos Nessa classificação de espécie tributária encontram-se os impostos municipais (IPTU, ITBI e ISS), os impostos estaduais (ITCMD, ICMS e IPVA) e os impostos federais (II, IOF e IE). Ainda no âmbito federal, pode-se relacionar o Imposto de Renda, Imposto sobre Grandes Fortunas, Imposto sobre Propriedade Territorial Rural, Imposto Residual e Imposto Extraordinário de Guerra. Taxas De acordo com o Código Tributário Nacional, em seu artigo 78, as taxas podem ser criadas para o exercício regular do poder de polícia ou, ainda, a utilização de serviço público específico. As taxas vinculadas ao exercício regular do poder de polícia estão ligadas a atividades de fiscalização, controle e inspeção (de imóveis e veículos), além de serviços como vigilância sanitária e controle e inspeção de pesos. Já as taxas de serviço público se referem à utilização efetiva de algum serviço colocado à disposição do contribuinte. Contribuições de melhoria A contribuição de melhoria é aplicada quando existe valorização de um imóvel em função da instalação de alguma obra pública. Empréstimos compulsórios Os empréstimos compulsórios podem ser realizados para o atendimento de despesas extraordinárias (como estados de calamidade pública ou guerra) ou para bancar um investimento público com efetivo interesse social. Essa espécie de tributo só pode ser instituída pela União. Contribuições sociais, interventivas econômicas e interventivas profissionais As contribuições sociais têm como objetivo sustentar a seguridade social e são criadas pela União. Elas não podem possuir caráter cumulativo. Já a espécie tributária de contribuição interventiva econômica incide sobre os bens e as atividades destinadas ao lucro de uma empresa. Da mesma maneira, também podem estar atreladas a uma atividade profissional específica, como CRM ou CREA. vigência, aplicação, interpretação e integração da legislação tributária 1. Legislação A palavra ‘’legislação’’, no direito tributário, tem o significado de lei em sentido amplo, ou seja, tem o significado abrangente, conforme se depreende do artigo 96 do CTN. Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art145 ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I -Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; II -As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; III -as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; IV -Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo. OU SEJA, SE CUMPRIR CORRETAMENTE O QUE ESTÁ NA LEGISLAÇÃO, NÃO TERÁ OS ÔNUS DO PARÁGRAFO ÚNICO. FONTES FONTESPRIMÁRIAS (Legislativas) FONTES SECUNDÁRIAS CONSTITUIÇÃO FEDERAL (EEMENDA CONSTITUCIONAL) Dá as diretrizes para a criação do tributo, mas não cria tributo. ATO NORMATIVO: Portarias, resoluções administrativas etc. LEI COMPLEMENTAR: Pode ser usada para instituir tributo – quando determinado pela CF como o IGF ou empréstimos compulsórios, por exemplos, além de usada para estabelecer regras gerais como ex. o CTN – formalmente Lei ordmas recepcionado como complementar. DECRETO E INSTRUÇÃO ex. as instruções normativas da receita federal. LEI ORDINÁRIA: Geralmente cria tributos. DECISÃO NORMATIVA processos administrativos, podem criar um norte de interpretação. MEDIDA PROVISÓRIA: Pode modificar benefícios fiscais, criar, modificar alíquota, mesmo dependendo de conversão em lei, desde que não recaia nas vedações do Art. 146, III da CF/88. COSTUME: interpretação legal interna à administração e não costumes fora do que está na lei ou diferente, modificando-a. LEI DELEGADA: Pode estabelecer normas e pormenores de tributo CONVÊNIO: Ex. Confaz. DECRETOS: Pode estabelecer normas e pormenores de tributos. RESOLUÇÕES: estabelecer alíquotas TRATADOS E CONVENÇÕESINTERNACIONAIS: pode tratar de matéria tributária até porque o ingresso na legislaçãobrasileira é dualista e o tratado entra com qualidade de lei. VIGÊNCIA NO TEMPO: FONTES PRIMÁRIAS -Art.104 CTN/66 e 150, III, ‘b’ e ‘c’, da CF/88: CTN/66 -Art. 104. Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: I -Que instituem ou majoram tais impostos; II -Que definem novas hipóteses de incidência; III -que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178. CF/88 -Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III -cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; FONTES SECUNDÁRIAS –Art. 103 do CTN/66: Art. 103. Salvo disposição em contrário, entram em vigor: I -os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; II -as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; III -os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista. NO ESPAÇO A legislação tributária submete-se ao Princípio da Territorialidade. Desta forma, uma lei de caráter tributário vale nos limites do território do ente político que a editou, seja no âmbito municipal, estadual ou federal, este último com validade em todo território nacional. APLICAÇÃO QUANTOÀMATÉRIA: De acordo como 105 do CTN a leis e aplica aos fatos geradores futuros e pendentes (que a ocorrência não esteja completa). O CTN adotou o princípio da ultratividade da lei tributária no Art.144, de modo que a lei a ser aplicada é a vigente na ocorrência do fato gerador mesmo que, no momento do lançamento não esteja mais vigendo ou tenha sido reformada (em respeito a o princípio da irretroatividade da lei tributária), salvo a exceções previstas na legislação. B. QUANTO AO PROCESSO: Aplica-se a lei nova imediatamente, inclusive posterior a realização do fato gerador com exceção aos atos perfeitos e se atribuir responsabilidade a terceiros. Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada § 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. O QUE NÃO OCORRE COM MUDANÇAS DE OFÍCIO E DECISÕES ADM OU JUDICIAIS Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em consequência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. INTERPRETAÇÃO DA LEI TRIBUTÁRIA DE MANEIRA LITERAL: Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - Suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - Outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. INTERPRETAÇÃO X INTEGRAÇÃO: Interpretamos quando a legislação existe e integramos quando há uma lacuna. Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I - A analogia: comparação em razão da semelhança entre fatos, normas e etc. II - Os princípios gerais de direito tributário: Princípio da Legalidade, Princípio da Isonomia, Princípio da Irretroatividade, Princípio da Anterioridade, Princípio do Não- Confisco, Capacidade Contributiva, dentre outros. III - os princípios gerais de direito público: supremacia do interesse público, igualdade dos particulares perante o Estado, devido processo, publicidade, dentre outros. IV - A equidade: adaptação de uma regra existente para deixá-la mais justa. § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. § 2º O emprego da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. COMPETENCIA TRIBUTÁRIA . Definição: Trata-se da possibilidade dada pela Constituição Federal (exclusivamente) de a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios criarem tributos por meio de lei, aumentá-los, minorá-los, isentar e até mesmo perdoar contribuintes (remitir créditos, anistiar multas), ou mesmo deixar de tributar (imunidade tributária). Em outras palavras, a Constituição Federal irá determinar quem poderá criar, determinar e reduzir tributos. “Competência tributária é a aptidão para criar tributos. (...) O poder de criar tributo é repartido entre os vários entes políticos, de modo que cada um tem competência para impor prestações tributárias, dentro da esfera que lhe é assinalada pela Constituição” (AMARO, 2008, p. 93). "A competência tributária é a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária." (Sabag, 2012, p. 109) Características competência tributária é privativa, pois somente o ente político definido constitucionalmente poderá exercê-la. A privatividade da competência tributária decorre do princípio federativo, o qual dispõe sobre a autonomia dos entes federados, não cabendo, em regra, interferência de uma pessoa política sobre a tributação de outra. A competência é indelegável, pois o poder de legislar sobre o tributo é exclusivo daquele ente político definido na Constituição, isto significa que se a Constituição Federal possibilitar ao Estado a criação de um tipo de imposto, apenas o Estado poderá fazer isso, ele não poderá, por exemplo, repassar para o Município. A competência é irrenunciável e incaducável, pois o ente político não a perde. Nem por motivos de inércia/inetividade, nem se eventualmente exprimir sua falta de interesse. Irrenunciável significa que se a Constituição estipular que somente a União poderá tributar, esta não poderá o direito e possibilidade para tal. Em relação à facultatividade da competência, esta significa que, embora a Constituição Federal permita à União, por exemplo, o poder e competência para tributar fortunas (art. 153, VII,CF), esta somente exercerá tal prerrogativa quando entender necessário. Dito de outra maneira, a Constituição dá poderes para os entes federativos criarem, extinguirem tributos, mas ela não os obriga. A competência tributária, em regra, é estabelecida por lei ordinária. Porém, há exceções em que há alguns tipos de tributos que necessitam de Lei Complementar, como é o caso de Empréstimos compulsórios.A competência comum Diz respeito às taxas e contribuições de melhoria, que podem ser instituídas e cobradas por qualquer ente político. Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - Impostos; II - Taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. A competência comum Diz respeito às taxas e contribuições de melhoria, que podem ser instituídas e cobradas por qualquer ente político. A competência privativa Refere-se aos impostos, já que a Constituição Federal afirma a competência exclusiva da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Em outras palavras, apenas a União poderá cobrar o Imposto de Renda, assim como somente os Estados e o Distrito Federal poderão cobrar o IPVA e somente os Municípios poderá cobrar o IPTU. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA A imunidade tributária é uma proteção constitucional conferida aos contribuintes, por meio da qual impede-se que os entes federativos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal) criem e cobrem tributos sobre determinados bens e direitos. Entretanto, sua finalidade pode ser observada por um viés duplo: ao mesmo tempo em que se afigura como uma limitação constitucional, a imunidade tributária também é uma garantia fundamental concedida aos contribuintes. Isso porque ela também se trata de uma forma de proteger alguns contribuintes, bens e direitos, a fim de que os contribuintes não os tenham taxados, em virtude de motivos específicos. Quais são os tipos de imunidade tributária? Existem alguns tipos de imunidade tributária que são: 1 – Imunidades genéricas e tópicas As imunidades genéricas estão presentes no art. 150 VI da CF 88, e visam proteger todas as pessoas políticas da cobrança de impostos https://www.projuris.com.br/o-que-sao-direitos-fundamentais/ sobre patrimônio, renda e serviços das entidades beneficiadas. Seu objetivo é garantir os direitos político e sociais dessas pessoas políticas, como valores políticos, liberdade de informação, sociais, e religiosos. 2 – Imunidades excludentes e incisivas Reservadas a tributação por um tipo de imposto, excluindo o veto a outros tributos. 3 – Imunidades subjetivas, objetivas e mistas As imunidades subjetivas são destinadas à pessoa de acordo com sua condição. Estas são atribuídas a sujeitos, em função de elementos objetivos como patrimônio. Já as imunidades objetivas são as relacionadas a fatos bens e situações. É um tipo de imunidade mais restrita. E por fim, as mistas se relacionam tanto com fatos, bens e situações como com pessoas de acordo com sua condição. 4 – Imunidades ontológicas e políticas Imunidades ontológicas são as imunidades que surgem de um princípio constitucional. Já as imunidades políticas são conferidas para prestigiar outros princípios constitucionais. 5 – Imunidades explícitas ou implícitas As imunidades explícitas são as que se encontram em normas expressas na CF 88 e é regra no ordenamento. Já as imunidades implícitas não estão expressas na constituição, mas são retiradas de princípios dela. 6 – Imunidades condicionável e incondicionáveis A imunidade condicionável é a que contém uma norma técnica. Ou seja, tem eficácia contida e aplicabilidade imediata. Imunidades tributárias Imunidade recíproca Prevista no art. 150, inciso VI, alínea ‘a’, a imunidade recíproca veda aos entes políticos de instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Assim sendo, a União não pode cobrar impostos dos Estados e do Distrito Federal, nem estes dos municípios, e vice-versa. De templos de qualquer culto A imunidade concedida aos templos de qualquer culto está prevista no art. 150, inciso VI, alínea ‘b’. Ela está associada à entidade religiosa que o detém e às suas finalidades essenciais, ou seja, o exercício de atividades religiosas, sem fins econômicos. Por meio dessa imunidade, busca-se efetivar o direito fundamental à liberdade religiosa, afastando-se a cobrança de impostos dos templos e tornando a efetivação desse direito acessível. Dos partidos políticos Os partidos políticos possuem imunidade tributária com relação aos seus patrimônios, rendas ou serviços. Como fundamento, tem-se o direito à liberdade política, sendo que, para torná-la possível, impede-se o pagamento de impostos por partidos políticos e suas fundações. – Das entidades sindicais O objetivo da imunidade tributária concedida às entidades sindicais é alcançar a liberdade dos trabalhadores de se associarem aos sindicatos. Por meio dela, também se impedem os entes políticos de tributarem suas rendas, patrimônios e serviços; Vale destacar que os sindicatos de empregadores não estão abrangidos por essa imunidade, pagando impostos normalmente. Das instituições de educação Com relação às instituições de educação, a imunidade tributária tem amplo alcance, ou seja, abrange desde o ensino básico até o fundamental, médio, técnico, superior e de nível de especialização (pós-graduações, mestrados, doutorados, etc), bem como escolas de idiomas, músicas, entre outras atividades que se enquadrem como educação Essa imunidade é concedida porque as instituições educacionais visam cumprir o direito constitucional de todos os cidadãos de ter acesso à educação. – Das entidades de assistência social As entidades de assistência social que têm direito à imunidade tributária são aquelas descritas no art. 203 da Constituição Federal, cuja finalidade deve envolver: I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II – o amparo às crianças e adolescentes carentes; III – a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. De livros, jornais e periódicos De fonogramas e videogramas musicais Fato gerador O fato gerador nada mais é que a origem de uma obrigação de pagar tributo. Os impostos que as empresas arcam tem uma origem de cobrança (chamada fato gerador). Dessa maneira, só pode ser exigido se o fato gerador estiver ocorrido. Um exemplo clássico é o IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana). Só paga quem tem um bem imóvel. Se você comprar uma casa ou tem a posse dela, a legislação obriga o pagamento do IPTU Exemplos de fatos geradores no Brasil • ITR (Imposto Territorial Rural): o fato gerador é a propriedade rural; • ITBI (Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis): a origem do tributo é a transmissão de um bem imóvel; • IR (Imposto de Renda): o fato é o lucro auferido de valores que ultrapassam o montante definido pela lei e cada ano calendário possui uma referência de valor; • ICMS (Imposto de Circulação de Mercadoria): tem relação com a circulação de mercadoria; • ISS (Imposto sobre Serviço): está relacionado com a prestação de serviço por pessoas físicas ou jurídicas e os serviços constam fixados na Lei Complementar 116/2003; • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): o fato gerador é a comercialização de mercadorias industrializadas; • II (Imposto de Importação): se trata da importação de serviços e produtos; • IE (Imposto de Exportação): é o imposto pago pela exportação de bens e produtos; • IOF (Imposto sobre Operações de Crédito): tem previsão noCTN (Código Tributário Nacional) e tem como fato gerador as operações de câmbio, de crédito, operações relativas a títulos e valores mobiliários, dentre outros. A previsão se encontra no artigo 63 da Lei. https://serasa.certificadodigital.com.br/ebook/descomplicando-ir-22/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp116.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172compilado.htm
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