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Crimes ambientais

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Crimes ambientais
Apresentação
Em relação ao licenciamento ambiental, é imprescindível conhecer os conceitos e legislações que 
envolvem os crimes ambientais, sendo estes definidos como todas as agressões ao meio ambiente e 
seus componentes. Normalmente, logo nos vem à mente os danos à fauna e à flora, porém existem 
diferentes modalidades de crimes ambientais. É considerado crime ambiental inclusive a ação de 
atividades que não provocam impactos ambientais negativos. 
É fundamental, em relação aos projetos ambientais, o diagnóstico dos impactos ambientais de 
forma correta, sendo analisados todos os impactos que possam ocorrer no ambiente, na sociedade 
e até mesmo na economia de uma região (dependendo da atividade/empreendimento). Caso 
contrário, se esses impactos forem omitidos, será cometido um crime ambiental. 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre conceitos relacionados a crimes 
ambientais, seus diferentes tipos e quais são as sanções penais aplicadas quando identificado um 
crime ambiental. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir o significado de crimes ambientais e legislações vigentes.•
Descrever os diferentes tipos de crimes ambientais.•
Discernir sobre as sanções penais para atividades lesivas ao meio ambiente.•
Desafio
Crime ambiental é ocasionado para toda e qualquer ação que causar poluição, de qualquer 
natureza, que resulte ou possa resultar em danos à saúde ou em impactos ambientais, que 
provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
Seu desafio, como futuro profissional da área ambiental, consiste em redigir um pequeno texto 
informando se ocorreu ou não um crime ambiental, bem como justificar sua resposta. Em caso 
afirmativo, quais tipos de crimes ambientais poderiam enquadrar-se nesse cenário e qual medida 
deve ser adotada visando a recuperação da área?
Infográfico
O meio ambiente é protegido pela Lei n.º 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Considera-se como 
crime ambiental todo e qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que compõem o 
ambiente. Qualquer cidadão pode realizar uma denúncia ambiental, que pode ser feita no próprio 
órgão ambiental municipal, estadual ou mesmo federal. O Ibama fornece uma linha para denúncia, 
conhecida como linha verde. Através deste canal, a denúncia é investigada e em caso de 
confirmação, é encaminhada ao Ministério Público para que as providências administrativas e 
criminais cabíveis sejam tomadas. As penas são aplicadas conforme a gravidade da infração prevista 
pela Lei de Crimes Ambientais, e, quanto mais reprovável for a conduta, mais severa será a punição.
Mas você sabe quais são exatamente os tipos de crimes ambientais? Confira no Infográfico a seguir. 
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Conteúdo do livro
Como exemplos mais comuns de crimes ambientais, podemos citar os crimes contra a fauna e a 
flora. O tráfico de animais é um dos principais comércios ilegais do País, sendo que nove entre dez 
animais contrabandeados morrem antes de chegar ao seu destino, consequência das más condições 
que lhes são impostas e, ainda, por lesão e mutilação feita pelos próprios traficantes para que não 
produzam sons e/ou fiquem paralisados por causa da dor. Em relação aos crimes contra a flora, 
estes estão relacionados, principalmente, com o desmatamento e as queimadas irregulares. Em 
2015, o número de incêndios florestais no país aumentou 27,5% e, de acordo com o Inpe (Instituto 
de Pesquisas Espaciais), aproximando-se do recorde histórico, registrado em 2010.
Para entender mais sobre os tipos e penalidades contra o meio ambiente, leia o capítulo Crimes 
ambientais, que faz parte do livro Licenciamento Ambiental, base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem. 
Boa leitura.
LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
Ronei Stein 
Revisão técnica:
Vanessa de Souza Machado 
Bióloga
Mestre e Doutora em Ciências Biológicas
Professora de Curso de Tecnologia 
em Gestão Ambiental
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB-10/2147
S818l Stein, Ronei Tiago.
Licenciamento ambiental / Ronei Tiago Stein ; [revisão 
técnica: Vanessa de Souza Machado]. – Porto Alegre: 
SAGAH, 2017.
265 p. : il ; 22,5 cm.
ISBN 978-85-9502-277-5
1. Ciências Biológicas. 2. Licenças ambientais. I. Título.
CDU 502.13
Licenciamento_Ambiental_Book.indb 2 07/12/2017 16:18:40
Crimes ambientais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Defi nir crimes ambientais e as legislações vigentes.
  Descrever os diferentes tipos de crimes ambientais.
  Identifi car as sanções penais para atividades lesivas ao meio ambiente.
Introdução
Tratando-se de licenciamento ambiental, é imprescindível conhecer 
os conceitos e as legislações que envolvem os crimes ambientais, que 
são todas as agressões ao meio ambiente e aos seus componentes. 
Normalmente, quando falamos em crime ambiental, logo pensamos em 
danos à fauna e a flora, mas existem diferentes modalidades de crime que 
precisamos conhecer. Pode ser considerada crime ambiental, por exemplo, 
uma ação de atividade que não provoque impactos ambientais negativos. 
Por isso é fundamental que, em todos projetos ambientais, sejam 
realizados diagnósticos eficientes dos impactos ambientais, em que 
sejam analisados todos os impactos que possam ocorrer no ambiente, 
na sociedade e até mesmo na economia de uma região, dependendo 
da atividade ou do empreendimento. Se esses impactos forem omitidos, 
configura-se um crime ambiental. 
Neste capítulo, você vai aprender os conceitos de crime ambiental, 
os seus diferentes tipos e quais são as sanções penais aplicadas quando 
um deles for identificado.
Cap5_Licenciamento_Ambiental.indd 73 07/12/2017 10:34:37
Crimes ambientais: definição e normativas
De acordo com Barsano e Barbosa (2013), as leis, normas técnicas e outras 
regulamentações, objetivando principalmente a preservação ambiental e o 
melhor aproveitamento dos recursos naturais no decorrer dos anos, foram 
fruto de acontecimentos históricos específi cos em diversos países. Esses 
acontecimentos foram sendo moldados conforme as necessidades de cada 
momento e a análise dos interesses de todos envolvidos: os poderes públicos, 
a iniciativa privada e a sociedade civil.
O Brasil apresenta uma enorme biodiversidade, tanto em fauna quanto 
em flora, além de ser privilegiado com a magnitude dos recursos hídricos. 
Esses recursos naturais sempre foram alvo do interesse e da cobiça humana, 
e, desde a época das colonizações, passando pela Revolução Industrial, até o 
início do século XX, os recursos naturais existentes tinham como finalidade 
única atender a demanda de matéria-prima para o desenvolvimento econômico 
no curto prazo. Portanto, a degradação ambiental não é algo novo na história 
do Brasil, como você pode verificar nos seguintes exemplos (BARSANO; 
BARBOSA, 2013):
 a exploração do pau-brasil e de outras madeiras nobres;
 a economia açucareira dos senhores de engenho;
 a economia mineradora em várias fases históricas; 
 o ciclo da borracha e o ciclo do café;
 o crescimento da indústria de base com plataformas de petróleo, usinas 
hidrelétricas e nucleares, metalurgia, entre outras;
 a ocupação territorial de áreas não habitadas como a Amazônia, o 
cerrado e as costas litorâneas;
 o crescimento urbano por meio das migrações e imigrações.
Nesse cenário de enormes prejuízos que o meio ambiente vinha sofrendo 
durante séculos de uso descontrolado e não planejado, foi necessário criar 
medidas de contenção. Entre uma série extensa de leis que regem a proteção 
ao meio ambiente em território nacional, as Leis nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 
1998 (Lei dos Crimes Ambientais ou Lei da Natureza) e 12.305, de 2 de agosto 
de 2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos — PNRS) são consideradas 
marcos no setor. A Lei nº. 9.605/1998(BRASIL, 1998) dispõe sobre as sanções 
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente, e dá outras providências. Já a Lei nº. 12.305/2010 (BRASIL, 2010) 
institui a PNRS, dispondo sobre os seus princípios, objetivos e instrumentos, 
Crimes ambientais74
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bem como sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento 
de resíduos sólidos — incluídos os perigosos —, às responsabilidades dos 
geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis. 
Toda agressão ao meio ambiente e aos seus componentes (como flora, fauna, recursos 
naturais e patrimônio cultural) que ultrapassa os limites estabelecidos por lei é con-
siderada crime ambiental. Além disso, toda conduta que ignora normas ambientais 
legalmente estabelecidas, mesmo que não sejam causados danos ao meio ambiente, 
como a ocupação indevida de áreas ou a proliferação de patogenias a uma comunidade, 
também é considerada crime ambiental. 
É crime ambiental toda ação que causar poluição, de qualquer natureza, 
que resulte ou possa resultar em danos à saúde ou em impactos ambientais, 
que provoque a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. 
Enquadram-se nesses casos, de acordo com Vasconcelos (2014):
 tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;
 causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momen-
tânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à 
saúde da população;
 causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abaste-
cimento público de água de uma comunidade;
 dificultar ou impedir o uso público das praias;
 lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou subs-
tâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis 
ou regulamentos;
 deixar de adotar, quando assim exigir a autoridade competente, medidas 
de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.
A Lei de Crimes Ambientais determina as sanções penais e administrativas 
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Essa legislação 
define a responsabilidade das pessoas físicas ou jurídicas, permitindo que 
grandes empresas sejam responsabilizadas criminalmente pelos danos que 
os seus empreendimentos possam causar à natureza. 
75Crimes ambientais
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Além das agressões ambientais que possam ultrapassar os limites estabelecidos por lei, 
como o lançamento de efluentes em recursos hídricos (em desacordo com os padrões 
das normativas), também é considerado crime ambiental quando as condutas ignoram 
as normas ambientais, mesmo sem causar danos ao meio ambiente. Um exemplo típico 
são os empreendimentos ou atividades que não possuem licenciamento ambiental. 
Nesse caso, há a desobediência a uma exigência da legislação ambiental e, por isso, 
ela é passível de punição por multa ou detenção.
Tipos de crimes ambientais
As legislações ambientais não foram criadas para proteger o meio ambiente, 
mas para atender a interesses econômicos. Em um segundo momento, buscou-
-se a tutela e o controle das reservas naturais existentes no País, mas sem 
manifestar um conhecimento mais aprofundado ou simplesmente ignorando 
a preservação do meio ambiente como fundamento vital para a preservação da 
vida, priorizando apenas as metas de desenvolvimento industrial (BARSANO; 
BARBOSA, 2013).
Dessa forma, a Lei de Crimes Ambientais foi um marco na área am-
biental, pois definiu como crime não apenas as atividades que trouxessem 
impactos ambientais, mas também as que ignoram as legislações ambientais. 
A referida norma classifica os crimes ambientais em seis diferentes tipos, 
apresentados a seguir.
Crimes contra a fauna: agressões cometidas contra animais silvestres, 
nativos ou em rota migratória, como caçar, pescar, matar, perseguir, apanhar, 
utilizar, vender, expor, exportar, adquirir, impedir a procriação, maltratar, 
realizar experiências dolorosas ou cruéis com animais quando existe outro 
meio, mesmo que para fi ns didáticos ou científi cos, transportar, manter em 
cativeiro ou depósito, espécimes, ovos ou larvas sem autorização ambiental 
ou em desacordo com esta. Ou ainda a modifi cação, danifi cação ou destrui-
ção do seu ninho, abrigo ou criadouro natural. A introdução de espécime 
animal estrangeira no Brasil sem a devida autorização também confi gura 
crime ambiental.
Crimes ambientais76
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O tráfego de animais silvestres é o um dos principais comércios ilegais do mundo, 
perdendo apenas para as drogas e armas. Trinta e oito milhões de animais silvestres 
são retirados dos seus ecossistemas todo ano, somente no Brasil, para abastecer o 
mercado negro (SITE..., 2016).
Crimes contra a fl ora: destruir ou danifi car fl oresta de preservação perma-
nente mesmo que em formação, ou utilizá-la em desacordo com as normas de 
proteção, bem como as vegetações fi xadoras de dunas ou protetoras de man-
gues; causar danos diretos ou indiretos às unidades de conservação; provocar 
incêndio em mata ou fl oresta ou fabricar, vender, transportar ou soltar balões 
que possam provocá-lo em qualquer área; extração, corte, aquisição, venda, 
exposição para fi ns comerciais de madeira, lenha, carvão e outros produtos de 
origem vegetal sem a devida autorização ou em desacordo com esta; extrair de 
fl orestas de domínio público ou de preservação permanente pedra, areia, cal 
ou qualquer espécie de mineral; impedir ou difi cultar a regeneração natural 
de qualquer forma de vegetação; destruir, danifi car, lesar ou maltratar plantas 
de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia; 
comercializar ou utilizar motosserras sem a devida autorização.
Poluição e outros crimes ambientais: a poluição acima dos limites estabeleci-
dos por lei é considerada crime ambiental. Como consequências, pode resultar 
em danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição signifi cativa 
da fl ora. Também é crime a poluição que torne locais impróprios para uso ou 
ocupação humana, a poluição hídrica, que pode resultar na interrupção do 
abastecimento público, e a não adoção de medidas preventivas em caso de 
risco de dano ambiental grave ou irreversível.
Crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: destruir, 
inutilizar, deteriorar, alterar o aspecto ou estrutura (sem autorização), pichar 
ou grafi tar bem, edifi cação ou local especialmente protegido por lei, ou ainda, 
danifi car registros, documentos, museus, bibliotecas e qualquer outra estru-
tura, edifi cação ou local protegidos quer por seu valor paisagístico, histórico, 
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cultural, religioso, arqueológico, entre outros. Também é crime a construção 
em solo não edifi cável, como em áreas de preservação ou no seu entorno, sem 
autorização ou em desacordo com a autorização concedida.
Crimes contra a administração ambiental: incluem afi rmação falsa ou 
enganosa, sonegação ou omissão de informações e dados técnico-científi cos 
em processos de licenciamento ou autorização ambiental; a concessão de 
licenças ou autorizações em desacordo com as normas ambientais; deixar, 
aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação 
de relevante interesse ambiental; difi cultar ou obstar a ação fi scalizadora 
do Poder Público.
Infrações administrativas: toda ação ou omissão que viola regras jurídicas 
de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente. Tratando-
-se das infrações administrativas, existem alguns princípios que os órgãos 
ambientais devem levar em conta:
 Devido processo legal — obrigatoriedade de observância de todos os 
princípios e normas para garantir o regular andamento do processo 
administrativo.
 Legalidade — ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer algumacoisa senão em virtude de Lei, em sua acepção mais ampla.
 Impessoalidade — a administração pública não poderá atuar discrimi-
nando pessoas, sendo que para a Lei todos são iguais.
 Moralidade — é proibido ao administrador agir em desacordo com os 
conceitos de normas de condutas virtuosas, em conformidade com o 
que é honesto e justo. 
 Publicidade — impõe que todos os atos administrativos sejam de domí-
nio público, sendo necessária uma publicação para garantir a eficácia 
dos seus efeitos.
 Eficiência — a atividade administrativa deve oferecer resultados efe-
tivos para os administrativos, devendo ser exercida com rendimento 
funcional.
 Razoabilidade — a administração pública deverá atuar dentro de cri-
térios aceitáveis do ponto de vista da racionalidade, devendo existir 
fundamentos para ampará-los, considerando todos os fatos e circuns-
tâncias e guardar relação de proporcionalidade.
Crimes ambientais78
Cap5_Licenciamento_Ambiental.indd 78 07/12/2017 10:34:38
 Proporcionalidade — a administração pública deve ter critérios de 
ponderabilidade e de seu equilíbrio entre o ato praticado, a finalidade 
perseguida e as consequências do ato.
 Segurança jurídica — veda a descontinuação sem motivação de atos 
e situações consolidadas, implicando na obrigação de fundamentação 
plena dos atos de revisão, anulação ou revogação. 
 Interesse público — deve ser amparado o bem-estar da sociedade como 
um todo.
 Ampla defesa — confere liberdade ao indivíduo de, em defesa dos seus 
interesses, alegar todos os fatos que entender cabíveis e propor todos 
os tipos de provas, obedecendo a lealdade processual e a boa-fé.
 Contraditório — todos os atos processuais administrativos devem primar 
pela possibilidade de serem contrariados, oportunizando “contradizer 
a imputação que lhe é posta”.
 Motivação — obriga que todos os atos praticados no processo sejam 
fundamentados. Só assim é que se pode aferir se o ato foi praticado em 
conformidade com a lei, mesmo no caso de atos discricionários. 
No dia 5 de novembro de 2015, a cidade histórica de Mariana foi o cenário do maior 
desastre ambiental da história do Brasil e um dos maiores do mundo. O rompimento da 
barragem de Fundão, da mineradora Samarco, provocou o vazamento de 62 milhões 
de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério, matando 19 pessoas, destruindo 
centenas de imóveis e deixando milhares de pessoas desabrigadas. O vazamento, 
considerado o maior de todos os tempos em volume de material despejado por 
barragens de rejeitos de mineração, provocou também a poluição do Rio Doce e danos 
ambientais que se estenderam aos estados do Espírito Santo e da Bahia. 
O Ministério Público de Minas Gerais denunciou a Samarco e alguns funcionários da 
mineradora por cometerem crimes ambientais em benefício da empresa, não havendo 
preocupação com o meio ambiente. 
Diferentes tipos de sanções penais
As penas previstas pela Lei de Crimes Ambientais são aplicadas conforme a 
gravidade da infração, ou seja, quanto mais reprovável for a conduta, atividade 
ou passivo ambiental, mais severa será punição. Porém, antes de falarmos 
79Crimes ambientais
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dos diferentes tipos de penas, é necessário entender quais são os critérios 
observados pelas autoridades de acordo com o art. 6º da Lei nº. 9.605/1998:
1. A gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e as con-
sequências para a saúde pública e para o meio ambiente.
2. Os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de 
interesse ambiental.
3. A situação econômica do infrator, no caso de multa (BRASIL, 1998).
As penalidades ressalvadas na Lei nº. 9.606/1998 podem ser:
 privativa de liberdade, em que o sujeito condenado deverá cumprir a 
pena em regime penitenciário; 
 restritiva de direitos, quando for aplicada ao sujeito, em substituição à 
prisão (BRASIL, 1998).
Uma empresa que viola um direito ambiental não poderá ter a liberdade restringida, 
como ocorre com uma pessoa física, mas é sujeita a penalizações. Nesse caso, aplicam-se 
as penas de multa ou restritivas de direitos, que são a suspensão parcial ou total das 
atividades, a interdição temporária do estabelecimento, obra ou atividade, e a proibição de 
contratar com o Poder Público, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações. 
Também é possível que a pena seja a prestação de serviços à comunidade por meio do 
custeio de programas e de projetos ambientais, da execução de obras de recuperação 
de áreas degradadas ou de contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas. 
Comumente as penas restritivas de direito são mais utilizadas, sendo que 
o art. 7º da Lei nº. 9.605/1998 estabelece cinco diferentes tipos:
1. Prestação de serviços à comunidade: consiste na atribuição ao conde-
nado de tarefas gratuitas junto a parques, jardins públicos e unidades de 
conservação e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, 
na restauração desta, se possível.
2. Interdição temporária de direitos: proibição de o condenado contratar 
com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros 
benefícios, bem como de participar de licitações pelo prazo de cinco 
anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.
Crimes ambientais80
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3. Suspensão parcial ou total de atividades: será aplicada quando estas 
não estiverem obedecendo às prescrições legais.
4. Prestação pecuniária: consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou 
à entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixado 
pelo juiz, não inferior a um salário mínimo nem superior a trezentos 
e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do montante 
de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
5. Recolhimento domiciliar: baseia-se na autodisciplina e senso de responsa-
bilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar 
curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e 
horários de folga em residência ou em qualquer local destinado à sua moradia 
habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória (BRASIL, 1998).
Também chamado de crime ou dano comissivo ou intencional, o dano doloso é 
aquele em que o agente prevê o resultado lesivo da sua conduta e, mesmo assim, leva 
adiante, produzindo o resultado. Já o dano culposo é uma conduta voluntária, sem 
intenção de produzir o resultado ilícito, porém previsível, que poderia ser evitado. A 
conduta deve ser resultado de negligência, imperícia ou imprudência.
Além de multas, serviços comunitários e até prisão, ocorre outro enorme 
prejuízo, que não está definido em nenhuma lei, principalmente para as em-
presas. O descumprimento das leis e a falta de licenciamento ambiental para o 
exercício das atividades prejudicam, de forma direta, o seu maior patrimônio: 
a reputação. Quando uma empresa é identificada pelo seu cliente ou público 
consumidor como um agente agressor do meio do ambiente, a sua imagem é 
rapidamente destruída, devido ao descrédito e desconfiança em todo o mercado. 
Como consequências, podemos citar a diminuição nas vendas e queda no valor 
das ações, levando à crise financeira, podendo inclusive fechar o estabelecimento. 
Barreto ([2017]) ressalta que diante de um crime ambiental, a ação civil 
pública (regulamentada pela Lei 7.347/85) é o instrumento jurídico que protege 
o meio ambiente. O objetivo da ação é a reparação do dano que ocasionou a 
lesão dos recursos ambientais. Podem propor essa ação o Ministério Público, 
a Defensoria Pública, a União, o estado, o município, as empresas públicas, as 
fundações, as sociedades de economia mista e as associações com finalidade 
de proteção ao meio ambiente.
81Crimes ambientais
Cap5_Licenciamento_Ambiental.indd 81 07/12/2017 10:34:38
Foi publicado no Diário Oficial da União do dia 24 de outubro de 2017 o decreto que 
permite a conversão de multas ambientaisnão quitadas em prestação de serviços 
de melhoria do meio ambiente, como o reflorestamento de áreas degradadas. O 
documento estabelece que o autuado interessado em converter uma multa deverá se 
responsabilizar por todos os serviços necessários para recuperar uma área degradada 
definida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA) (BRASIL, 2017).
1. Das alternativas a seguir, qual 
está correta em relação à Lei 
de Crimes Ambientais?
a) A Lei de Crimes Ambientais é 
regida pela Lei nº. 6.938/1981.
b) É considerado crime contra 
a flora destruir ou danificar a 
vegetação primária, ou seja, 
vegetação caracterizada 
como de máxima expressão 
local, com grande diversidade 
biológica, sendo os efeitos das 
ações antrópicas mínimos.
c) É considerado crime contra a 
flora somente quando houver 
fabricação, venda ou lançamento 
de balões em florestas.
d) É considerado crime contra 
o ordenamento urbano e o 
patrimônio cultural construir 
em áreas de preservação 
ambiental sem autorização do 
órgão ambiental competente.
e) É considerado crime contra a 
fauna qualquer tipo de criação 
de animais em cativeiro.
2. Apesar de poucas pessoas saberem, 
as infrações administrativas são 
um dos tipos de crimes ambientais 
previstos. Esse tipo de crime é regido 
por alguns princípios, sendo que, 
das alternativas a seguir, a correta é:
a) o princípio da legalidade ressalta 
que ninguém e obrigado a fazer 
ou deixar de fazer algo sem 
uma denúncia de acusação.
b) a administração pública 
não poderá atuar 
discriminando pessoas.
c) o interesse social é a única 
questão a ser analisada na 
instalação de uma atividade 
ou de um empreendimento.
d) ao cometer um crime 
ambiental, o poluidor não 
terá direito de se defender.
e) o órgão ambiental deverá 
fundamentar os seus atos 
quando solicitado por um juiz.
3. Quando identificado um crime 
ambiental, existem diferentes 
penalidades, definidas pela 
Lei nº. 9.605/1998. Em relação 
a essas penalidades, assinale 
a alternativa correta.
a) O poluidor poderá sofrer um tipo 
Crimes ambientais82
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de penalidade apenas, ou seja, 
ou ele poderá sofrer sanções, ou 
prestará serviços comunitários ou 
estará privativa de direito (prisão).
b) A prestação de serviços 
comunitários consiste unicamente 
na recuperação da área degradada.
c) As penas previstas pela 
Lei de Crimes Ambientais 
são aplicadas conforme a 
gravidade da infração.
d) Indiferentemente das condições 
financeiras do réu, o valor 
da multa é paga de forma 
igualitária para todos.
e) O município jamais poderá propor 
a reparação do dano ambiental, 
sendo que cabe unicamente ao 
Ministério Público tal prática.
4. A Lei Federal nº. 9.605/1998 
dispõe sobre as sanções penais 
e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao 
meio ambiente. Segundo esse 
instrumento legal, um exemplo de 
circunstância que atenua a pena é:
a) a reincidência nos crimes 
de natureza ambiental.
b) realizar crime contra a fauna 
em períodos que estes 
estão mais vulneráveis.
c) o fato de o agente ter coagido 
outrem para a execução 
material da infração.
d) o baixo grau de instrução ou 
escolaridade do agente.
e) o fato de o agente ter 
cometido a infração à noite.
5. Analisando a figura a baixo, podemos 
dizer que essa prática se caracteriza 
como qual tipo de crime ambiental?
Fonte: Canal RioClaro, 2016, documento on-line.
a) Crime contra a fauna.
b) Crime contra o ordenamento 
urbano e o patrimônio cultural.
c) Crime contra a administração 
ambiental.
d) Infrações administrativas.
e) Crime contra a flora.
BARRETO, M. E. Legislação ambiental: Lei 7.347\85 considerações sobre o instrumento 
da ação civil pública ambiental na efetividade da proteção ao meio ambiente. [2017]. 
Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_
artigos_leitura&artigo_id=9170>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Meio ambiente: guia prático e didático. 2. ed. São 
Paulo: Erica, 2013.
83Crimes ambientais
Cap5_Licenciamento_Ambiental.indd 83 07/12/2017 10:34:41
BRASIL. Decreto nº. 9.179, de 23 de outubro de 2017. Altera o Decreto nº. 6.514, de 22 de 
julho de 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio am-
biente e estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, 
para dispor sobre conversão de multas. 2017. Disponível em: <http://www2.camara.
leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-9179-23-outubro-2017-785605-publicacaoori-
ginal-154023-pe.html>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. 2010. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.
htm>. Acesso em: 26 nov. 2017.
BRASIL. Lei nº. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e admi-
nistrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras 
providências. 1998. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.
htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
CANAL RIOCLARO. No mês das festas juninas, um alerta: soltar balão é crime ambiental. 
Notícias: Brasil. Maceió: Associação dos Bombeiros Militares de Alagoas, 7 jun. 2016. 
Disponível em: <http://abmal.com.br/noticia/3570/no-mes-das-festas-juninas-um-
-alerta-soltar-balao-e-crime-ambiental>. Acesso em: 27 nov. 2017.
SITE traz informações sobre o tráfico de animais silvestres. Jornal da USP, 2016. Dis-
ponível em: <http://jornal.usp.br/atualidades/site-traz-informacoes-sobre-o-trafico-
-de-animais-silvestres/>. Acesso em: 26 nov. 2017.
VASCONCELOS, T. P. Crime ambiental: agressões ao meio ambiente e seus componentes. 
2014. Disponível em: <http://www.iunib.com/revista_juridica/2014/05/07/crime-am-
biental-agressoes-ao-meio-ambiente-e-seus-componentes/>. Acesso em: 26 nov. 2017.
Leituras recomendadas
BRASIL. Ministério Do Meio Ambiente. Caderno de licenciamento ambiental. Brasília: 
MMA, 2009. 
BRASIL. Lei nº. 7.347, de 24 de julho de 1985. Disciplina a ação civil pública de respon-
sabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos 
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (vetado) e dá outras 
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.
htm>. Acesso em: 26 nov. 2017.
MACHADO, A. Q. Licenciamento ambiental: atuação preventiva do Estado à luz da Cons-
tituição da República Federativa do Brasil. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012. 
STRUCHEL, A. C. O. Licenciamento ambiental municipal. São Paulo: Oficina de Textos, 2016. 
Crimes ambientais84
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Dica do professor
Já faz um bom tempo que a questão ambiental vem sendo discutida, tanto no cenário nacional 
quanto no internacional, em decorrência do consenso da população mundial sobre a necessidade 
de preservação do meio ambiente, bem como de impedir a proliferação dos danos ambientais 
causados por pessoas, tanto físicas quanto jurídicas.
No Brasil, a relevância sobre o tema originou uma legislação mais rígida sobre as questões 
ambientais, visando a coibir práticas abusivas contra o meio ambiente. Caso seja identificado um 
dano ambiental, o indivíduo poderá ser enquadrado na Lei n.º 9.605/98, a qual refere-se aos crimes 
ambientais.
Porém, é fundamental que os profissionais da área ambiental estejam familiarizados com algumas 
definições que podem ocasionar dúvidas. Para saber quais são essas definições, assista ao vídeo a 
seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b35f8ac9458a0e5c8763a5cb23929c1a
Exercícios
1) Das alternativas a seguir, qual está CORRETA em relação à Lei de CrimesAmbientais? 
A) A Lei de Crimes Ambientais é regida pela Lei n.o 6.938/1981.
B) É considerado crime contra a flora: destruir ou danificar a vegetação primária, ou seja, 
vegetação caracterizada como de máxima expressão local, com grande diversidade biológica, 
sendo os efeitos das ações antrópicas mínimos.
C) É considerado crime contra a flora somente quando houver fabricação, venda ou lançamento 
de balões em florestas.
D) É considerado crime contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural construir em áreas 
de preservação ambiental sem autorização do órgão ambiental competente.
E) É considerado crime contra a fauna qualquer tipo de criação de animais em cativeiro.
2) Apesar de poucas pessoas saberem, as infrações administrativas são um dos tipos de crimes 
ambientais previstos. Esse tipo de crime é regido por alguns princípios, sendo que das 
alternativas a seguir, a CORRETA é? 
A) O princípio da legalidade ressalta que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo sem 
uma denúncia de acusação.
B) A administração pública não poderá atuar discriminando pessoas.
C) O interesse social é a única questão a ser analisada na instalação de uma 
atividade/empreendimento.
D) Ao cometer um crime ambiental, o poluidor não terá direito de se defender.
E) O órgão ambiental deverá fundamentar seus atos quando solicitado por um juiz.
3) Quando identificado um crime ambiental, existem diferentes penalidades, definidas pela Lei 
n.o 9.605/98. Em relação a essas penalidades, assinale a alternativa CORRETA. 
A) O poluidor poderá sofrer um tipo de penalidade apenas, ou seja, ou ele poderá sofrer 
sanções, ou prestará serviços comunitários ou sofrerá pena privativa de direito (prisão).
B) A prestação de serviços comunitários consiste unicamente na recuperação da área degradada.
C) As penas previstas pela Lei de Crimes Ambientais são aplicadas conforme a gravidade da 
infração.
D) Indiferentemente das condições financeiras do réu, o valor da multa é pago de forma 
igualitária para todos.
E) O município jamais poderá propor a reparação do dano ambiental, sendo que cabe 
unicamente ao Ministério Público tal prática.
4) A Lei Federal n.o 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de 
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Segundo esse instrumento legal, um 
exemplo de circunstância que atenua a pena é? 
A) A reincidência nos crimes de natureza ambiental.
B) Realizar crime contra a fauna em períodos que estes estão mais vulneráveis.
C) O fato de o agente ter coagido outrem para a execução material da infração.
D) O baixo grau de instrução ou escolaridade do agente.
E) O fato de o agente ter cometido a infração à noite.
Analisando a figura a baixo, pode-se dizer que tal prática caracteriza-se por qual tipo de crime 
ambiental? 
5) 
 
A) Crime contra a fauna.
B) Crime contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural.
C) Crime contra a administração ambiental.
D) Infrações Administrativas.
E) Crime contra a flora.
Na prática
As aves são o principal alvo do tráfico de animais silvestres no Brasil e correspondem a 80% das 
espécies contrabandeadas no mercado negro. Dependendo da espécie da ave, o valor 
comercializado no mercado negro pode variar de R$ 10,00, pago aos caçadores, a US$ 30 mil, valor 
pelo qual o animal acaba revendido, muitas vezes no exterior. O mercado consumidor desses 
animais é o exterior, principalmente com ênfase para países europeus e asiáticos, onde os animais 
são comprados por colecionadores ou, então, para fins de exposição e competições de canto. 
Porém, uma boa parcela dessas espécies é comercializada dentro do Brasil, seja para criação ilegal, 
consumo ou exploração da pele ou das penas. Dessa forma, os órgãos ambientais, juntamente com 
a polícia, exercem um papel de extrema importância visando a evitar esse tipo de crime contra a 
fauna.
Veja a seguir um exemplo de como ocorre o trabalho dos órgãos ambientais competentes após uma 
denúncia.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
A construção do Código Florestal Brasileiro e as diferentes 
perspectivas para a proteção das florestas
O objetivo deste trabalho é compreender a evolução da legislação florestal brasileira, os motivos 
que levaram à aprovação da Lei n.º 12.651 (Novo Código Florestal), de 2012, e quais os 
argumentos contrários a essa norma. Como muitas propriedades rurais estavam em desacordo com 
o definido pelo código florestal antigo, inclusive estando sujeitas a penalidades, pois não possuíam 
reserva legal ou não respeitavam as áreas de preservação permanente, foi necessário atualizar essa 
legislação. Confira no artigo a seguir uma revisão bibliográfica a respeito desse assunto.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Tráfico de animais silvestres moveu R$ 7 bilhões no Brasil em 
10 anos
Esta reportagem mostra a crueldade e o desrespeito à vida dos animais que o tráfico internacional 
de animais silvestres ocasiona. As quadrilhas desafiam as autoridades e alimentam um mercado 
lucrativo e criminoso, sendo que centenas de animais, muitos em risco de extinção, são capturados 
diariamente, e muitos acabam morrendo antes de chegar ao destino final. Assista à reportagem a 
seguir e fique por dentro desse assunto.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/article/view/1866/2691
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2015/01/trafico-de-animais-silvestres-moveu-r-7-bilhoes-no-brasil-em-10-anos.html

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