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Acessibilidade e mobilidade Apresentação A acessibilidade refere-se a tudo o que pode ser acessado, adentrado e utilizado facilmente em uma cidade ou edificação, enquanto a mobilidade é um termo voltado aos deslocamentos nas cidades e aos meios de transporte utilizados para isso. Ambos os termos se complementam, pois é necessário que todos consigam se deslocar de forma rápida e eficiente nos centros urbanos e também que, ao chegarem às áreas, consigam acessar os espaços, sejam eles externos ou internos. Nesta Unidade de Aprendizagem, você entenderá os conceitos de acessibilidade e mobilidade urbana, entendendo sua importância, suas diferenças e suas complementaridades. Além disso, você conhecerá normas, políticas e diretrizes que orientam os profissionais no alcance da acessibilidade e mobilidade. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir acessibilidade e mobilidade no contexto urbano.• Reconhecer as normativas de acessibilidade no meio urbano.• Verificar diretrizes urbanas para implantação de projetos de integração intermodal.• Desafio O meio urbano é repleto de elementos que, na maioria das vezes, não se encontram ajustados à realidade e às pessoas que devem ocupá-los. As cidades são cheias de empecilhos que ocasionam desconforto e acidentes. Por isso, o conceito de acessibilidade é imprescindível nos dias atuais, ainda mais tendo em vista a igualdade de direitos, a isonomia de condições e o intuito de promover uma cidade para todos. Acompanhe o caso a seguir. Tendo em vista a situação atual da praça, o que pode ser adaptado para o novo projeto? Elenque pelo menos quatro elementos que devem ser adaptados e/ou incluídos no projeto de revitalização, destacando os detalhes e levando em consideração as normas de acessibilidade. Infográfico A acessibilidade é um importante fator que deve embasar as propostas de planejamento urbano a fim de melhorar a qualidade de vida e a segurança nas cidades. Para isso, tudo o que for pensado de maneira acessível deve levar em consideração o desenho universal. No Infográfico a seguir, você verá os sete princípios que garantem a usabilidade dos produtos, independente da idade, situação ou habilidade do usuário. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/27b71be6-0371-4443-8047-f42b8df35509/5ae0eda3-8d9f-4ebb-b900-c86008862bb2.jpg Conteúdo do livro Acessibilidade e mobilidade são temas ainda recentes nas discussões de projetos urbanos. Por meio do entendimento desses temas e do embasamento de leis e políticas existentes, é possível entender a sua importância e considerá-los para todo tipo de projeto. Dessa forma, ampliam-se os debates para que se aprimorem as regulamentações e se fomentem ações que valorizem os temas e consigam tornar os espaços cada vez mais inclusivos e utilizados por todos. No capítulo Acessibilidade e mobilidade, da disciplina Arquitetura e urbanismo, você vai entender a que se referem esses temas, descobrindo sua importância para o meio urbano e identificando políticas e normas as quais fundamentam e direcionam as ações de planejamento urbano voltadas a esses aspectos. Boa leitura. ARQUITETURA E URBANISMO Vanessa Guerini Scopell Acessibilidade e mobilidade Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir acessibilidade e mobilidade no contexto urbano. Reconhecer as normativas de acessibilidade no meio urbano. Verificar diretrizes urbanas para implantação de projetos de integração intermodal. Introdução Neste capítulo, você aprenderá sobre os conceitos de acessibilidade e mobilidade urbana, compreendendo as normativas relacionadas à acessibilidade no meio urbano, a importância desses temas e a forma como eles se relacionam. Além disso, você poderá identificar normas e políticas urbanas que tratam deste assunto e servem como referência e embasamento para a elaboração de projetos nesta área. Conceitos de acessibilidade e mobilidade Viver nos centros urbanos atualmente implica em rotinas agitadas, tempo de deslocamento, trânsito, insegurança e ainda muitos espaços inadequados para atender à diversidade e multiplicidade de usuários. Um dos principais problemas nas cidades, pequenas ou grandes, diz respeito às questões de acessibilidade e mobilidade. Por muitos anos esses conceitos foram negligenciados, tendo em vista que a maioria das cidades brasileiras não é fruto de planejamento. Por isso, calçadas, vias e acessos foram construídos sem embasamento de normativas e em desacordo com os ideais de um bom deslocamento. Tanto as cidades brasileiras quanto os centros urbanos de todo o mundo contam com diversos grupos que apresentam dificuldades de mobilidade. Sejam pessoas que nasceram com alguma característica especial, idosos, gestantes ou até mesmo aqueles que sofreram algum acidente e, mesmo que temporariamente, estão impossibilitados de efetuar algum movimento; todos Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 precisam se locomover nos centros urbanos com facilidade e segurança. Portanto, essas questões são extremamente importantes para a proposição de ações de planejamento. Em virtude dessa diversidade e da falta de infraestrutura urbana adequada, nos últimos anos, a acessibilidade é um tema muito presente nas discussões. Assim, acabou ganhando leis que a normatizam, visando a suprir as necessi- dades das pessoas com dificuldade de locomoção. Segundo o Dicio — Dicio- nário Online (c2019a, documento on-line), a palavra acessibilidade refere-se à [...] propriedade do material confeccionado para que qualquer pessoa tenha acesso, consiga ver, usar, compreender; diz-se, principalmente, do material que se destina à inclusão social de pessoas com alguma deficiência”. O Meus Dicionários (c2019, documento on-line) complementa que a palavra está ligada: [...] à qualidade do que é acessível, isto é, aquilo que é atingível, que tem acesso fácil. São situações de viabilidade para pessoas que têm algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida, para que possam acessar lugares de forma prática e independente. O objetivo da acessibilidade é facilitar e melhorar a qualidade de vida dos moradores dos mais diversos locais, permitindo a inclusão das pessoas em todos os ambientes e edificações. Assim, é extremamente importante que todos os espaços sejam adaptados, propiciando uma efetiva independência e a proteção das pessoas. Como a discussão sobre o tema é recente, ele deve ser considerado tanto para as novas edificações, que devem ser projetadas de forma acessível, como para fins de adequação de edificações já existentes. Ainda, é importante ressaltar que a acessibilidade se refere ao âmbito global, ou seja, é necessário que os locais estejam adequados a todas as pessoas, incluindo deficientes físicos, visuais e auditivos. Com isso, a Norma Técnica (NBR) 9050 determina que acessibilidade é a: [...] possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para uti- lização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida (ASSOCIAÇ Ã O BRASILEIRA DE NORMAS TÉ CNICAS [ABNT], 2020, p. 2). Acessibilidade e mobilidade2 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 Na Figura 1, a seguir, vemos imagens representando diferentes casos de acessibilidade. Figura 1. Representações de acessibilidade para as mais diversas situações. Fonte: Dall’Agnol, Cazassus e Lima (2017, documento on-line). A acessibilidade está diretamente ligada ao conceito de mobilidade, que é uma condição criadapara que todas as pessoas possam se locomover nos mais diversos lugares das cidades e através de diferentes meios. O Dicio — Dicionário Online (c2019b, documento on-line) destaca que a mobilidade é a “[...] qualidade daquilo que se move, do que se consegue movimentar. Locomo- bilidade; capacidade de se mudar, de ir a outro lugar com rapidez: mobilidade de pessoas. Aptidão para mudar, para sofrer alterações ou mudanças”. Segundo Morris, Dumble e Wigan (1979), o termo mobilidade pode ser compreendido como sendo a capacidade do indivíduo de se locomover de um lugar ao outro e que depende principalmente da disponibilidade dos diferentes tipos de transporte e meios de locomoção, inclusive a forma de se locomover a pé. Tagore e Sikdar (1995) complementam destacando que o termo também está relacionado à capacidade do indivíduo de se mover de um lugar a outro considerando o sistema de transporte e características do indivíduo. A Política Nacional da Mobilidade Urbana Sustentável, desenvolvida pelo Ministério das Cidades, define mobilidade urbana como: [...] um atributo associado às pessoas e aos bens; corresponde às diferentes respostas dadas por indivíduos e agentes econômicos às suas necessidades de deslocamento, consideradas as dimensões do espaço urbano e a complexidade das atividades nele desenvolvidas. Face à mobilidade, os indivíduos podem ser pedestres, ciclistas, usuários de transportes coletivos ou motoristas; podem utilizar-se do seu esforço direto (deslocamento a pé) ou recorrer a meios de transporte não-motorizados (bicicletas, carroças, cavalos) e motorizados (coletivos e individuais) (BRASIL, 2004a, p. 13). 3Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 Portanto, a mobilidade está relacionada a todos os meios de locomoção, que vão desde as bicicletas até os transportes coletivos. Segundo Coelho (2019), atualmente os meios de mobilidade mais usados são os automóveis particulares e os transportes públicos. Assim como a acessibilidade, a mobilidade também deve ser organizada e planejada visando a facilitar os deslocamentos entre as partes das cidades e a melhorar a qualidade do transporte. Quando não há planejamento correto sobre o uso das estradas e os meios de transporte, os centros urbanos acabam sendo prejudicados, pois sofrem com um alto número de transportes particulares que inflam as rodovias e provocam congestiona- mentos, além de poluírem e prejudicarem a qualidade de vida das cidades. As cidades são públicas, pertencem a todas as pessoas, e, portanto, inde- pendentemente de condições sociais, cores, credos, raças, escolaridade ou qualquer tipo de característica, os espaços devem ter acesso livre e igualitário. Para isso, é necessário que eles sejam constantemente revistos, adaptados e pensados de acordo com os princípios do desenho universal, para que haja a garantia de que tanto os deslocamentos como o uso desses locais ocorram de maneira segura e eficaz. Dessa forma, nas cidades, nas edificações, nos ambientes internos e nos espaços públicos externos é imprescindível que haja condições tanto de mo- bilidade, considerando as circulações, calçadas, vias, diferentes opções de transporte, entre outros, a fim de que a população consiga se locomover e chegar até as áreas da cidade, bem como existam acessos adaptados, seguros e de acordo com a legislações, para que todos consigam chegar aos locais, adentrá-los e usufruí-los. Acessibilidade e mobilidade4 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 O conceito de desenho universal foi desenvolvido nos Estados Unidos por profissionais da área de arquitetura, com o intuito de definir elementos que, quando utilizados em projetos de todos os tipos, possibilitassem o uso por todas as pessoas. De acordo com Silva (2019, documento on-line), o projeto universal é: […] o processo de criar os produtos que são acessíveis para todas as pessoas, independentemente de suas características pessoais, idade ou habilidades. Os produtos universais acomodam uma escala larga de preferências e de habilidades individuais ou sensoriais dos usuários. A meta é que qualquer ambiente ou produto poderá ser alcançado, manipulado e usado, independentemente do tamanho do corpo do indivíduo, sua postura ou sua mobilidade. Normativas sobre acessibilidade A discussão sobre acessibilidade é um tema bastante recente no Brasil, e que ganhou importância e status há menos de 20 anos. No dia a dia das cidades, a falta de acesso nos locais resulta em diversas difi culdades e acidentes, o que difi culta ainda mais a vivência urbana e a exploração dos espaços. O termo acessibilidade foi primeiramente direcionado no Brasil para pessoas com defi ciência física, através da Constituição Brasileira de 1988. Segundo Coelho (2019, documento on-line), a Constituição Brasileira, publicada em 1988, tinha como objetivo: […] garantir os direitos sociais e individuais das pessoas no Brasil, inclusive os das pessoas com deficiência. Foi a partir dela que surgiram várias leis e normas mais específicas visando a garantir acessibilidade e inclusão, como a Lei de Cotas, publicada em 1991, que tem como foco a inclusão de PCDs no mercado de trabalho. Na época, os PCDs se referiam às pessoas com deficiência. A partir deste pontapé inicial, o tema começou a ser discutido e visto como fundamental. Mas foi somente nos anos 2000 que foi criada a primeira lei totalmente voltada à acessibilidade. A Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro 5Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 de 2000 (BRASIL, 2000), estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Essa lei foi criada com o intuito de “[...] quebrar barreiras no dia a dia, sejam elas urbanas, arquitetônicas, nos transportes ou na comunicação. Assegurando, assim, a autonomia das pessoas com deficiência e oportunidade para todos” (COELHO, 2019, documento on-line). O art. 1º garante a promoção da acessibilidade através da supressão dessas barreiras. Para a lei, são consideradas barreiras: [...] qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou im- peça a participação social da pessoa, bem como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibilidade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, entre outros, classificadas em: a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo; b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados; c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes; d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de informações por intermédio de sistemas de co- municação e de tecnologia da informação (BRASIL, 2000, documento on-line). Norma Ano Descrição NBR 16537 2016 Acessibilidade — Sinalização tátil no piso — Diretrizes para elaboração de projetos e instalação. NBR 15646 2016 Acessibilidade — Plataforma elevatória veicular e rampa de acesso veicular para acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, em veículo de transporte de passageiros de categorias M1, M2 e M3 — Requisitos. NBR 15208 2011 Aeroportos — Veículo autopropelido para embarque/ desembarque de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida — Requisitos. NBR 14022 2011 Acessibilidade em veículos de características urbanas para o transporte coletivo de passageiro. Quadro 1. Normas da ABNT que se referem à acessibilidade (Continua) Acessibilidade e mobilidade6 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 Norma Ano Descrição NBR 26000 2010 Diretrizes sobre responsabilidadesocial. NBR 9386 2013 Plataformas de elevação motorizadas para pessoas com mobilidade reduzida — Requisitos para segurança, dimensões e operação funcional. Parte 1: Plataformas de elevação vertical (ISO 9386-1, MOD). NBR 15570 2021 Transporte — Especificações técnicas para fabricação de veículos de características urbanas para transporte coletivo de passageiros. NBR 15599 2008 Acessibilidade — Comunicação na Prestação de Serviços. NBR 15646 2016 Acessibilidade — Plataforma elevatória veicular e rampa de acesso veicular para acessibilidade em veículos com características urbanas para o transporte coletivo de passageiros. NBR 313 2007 Elevadores de passageiros — Requisitos de segurança para construção e instalação — Requisitos particulares para a acessibilidade das pessoas, incluindo pessoas com deficiência. NBR 15450 2006 Acessibilidade de passageiro no sistema de transporte aquaviário. NBR 15320 2018 Acessibilidade a pessoa com deficiência no transporte rodoviário. NBR 15290 2016 Acessibilidade em comunicação na televisão. NBR 15250 2005 Acessibilidade em caixa de autoatendimento bancário. NBR 14021 2005 Transporte — Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano. NBR 16001 2012 Responsabilidade social — Sistema da gestão — Requisitos. NBR 9050 2020 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. NBR 14970-1 2003 Acessibilidade em veículos automotores — Requisitos de dirigibilidade. Quadro 1. Normas da ABNT que se referem à acessibilidade (Continuação) (Continua) 7Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 Quatro anos depois, surgiu o Decreto nº. 5.296, de 2 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004b), com o intuito de reforçar a Lei nº. 10.098/2000 (BRASIL, 2000), ressaltando a prioridade de considerar pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida nos atendimentos. A partir deste decreto, a Associação Brasileira de Normas Técnicas lançou diversas normativas com padrões de acessibilidade, que foram revisados, formulados e complementados para ser- virem como referência na criação de novos projetos e adequações de projetos já consolidados (Quadro 1). Esse fato foi semelhante ao que ocorreu em Paris, onde diversas edifi- cações foram demolidas para o alargamento das vias sob o argumento de higienização e salubridade do centro urbano. Além disso, diversos cortiços foram demolidos, e os moradores receberam ordens de despejo, acabando por morar em praças e avenidas. Dentre as normas da ABNT, a NBR 9050 é considerada uma das princi- pais, servindo como embasamento para projetos. Conforme especificado na própria norma, a versão de 2020, que cancela e substitui a versão de 2015, “[...] estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação do meio urbano e rural, e de Fonte: Adaptado de Brasil (c2019). Norma Ano Descrição NBR 14970-2 2003 Acessibilidade em veículos automotores — Diretrizes para avaliação clínica de condutor. NBR 14970-3 2003 Acessibilidade em veículos automotores — Diretrizes para avaliação da dirigibilidade do condutor com mobilidade reduzida em veículo automotor apropriado. NBR 14273 1999 Acessibilidade à pessoa portadora de deficiência no transporte aéreo comercial. NBR 14020 2021 Acessibilidade a pessoa portadora de deficiência — Trem de longo percurso. NBR 14021 2005 Transporte — Acessibilidade no sistema de trem urbano ou metropolitano NBR 14022 2011 Acessibilidade em veículos de características urbanas para o transporte coletivo de passageiros Quadro 1. Normas da ABNT que se referem à acessibilidade (Continuação) Acessibilidade e mobilidade8 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 edificações às condições de acessibilidade”. Para estabelecer esses parâme- tros foram consideradas diversas pesquisas e estudos que levaram em conta diferentes realidades e situações, como por exemplo, a percepção do ambiente, as condições de mobilidade e usos de aparelhos específicos. A norma apresenta muitas medidas referenciais, bastante completas que incluem os espaços necessários para pessoas que usam bengalas, tripés, ca- deiras de rodas, etc. Além disso, nela consta exemplos de rotas acessíveis para os espaços urbanos, ângulos de visão e alcance, bem como informações sobre placas e sinalizações. Na Figura 2, vemos alguns exemplos de proteções contra quedas. Figura 2. Exemplos de proteções contra quedas para possibilitar rotas acessíveis e seguras. 1: desnível igual ou inferior a 0,60 m e inclinação igual ou superior a 1:2. 2: lateral em nível com pelo menos 0,60 m de largura. 3: contraste visual medido através do valor da luz refletida (LRV) de, no mínimo, 30 pontos em relação ao piso. 4: proteção lateral com, no mínimo, 0,15 m de altura e superfície de topo com contraste visual. 5: proteção lateral com guarda-corpo. 6: desnível superior a 0,60 m e inclinação igual ou superior a 1:2. A versão 2020 desta norma esclarece que estas condições só devem ser observadas para desníveis maiores ou iguais a 18 cm até a altura máxima de 60 cm. Fonte: Adaptada de ABNT (2015). 9Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 A norma ainda apresenta inclinações de rampas com suas devidas proteções, tanto para projetos de novas edificações como os números permitidos para adaptação e inclusão de rampas em edificações antigas, permitindo assim que estejam adequadas a todos os públicos. Em relação às informações destinadas ao espaço urbano, a norma dá noções relativas ao tamanho necessário para as calçadas e áreas de manobras, ao dimensionamento de faixas livres, aos níveis e modelos de rampas para acesso à faixa de passeio e às vias, ao uso de faixas elevadas e rebaixamento de calçadas, bem como orientações para a utilização de pisos táteis. A Figura 3 ilustra os espaços necessários para a construção de uma calçada. Figura 3. Faixas de calçada. Fonte: ABNT (2020, p. 75). Além disso, é possível dimensionar estacionamentos e vagas especiais, de acordo com o conforto e a segurança dos ocupantes. Quanto ao mobiliá- rio urbano, a norma apresenta dimensões referenciais para pessoas em pé e sentadas, áreas de alcance e diferentes alturas. Ainda, ela inclui orientações Acessibilidade e mobilidade10 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 relacionadas ao uso de lixeiras nos espaços públicos, que, segundo ela, de- vem estar localizadas fora das faixas livres de circulação, ter espaço para aproximação de P. C. R. (pessoa em cadeira de rodas) e altura que permita o alcance manual do maior número de pessoas. Com relação aos assentos, eles devem ter altura e profundidade entre 40 e 45 cm, com largura individual de 45 a 50 cm, devendo estar implantados sobre uma superfície nivelada com o piso adjacente e com um módulo de referência ao lado dos assentos fixos, sem interferir com a faixa livre de circulação. Segundo a norma, o módulo de referência é “[...] a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas motorizadas ou não” (ABNT, 2015, p. 8). Na Figura 4, a seguir, vemos modelos de bancos públicos. Figura 4. Exemplos de bancos públicos. Fonte: ABNT (2020, p. 117). Ainda sobre a ornamentação da paisagem e o uso de vegetação nos am- bientes públicos, a norma evidencia que: O plantio e manejo da vegetação devem garantir que os elementos (ramos, raízes, plantas entouceiradas, galhos de arbustos e de árvores) e suas pro- teções (muretas, grades ou desníveis) não interfiram nas rotas acessíveis e áreas de circulação de pedestres. Nas áreas adjacentes às rotas acessíveis e áreas de circulação de pedestres, a vegetação não pode apresentar as seguin- tes características: a) espinhos ou outras características que possam causar ferimentos; b) raízes que prejudiquem o pavimento; c) princípios tóxicos perigosos. Quando as áreas drenantes de árvores estiverem invadindoas faixas livres do passeio, devem ser instaladas grelhas de proteção, niveladas em relação ao piso adjacente. As dimensões e os espaços entre os vãos das grelhas de proteção não podem exceder 15 mm de largura e devem garantir as especificações mínimas (ABNT, 2020, p. 115). 11Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 As normativas de acessibilidade, especialmente a NBR 9050, são impor- tantes documentos que devem ser valorizados e, acima de tudo, utilizados nos projetos, para que cada vez mais edificações e principalmente espaços públicos estejam adequados e seguros para receber a população. As normas de acessibilidade estão cada dia mais presentes no nosso coti- diano, seja nas residências ou nas empresas, nos espaços internos e nos espaços externos, nas áreas públicas ou privadas. A NBR 9050 traz um excelente material que nos auxilia a dimensionar os espaços adequados à acessibilidade, tais como: parâmetros antropométricos para deslocamento de pessoas em pé, em cadeira de rodas, ou com deficiências visuais e auditivas; dimensionamentos de escadas, rampas, circulações, vãos de abertura, passeios, sanitários, corrimãos, maçanetas, puxadores; informações e visualizações, símbolos internacionais, símbolos de acesso, degraus, tátil, de emergência, etc. Diretrizes urbanas relacionadas à mobilidade Quando se fala em mobilidade urbana, é possível relacionar o termo aos aspectos de deslocamentos e meios de locomoção. Com o crescimento das cidades e a ocorrência de problemas nos centros urbanos, esse tema vem sendo cada vez mais discutido, principalmente pela quantidade de congestionamentos no trânsito e pela difi culdade de se chegar de um ponto a outro. Segundo Pena (2019), o principal problema referente à mobilidade urbana no país diz respeito ao aumento do uso de transporte individuais. Esse aumento deve-se a alguns fatores, dentre os principais: a) à má qualidade do transporte público no Brasil; b) ao aumento da renda média do brasileiro nos últimos anos; c) à redução de impostos por parte do Governo Federal sobre produtos indus- trializados (o que inclui os carros); d) à concessão de mais crédito ao consumidor; e) à herança histórica da política rodoviarista do país (PENA, 2019, docu- mento on-line). Conforme o autor e os dados do Observatório de Metrópoles, entre os anos de 2002 e 2012, enquanto o crescimento de veículos aumentou 138,6%, o crescimento da população no país foi de 12,2%. Isso significa que já existem no Brasil cidades com menos de dois habitantes para cada carro (Quadro 2). Acessibilidade e mobilidade12 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 O aumento da frota veicular, principalmente do automóvel, promove alterações na operação e gestão do sistema viário, que tem sido adequado ao uso mais eficiente do automóvel, em detrimento dos demais modos. Esse processo acentua ainda mais a desigualdade nas cidades, já que o automóvel, em geral, passa a ser o modo mais eficiente e ágil nos deslocamentos da população, assim como colabora para a intensificação dos impactos ambientais nas áreas urbanas, pois, o uso do transporte individual, principalmente o por automóveis e/ou motocicletas, aumentam os níveis de poluição sonora ou do ar (ALVES; RAIA JUNIOR, 2012, p. 2). Fonte: Adaptado de Pena (2019). Cidade Habitantes por veículo (2013) Curitiba 1,82 Florianópolis 2,14 Belo Horizonte 2,22 São Paulo 2,34 Goiânia 2,43 Brasília 2,50 Porto Alegre 2,53 Quadro 2. Lista das capitais brasileiras com a maior quantidade de carros por habitante Como possibilidades para solução deste problema presente nas cidades vêm as ideias de estimular o transporte coletivo, além de incentivar a utilização de bicicletas, construindo ciclofaixas e ciclovias. Também é necessário que o tempo de deslocamento seja diminuindo, tendo em vista que, em virtude dos congestionamentos, a população perde muito tempo no trânsito. Para isso, umas das ações levantadas atualmente é a diversificação de modais de transporte. Ao longo do século XX, o Brasil foi essencialmente rodoviarista, em detri- mento do uso de trens, metrôs e outros. A ideia é investir mais nesses modos alternativos, o que pode atenuar os excessivos números de veículos transitando nas ruas das grandes cidades do país (PENA, 2019, documento on-line). Os modais de transporte referem-se ao uso de diferentes tipos de transporte nas cidades e ao uso de dois ou mais meios de transporte para se chegar a um destino. O objetivo dessa variação de meios de transporte é tornar as operações 13Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 mais rápidas e eficazes, diminuindo o tempo de deslocamento e priorizando o transporte coletivo, e com isso diminuindo a poluição nas cidades e os congestionamentos. Além disso, diversificar os modos de transporte entre rodoviário, ferroviário, hidroviário, dutoviário e aeroviário distribui melhor os fluxos e facilita a mobilidade. Tipos de integração intermodal O conceito de intermodalidade refere-se ao atendimento às demandas de mobilidade do meio urbano, como uma maneira de evitar o tráfego e facilitar o acesso a todos os locais da cidade. A integração modal contribui inclusive para o desenvolvimento da cidade. Através da otimização dos transportes urbanos e consequente aumento da mobilidade urbana, configura-se como uma solução para as necessidades econômicas e sociais. Como exemplos desse tipo de integração temos as estações de metrô, que são originalmente construídas possibilitando a integração com outro modal de transporte. Como mencionado, a integração entre modos compõe um elemento indutor de desenvolvimento para a cidade. Nesse sentido, a integração pode ser classificada em pelo menos três tipos (CÉSAR, 2015): Física: busca reduzir as caminhadas, com veículos parando no mesmo local, sendo que alguns deles podem terminar no local, caracterizando funcionamento de terminal de transbordo. Tarifária: unifica a transação, ou seja, o passageiro paga apenas uma passagem e tem o direito de se deslocar por todos os pontos do sistema que estiverem inte- grados. Na capital, com a necessidade de complementação do valor, é cobrada uma nova tarifa com desconto. Temporal: ocorre quando viagens são programadas de forma a reduzir ou eliminar a espera, assim veículos diferentes chegam ao mesmo tempo no ponto de integração. Como uma das principais referências para a resolução e proposição de ações relacionadas à mobilidade urbana no Brasil, a Política Nacional de Mobilidade Urbana tem por objetivo: [...] contribuir para o acesso universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, por meio do planejamento e da gestão democrática do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana (BRASIL, 2012, documento on-line). Acessibilidade e mobilidade14 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 Essa política cita os modos de transporte, as infraestruturas de mobili- dade urbanas, bem como os princípios da mobilidade como, por exemplo: acessibilidade universal, desenvolvimento sustentável das cidades, eficiência, equidade, segurança e priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado. Além disso, a Política Nacional de Mobilidade Urbana determina que: [...] em Municípios acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e em todos os demais obrigados, na forma da lei, à elaboração do plano diretor, deverá ser elaborado o Plano de Mobilidade Urbana, integrado e compatível com os respectivos planos diretores ou nele inserido (BRASIL, 2012, documento on-line). Outra importante diretriz que norteia as ações de mobilidade urbana é a Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável. Essa política tem: [...] eixos estratégicos que orientam suas ações,o desenvolvimento urbano e a sustentabilidade ambiental, a participação social e a universalização do acesso ao transporte público, e o desenvolvimento institucional e a moderni- zação regulatória do sistema de mobilidade urbana (BRASIL, 2004a, p. 12). Assim, o objetivo desta política é o respeito aos princípios universais, tendo em vista a melhor circulação de bens, pessoas e mercadorias, valorizando as principais características do espaço urbano, congregando e cruzando diferenças, e a partir disso criar um ambiente novo e dinâmico. Essa polí- tica valoriza a promoção da integração intermodal nas suas mais variadas formas, vendo essa ação como fundamental para melhorar as questões de mobilidade das cidades. Dessa forma, a integração deve considerar com ênfase o papel da marcha a pé e o uso de bicicletas como modos de integração entre os demais modos, o que implica em possibilitar sua prática segura e agradável. Além disso, deve- -se considerar a existência de mecanismos de informação das possibilidades de intermodalidade existentes, indicando caminhos e acessos, assim como custos e benefícios. Os demais modos de transporte, incluindo os automóveis, devem ser considerados no exercício da intermodalidade, lembrando que para cada tipo ou motivo de viagem pode-se propor uma forma melhor adaptada de realizar o deslocamento (BRASIL, 2004a, p. 28). Como diretrizes para implantação da integração intermodal, a Política Nacional de Mobilidade Urbana Sustentável apresenta, dentre elas: 15Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 desenvolvimento das cidades, por meio da mobilidade urbana sustentável; universalização do acesso ao transporte público coletivo; priorizar pedestres, ciclistas, passageiros de transporte coletivo, pessoas com deficiência, portadoras de necessidades especiais e idosos, no uso do espaço urbano de circulação; incentivar e apoiar sistemas estruturais, metro-ferroviários e rodoviários de transporte coletivo, em corredores exclusivos nas cidades médias e nas regiões metropolitanas, que contemplem mecanismos de integração intermodal e institucional; promover e apoiar a implementação de sistemas cicloviários seguros, priorizando aqueles integrados à rede de transporte público; incentivar e difundir medidas de moderação de tráfego e de uso sus- tentável e racional do transporte motorizado individual; promover e apoiar a elaboração de planos de transporte urbano integrado, compatível com o plano diretor ou nele inserido, para as cidades com mais de quinhentos mil habitantes. Através do entendimento sobre acessibilidade e mobilidade e dos embasa- mentos de leis e politicas existentes, é possível entender a importância desses temas e considerá-los para todo tipo de projeto, ampliando os debates para aprimorar as regulamentações e fomentar ações que tornem os espaços cada vez mais inclusivos e utilizados por todos. A mobilidade urbana sustentável trata-se de uma alternativa que tem por intuito principal não somente melhorar a mobilidade, mas fundamentar as melhorias em ideais ambientais, voltados para a preservação da natureza ou, pelo menos, para a diminuição dos impactos ocasionados pelos meios de transporte. Para isso, as propostas de mobilidade urbana sustentável envolvem a implantação ou reforço dos sistemas de transporte sobre trilhos, como metrôs, trens, bondes elétricos, teleféricos, entre outros. Além disso, outra opção seria o incentivo ao uso de meios de transporte alternativos e não poluentes, como as bicicletas, por exemplo. Mas, para que isso seja possível, os governos precisam investir na construção de ciclofaixas e ciclovias com qualidade. A mobilidade urbana sustentável também visa à melhoria na locomoção dos pedestres, com o planejamento de calçadas que sejam seguras e confortáveis (niveladas, sem buracos e demais obstáculos inoportunos, por exemplo) (SIGNIFICADO de mobilidade…, 2019, documento on-line). Acessibilidade e mobilidade16 Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 ACESSIBILIDADE. In: DICIO — Dicionário Online de Português. Matosinhos, Portugal: 7Graus, c2019a. Disponível em: https://www.dicio.com.br/acessibilidade/. Acesso em: 10 jul. 2019. ACESSIBILIDADE. In: MEUS Dicionários. [S. l.: s. n.], [c2019]. Disponível em: https://www. meusdicionarios.com.br/busca?k=acessibilidade. Acesso em: 10 jul. 2019. ALVES, P.; RAIA JUNIOR, A. A. Mobilidade e acessibilidade urbanas sustentáveis: a gestão da mobilidade no Brasil. 2012. Disponível em: http://www.ambiente-augm.ufscar.br/ uploads/A3-039.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019. ASSOCIAÇ Ã O BRASILEIRA DE NORMAS TÉ CNICAS — ABNT. NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020. BRASIL. Ministério das Cidades. Política nacional de mobilidade urbana sustentável. 2004a. Disponível em: http://www.ta.org.br/site2/Banco/7manuais/6PoliticaNacionalMobilid adeUrbanaSustentavel.pdf. Acesso em: 10 jul. 2019. BRASIL. Normas ABNT sobre acessibilidade. c2019. Disponível em: https://www.mdh. gov.br/navegue-por-temas/pessoa-com-deficiencia/normas-abnt-1/normas-abnt. Acesso em: 15 jul. 2019. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº. 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nº. 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providên- cias. Brasília, DF, 2004b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2004/Decreto/D5296.htm. Acesso em: 10 jul. 2019. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras provi- dências. Brasília, DF, 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/ L10098.htm. Acesso em: 10 jul. 2019. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº. 12.587, de 3 de janeiro de 2012. Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana; revoga dispositivos dos Decretos- -Leis nº. 3.326, de 3 de junho de 1941, e 5.405, de 13 de abril de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).... Brasília, DF, 2012. Disponível em: http://www.planalto.gov. br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12587.htm. Acesso em: 10 jul. 2019. CÉSAR, C. Terminais de ônibus e a intermodalidade. 2015. Disponível em: https://medium. com/metropolizacao-em-debate/terminais-de-%C3%B4nibus-e-a-intermodalidade- -cd46c2ba6663. Acesso em: 10 jul. 2019. 17Acessibilidade e mobilidade Identificação interna do documento RTADEYF2GR-BF11OF1 COELHO, B. Inclusão é direito: as principais leis de acessibilidade no Brasil. Disponível em: http://blog.handtalk.me/leis-de-acessibilidade/. Acesso em: 10 jul. 2019. DALL’AGNOL, T. C.; CAZASSUS, L.; LIMA, M. L. A importância da acessibilidade para a inclusão de pessoas com deficiência. 2017. 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Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/2fdbb4a95d1eeb9563c161355471554d Exercícios 1) A utilização do termo “acessibilidade” vem ganhando cada vez mais espaço nos debates sobre as cidades. Sobre esse termo, assinale a resposta correta: A) Refere-se exclusivamente à possibilidade de acesso de edifícios públicos. B) Deve ser considerado diretamente para idosos, crianças e gestantes. C) É voltado para a exclusão de determinadas deficiências e dificuldades cotidianas. D) Refere-se à possibilidade de acesso de todos a todas as partes das cidades. E) Refere-se àquilo que tem fácil acesso e se torna inatingível. 2) A mobilidade urbana é um aspecto que deve ser considerado nas ações de planejamento das cidades. Sobre a mobilidade urbana, assinale a resposta correta: A) É uma expressão utilizada para identificar tipos de vias urbanas. B) Refere-se à forma de se movimentar na parte interna dos edifícios. C) Relaciona-se com a locomoção e os meios de transporte. D) É um atributo associado exclusivamente aos bens. E) É uma expressão aplicada unicamente ao transporte privado. 3) O desenho universal é um conceito que foi desenvolvido por profissionais nos Estados Unidos. Sobre o desenho universal, assinale a resposta correta: A) Foi criado com o intuito de definir elementos para embasar projetos acessíveis. B) Foi criado para ensinar formas de desenho que se adaptam a qualquer situação. C) É um processo de criar produtos acessíveis que dependem de características pessoais. D) É um conceito relacionado a desenhos que apresentem diferentes tecnologias. E) O conceito foi desenvolvido por profissionais de áreas divergentes da arquitetura. 4) Leia as sentenças a seguir sobre uma das mais importantes normas sobre acessibilidade: I. A norma 9050 (ABNT, 2020) — Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos — estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, à construção, à instalação e à adaptação do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade. II. Além de prever orientações externas como equipamentos urbanos contra queda, rotas seguras, dimensionamentos de bancos públicos, passeios acessíveis e até vegetações, a NBR 9050/20 também orienta sobre equipamentos internos acessíveis, como maçanetas e puxadores. III. A NBR 9050/20 orienta as questões de acessibilidade por meio de ilustrações sem referenciar dimensionamentos. Desse modo, é possível alcançar todo tipo de acessibilidade em qualquer caso. Assinale a resposta correta. A) As sentenças I, II e II estão corretas. B) Somente as sentenças I e II estão corretas. C) Somente as sentenças I e III estão corretas. D) Somente as sentenças II e III estão corretas. E) Somente a sentença I está correta. 5) A Política Nacional de Planejamento Urbano é uma importante diretriz que trata da mobilidade urbana. Sobre essa política, assinale a resposta correta. A) É generalista e ainda não apresenta eixos estratégicos para orientar ações. B) Orienta o desenvolvimento urbano e ambiental sem considerar a participação social. C) Defende a priorização dos veículos privados em detrimento dos públicos. D) Defende ações voltadas para o uso dos meios rodoviários para transporte. E) Valoriza a integração dos diferentes modos e meios de transporte urbano. Na prática A mobilidade urbana refere-se às maneiras de deslocamento no espaço e aos diferentes tipos e meios de transporte. Esse tema é importante para as ações de planejamento urbano porque, na medida em que há mobilidade, os usos dos espaços da cidade se intensificam. Acompanhe a situação a seguir, que apresenta um caso retratado em uma cidade do Sul do Brasil. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/a4e09478-f39f-427b-b6ca-c52da674c42a/7369fa36-60cb-4a82-b73e-28e58e515332.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Mobilidade e acessibilidade urbana A mobilidade e a acessibilidade são a essência de uma vida urbana de qualidade. Leia mais sobre o assunto neste artigo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Intermodalidade é alternativa para transporte rodoviário no país Inovar e diversificar os meios de transporte é uma boa maneira para melhorar a mobilidade. Veja mais sobre o tema nesta matéria. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Cartilha de acessibilidade urbana: um caminho para todos Para garantir a acessibilidade, os municípios e estados brasileiros podem criar suas cartilhas que orientam os profissionais. Como exemplo, veja a cartilha de Pernambuco. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.imed.edu.br/Uploads/Mobilidade%20e%20Acessibilidade%20Urbana.pdf https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/intermodalidade-e-alternativa-para-transporte-rodoviario-no-pais-1.2107369 https://www.tce.pe.gov.br/ecotce/docs/cartilha_acessibilidade.pdf
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