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APOL 1 E 2 - Análise de Texto Literário Prosa

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Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o fragmento do romance Lucíola, de José de Alencar:
“Fora no dia da minha chegada. Jantara com um companheiro de viagem, e ávidos ambos de conhecer a corte, saímos de braço dado a percorrer a cidade. Íamos, se não me engano, pela Rua das Mangueiras, quando, voltando-nos, vimos um carro elegante que levavam a trote largo dois fogosos cavalos. Uma encantadora menina, sentada ao lado de uma senhora idosa, se recostava preguiçosamente sobre o macio estofo, e deixava pender pela cobertura derreada do carro a mão que brincava com um leque de penas escarlates.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José. Lucíola. 12 ed. São Paulo: Ática, 1988. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000137.pdf>. Acesso em 06 set. 2019.
Considerando o fragmento e os conteúdos da Videoaula 5 – José de Alencar e o projeto literário brasileiro, é correto afirmar sobre o romance Lucíola:
Nota: 10.0
	
	A
	é lido por parte da crítica literária como um representante da fase histórica.
	
	B
	é aludido como uma quebra no projeto alencariano, já que se afasta da estética romântica a partir da estratégia de fluxo de consciência.
	
	C
	apresenta uma crítica direta ao comportamento libertário de algumas mulheres no século XIX.
	
	D
	usa um narrador em terceira pessoa, escolhendo a cidade de São Paulo como o espaço no qual as personagens transitam. 
	
	E
	juntamente com Senhora e Diva, é categorizado como um dos romances de “perfis de mulheres”.
Você acertou!
Comentário: De acordo com a Rota de Aprendizagem, Aula 5, Tema 2 (Lucíola - 1’ a 2’), o romance Lucíola é uma obra de característica urbana, publicada em 1862, e foi caracterizado pelo próprio Alencar com um dos romances de “perfis de mulheres”.
 
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o trecho de texto:
“A autobiografia literária não é, portanto, a invenção de algo não vivido, mas os fatos revistos, à distância, pelo sujeito que lhes imprime tonalidades da imaginação. Como afirma Luiz Costa Lima: ‘Entre a ficção e a autobiografia, o eu se impõe como barra separadora’. O eu se estabelece na mediação destes territórios vizinhos, criando o entre lugar do discurso autobiográfico, resultado da relação sujeito e objeto”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: TURCHI. Maria Zaíra. Graciliano Ramos: memórias cruzadas. In: REMÉDIOS, Maria Luiza. Literatura confessional: autobiografia e ficcionalidade. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1997. p. 209.
Tendo por referência o trecho textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero do romance Tropical sol da liberdade, selecione a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	O livro Tropical sol da liberdade, ainda que apresente outras personagens envolvidas na trama, pode ser considerado como uma “autobiografia” de Ana Maria Machado, de acordo com os moldes tradicionais desse gênero.
	
	B
	Neste romance as memórias da personagem Lena se confundem com as experiências de vida da autora.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b). “[...] Tropical sol da liberdade, romance em que as memórias da personagem Lena se confundem com as experiências de vida da autora” (livro-base, p. 253). “O texto é narrado em terceira pessoa, por um narrador onisciente seletivo, para usar a tipologia de Friedman. Sua intenção é passar as impressões, os pensamentos e os detalhes das personagens. Às vezes, é utilizado o discurso indireto livre, fundindo-se a voz do narrador com as palavras e os pensamentos da personagem. O enredo traz a vida de uma mulher chamada Lena, que experimentou os anos de chumbo da ditadura militar” (livro-base, p. 255).
	
	C
	O enredo do romance é o registro da vida da própria escritora durante os anos de da Guerra Fria, incluindo as experiências vividas em seu autoexílio na França.
	
	D
	A publicação de Tropical sol da liberdade fez com que a autora se distanciasse da literatura infantojuvenil a ponto de se contrapor às convicções literárias de Lobato.
	
	E
	O livro é narrado em primeira pessoa, característica de uma autobiografia.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a seguinte afirmação:
“Para compreender em que sentido é tomada a palavra formação, e por que se qualificam de decisivos os momentos estudados, convém principiar distinguindo manifestações literárias, de literatura propriamente dita, considerada aqui um sistema de obras ligadas por denominadores comuns, que permitem reconhecer as notas dominantes duma fase. Estes denominadores são, além das características internas, (língua, temas, imagens), certos elementos de natureza social e psíquica, embora literariamente organizados, que se manifestam historicamente e fazem da literatura aspecto orgânico da civilização”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. ed. Belo Horizonte: Itatiaia, 1981. p. 23.
Conforme a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o “sistema literário brasileiro”, o qual é consolidado, segundo Antonio Candido, por Machado de Assis, sabe-se que tal sistema é constituído por uma tríade. Sendo assim, analise as assertivas e indique a alternativa que apresenta corretamente os elementos dessa tríade:
Nota: 10.0
	
	A
	Joaquim Manuel de Macedo, José de Alencar e Machado de Assis.
	
	B
	Obras de ficção, teoria literária e crítica literária.
	
	C
	Autor, obra e público.
Você acertou!
Comentário: A alternativa certa é a letra (c), uma vez que: “Para o crítico literário Antonio Candido, que trabalha com a noção de sistema literário, é com Machado que o sistema se consolida definitivamente. É com sua obra que se verifica o amadurecimento da literatura brasileira e nela a conjunção de universalidade que, inclusive, projeta nossa literatura à cena da literatura mundial. [...] Para Candido, o sistema literário é constituído pela tríade formada por autor, obra e público [...]” (livro-base, p. 213).
	
	D
	Narrador, narrativa e narratário.
	
	E
	Romance, conto e novela.
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o seguinte extrato de texto:
“[...] O que é um personagem? Um ser construído por meio de signos verbais, no caso do texto narrativo escrito, e de signos verbi-voco-visuais, no caso de textos de natureza híbrida como as peças de teatro, os filmes, as novelas de televisão etc. As personagens são, portanto, representações dos seres que movimentam a narrativa por meio de suas ações e/ou estados”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FRANCO JÚNIOR, Arnaldo. Operadores de leitura da narrativa. In: BONNICI, Thomas; ZOLIN, Lúcia Osana (Orgs.). Teoria literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3. ed. Maringá: Eduem, 2009. p. 38.
Levando em conta o extrato de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a propagação do estudo da personagem, no Brasil, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que aponta corretamente a obra que, reunindo diversas reflexões sobre esse componente da ficção no final dos anos 60 do século XX, destaca-se por seu pioneirismo:
Nota: 10.0
	
	A
	A obra que primeiramente divulgou os estudos da personagem, no Brasil, tem como título justamente A personagem, de Beth Brait.
	
	B
	O livro A personagem de ficção, que traz os estudos de Antonio Candido e de outros autores sobre o tema, é também reconhecido por seu pioneirismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), pois: “A difusão do estudo da personagem, no Brasil, contou com iniciativa pioneira, no final dos anos 1960, resultado das atividades docentes de um grupo de professores ao longo daquela década. Data de 1968 o prefácio, assinado por Antonio Candido, para acoletânea que o teórico organizou sob o título A personagem de ficção [...]. Além do enfoque literário, destaca-se abordagem da personagem no teatro e da personagem cinematográfica, enriquecendo o painel com a possibilidade de paralelos. O ensaio dedicado à personagem romanesca traz notícia do estado da crítica sobre esse componente da ficção e reflexões sobre sua composição pertinentes ainda hoje” (livro-base, p. 72).
	
	C
	A obra As estruturas narrativas, de Tzvetan Todorov, foi a primeira a divulgar os estudos sobre a personagem de ficção em solo brasileiro.
	
	D
	No Brasil, o livro responsável pela difusão do estudo da personagem, chama-se Introdução à análise da narrativa, de Benjamin Abdala Júnior.
	
	E
	A formação da literatura brasileira, de Antonio Candido, foi o primeiro livro a divulgar um estudo sistemático sobre a personagem de ficção no Brasil.
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“Friedman sistematiza os principais problemas relativos ao assunto [ponto de vista], por meio das seguintes perguntas: 1) Quem fala ao leitor? 2) De que posição (ou ângulo) narra? 3) Que canais de informação usa o narrador para levar a história ao seu leitor? 4) A que distância coloca ele o leitor, em relação à história?”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 8,9.
Tendo em vista o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os estudos realizados por Norman Friedman no que diz respeito ao foco narrativo selecione a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Friedman discute a falta de técnica na elaboração de textos. Essa ausência de zelo na produção faz com que haja um desinteresse pelos textos narrativos.
	
	B
	Friedman descreve quatro tipos de foco narrativo, ou seja: autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha e narrador-protagonista.
	
	C
	Para Norman Friedman, autor e narrador não são termos equivalentes, cada um deles possui suas próprias especificidades.
Você acertou!
Comentário: “O texto traz introdução, expondo o problema, e primeira parte com detalhado histórico das abordagens da questão, enquanto na segunda descreve os oito tipos de foco narrativo que distingue [...] [autor onisciente intruso, narrador onisciente neutro, ‘eu’ como testemunha, narrador-protagonista, onisciência seletiva múltipla, onisciência seletiva, o modo dramático e a câmera] sempre com farta exemplificação extraída da literatura anglo-americana” (livro-base, p. 125). A explicação de cada um desses tipos pode ser encontrada no livro-base, p. 125-137. “Há ainda um último bloco em que se discute a adequação das escolhas dos escritores de criação, bem como as falhas decorrentes da inadequação entre propósitos e técnica adotada” (p. 123). “Note-se que aparecem os dois termos, narrador e autor, não como equivalentes, cada um guardando suas especificidades” (p. 126). Sobre o ‘narrador onisciente neutro’, “a diferença essencial entre o tipo anterior [autor onisciente intruso] e este é a ‘ausência de intromissões autorais diretas, [o que] não implica necessariamente, contudo, que o autor negue a si mesmo uma voz’ [...]. Ou seja, não há comentários pessoais do autor” (p. 130).
	
	D
	Segundo Friedman a diferença entre “autor onipresente intruso” e “narrador onipresente crítico” já que a narração linear apresenta a vida do autor.
	
	E
	A especificidade do texto narrativo, pode ser entendida, pela posição em que os personagens são apresentados e pelo modo como sua presença torna o narrador desnecessário.
 
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“Memórias póstumas de Brás Cubas, romance de Machado de Assis, inaugura tempos modernos. Sepulta em ironia a maneira antiga de ler e de escrever romances, satirizando as convenções românticas, às quais o próprio Machado pagara tributo em obras anteriores [...]. Temos agora, pela voz de Brás Cubas, a estreia de um romancista em plena maturidade, escrevendo para um público que, como ele, precisava aprender a desvestir-se de hábitos e valores provincianos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LAJOLO, Marisa. O romance que vem inaugurar os tempos modernos. In:ASSIS, Machado. Memórias póstumas de Brás Cubas, São Paulo: FDT, 1991. p. 10.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a fase “realista” de Machado de Assis, analise a alternativa correta.
Nota: 10.0
	
	A
	Na fase realista, as personagens machadianas são mais elaboradas, porém a técnica de composição ainda é antiga, estruturando a narrativa em capítulos longos.
	
	B
	Os romances machadianos da fase realista são cinco: Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, A mão e a luva e Iaiá Garcia.
	
	C
	Nos romances, Machado ataca a hipocrisia humana e desmascara o jogo das relações sociais, apresentando indivíduos falsos que têm intenções contraditórias.
Você acertou!
Comentário: “No que tange às obras, principalmente romances e contos da fase realista de Machado, segundo Alfredo Bosi [...], trata-se do ponto mais alto e equilibrado da prosa realista brasileira. É com a publicação de Memórias póstumas de Brás Cubas (1981) que o autor muda o rumo de sua obra. Aparecem personagens mais elaboradas, bem como uma nova técnica de composição dos romances passa a vigorar na construção das narrativas, seja pelo contato do narrador com o leitor, seja pela estrutura organizada em capítulos e frases curtos. As obras dessa fase fogem à linearidade temporal, garantida pelo uso de digressões. Ainda, os temas ganham a profundidade da alma humana em sua beleza e em sua mesquinhez. É desnudando esse universo, por vezes não tão belo, que Machado revela com maestria as mazelas humanas. [...] Assim, são considerados romances do ciclo realista Memórias póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires. Além dos romances, a partir de 1869 Machado escreveu cerca de 200 contos, sendo ainda publicada, dentro do período romântico, a coletânea Contos fluminenses. Entre os mais variados contos de Machado, a crítica reverencia, principalmente, ‘O espelho’, ‘A cartomante’, ‘Missa do Galo’, ‘O alienista’, ‘A causa secreta’ e ‘Entre Santos’” (livro-base, p. 214, 215). A propósito os romances A mão e a luva e Iaiá Garcia pertencem à fase romântica do escritor. Lembra-se ainda que “Tanto nos romances quanto nos contos, a narrativa de Machado é marcada pela elegância e estilo na escrita, descrevendo o comportamento das personagens em pormenores, acentuando-lhes a dimensão humana, sem moralismos. A narrativa ganha um maior tom de verossimilhança, afastando-se da superficialidade que, geralmente, marcava a construção dos enredos e/ou episódios de obras românticas. Nos romances, cria um discurso ferino ao atacar a hipocrisia humana e desmascarar o jogo das relações sociais, sugerindo indivíduos falsos que têm intenções opostas às que aparentam. Ainda, ao desenvolver personagens femininas sedutoras, sensuais, astuciosas, ambíguas e com personalidade forte, Machado abre o álbum das mulheres símbolo dentro de sua escrita. Nos contos, identificam-se personagens femininas fortes, com força de interiorização. São mulheres racionais, ambíguas e calculistas, como é o caso de Conceição, de ‘Missa do galo’, ou de D. Paula, cujo conto leva seu nome “ (livro-base, p. 215,216).
	
	D
	Nos contos, Machado apresenta personagens femininas internamente frágeis. São mulheres irracionais, sentimentais. Assim é Aurélia, de Senhora.
	
	E
	A mão e a luva é um dos romances realistas de Machado de Assis que retrata o tráfico de escravos.
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“Nesse método [preconizado por Henry James] como explica W. Y. Tindall, oautor tem uma função bem específica, e extremamente discreta: ‘não o que ele observa, mas o observador observando é o assunto, e a mente deste o nosso teatro’. Para indicar esse personagem central, em cuja mente se apresentam os acontecimentos, Henry James se vale de diversos termos. Ora o chama de ‘center’, ‘register’ ou ‘reflector’ ora de ‘sentient subject’, ou ainda ‘perceiver’, ‘vessel of consciousness’, mirror’, ‘center light’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, Alfredo Leme Coelho de. Foco narrativo e fluxo da consciência: questões de teoria literária. São Paulo: Pioneira, 1981. p. 24.
Tendo em conta a citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o entendimento de Henry James a respeito do narrador do romance, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	De acordo com Henry James, o narrador deve intervir e fazer digressões, a fim de desviar o foco do leitor da personagem central da história.
	
	B
	Para Henry James, sem fazer interferências nem digressões que desviem a atenção da história, o narrador deve parecer impessoal.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (b), tendo em vista que: “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história. Ligia Chiappini Moraes Leite [...] afirma que o ideal, para ele, e para muitos teóricos que o sucedem, ‘é a presença discreta de um narrador que [...] possa dar a impressão ao leitor que a história se conta a si própria, de preferência, alojando-se na mente de uma personagem que faça o papel de Refletor de suas ideias’. A pesquisadora nota que assim se dá ‘o desaparecimento estratégico do Narrador, disfarçado numa terceira pessoa que se confunde com a primeira’ [...]” (livro-base, p. 112, 113). As demais alternativas estão incorretas, pois afirmam exatamente o contrário do entendimento de Henry James sobre o narrador do romance.
	
	C
	Para Henry James, a interferência do autor no romance é bem-vinda, sobretudo quando ela se faz de maneira direta, alterando os rumos da narrativa.
	
	D
	No que se refere ao romance, Henry James defende a narrativa em primeira pessoa, por considerá-la desfavorável à dispersão.
	
	E
	Henry James é favorável à aproximação da ficção ao drama. A seu ver, o ideal é uma alternância de narrativa e diálogo, sem descrição alguma.
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a afirmação:
“[...] o que chamamos romance histórico é um gênero narrativo híbrido, surgido de um processo de combinação entre história e ficção. [...]. E embora desperte mais interesse ao homem contemporâneo que quaisquer outras formas mais objetivas de linguagem, não se deve esquecer de que o substantivo nessa expressão é o romance. Assim, por mais que ele se sustente em fatos ou personagens históricos, trata-se de romance, ou seja, de ficção”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ESTEVES, Antônio R. O romance histórico brasileiro contemporâneo (1975-2000). São Paulo: Ed. UNESP, 2010. p. 30,31.
Considerando a afirmação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a constituição da personagem no romance histórico, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O discurso romanesco, que se apresenta como biografia, autobiografia ou memórias está se tornando cada vez menos frequente nas obras atuais.
	
	B
	No romance histórico tradicional, as personagens históricas ocupam posições de centralidade na narrativa: elas são tratadas como protagonistas das ações.
	
	C
	Ao produzir um romance histórico, o ficcionista não tem qualquer compromisso com a “verdade histórica”, podendo, ou não, subverter os discursos históricos oficiais.
Você acertou!
Comentário: A alternativa é verdadeira, pois: “[...] o ficcionista não tem nenhum compromisso com a chamada verdade histórica; ele pode subverter, ou não, os discursos biográficos e históricos correntes” (p. 87). Apropriada pela ficção, deverá guardar coerência em relação ao cenário narrativo para o qual foi transposta, independentemente de correspondência com a imagem construída pela História ou que a sociedade tem dela, o que não quer dizer que o espelhamento sem distorção também não possa ocorrer” (p. 88).
	
	D
	No romance histórico, a personagem que é apropriada pela ficção é a mesma personagem referencial da História, mas o conflito relacionado a ela pode mudar.
	
	E
	O espelhamento sem distorção da personagem histórica não tem lugar no romance histórico.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere a citação:
“A nova concepção de personagem instaurada por Lukács, apesar de reavivar o diálogo a respeito da questão e de fugir às repetições do legado aristotélico e horaciano, submete a estrutura do romance, e consequentemente a personagem, à influência determinante das estruturas sociais. Com isso, apesar da nova ótica, a personagem continua sujeita ao modelo humano”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BRAIT, Beth. A personagem. 4. ed. São Paulo: Ática, 1990. p. 39.
Tendo em conta a citação e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre diversificadas classificações das personagens de ficção, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Personagem plana
2. Personagem redonda
3. Personagem antagonista
4. Personagem anti-herói
( ) É aquela apresentada como opositora do herói. Suas ações podem se restringir a um único indivíduo ou não, ou seja, tal personagem pode ser a coletividade.
( ) É aquela que se caracteriza pela opressão de forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes.
( ) É aquela que apresenta um alto grau de densidade psicológica e tanto o seu comportamento quanto os seus sentimentos são imprevisíveis.
( ) É aquela que apresenta baixo grau de densidade psicológica e é construída em torno de uma qualidade ou tendência, sem sofrer alterações.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 4
	
	B
	3 – 4 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, uma vez que a sequência 3 – 4 – 2 – 1 está correta: “[1] As personagens planas, sejam elas descritas logo no início, sejam mostradas em ação para que o leitor as perceba, são construídas em torno de uma única qualidade ou tendência, permanecendo inalteradas ao longo de toda a narrativa. São previsíveis, não comportam surpresas [...]. [2] As personagens redondas são aquelas cujas ações, reações e sentimentos não são previsíveis; seu percurso ao longo da narrativa as caracteriza como portadoras de várias qualidades, positivas ou negativas, inclusive contraditórias entre si, com a variedade de riqueza que é própria do ser humano” (livro-base, p. 79). Além desses, existem outros tipos: “Quando ao termo [herói] é agregado o prefixo anti-, não é usado para indicar o oponente do herói. [3] O opositor do herói é o antagonista, que pode ser um indivíduo, um grupo, uma coletividade. [4] A expressão anti-herói é usada para acentuar a condição do indivíduo oprimido pelas forças sociais ou ambientais, cujas reações são anuladas por outros poderes. Seu estatuto decorre da desmistificação do herói romântico. Ele é desqualificado, banalizado, mostrado em seus defeitos e limitações” (p. 83).
	
	C
	1 – 2 – 3 – 4
	
	D
	4 – 3 – 2 – 1
	
	E
	2 – 4 – 1 – 3
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A coincidência perfeita entre o desenvolvimento cronológico da diegese e a sucessão, no discurso, dos acontecimentos diegéticos, não se encontra possivelmente em nenhum romance. Aos desencontros entre a ordem dos acontecimentos no plano da diegese e a ordem por que aparecem narrados no discurso, daremos a designação de anacronias”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA,Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 751.
Considerando essa citação e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distância entre o “tempo da narração” e o “tempo do narrado”, segundo Mendilow, analise as assertivas e assinale a única alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	As distâncias entre tais tempos resultam em modalidades romanescas distintas.
Você acertou!
Comentário: A questão está correta, uma vez que “É abordado [por Mendilow] [...] o aspecto da distância entre o tempo da narração e o tempo do narrado, resultando em diferentes modalidades romanescas (livro-base, p. 180).
	
	B
	O romance autobiográfico é retrospectivo e não há distância entre os tempos.
	
	C
	No romance epistolar, não existe aproximação entre um tempo e outro.
	
	D
	No romance que se apresenta na forma de diário, existe uma distância ainda maior entre esses dois tempos.
	
	E
	Não há a possibilidade de a narração focalizar o futuro, pois este nunca será o “tempo do autor”.
Questão 1/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Observe a passagem de texto:
“[...] no século XX o romance eclipsou a poesia, tanto como o que os escritores escrevem quanto como o que os leitores leem e, desde os anos 60, a narrativa passou a dominar também a educação literária [...]. As teorias literária e cultural têm afirmado cada vez mais a centralidade cultural da narrativa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CULLER, Jonathan. Teoria literária: uma introdução. Trad. de Sandra Vasconcelos. São Paulo: Beca Produções Culturais Ltda., 1999. p. 84.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o gênero narrativo, sabe-se que, durante muito tempo, ele recebeu um tratamento diferenciado em relação aos chamados “gêneros clássicos”. Sendo assim, leia as afirmativas abaixo e sinalize a alternativa que aponta corretamente essa distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O romance foi considerado, desde a Antiguidade, um gênero nobre, diferentemente do gênero lírico, que passou a ser valorizado somente após a era vitoriana.
	
	B
	No século XVIII, as teorias sobre o gênero épico valorizaram qualitativamente o romance, já os estudos sobre os demais gêneros foram superiores em quantidade.
	
	C
	Na Grécia Antiga, o romance era considerado um gênero nobre, pois, além de ser produzido e consumido pela nobreza, apresentava reis e rainhas como protagonistas.
	
	D
	Ao contrário dos gêneros clássicos, lírico, épico e dramático, o gênero narrativo não foi objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, pois: “Voltemos à origem do gênero narrativo, que não é nobre, ao contrário dos gêneros clássicos, o lírico, o épico e o dramático, entendendo-se por nobreza, nesta passagem, o fato de ter sido produzido e ter sido objeto de reflexão teórica desde a Antiguidade” (livro-base, p. 38). Além disso, Wellek e Warren afirmam que: “‘A teoria e a crítica literárias concernentes ao romance são muito inferiores, tanto em quantidade como em qualidade, à teoria e à crítica sobre poesia’ [...]. Lembremos que essa afirmação é datada de pouco antes da metade do século passado” (livro-base, p. 39).
	
	E
	Até o classicismo, a teoria e crítica literárias sobre o romance eram superiores em quantidade e qualidade, se comparadas às que existiam sobre os demais gêneros.
Questão 2/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o fragmento do poema “Canto do regresso à pátria”, de Oswald de Andrade:
“Minha terra tem palmares / Onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais rosas / E quase que mais amores / Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem mais terra [...] Não permita Deus que eu morra / Sem que eu volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o progresso de São Paulo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o poema integralmente, ele está disponível em: NICOLA, José de. Literatura brasileira: das origens aos nossos dias. São Paulo: Editora Scipione, 1989. p. 357.
Tendo em conta o fragmento textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os romances modernos, observa-se a presença de determinado recurso que resulta na ridicularização da tradição. Sendo assim, verifique as opções a seguir e marque a alternativa que indique corretamente qual é esse recurso, presente também no poema citado:
Nota: 10.0
	
	A
	A paralepse.
	
	B
	A paródia.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (b) está certa, pois: “[...] alguns termos aparecerão para qualificar romances modernos, como romance heroico (ou épico), romance picaresco, romance pastoral, este último mais raramente, mas ainda possível, não porque conservam a estrutura desses ancestrais, mas porque resgatam alguns aspectos da temática e da caracterização de personagens. Traço que queremos destacar é a presença do cômico, via paródia, resultando na ridicularização da tradição. Essa forma de questionar o passado parece ser uma constante na história da arte. Não deixa de ser um diálogo, ainda que pelo tensionamento, com o pretérito” (livro-base, p. 44).
	
	C
	O pastiche.
	
	D
	A polifonia.
	
	E
	A redundância.
Questão 3/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o excerto textual:
“[...] o narrador do romance [...] perde a distância, torna-se íntimo, ou porque se dirige diretamente ao leitor, ou porque nos aproxima intimamente das personagens e dos fatos narrados. Essa proximidade pode nos dar a ilusão de que estamos diante de uma pessoa nos expondo diretamente seus pensamentos, quando, na verdade, tanto o NARRADOR como o leitor ao qual ele se dirige são seres ficcionais que se relacionam com os reais, através das convenções narrativas [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Ligia Chiappini Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1989. p. 11,12.
Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre reflexões sistemáticas pioneiras quanto à constituição do “narrador”, relacione corretamente os autores às suas respectivas intervenções:
1. Walter Benjamin
2. Henry James
3. Percy Lubbock
4. Wayne Booth
( ) Defende que o narrador do romance tem que parecer impessoal, não deve intervir, bem como não deve fazer digressões que desviem o foco da história.
( ) Um de seus objetos de estudo é a obra de Nikolai Leskov. Tal escolha decorre da percepção do crítico “de que a arte de narrar está em vias de extinção”.
( ) Superando de vez o risco de se compreender autor como a pessoa do escritor, deve-se a esse crítico a expressão autor implícito, a qual até hoje permanece eficaz.
( ) Defende que a complexa questão do método, no fazer ficcional, é guiada pelo questão do ponto de vista, isto é, da relação estabelecida entre o narrador e a história.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), pois a sequência correta é 2 – 1 – 4 – 3. 2. “Na opinião de James, o narrador do romance deve parecer impessoal, sem interferências e sem digressões que desviem a atenção da história” (livro-base, p. 112). 1. “Um dos textos mais citados a respeito do assunto [...] é o ensaio intitulado justamente ‘O narrador’, de Walter Benjamin [...]. A motivação do ensaísta para abordar esse autor [Nikolai Leskov] decorre da percepção ‘de que a arte de narrar está em vias de extinção’, arte da qual Leskov é um remanescente, na avaliação de Benjamin [...]” (p. 108,109). 4. “A complementaridade está em expressão cunhada por Booth, autor implícito, que supera definitivamente o risco de se entender autor como a pessoa do escritor, expressão que não perdeu sua eficácia ainda hoje” (p. 116). Por fim, 3. Percy Lubbock “Depois de fazer o percurso analítico, centrando-se em obras específicas e eventualmenteevocando outros autores para comparação, sempre atento aos procedimentos do narrador, o primeiro parágrafo do capítulo final não poderia ser mais claro quanto à importância deste: ‘Tenho para mim que toda a intrincada questão do método, no ofício da ficção, é governada pelo problema do ponto de vista – o problema da relação que se estabelece entre o narrador e a história [...]” (p. 115).
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1
Questão 4/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Leia o excerto de texto abaixo:
“Durante vários séculos, só os ricos se podiam oferecer livros; o público de leitores era limitado por salários que apenas permitiam uma estrita subsistência, pela ausência de lazeres das classes sociais mais numerosas, pela deficiência de luz à noite, pela impossibilidade de isolamento nas habitações superpovoadas, pela falta de bibliotecas de empréstimo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OULLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 9.
Segundo o excerto textual e os conteúdos abordados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre os fatores que contribuíram significativamente para incrementar a produção ficcional europeia ao longo da Idade Moderna, considere as proposições e assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A difusão da imprensa e a redução do analfabetismo.
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (a), tendo em vista que: “Com a difusão da imprensa e a diminuição do número de analfabetos, fenômenos que ficam aqui registrados em uma linha, mas de fato se estendem por mais de século, a produção ficcional passou por significativo incremento [...]. ‘No meio do século XVII, um amante de ficção que vivesse na França, na Espanha ou na Inglaterra tinha à sua disposição um repertório de romances heroicos inspirados pelo romance helenístico [...]’” (livro-base, p. 43, 44).
	
	B
	A valorização da literatura nas Universidades e a criação de bibliotecas públicas.
	
	C
	O surgimento da tipografia e a profissionalização do ofício de escritor.
	
	D
	A publicação de obras populares e a luta dos intelectuais pelo fim da censura.
	
	E
	O aparecimento dos primeiros computadores e a redução no custo dos livros.
Questão 5/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Considere o extrato de texto:
“O texto do romance pode ainda conter referências a outro tempo – o tempo da instância narrativa, o tempo em que se situa e se processa a própria escrita do romance. Esse tempo, imediatamente vinculado com a voz do narrador e com a focalização da narrativa, pode manter relações muito importantes com o tempo da diegese e com o tempo do discurso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 750.
Conforme o extrato textual e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos em uma obra, Ducrot e Todorov tratam da quantidade proporcional de “tempo da história” em uma unidade de “tempo da escrita”, enumerando cinco possibilidades. Sobre essa classificação, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Escamoteamento
2. Resumo
3. Estilo direto
4. Análise
5. Digressão
( ) Quando a unidade de tempo da escrita se alonga.
( ) Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa.
( ) Quando não há correspondência, na escrita, a um período da história.
( ) Quando um longo período da história é condensado em poucas páginas.
( ) Quando uma unidade da escrita corresponde a uma unidade de tempo da história, como nos diálogos.
Agora, selecione a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	5 – 1 – 4 – 3 – 2
	
	B
	2 – 3 – 5 – 4 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 5 – 4
	
	D
	3 – 4 – 2 – 1 – 5
	
	E
	4 – 5 – 1 – 2 – 3
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois a sequência 4 – 5 – 1 – 2 – 3 está correta, ou seja: “O passo seguinte no texto de Ducrot e Todorov é o exame da forma como se estabelecem as relações entre dois tempos internos: o tempo da história e o tempo da escrita. A primeira relação diz respeito à direção das duas temporalidades [...]. A segunda relação refere-se à distância entre os dois tempos [...]. A terceira relação tem em vista a quantidade proporcional de tempo da história em uma unidade de tempo da escrita. São enumeradas cinco possibilidades: [1] quando não há correspondência, na escrita, a um período da história, trata-se do escamoteamento. [2] Quando um longo período da história aparece em poucas páginas, a denominação é evidente: resumo. [3] Quando uma unidade de tempo da escrita corresponde a uma unidade de tempo na história, como nos diálogos, trata-se do estilo direto. [...]. A seguinte é bastante evidente: [4] quando a unidade de tempo da escrita se alonga mais, comporta a análise. Finalmente, a última [...] trata-se da [5] digressão. Pode ocupar menos de uma linha ou até páginas, pode ser uma descrição ou uma reflexão de caráter filosófico. Quanto à sua eficácia, depende sempre da situação e também da percepção do leitor. Pode servir como pista para aclarar uma situação ou o caráter de uma personagem, assim como pode provocar o desinteresse do leitor. Às vezes satisfaz uma vontade do escritor de demonstrar conhecimento sobre determinado assunto, sem função na narrativa” (livro-base, p. 183-185).
Questão 6/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Examine o seguinte trecho de texto:
“A principal causa, porém, de alongamento da temporalidade do discurso narrativo em relação à temporalidade diegética consiste na possibilidade que o narrador detém de instaurar uma espécie de narrativa segunda que se vem enxertar na diegese primária – ou, talvez melhor, que nasce dessa diegese primária e que se desenvolve, por vezes, dentro dela como uma espécie de metástase diegética [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 758.
Tendo por referência o trecho de texto citado e os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre o procedimento no qual o narrador introduz comentários, fazendo com que o tempo da diegese pare e o tempo do discurso narrativo seja alongado, examine as opções e aponte a alternativa que nomeia corretamente tal procedimento:
Nota: 10.0
	
	A
	Flashback.
	
	B
	Fluxo de consciência.
	
	C
	Prolepses.
	
	D
	Sumário.
	
	E
	Digressão.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (e) está certa, pois: “Outro procedimento qualificado como ‘artifício de importância’ é o ‘longueur propositado’ [...], isto é, o desdobramento excessivo de um espaço temporal, que se estende para além do que seria sua extensão cronológica. Nessa altura aparece a referência à digressão, procedimento buscado nas narrativas antigas, junto com o ‘episódio inserido [...] é a fábula dentro da fábula’, não mais como elemento decorativo, ‘enfatizando a sua relação com a passagem do tempo ficcional’ [...]. As digressões de Machado de Assis não passam despercebidas nem ao leitor pouco atento, por vezes aparecendo em poucas palavras, por vezes ocupando todo um capítulo [...]” (livro-base, p. 177,178).
Questão 7/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“A importância assumida pelo tempo nas obras modernas mais significativas nem por isso facilita a missão do crítico, pois que a palavra tempo reveste significações diferentes consoante os quadros de referência que lhe damos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOURNEUF, Roland; OUELLET, Réal. O universo do romance. Trad. de José Carlos Seabra Pereira. Coimbra: Almedina, 1976. p. 170.
Emconformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre “os problemas temporais da ficção”, o teórico inglês Adam Abraham Mendilow aponta três características do tempo. Analise as assertivas e indique aquela que menciona corretamente que características são essas:
Nota: 10.0
	
	A
	Passado, presente e futuro.
	
	B
	Brevidade, distância e velocidade.
	
	C
	Transitoriedade, sequência e irreversibilidade.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está certa, pois: Mendilow, “no capítulo intitulado ‘Os problemas temporais da ficção’, um trecho enfeixa os ditos problemas: ‘A linguagem, então, é um meio formado de unidades consecutivas que constituem uma forma de expressão linear, a qual progride, sujeita às três características do tempo – transitoriedade, sequência e irreversibilidade. Como pode o romancista trabalhando em tal meio veicular uma impressão de simultaneidade, de movimento para a frente e para trás, de imobilidade? Como pode comunicar imediação, e o senso do fluir da vida, e a duração em todos os seus modos? [...]” (livro-base, p. 170).
	
	D
	Fugacidade, transcendência e perpetuidade.
	
	E
	Perenidade, pausa e efemeridade.
Questão 8/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“[...] o contrato da ficção não exige um corte radical e irreversível com o mundo real, podendo (devendo, até, de acordo com concepções teórico-epistemológicas de índole sociológica) o texto ficcional remeter ao mundo real, numa perspectiva de elucidação que pode chegar a traduzir-se num registro de natureza didática”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: REIS, Carlos; LOPES, Ana Cristina M. Dicionário de narratologia. Coimbra: Livraria Almedina, 1990. p. 154.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a distinção entre narrativa ficcional e narrativa não ficcional, analise as assertivas que seguem e indique a alternativa que aponta corretamente uma das condições determinantes para tal distinção:
Nota: 10.0
	
	A
	O que determina a diferença entre os dois tipos de narrativa é a possibilidade de comprovação sobre a existência concreta de um determinado lugar.
	
	B
	Na prosa de ficção, as personagens são criadas pelo autor, isto é, não é possível encontrar registros documentais sobre elas fora do universo ficcional.
	
	C
	A intencionalidade do autor é determinante para a distinção entre a narrativa ficcional e a narrativa não ficcional.
Você acertou!
Comentário: A alternativa (c) está correta, tendo em vista que: “A primeira condição apontada como determinante da ficcionalidade é a intencionalidade. Algumas vezes, na prática analítica, dizemos que as intenções do autor pouco ou nada devem contar. Não é o caso quando se trata de qualificar uma obra como ficcional ou negar-lhe esse caráter: ‘entende-se que o fator primeiro da ficcionalidade é a colocação ilocutória do autor e o seu intuito de construir um texto na base de uma atitude de fingimento’ [...]. Mais uma vez, não podemos transportar o que é do cotidiano para a discussão sobre a criação artística. Nesse caso, não podemos transferir um juízo que é de um padrão de comportamento. Sempre nos ensinaram que o fingimento é uma atitude moralmente condenável, mas tal não vale para o ficcionista, que adota ou deve adotar deliberadamente o fingimento” (livro-base, p. 31). As demais alternativas estão incorretas, uma vez que tais assertivas não determinam o caráter ficcional ou não de uma narrativa.
	
	D
	A sequência cronológica dos fatos é determinante para que o leitor saiba se uma obra é ficcional ou não.
	
	E
	A biografia, bem como qualquer narrativa sobre uma ou mais personalidades históricas, não admite ficcionalidade, pois tratam de pessoas do mundo referencial que existiram em determinada época.
Questão 9/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a citação:
“Consciente da natureza intrincada e fluida destes problemas – o erro de Nomi Tamir decorre, em última instância, da sua análise estritamente linguística de um fenômeno dependente de um sistema semiótico de segundo grau –, Genette considera que a persona do narrador não deve ser caracterizada e definida em função de formas gramaticais, mas em função do seu estatuto narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Vitor Manuel de Aguiar e. Teoria da Literatura. Coimbra: Livraria Almedina, 1999. p. 761.
Em conformidade com a citação e com os conteúdos tratados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a classificação do narrador segundo Gérard Genette, relacione corretamente os elementos às suas respectivas características:
1. Heterodiegético
2. Homodiegético
3. Autodiegégico
( ) É um narrador estranho à história que narra.
( ) É ao mesmo tempo narrador e protagonista da história narrada.
( ) É o narrador que narra sua própria experiência sem ocupar o centro da narrativa.
( ) É um narrador que se vale predominantemente da 3ª pessoa para contar a história.
Agora, selecione a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 3 – 2
	
	B
	3 – 3 – 2 – 1
	
	C
	1 – 2 – 3 – 2
	
	D
	1 – 3 – 2 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa (d) está certa, tendo em vista que a sequência 1 – 3 – 2 – 1 está correta: “A herança deixada pelos ventos estruturalistas, especialmente quanto à especialização do vocabulário, é bem aproveitada pela narratologia. [...] falta comentar uma distinção rentável para a análise literária, estabelecida pelo teórico francês Gérard Genette [...]. Trata-se da distinção entre narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético. Lembre-se que diegese é a história narrada. O [1] narrador heterodiegético ‘relata uma história à qual é estranho, uma vez que não integra nem integrou, como personagem, o universo diegético em questão’, ou seja, não participa do enredo [...]. Este é o tipo de narrador mais corrente na tradição ocidental. Exprime-se predominantemente em terceira pessoa, ainda que a primeira pessoa possa aparecer na narrativa uma ou outra vez. [2] Homodiegético é o narrador que narra sua própria experiência, ou seja, é também personagem, mas personagem secundário. [3] Se aparecer na narrativa como protagonista, o narrador será autodiegégico” (livro-base, p. 145,146).
	
	E
	3 – 2 – 1 – 3
Questão 10/10 - Análise de Texto Literário: Prosa
Atente para a afirmação:
“A tipologia da ficção em prosa é muito vasta. Temos, por exemplo, o romance picaresco [...], cavaleiresco [...], de aventura [...], sentimental [...], histórico [...], autobiográfico [...], de capa e espada [...], psicológico [...], romântico [...], gótico ou de terror [...], realista [...], de formação [...], naturalista [...], existencialista [...] de realismo crítico [...], de realismo fantástico [...], psicanalítico [...], de experimentalismo formal [...]. Outras classificações são feitas não em função do aspecto temático, mas tendo em conta a predominância de um dos elementos constitutivos do gênero narrativo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: D’ONÓFRIO, Salvatore. Teoria do texto: prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1995. p. 117.
Considerando a afirmação e os conteúdos apresentados no livro-base A prosa ficcional: teoria e análise de textos, sobre a tipologia romanesca, relacione corretamente os tipos de romance às suas respectivas características:
1. Romance pastoral ou sentimental
2. Romance picaresco
3. Romance de aventura
4. Romance psicológico
( ) É o tipo de romance em que o narrador se ocupa primordialmente dos estados emocionais de suas personagens.
( ) Nesse tipo de romance, o herói de origem humilde e caráter duvidoso, valendo-se de astúcia e de artimanhas, engana a todos se fazendo passar por um autêntico herói.
( ) Esse tipo de romance tem como característica prender a atenção do leitor emvirtude da sequência frenética de ações.
( ) Nesse tipo de romance, a trama é tecida em torno de uma história amorosa. É a modalidade que o público leigo mais identifica como romance.
Agora, selecione a alternativa que menciona a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 1 – 4 – 3
	
	B
	1 – 3 – 2 – 4
	
	C
	4 – 2 – 3 – 1
Você acertou!
Comentário: A alternativa correta é a letra (c), uma vez que a sequência correta é 4 – 2 – 3 – 1. “[1] O romance pastoral ou sentimental, tipo praticamente desaparecido, gira em torno de uma história de amor, um idílio preferencialmente em cena bucólica. É a modalidade popularmente mais identificada como romance pelo público leigo. Por extensão, é comum fazer referência a uma relação amorosa entre personagens referenciais, até pessoas de nosso convívio, como romance. [...] [2] O herói do romance picaresco é a contraface da figura heroica anteriormente descrita [heróis de epopeia], uma vez que o pícaro é justamente aquele que tem origem humilde e caráter duvidoso, mas consegue, com astúcia e artimanhas, enganar a todos e se fazer passar por herói autêntico. [...] Se é a sequência frenética de ações que prende a atenção do leitor, temos um [3] romance de aventuras, que pode ser, ao mesmo tempo, épico ou picaresco, e também histórico. [...] Se o narrador se ocupa, acima de tudo, dos estados emocionais da personagem, temos um [4] romance psicológico” (livro-base, p. 46,47).
	
	D
	4 – 3 – 1 – 2
	
	E
	3 – 4 – 2 – 1

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