Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nove noites, de Bernardo Carvalho: a questão do autor e as vozes narrativas Jhonatan Rodrigues Peixoto da Silva1 Bolsista do Programa de Apoio à Pesquisa da Uniabeu (PROAPE) Resumo: Este artigo tem como objetivo analisar a questão do autor e das vozes narrativas em Nove noites, de Bernardo Carvalho. No caso do autor, pretendemos investigar como a experiência do autor influenciou este romance, ao mesmo tempo em que expomos e discutimos o conceito de “morte do autor”, de Roland Barthes. Analisaremos os dois narradores centrais da obra, pensando a relação texto-contexto, visando a mostrar de que forma a existência de múltiplas vozes no interior do romance caracteriza sua polifonia. Palavras-chave: Literatura. História. Teoria Literária. Autor. Narrador. Introdução O objetivo deste artigo é problematizar a questão da morte do autor, no caso peculiar dom híbrido romance Nove noites. Faremos uma análise estrutural e contextual dos dois narradores principais do romance de Carvalho, esmiuçando suas especificidades e modos de narrar. Este artigo também visa a dialogar com os conceitos de autor e narrador na obra em questão. No primeiro capítulo, discutiremos o conceito de morte do autor, explicitando como funciona, seus métodos e suas características peculiares. O leitor é chamado a debater o problema da morte do autor, a fim de que se inteire de sua funcionalidade, assim, estruturando certos mecanismos da narrativa Nove noites. No segundo capítulo, promovemos um diálogo ente a teoria da morte do autor e a narrativa de Nove noites, para ver como a questão do autor se estrutura na obra, daí discutindo a aplicabilidade da teoria na compreensão do papel do autor na narrativa de Bernardo Carvalho. O autor é investigado a fim de que se compreenda que não desaparece plenamente n obra, mas faz presente por meio das estratégias discursivas de seus narradores, de passagem seduzindo o leitor em um jogo literário que exige leitura ativa, atenta e investigativa. No terceiro capítulo, realizamos uma análise dos narradores de Nove noites. Consequentemente, ao perquirir os narradores, identificamos outras vozes narrativas que se 1 Bolsista do Programa de Apoio à Pesquisa da Uniabeu (PROAPE), no projeto coordenado pelo professor doutor Paulo César S. de Oliveira, e membro do Grupo de Pesquisa do CNPq “Poéticas do Contemporâneo”.n Graduando em Letras pela Uniabeu, onde também exerce a função de Monitor de Teoria Literária. 145 fazem presentes, conforme o conceito de polifonia e plurilinguismo. Para nós, Nove noites é uma narrativa polifônica, em que diversas vozes estruturam a trama, fazendo-nos enxergar o fato histórico por distintas visões e ângulos. 1. O conceito da morte do autor Iniciaremos com uma investigação acerca da narrativa híbrida de Nove noites, na problemática da identificação entre texto e autor, como se ambos mantivessem uma simbiose que não pudesse ser cindida. Desta forma, autor e texto estariam ligados e predestinados a terem suas ideias sempre associadas entre si, aprisionando-os. O mundo estético, o pequeno cosmo engendrado pelo autor pertenceria a ele, ou melhor, seria reflexo do que ele é. Assim, fadado a con-vivência indissociável à sua obra, o autor poderia ser julgado por aquilo que escreve, e a literatura seria um depósito de idiossincrasias do autor, um modo de disseminação ideológica, um fenômeno tão banal quanto a língua ordinária. Há, de certa forma, ideologia em qualquer âmbito; todavia, na literatura, “a voz (do autor) perde sua origem, o autor entra na sua própria morte, a escrita começa” (BARTHES, 2004), ou seja, autor e obra devem ter seus liames cindidos, fragmentados e estiolados, isto é, tropologicamente, o autor morre sob o conceito de Barthes. Para que possamos depreender a morte do autor, faz-se necessário que nos conscientizemos de que o autor, acima de tudo, é um artista. A criação literária é pertinente aos seus propósitos e à sua imaginação e inspiração, e acrescenta-se ainda o seu trabalho poético e estético. Este trabalho é o de escrever, fingir, dissimular, desprender-se dos grilhões da língua. Isso nos faz pensar no trabalho do autor como uma dissimulação de um determinado discurso em prol da literariedade. O autor trapaceia com a língua e a língua. Isso remonta a uma definição de literatura, conforme Barthes (2007, p. 16): “essa trapaça salutar, essa esquiva, esse logro magnífico que permite ouvir a língua fora do poder, do esplendor de uma revolução permanente da linguagem, eu a chamo, quanto a mim: literatura”. Assim, considerando o autor como um artista, ou fingidor, por que as obras literárias seriam analisadas partindo da ideologia e da subjetividade do autor? Barthes já dizia: A explicação da obra é sempre procurada do lado de quem a produziu, como se, através da alegoria mais ou menos transparente da ficção, fosse sempre afinal a voz de uma só e mesma pessoa, o autor, que nos entregasse a “confidência” (BARTHES, 2004). 146 Levando em consideração o conceito de morte do autor, percebemos uma análise literária que descentraliza a figura do autor em favor da voz própria à obra. É enxergar a obra pelo que ela é, em si mesma, relegando a intenção do autor e a visão geneticista. Para isso, basta pensarmos que, quando se escreve, ao arrogar a voz de uma personagem para si, o autor tem que morrer para dissipar sua individualidade, e é nesse jogo que consiste a engenhosidade do autor. Essa engenhosidade ímpar é aduzida por Foucault: O sujeito que escreve despista todos os signos de sua individualidade particular; a marca do escritor não é mais do que a singularidade de sua ausência; é preciso que ele faça o papel do morto no jogo da escrita. Tudo isso é conhecido; faz bastante tempo que a crítica e a filosofia constataram o desaparecimento ou morte do autor (FOUCAULT, 2001). As palavras de Foucault ratificam nosso intento em demonstrar como funciona o ‘parentesco da escrita com a morte’ e nos auxiliam na apresentação desse conceito, que é de extrema relevância para o discernimento do próximo tópico, já que buscaremos demonstrar as discrepâncias entre o conceito da morte do autor com a estruturação de Nove noites. 2. O autor de Nove noites: morto ou presente? Em um breve resumo, diríamos que Nove noites é uma narrativa que engendra diversas investigações com a intenção de desvendar o mistério do suicídio do antropólogo Buell Quain. Um dos narradores, o narrador-jornalista (que também exerce o papel de escritor e historiador), é o responsável pelas investigações que culminam em uma obsessão pelos fatos que poderiam ter desencadeado o suicídio do jovem antropólogo, todavia, sua contumácia não fora suficiente para solucionar o problema, isso porque a resolução não era do campo do autor. Seu objetivo era reconstruir o fato histórico ficcionalizado na narrativa, mesclando historiografia e ficção. Essa reconstrução dos fatos históricos, na tentativa de dizer o que poderia ter acontecido implica em um estreitamento na distância existente entre autor e obra, já que aquele se faz presente em toda a obra, representado por um dos narradores, mesmo que esta presença seja proposital, dada pelo autor. Toda a narrativa é um teia de jogos ficcionais e factuais que envolve o leitor, exigindo-o uma leitura ativa e interativa. Eis, então, que surge uma possibilidade, no caso da narrativa de Carvalho, de unir autor e obra e nela ver as ruínas da história. Esses resquícios veremos a seguir. 147 Se mencionamos o fato de o narrador-jornalista realizar variadas investigações e pesquisas a fim de tentar elucidar ou compreender os motivos que levaram o jovem antropólogo Buell Quain ao suicídio, lembramos que o próprio autor Bernardo Carvalho também é jornalista. O autor não dissimula seu discurso, o jornalístico,que se vê no discurso do narrador principal, já ressaltado, também ele jornalista. Há também a necessidade de se enfatizar o fato de que o narrador-jornalista não nos é apresentado com um nome. Aqui entendemos que a característica anônima do narrador-jornalista pode ser uma camuflagem de sua identidade civil. E para ratificar o vínculo entre autor e narrador vamos analisar a forma como ambos conheceram o caso de Buell Quain. Vejamos, inicialmente, a maneira como o narrador-jornalista diz, no romance, que ficou cônscio do caso de Buell Quain: Não posso dizer que nunca tivesse ouvido falar nele, mas a verdade é que não fazia a menor ideia de quem ele era até ler o nome de Buell Quain pela primeira vez em um artigo de jornal, na manhã de 12 de Maio de 2001, um sábado, quase sessenta e dois anos depois de sua morte, às vésperas da Segunda Guerra [...] o artigo tratava das cartas de outro antropólogo, que também havia morrido entre os índios do Brasil, em circunstâncias ainda hoje debatidas pela academia, e citava de passagem, em uma única frase, por analogia, o caso de Buell Quain, que se suicidou entre os índios Krahô, em Agosto de 1939 (CARVALHO, 2006, p. 11). Agora, comparemos com a versão desferida pelo próprio autor em entrevista à Deutsche Welle: Um dia, li no jornal uma resenha sobre um livro de correspondências de um antropólogo alemão que havia sido assassinado pelos índios no Brasil em meados do século XX. A resenha citava também Quain, antropólogo americano de 27 anos que havia se suicidado no Brasil em 1939. Aquilo me despertou: eu fiquei obcecado por aquele suicida e comecei a pesquisar (CARVALHO, 2011). Ambos, autor e narrador, entraram em contato com a figura histórica de Buell Quain pelo mesmo instrumento, o jornal, e por circunstâncias similares que deflagraram uma obsessão pelos motivos que teriam levado o antropólogo ao suicídio. Entendendo o narrador como um elemento ficcional, poderíamos dissipar a possibilidade do vínculo entre autor e narrador, entretanto, no decorrer da narrativa fica nítido que há um vínculo inegável entre autor e obra, autor e narrador. As investigações daquele feitas na realidade incidiram e refletiram nas investigações feitas pelo narrador-jornalista no próprio cosmo da ficção. O autor imiscui-se na obra, transcreve suas experiências, investigações e pesquisas na criação 148 literária, abjurando, em rápidos intervalos, do distanciamento, do parentesco da escrita com a morte. Em Nove noites, a subjetividade e individualidade do autor não se estiolam plenamente: o autor está lá, refletido em sua obra, sem que queira deslindar qualquer fato verídico ou histórico, só há o objetivo de apresentar uma alternativa que destoe da versão ostentada pela História. Para encerrar o tópico, ressaltamos que, apesar da obsessão do autor pelos mistérios que envolvem o suicídio de Buell Quain, ele é consciente de que tal enigma é inextrincável. A ficção permitiu-lhe escamotear a aflição gerada pelo impacto causado pelo suicídio de Quain, deslocando-a e refletindo-a em seu narrador-jornalista, sua identidade fictícia. Esta mescla entre autor e obra é um artifício do autor, um jogo criado e estabelecido em toda a narrativa. Também dissemos que o autor submete o leitor a um jogo discursivo, entre o histórico e o factual; entre o fictício e o fruto da verve autoral, seguindo a escrita pensada pela metaficção historiográfica. Deixemos, então, que a própria voz do autor o aproxime de seu narrador, mas que também desvele o caráter lúdico de Nove noites: O que mais me interessou na história é que ela é insolúvel. Era uma pesquisa detetivesca para a qual eu já sabia que não haveria resposta. Chegou um ponto em que eu empaquei e não tinha mais para onde ir e a ficção aflorou. (...) No livro (Nove noites), a realidade é para o leitor como uma armadilha ou um jogo. Uma espécie de simulacro da verdade (CARVALHO, 2011). Sob a égide dos argumentos apresentados acerca da presença do autor em Nove noites, o mesmo, em tal obra, não desvaneceu totalmente, e sua morte é constituída de inúmeras intermitências no decorrer da narrativa. 3. As vozes narrativas: os narradores de Nove noites Nove noites possui dois narradores que se alternam durante toda a narrativa; são dois discursos paralelos, que nunca se encontram, embora estejam envolvidos no enredo, funcionando de forma suplementar um ao outro, podendo ser lidos separadamente sem que a narrativa se torne ininteligível ao leitor. Em Nove noites ainda há algumas outras vozes das quais falaremos adiante. Pensando nos dois narradores, faremos uma sucinta análise de ambos, aduzindo suas estruturas no interior da narrativa Nove noites. O narrador epistolar (Manoel Perna) é uma amálgama entre ficção e realidade, baseado em uma sujeito histórico, um barbeiro que teve contato íntimo com Buell Quain durante o 149 período que precedeu o suicídio do antropólogo. O Buell Quain histórico deixou sete cartas escritas pelo mesmo e direcionadas a pessoas que mantinham estrito contato com ele. Uma das cartas tinha como destinatário o próprio Manoel Perna, apresentado na narrativa como um engenheiro, uma manobra do autor para que seu discurso soe coerente. É um elemento de cunho histórico utilizado pelo autor com o objetivo de criar um vínculo entre o real e a ficção: “O que agora lhe conto é a combinação do que ele me contou e da minha imaginação ao longo de nove noites” (CARVALHO, 2006, p. 41), observamos que o narrador epistolar descreve as suas vivências com Buell Quain durante as nove noites em que estiveram juntos, é uma diegese cerrada em relatos íntimos, fatos e ações de Quain, e, conseguinte, por conjecturas do narrador que também está no tentame de depreender o porquê do suicídio do antropólogo. Nesta diegese, temos uma narrativa mais próxima a Quain, talvez mais ‘lírica’, plena de sentimentos. Estruturalmente, o narrador epistolar, em aspectos de focalização narrativa, caracteriza- se por ser (1) um narrador externo – “quando o narrador apresenta somente o que aparece: fisionomia, vestuários, hábitos, havendo, por isso, uma valorização dos diálogos” (SOARES, 2007, p. 53); (2) restritivo, pois está cerceado do que as personagens veem ou sabem; e interventivo, já que o narrador interage com comentários; e, por fim, (3) constitui-se como um narrador homodiegético: ele está imerso na diegese, participando dela, compondo-a, mas não é a personagem central, a protagonista. Enfim, o primeiro dos narradores de Nove noites, ao qual nos propomos analisar, é homodiegético, externo, restritivo, interventivo e narra a diegese à maneira epistolar. Ressaltamos, ainda, que o relato deste narrador é sempre direcionado a alguém: “isto é para quando você vier. Se é que realmente quer saber” (CARVALHO, 2006, p. 41), sem que nunca saibamos quem é este destinatário. Inferimos que possa ser o leitor. O narrador-jornalista se transfigura e representa o papel de historiador, pesquisador e escritor. A narrativa dispensada pelo jornalista é imbuída de uma frialdade pertinente à esfera de pesquisador que ele representa. No fim, decide-se por escrever, tal decisão lhe é conveniente após aquilatar que suas investigações não levariam a uma verdade absoluta, uma resposta que elucidaria o enigma do suicídio do antropólogo. Aflora, então, a poesia, o romance que o narrador decide fazer. Pensando na estrutura, o narrador jornalista é símile ao epistolar: focalização externa, restritivo, interventivo e, por fim, também homodiegético, a similitude deste entre ambos os narradores nós podemos asseverar expondo que os dois narradores narram em primeira pessoa, entretanto, não a sua própria história: o protagonista é Buell Quain. 150 Depois de apresentados os narradores, podemos pensar a obra como constituída de duas vozes narrativas maiores que se alternam no decorrer de todaa narrativa, dialogando com o leitor, entremeando fatos, apresentando-os. Entretanto, observa-se outras vozes (esparsas) além das atinentes aos narradores principais, dentre elas a do próprio Buell Quain. A voz do protagonista avulta na diegese apresentada pelo narrador jornalista, na forma de cartas que o antropólogo deixou escritas: Estou morrendo de uma doença contagiosa. A senhora receberá esta carta depois de minha morte. A carta deve ser desinfetada. Pedi que minhas notas e o gravador (me desculpe, sem nenhuma gravação) fossem enviados ao Museu. Por favor, remeta as notas a Columbia (CARVALHO, 2006, p. 19). Em Nove noites não identificamos um narrador uniforme e estável. A pluralidade de vozes que a obra contém elimina esta possibilidade, caracterizando Nove noites como “uma escrita polifônica e plural ao invés de monológica” (SOARES, 2007, p. 72), ou como “discurso de outrem na linguagem de outrem” (BAKHTIN, 1988, p. 127). Esses discursos que compõem a obra apresentam ao leitor uma visão subjetiva e única dos fatos observados pelos narradores que estruturam Nove noites. Sendo assim, estas vozes, que estão inoculadas na narrativa, constituem-se como estruturadoras do discurso e não apenas figuram de forma passiva. São vozes que suplantam a inércia do objeto que está presente na narrativa como elemento pertencente ao discurso. Insurgentes, são conflituosas, apresentam ao leitor suas respectivas visões de um mesmo caso. Para findarmos este capítulo, com Ferreira (2008, p. 5) “podemos propor que no romance polifônico, segundo Bakhtin, os personagens não são postos apenas enquanto objetos constituintes do discurso, mas são eles, os próprios construtores e estruturadores das suas ideias e dos discursos”. Conclusão Neste artigo propomos uma análise do conceito de “morte do autor”, demonstrando que, às vezes, em determinadas obras, nem sempre o autor desaparecerá por detrás do mundo criado por ele. No caso peculiar de Nove noites, a experiência vivida pelo autor, consoante pesquisava e investigava fora ‘refletida’ em sua obra: Carvalho não se esquiva de traços ideológicos, ao contrário. Há uma transposição da realidade à ficcionalidade. Todavia, toda essa estrutura é propositalmente elaborada pelo autor com fins lúdicos, em um jogo que pode induzir o leitor ao erro de associar o autor à obra ou até mesmo de dissociá-los 151 completamente, já que falamos de uma obra que pende à tendência da metaficção historiográfica: uma reconstrução de um fato histórico sem o fim de apresentar uma elucidação, mas apenas de propor alternativas, de mostrar como poderia ter sido. Na segunda parte deste artigo, investigamos a estrutura e a funcionalidade dos dois narradores de Nove noites, apresentando-os ao leitor a fim de que se compreenda melhor as funcionalidades estruturais e o contexto de Nove noites. Identificamos o conceito da pluralidade de vozes, além da polifonia, da leitura do outro no texto. Longe de ser uma narrativa monológica, em que apenas uma voz tenta reconstruir o passado, Nove noites remonta a um discurso dinâmico, não somente pela dualidade das vozes narrativas, mas também pelo o acréscimo de outras, que auxiliam na construção e estruturação da narrativa. Enfim, investigamos autor e narrador. Desta forma, procuramos adentrar na estrutura e no contexto da narrativa Nove noites, com respeito à obra, única, realizando ambas as análises, estruturalista e contextual, com vistas a uma análise eficiente que promova a leitura, atividade maior dos que amam a literatura. Referências bibliográficas: BAKHTIN, Mikhail. Questões da literatura e da estética: a teoria do romance. São Paulo: Hucitec, 1988, pp. 107-163. BARTHES, Roland. Aula. 15. ed. São Paulo: Cultrix, 2007. BARTHES, Roland. A morte do autor. São Paulo: Martins Fontes, 2004. CARVALHO, Bernardo. Nove noites. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. FERREIRA, João Batista Diniz; AQUINO, Jefferson Alves de. A gênese da polifonia em Dostoievsky. Revista Homem, Espaco e Tempo. Centro de Ciências Humanas da Universidade Estadual Vale do Acarau, UVA, Ano II, n. 1, mar. 2008. FOUCAULT, Michel. O que é um autor? In: ___. Ditos e escritos: estética, literatura e pintura, música e cinema (v. III). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001. HUTCHEON, Linda. Poética do pós-modernismo: história, teoria, ficção. Rio de Janeiro: Imago, 1991. SOARES, Angélica. Gêneros literários. 7.ed. São Paulo: Ática, 2007.
Compartilhar