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ÉTICA ARISTOTÉLICA (UFU 2007) Leia atentamente o trecho de Aristóteles, citado abaixo, e assinale a alternativa que o interpreta corretamente. “Como já vimos há duas espécies de excelência: a intelectual e a moral. Em grande parte a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu crescimento à instrução (por isto ela requer experiência e tempo); quanto à excelência moral, ela é o produto do hábito […]”. ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. ColeçãoOs Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. A) A excelência moral é superior à intelectual porque é resultado do nascimento. B) A excelência intelectual é positiva e a moral negativa. C) As excelências intelectual e moral anulam-se respectivamente. D) As excelências moral e intelectual possuem, respectivamente, origem no hábito e na instrução. ÉTICA ARISTOTÉLICA (ENEM 2013) A felicidade é, portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade. ARISTOTELES. A Política. São Paulo: Cia das Letras, 2010. Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristoteles a identifica como A)busca por bens materiais e títulos de nobreza. B) plenitude espiritual e ascese pessoal. C )finalidade das ações e condutas humanas. D) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas. E) expressão do sucesso individual e reconhecimento público. HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/WA TCH?V=-D9RHMDVWOY&T=2S O dilema de sofia https://www.youtube.com/watch?v=-d9RhMDVWOY&t=2s O trem descontrolado • Um trem vai atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre a linha. Mas você tem a chance de evitar a tragédia acionando uma alavanca que leva o trem para outra linha, onde ele atingirá apenas uma pessoa. Você mudaria o trajeto, salvando as 5 e matando 1? • ( ) Mudaria ( ) Não mudaria Kant contra Aristóteles “Mas infelizmente o conceito de felicidade é tão indeterminado que, se bem que todo o homem a deseje alcançar, ele nunca pode dizer ao certo e de acordo consigo mesmo o que é que propriamente deseja e quer. A causa disto é que todos os elementos que pertencem ao conceito de felicidade são na sua totalidade empíricos, quer dizer, têm que ser tirados da experiência, e que portanto para a ideia de felicidade é necessário um todo absoluto, um máximo de bem-estar, no meu estado presente e em todo o futuro. Kant contra Aristóteles Ora, é impossível que um ser, mesmo o mais perspicaz e simultaneamente o mais poderoso, mas finito, possa fazer ideia exata daquilo que aqui quer propriamente. Se é a riqueza que ele quer, quantos cuidados, quanta inveja e quanta cilada não pode ele chamar sobre si! Se quer muito conhecimento e sagacidade, talvez isso lhe traga uma visão mais penetrante que lhe mostre os males, que agora ainda se lhe conservam ocultos e que não podem ser evitado, tanto mais terríveis, ou talvez venha a acrescentar novas necessidades aos desejos que agora lhe dão já bastante que fazer! Se quer vida longa, quem é que lhe garante que ela não venha a ser uma longa miséria? Kant contra Aristóteles Em resumo, não é capaz de determinam segundo qualquer princípio e com plena segurança, o que é que verdadeiramente o faria feliz; para isso seria precisa a onisciência.” (Kant, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes, p.221). Ética de Immanuel Kant (1724 – 1804) • Livro: Fundamentação da Metafísica dos Costumes • Fundamento da moral: autonomia da vontade. Vontade “ruim” (ou empiricamente condicionada) • necessidades físicas • instintos. Vontade “boa” (ou a priori, racional) • Aquela que é independente do que é físico. • liberdade. Visto que “nenhuma vontade é santa” a moral para Kant deve estar sob a forma do DEVER! Ética do Dever Em um momento de dúvida, como responder à pergunta: O que eu faço agora? “Age de tal maneira que possa desejar que a máxima de sua ação se torne uma lei universal” Imperativo Categórico. Esse “teste ético” nos diz A ação moral Ação em questão: ajudar o próximo quando é possível fazê-lo. DE ACORDO COM O DEVER Fiz isso também para me dar bem POR DEVER A ação moral exclui qualquer finalidade pessoal. Assim sendo, a única pessoa que sabe qual é a intenção por trás da ação (que determina se a ação é moral ou não) é aquela que faz... IMPERATIVO CATEGÓRICO E DIREITOS HUMANOS "Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e nunca simplesmente como meio." DIGNIDADE E a liberdade, onde fica? Pelo uso da razão o ser humano pode ser capaz de desejar o dever. A liberdade não é o direito de fazer aquilo que se quer, e também não é fazer o que é imposto, mas a liberdade é o direito de fazer o que se deve. Quando o homem age por dever, então ele é livre. Seja esclarecido! “Esclarecimento [Iluminismo] é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento.” Immanuel Kant. Resposta à pergunta: O que é o Esclarecimento? (5 de dezembro de 1783). (Enem 2017) Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá. KANT, I. Fundamentação da metafísica dos costumes. São Paulo: Abril Cultural, 1980. De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto a) assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa. b) garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra. c) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal. d) materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios. e) permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas. ÉTICA KANTIANA UTILITARISMO Bentham 1748-1832Stuart Mill 1806-1873 UTILITARISMO • Crítica à ética kantiana • O bom é vantajoso para o maior número de pessoas • Bom é aquilo que é útil. UTILITARISMO ÉTICA UTILITARISTA Qual das alternativas abaixo define melhor o princípio básico do utilitarismo? a) Uma ação moralmente correta é aquela que está de acordo com a regra “não faça aos outros aquilo que não gostaria que fizessem para ti”. b) Uma ação moralmente correta é aquela que produz o maior saldo positivo de prazer ou bem-estar para todos os afetados pela ação, considerados imparcialmente. c) Uma ação moralmente correta é aquela está de acordo com o imperativo categórico. d) Uma ação moralmente correta é aquela que gera mais felicidade para o agente. e) Uma ação moralmente correta é aquela em que a pessoa age com honestidade. Desdobramentos das teorias Dilemas éticos na contemporaneidade Nem sempre a regra funciona • Um amigo quer lhe contar um segredo e pede que você prometa não contar a ninguém. Você dá sua palavra. Ele conta que atropelou um pedestre e, por isso, vai se refugiar nacasa de uma prima. Quando a polícia o procura querendo saber do amigo, o que você faz? • ( ) Conta à polícia • ( ) Não conta à polícia Nem sempre o que é útil é bom http://masivaecologica.com/articulo-peta-nos-muestra-como-se-fabrican-las-carteras-louis- vuitton Nem sempre o que é útil é ético http://masivaecologica.com/articulo-peta-nos-muestra-como-se-fabrican-las-carteras-louis-vuitton – Esse dilema moral foi apresentado a voluntários pelo filósofo e psicólogo evolutivo Joshua Greene, da Universidade Harvard. “É aceitável mudar o trem e salvar 5 pessoas ao custo de uma? A maioria das pessoas diz que sim”, afirma Greene em um de seus artigos. De fato, numa pesquisa feita pela revista Time, 97% dos leitores salvariam os 5. Fazer isso significa agir conforme o utilitarismo – a doutrina criada pelo filósofo inglês John Stuart Mill, no século 19. Para ele, a moral está na conseqüência: a atitude mais correta é a que resulta na maior felicidade para o máximo de pessoas. Mas há um problema. A ética de escolher o mal menor tem um lado perigoso – basta multiplicá-la por 1 milhão. Você mataria 1 milhão de pessoas para salvar 5 milhões? Uma decisão assim sustentou regimes totalitários do século 20 que desgraçaram, em nome da maioria, uma minoria tão inocente quanto o homem sozinho no trilho. Além disso, o ato de matar 1 para salvar 5 é o oposto do espírito dos direitos humanos, segundo o qual cada vida tem um valor inestimável em si – e não nos cabe usar valores racionais ao lidar com esse tema. • O antropólogo holandês Fonz Trompenaars realizou pesquisas em diversos países com dilemas como esse. O mais interessante é que as respostas variaram de acordo com o povo. A maioria dos russos acusaria o amigo na lata. Outros mentiriam para protegê-lo, dando dicas ambíguas à polícia, como os americanos. Já os brasileiros inventariam histórias malucas para dizer que a culpa não era do amigo, mas do pedestre, que era um suicida. ÉTICA ARISTOTÉLICA ÉTICA ARISTOTÉLICA https://www.youtube.com/watch?v=-d9RhMDVWOY&t=2s O trem descontrolado Kant contra Aristóteles Kant contra Aristóteles Kant contra Aristóteles Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Ética do Dever A ação moral IMPERATIVO CATEGÓRICO �E DIREITOS HUMANOS E a liberdade, onde fica? Seja esclarecido! ÉTICA KANTIANA Número do slide 17 UTILITARISMO ÉTICA UTILITARISTA Desdobramentos das teorias Nem sempre a regra funciona Nem sempre o que é útil é bom Número do slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26