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ARTIGO-PRINCÍPIOS-BÁSICOS-DE-FONÉ

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ISSN 2176-1396 
 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FONÉTICA E FONOLOGIA PARA A 
COMPREENSÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO EM 
CONTEXTO DE VARIEDADE LINGUÍSTICA 
 
Tamara Cardoso André
1
 - UNIOESTE 
 
Grupo de Trabalho - Didática: Teorias, Metodologias e Práticas 
Agência Financiadora: não contou com financiamento 
 
Resumo 
 
O objetivo geral do presente trabalho é fornecer subsídios teóricos para a formação de 
professores aptos a trabalharem em contextos marcados por variedades linguísticas. Para isso, 
são apresentados princípios básicos de fonética, fonologia e alfabetização linguística. A 
alfabetização linguística é importante para a compreensão leitora e o desenvolvimento da 
escrita. Alunos em processo inicial de alfabetização podem cometer erros na escrita por 
transcreverem a fala. Além disso, alunos cujas falas são mais distanciadas das normas 
padronizadas da escrita, podem enfrentar dificuldades de compreensão na leitura de textos 
mais longos. A partir dos preceitos de Cagliari (2008) e Faraco (2003), defende-se que, no 
processo inicial de alfabetização, é preciso que o alfabetizador preste atenção aos modos 
como os alunos falam. Livros didáticos de alfabetização podem produzir a não aprendizagem 
por partirem do ensino das relações entre letras e sons sem levar em consideração que existem 
outras variedades linguísticas além da norma padrão. As relações que são biunívocas entre 
letras e sons segundo a norma padrão, podem não o ser para outras variedades linguísticas. 
Por exemplo, para um aluno que fala /p/ no lugar de /b/, as relações entre as letras P e B e 
seus sons não são biunívocas como na norma padrão. Cabe ao professor compreender a 
distância entre as variedades linguísticas de seus alunos e a escrita padronizada. Atividades de 
oralidade, como, por exemplo, narração de histórias e dramatizações, podem ser úteis para 
professores e alunos debaterem acerca das diferenças entre as variedades linguísticas e a 
escrita padrão. Tais atividades não devem reproduzir preconceito linguístico, mas sim ensinar 
alguns princípios da norma padrão da língua portuguesa falada, a fim de que a escrita não se 
torne totalmente arbitrária para alguns alunos. 
 
Palavras-chave: Alfabetização. Linguística. Ensino. 
 
1 Pedagoga. Doutora em Educação pela UFPR. Professora adjunta da Universidade Estadual do Oeste do Paraná 
(UNIOESTE), Campus Foz do Iguaçu. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino, 
Nível Mestrado da UNIOESTE. 
41745 
 
Introdução 
O Brasil é um país marcado pela variedade linguística. Se o professor não prestar 
atenção ao modo como os alunos falam, poderá ter dificuldade de ensinar as relações entre 
letras e sons. 
A escrita, na língua portuguesa, tem representação gráfica e alfabética. Isso significa 
que unidades gráficas (letras ou certos encontros vocálicos e consonantais), representam 
unidades sonoras, e não palavras ou sílabas. A escrita alfabética é uma relativa representação 
dos sons da fala. Faraco (2003) afirma que a escrita é neutra em relação à fala. Ou seja, há 
apenas um modo de grafar uma palavra, mas várias formas de pronunciá-la. Além disso, o 
sistema de escrita tem memória etimológica, pois não toma apenas as unidades sonoras para 
fixar as normas gráficas das palavras, mas também a origem destas. Por exemplo, a palavra 
“Monge” se escreve com “G” e não com “J” porque é de origem grega. 
Para Faraco (2003), é importante que o professor saiba que o sistema gráfico da língua 
portuguesa tem três características que precisam ser consideradas no processo de 
alfabetização: 
1) Representação gráfica alfabética: as letras representam basicamente unidades 
sonoras, e não palavras, como pode ocorrer na escrita chinesa, ou sílabas, como na 
escrita japonesa. 
2) Memória etimológica: o sistema gráfico toma a origem da palavra como critério 
para fixar a forma gráfica de certas palavras, e não apenas as unidades sonoras 
que a compõem. Homem se escreve com H porque em latim a palavra Homo era 
grafada com H. O princípio da memória etimológica é uma das causas de a 
relação entre unidade sonora e letra não ser 100% regular. Nos casos em que a 
memória etimológica se faz presente é preciso memorizar a escrita correta da 
palavra ou consultar o dicionário. 
3) Relativa neutralidade do sistema gráfico em relação à pronúncia. A neutralidade 
da escrita não é absoluta, pois, quando se criou o sistema gráfico da língua 
portuguesa, certa variedade da língua foi tomada como referência. Por esse 
motivo, existe certa proximidade entre a grafia e algumas pronúncias. Essa 
proximidade é relativa, de um lado devido à memória etimológica do sistema e, de 
outro, porque as formas de pronunciar se alteram ao longo do tempo, enquanto a 
grafia se mantém mais constante. Nas relações biunívocas entre letras e sons há 
41746 
 
uma correspondência entre unidade sonora e unidade gráfica. A unidade gráfica só 
representa uma unidade sonora e a unidade sonora só é representada por uma 
unidade gráfica. Trata-se do caso da relação entre a letra P e o som /p/. Nas 
relações cruzadas uma unidade sonora tem mais de uma representação gráfica 
possível, ou uma unidade gráfica representa mais de uma unidade sonora. 
Muitas das relações cruzadas são previsíveis, o que facilita o ensino e o uso do sistema 
gráfico, pois é possível estabelecer regras. A previsibilidade é determinada pelo contexto. Por 
exemplo, palavras podem ser escritas com a letra R ou com o encontro consonantal RR. No 
entanto, entre duas vogais, se o som da letra R na palavra falada for vibrante sonora dental, 
será sempre representado, na escrita, pelo encontro consonantal RR, caso das palavras 
“Carro”, “Correr”, “Varrer”. Além disso, não há palavras que sejam escritas com RR no 
início. Outras relações cruzadas são imprevisíveis. Por exemplo, há palavras com S e outras 
com Z entre vogais, pronunciadas na variante culta da língua portuguesa com /z/. É o caso das 
palavras “Casa” e “Azar”. De acordo com Faraco (2003), felizmente o que predomina no 
sistema de escrita não são as relações cruzadas imprevisíveis, mas sim as previsíveis e as 
relações biunívocas. 
Entretanto, quando se presta atenção no modo como ocorre a fala concreta das 
pessoas, certas relações podem não ser biunívocas. Ou seja, a relação entre letra e som é 
relativa ao modo como as pessoas falam. Por exemplo, para uma criança que, na fala, troca o 
som da letra B pelo som da letra P, pode não ser fácil ler e compreender palavras com P e B. 
O objetivo deste trabalho é apresentar alguns princípios da alfabetização linguística 
que poderão ajudar a formar professores aptos para a alfabetização em contextos de 
variedades linguísticas. A primeira parte do artigo retomará alguns preceitos da alfabetização 
linguística, da fonética e da fonologia. No segundo tópico, será feita breve reflexão sobre a 
variedade linguística e suas relações com a alfabetização. 
Alguns princípios da fonética, da fonologia e da alfabetização linguística 
Conhecer os princípios da fonética e da fonologia ajuda a perceber a complexidade da 
alfabetização devido às diferenças entre fala e escrita, que se acirram em um país continental 
como o Brasil, marcado por regionalismos e variedades linguísticas. Basta uma visita ao 
Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, para perceber que há variadas formas de falar no 
Brasil, de acordo com a região. Em comunidades onde há muitos descendentes de alemães, é 
comum, na fala, a troca do som /b/ pelo som /p/. Assim, para a criança que está em processo 
41747 
 
de alfabetização e faz parte de uma comunidade de origem germânica, pode ser tão difícil 
aprender a diferença entre o emprego da letra P e da letra B, quando da letra S e da letra Z. Na 
sala de aula, diferentes formas de falar podem coexistir, o que torna ainda mais complexo ao 
professoro ensino das relações entre letras e sons. Por exemplo, em uma mesma sala de aula 
podem haver alunos que, na fala, trocam o som /b/ pelo som /p/ e, outros, que trocam o /R/ 
pelo / ſ /, ou, ainda, pelo /l/. Para tais alunos, o ensino da ortografia do emprego do R e do RR 
pode não fazer sentido, pois se trata de uma regra que só pode ser compreendida quando o 
falante efetivamente pronuncia /R/ nas palavras. O professor pode prever as dificuldades dos 
alunos prestando atenção ao modo como falam e, para isso, é de suma importância conhecer 
alguns princípios de fonética e fonologia. 
Segundo Cagliari (2008), a fonologia se ocupa dos aspectos interpretativos dos sons, 
ou seja, da estrutura funcional na língua. Estuda os elementos fônicos que distinguem, em 
uma mesma língua, duas mensagens de sentido diferente. A fonética constata pronúncias 
diferentes, por exemplo, em [‘ti.a] e [‘tʃi.a]. A fonologia interpreta a diferença atribuindo 
valor único aos sons, por exemplo, o /t/ que pronunciamos na palavra TUDO, e o /tʃ/, que 
pronunciamos na palavra TIA. O som que varia, como /t/ e /tʃ/ é chamado de variante. 
Entretanto, há contextos em que ocorre uma alteração no significado, surgindo uma palavra 
nova. Por exemplo, se for feita a troca do E pelo I, produzindo VI, no lugar de VÊ, a palavra 
se torna outra. 
Na escrita, ao contrário do alfabeto fonético, nem todos os sons da fala são 
conservados. Por exemplo, usamos a letra ‘D’ para escrever ‘dia’ e ‘dedo’, sendo que a 
pronúncia do som da letra ‘D’ é diferente no início destas palavras em certas variantes 
linguísticas do português falado no Brasil. A escrita não reflete a pronúncia de todas as 
variantes linguísticas e também não corresponde exatamente à pronúncia de ninguém. Por 
essa razão, em todas as regiões ocorrem dificuldades ortográficas para quem escreve 
confiando no ouvido. Ou seja, o exame atento da língua mostra que ela não é homogênea. O 
alfabeto fonético serve justamente para transcrever os sons e, por isso, pode ajudar a entender 
como ocorrem as diferenças entre fala e escrita. 
Segundo Blanche-Benveniste (2004) o princípio fundamental do alfabeto fonético é 
que cada unidade sonora da língua corresponde a apenas um sinal gráfico. Dubôis et al (1973) 
afirma que a maioria dos alfabetos fonéticos são modificações do alfabeto tradicional. O mais 
conhecido é o “Alfabeto Fonético Internacional” (A.F.I), criado em 1888 pela “Associação 
Fonética Internacional”. Transcrições fonéticas são feitas usando barras oblíquas para a 
41748 
 
representação de um segmento fônico e colchetes para a representação de uma transcrição 
linguística. Na transcrição de uma palavra, a sílaba mais acentuada é precedida de um sinal. 
De acordo com Cagliari (2008), para a transcrição de uma fala na qual a última sílaba 
ou palavra se torna muda na pronúncia, usa-se o símbolo º abaixo dos sons que desaparecem 
na fala. 
Abaixo, segue quadro sinóptico sobre princípios da fonética e da fonologia, elaborado 
a partir dos trabalhos de Dubôis et al (1973) e Silva (2007). Cabe ressaltar que o quadro não 
apresenta todos as representações do Alfabeto Fonético Internacional, mas apenas algumas 
aqui selecionadas por serem consideradas mais básicas para professores compreenderem as 
principais dificuldades que podem surgir no processo de alfabetização. 
Tabela 1 – Quadro sinóptico de alguns princípios da fonética e da fonologia: sons consonantais2 
MODOS 
DE 
ARTICUL
AÇÃO 
DOS SONS 
→ 
OCLUS
IVAS 
SURDA
S 
 
OCLUS
IVAS 
SONOR
AS 
NASAI
S 
SONO
RAS 
FRICAT
IVAS 
SURDAS 
FRICAT
IVAS 
SONOR
AS 
RETROFLE
XIVAS 
SONORAS 
VIBRA
NTES 
SONOR
AS 
LATE
RAIS 
SONO
RAS 
LUGARES 
DE 
ARTICUL
AÇÃO 
DOS SONS 
↓ 
Obstrução total da 
passagem do ar 
Bloquei
o à 
corrente 
de ar na 
cavidad
e oral. 
Abaixa
mento 
do véu 
palatino
, com 
saída da 
corrente 
de ar 
pelas 
narinas. 
Fricção com 
impedimento parcial 
da passagem do ar. 
Curvamento 
da ponta da 
língua em 
direção ao 
palato duro. 
Batidas 
sucessiv
as de um 
articulad
or no 
outro 
Escape 
lateral 
da 
corrente 
de ar, 
pelo 
bloquei
o da 
passage
m 
central 
da 
corrente 
de ar na 
cavidad
e oral. 
BILABIAI
S: Dois 
lábios 
/p/ 
Pato 
/b/ 
Bola 
/m/ 
Mato 
 
LABIODE
NTAIS: 
Lábio 
inferior com 
dentes 
superiores. 
 /f/ 
Faca 
/v/ 
Vaca 
 
DENTAIS: 
Ponta da 
língua 
contra a 
parte 
posterior 
/t/ 
Tempo 
/d/ 
Dama 
/n/ 
Não 
 / ſ / 
Caro 
/l/ 
Lado 
 
2 Quadro sinóptico elaborado pela autora, com base nos trabalhos de Dubôis et al (1973) e Silva (2007). 
41749 
 
dos dentes 
incisivos 
superiores. 
ALVEOLA
RES: Parte 
da frente até 
dentes 
incisivos . 
 /s/ 
Sapo 
/z/ 
Zebra 
 
PALATO-
ALVEOLA
RES: Ponta 
da língua 
com a área 
da região 
alveolar ao 
palato duro. 
/tʃ/ 
Tia 
/dʒ/ 
Dia 
 /ʃ / 
Chato 
/ʒ/ 
Gente 
/ɹ/ 
Girl, R 
caipira 
 
PALATAIS: 
Corpo da 
língua até 
palato mole 
 /ɲ / 
Nhoque 
 /ʎ/ 
Olho 
VELARES: 
Dorso da 
língua e 
palato mole 
/k/ 
Casa 
/g/ 
Gula 
 /x/ 
Mar 
(Carioca) 
/R/ 
Rato 
 
Fonte: Quadro sinóptico elaborado pela autora. 
 
Tabela 2 – Quadro sinóptico de alguns princípios da fonética e da fonologia: sons vocálicos3 
VOGAIS: Sons musicais produzidos por meio de vibrações periódicas do ar laríngeo que se escoa livremente 
pelo canal bucal. 
Transcrição Letra que representa 
/i/ Vi 
/e/ Vê 
/Ɛ/ Pé 
/a/ Pato 
/Ͻ/ pó, avó 
/o/ avô, ovo. 
/u/ Uva 
/ã/ antigo, anjo 
/ē/ Entre 
/Ĩ/ índio, imperador 
 
3 Quadro sinóptico elaborado pela autora, com base nos trabalhos de Dubôis et al (1973) e Silva (2007). 
41750 
 
/õ/ onde 
/û/ um, umbilical 
Fonte: Quadro sinóptico elaborado pela autora. 
 
Não existe transcrição fonética perfeita. No entanto, o professor que aprende a fazer 
transcrição fonética, pode entender os motivos das trocas e omissões de letras pelos alunos. 
Seguem abaixo alguns exemplos de transcrição fonética de variações linguísticas prováveis. 
Tabela 3 – Exemplos de transcrições fonéticas de variações linguísticas prováveis4 
Transcrição 
Fonética de um 
suposto falante 
Palavra escrita 
ortograficamente 
Como pode 
escrever o 
suposto falante 
Explicação provável 
['pϽ tʃ] 
 ºº 
 
POTE POT O som do “E” quase não é pronunciado. 
['Kſa ſu] CLARO CRARU Troca o L pelo R na fala. Incompreensão 
de que, em final de palavra, se escreve com 
O e que se diz como U. 
['mƐu] MEL MÉU Incompreensão de que se escreve Mel com 
L, mas se diz com u. Hipótese de que 
sempre ocorre acento quando o E tem som 
de /Ɛ/ 
['fi ta] VIDA FITA Pronúncia da palavra sussurrando para 
escrever, ou falante que usualmente faz 
trocas de /v/ por /f/ e /d/ por /t/ na fala. 
[bo 'la sa] BORRACHA BOLASA Troca do /R/ por /l/ e do /ʃ/ por /s/ na fala. 
Fonte: Quadro elaborado pela autora. 
 
É bastante comum a troca de letras para a produção de sons com o mesmo lugar de 
articulação. Geralmente o alfabetizando troca, na escrita, as letras que representam sons 
sonoros, por letras que representam sons surdos com o mesmo lugar de articulação. Podem 
fazer isso por dois motivos: 
1) Por reproduzirem o modo como falam, o que é comum em comunidades de 
origem germânica. 
2) Por pronunciarem a palavra em voz baixa antes de escrever. 
Em ambos os casos, será comum as seguintes trocas: 
V por F – escrevendo “FAI” no lugar de “VAI”. 
D por T – escrevendo “TUTO” no lugar de “TUDO”. 
B por P – escrevendo “POI” no lugar de “BOI”. 
G por C – escrevendo “CULA” no lugar de “GULA”. 
 
4 Quadro elaborado pela autora, com base nos trabalhos de Dubôis et al (1973), Silva (2007), Cagliari (2008) e 
Faraco (2003).41751 
 
Cada erro pode ser interpretado de acordo com o contexto e a comunidade linguística 
da qual o aluno faz parte. A leitura significativa pode ser um importante meio de levar o 
aluno a compreender as relações entre letras e sons. Entretanto, nem toda a leitura pode ser 
compreendida pelo contexto. Por exemplo, se a palavra “PEIXE” estiver escrita seguida do 
desenho do peixe, ou em um texto de fácil compreensão, o aluno que troca o /b/ pelo /p/ 
poderá inferir o sentido. No entanto, o aluno que faz muitas trocas, poderá ter dificuldade em 
ler textos maiores, o que poderá desestimulá-lo a ler. Se o aluno tornar-se demasiado 
dependente do contexto para compreender a leitura, poderá enfrentar sérias dificuldades 
quando estiver diante de um texto mais afastado da oralidade. 
De acordo com Marcuschi (2010), as relações entre fala e escrita devem ser entendidas 
no quadro das práticas comunicativas e dos gêneros textuais. Há casos, como, por exemplo, os 
textos na área jurídica, em que há uma grande distância entre fala e escrita, mas, em outros, a 
distância entre oralidade e escrita é menor. A fala apresenta características que diferenciam 
identidades, o que não ocorre com a escrita. Ou seja, a oralidade apresenta marcas de 
regionalismos. Superar a dicotomia entre fala e escrita significa observar suas diferentes na 
perspectiva do uso, e não do sistema. Desse modo, faz-se importante verificar se o aluno 
consegue transitar da fala para a escrita preservando as diferenças de gêneros. No entanto, 
para que isso ocorra, é importante que o aluno entenda o que lê. A diferença entre o modo 
como fala e a palavra escrita poderá dificultar a leitura. Como lidar com as diferenças entre 
fala e escrita no processo de alfabetização? 
Cagliari (2008) chama atenção para o fato de que não se deve ensinar para o aluno que 
a escrita é uma transcrição da fala, e sim que se escreve de um jeito, mas se fala de outro. A 
leitura contextual fará o aluno compreender o sentido do texto, razão pela qual o professor 
deve ensinar a ler, apontando os sons das letras e o modo como elas são unidas para formar as 
palavras. O ensino por meio da silabação é infrutífero, pois, quando o professor silaba, produz 
uma fala artificial que não corresponde ao modo real como os alunos falam. Os alunos, 
quando o professor faz silabação, captam a ideia de que duas letras representam um som, 
enquanto o que ocorre no sistema alfabético é que a cada som corresponde uma letra ou um 
encontro consonantal ou vocálico. Sílabas são mais numerosas para memorizar do que as 
letras do alfabeto. Além disso, se o aluno não tem uma fala pausada e for levado a silabar as 
palavras, vai perceber alguns sons em detrimento de outros, produzindo uma escrita na qual as 
letras são “suprimidas”, ou como se diz, “comidas”. Por exemplo, o professor ensina a silabar 
41752 
 
produzindo [bϽϽϽϽ.laaaaaaaaa]. O aluno escreve OA ao invés de BOLA, pois só percebe as 
vogais na fala do professor. Ao ler a palavra BOLA, não entende o que está escrito. 
André (2014) em uma pesquisa na qual observou a aula de duas professoras 
alfabetizadoras ao longo de um ano letivo, concluiu que quando o professor ensina a silabar 
focalizando nos nomes das letras, produz, em grande parte dos alunos, uma dificuldade de 
leitura. Por exemplo, o professor repete inúmeras vezes com a turma: Be com A fica Ba, Be 
com E, fica Be, ensinando todas as sílabas desta forma. Este modo de ensinar cria, em alguns 
alunos, um vício de leitura que produz a não aprendizagem. O aluno, ao ler a palavra BOLA, 
repete a mesma silabação, e não entende que está escrito BOLA. Ao terminar de soletrar a 
segunda sílaba, já esqueceu o que estava escrito na primeira. A problemática fica maior 
quando são utilizadas cartilhas nas quais toda a palavra é escrita acompanhada de uma 
legenda ou desenho ilustrativo. O aluno busca o significado no desenho, e não exercita a 
leitura, que se torna mais difícil quanto maior é a palavra e o texto a serem lidos. O contexto 
poderá ajudar o aluno a compreender o que lê quando o texto for significativo, curto ou 
acompanhado de figuras. Para ler textos mais distantes da oralidade, as diferenças entre fala e 
escrita poderão provocar algumas dificuldades ou, até mesmo, a incompreensão. Essa é a 
razão pela qual se torna importante compreender o contexto linguístico dos alunos em 
processo de alfabetização, ou seja, a variedade linguística. 
Variedades linguísticas na sala de aula 
Defende-se aqui que a leitura de textos mais afastados da oralidade só pode ser 
compreensível quando houver domínio de um sistema que é totalmente arbitrário: as relações 
entre letras e sons da escrita alfabética. Os sons das letras e as letras que representam cada 
som não têm a mesma relação que existe entre um som onomatopaico e aquilo que ele 
representa. Entretanto, após certo conhecimento das letras, a escrita torna-se mais contextual 
no que tange às regras de codificação e decodificação. Ou seja, ao saber que o som /p/ é 
representado pela letra P e vice-versa, o alfabetizando pode decodificar a relação entre o som 
e a letra P em qualquer palavra e em qualquer texto. 
Saussure, linguista e filósofo suíço que viveu entre 1857 e 1913 e teve sua obra 
“Curso de Linguística Geral” publicada após sua morte, criou um sistema teórico sem 
relação direta com o ensino, mas que pode ser transposto para a compreensão do processo de 
alfabetização. Saussure é considerado o fundador dos princípios do Estruturalismo, método de 
investigação que se estendeu da linguística para as ciências sociais. Saussure (1916/2006) 
41753 
 
estabeleceu a distinção entre significante e significado. O signo é formado por significante e 
significado. Significante é a coisa em si, seja ela a palavra escrita ou um objeto. Significado é 
o sentido que tem a coisa. O objeto “mesa” e a palavra “mesa” são significantes. O sentido da 
palavra “mesa” para os falantes, leitores e ouvintes, é o significado. O significado pode ser 
múltiplo, mas o significante é um só. Saussure estabeleceu essa distinção para elaborar um 
método que permitisse o estudo das línguas desconhecidas ou mortas, como o sânscrito, 
descoberto em sua época. O objeto de estudo do autor foi o significante, e não o significado. 
O significante é arbitrário ou parcialmente arbitrário. Cada coisa tem um nome que é 
instituído socialmente. O significante não evoca o seu nome e precisa ser aprendido e 
transmitido socialmente, pois é arbitrário. As onomatopeias podem ser consideradas menos 
arbitrárias. Por exemplo, a imitação do miado do gato é próxima ao som que o gato produz. 
Mesmo assim, em diferentes idiomas a representação desta onomatopeia é realizada de 
diferentes formas. Todo signo é arbitrário, mas existem aqueles que são um pouco menos 
arbitrários, ou, como postula Saussure, “mais motivados”. Um exemplo é a relação entre 
números e numerais. Os numerais de 0 a 10 são totalmente arbitrários, assim como os 
numerais 20, 30, etc. O reconhecimento de alguns numerais permite que os demais sejam 
facilmente inferidos e, consequentemente, permite a infinita contagem sem a aprendizagem 
social do nome de cada número. Assim, por exemplo, “vinte e um” é mais motivado, ou 
menos arbitrário, do que vinte. 
Ao ensinar a ler e a escrever, é necessário que os significantes arbitrários ensinados 
façam sentido para o aprendiz. Ou seja, é importante que a aprendizagem da leitura ocorra em 
contexto significativo, por meio de textos e práticas interessantes, agradáveis, úteis e que 
sejam compreendidas pelo aprendiz. Ensinar a traçar as letras isoladamente pode ser uma 
prática que tenha como foco apenas o significante sem significado. Por esta razão há 
linguistas, como Geraldi (2005), que criticam a transposição do estruturalismo para o ensino 
da língua. O estruturalismo é um método de investigação que permite o estudo dos 
significantes.Entretanto, ocorrem transposições do estruturalismo de Saussure para a prática 
de ensino. Práticas pedagógicas estruturalistas são marcadas pelo ensino de regras e normas 
gramaticais e morfológicas descontextualizadas das interações humanas, dos sentidos dos 
textos e das práticas comunicativas. Na leitura, a combinação entre letras e sons se torna mais 
motivada, ou seja, menos arbitrária, depois que são apreendidos os sons que cada letra 
representa. 
41754 
 
Ao saber os sons que podem ser representados por cada uma das 26 letras do alfabeto, 
é possível decodificar qualquer texto. Nem sempre a codificação de sons em letras e a 
decodificação de letras em sons provocam a aprendizagem da leitura e da escrita. Se o aluno 
for ensinado apenas a codificar e decodificar, sem entender os sentidos da leitura e da escrita, 
poderá vir a não compreender aquilo que lê. Entretanto, pode ocorrer de um aluno entender 
que a leitura serve para o prazer, para a aquisição de informações e para a interação em uma 
sociedade letrada e, ainda assim, não aprender a ler e escrever, devido a problemas relativos 
ao domínio do código. 
Após aprender os possíveis sons de cada uma das 26 letras do alfabeto, a norma de que 
antes das letras P e B emprega-se apenas M, torna-se contextual. Mas a regra das relações 
entre a letra P e seu som pode ser arbitrária para o alfabetizando que, na fala, emprega o som 
/p/ em palavras que são ditas na língua culta com o som /b/ e são escritas com a letra B. Existe 
uma única forma de escrever e várias formas de falar, o que pode tornar mais complexo o 
ensino das relações entre letras e sons. 
Segundo Bagno (2011), o modelo idealizado de língua correta é a norma padrão, que 
não corresponde a nenhuma variedade de fala autêntica, mas apenas às normas contidas nas 
gramáticas. A fala culta, por sua vez, é aquela do falante com mais prestígio sócio-econômico 
e que, embora não corresponda exatamente às normas gramaticais padronizadas, é aceita 
socialmente. As demais formas de falar são estigmatizadas, devido ao preconceito social em 
relação aos seus usuários. Bagno representa o ideário da sociolinguística, segundo o qual a 
não aceitação das formas linguísticas das classes menos abastadas ocorre devido ao 
preconceito social. 
Entretanto, não se pode esquecer que, na fala padrão, ou mesmo na fala culta, as 
relações entre certas letras e seus sons são biunívocas ou contextuais. Segundo Bresson 
(2009), nossa escrita se baseia no alfabeto e constitui uma codificação da linguagem oral. A 
aquisição de uma língua no curso dos primeiros meses de vida implica o contato com a 
palavra do outro, mas não precisa ser explicitamente organizada e dirigida. Em relação à 
leitura e à escrita não ocorre o mesmo. O simples contato com o escrito não é suficiente para 
transmitir a leitura e a escrita, que não podem ser adquiridas por procedimento instantâneo. O 
problema da escrita alfabética, que tem mais sons do que letras para representá-los, é diferente 
que o problema da escrita silábica, que comporta várias centenas de grafismos. A escrita 
alfabética codifica os sons da linguagem. Não são os grafismos que portam o sentido da 
escrita, mas a linguagem que eles codificam. A dificuldade do ensino e da aprendizagem da 
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escrita alfabética é que há mais sons do que grafismos para representá-los. Mesmo assim, há 
sons que podem ser representados por mais de um grafismo, assim como há grafismos que 
representam mais de um som. O conhecimento inicial da língua materna por cada indivíduo é 
oral, de modo que o saber pode apoiar-se em som e sentido. Ao falarmos e compreendermos, 
operamos com som e sentido. Ao escrever operamos com grafismo, som e sentido. 
A escrita é pouco natural, de modo que sua aquisição requer um ensino sistemático. 
Por esta razão, defende-se, aqui, que quando o aluno tem uma fala demasiadamente distante 
da escrita, de modo que as relações biunívocas e contextuais se tornem arbitrárias, torna-se 
necessário o ensino da norma culta na fala, a fim de que a compreensão da leitura seja 
possível. O ensino da fala culta, na perspectiva que aqui se defende, deve ocorrer quando o 
aluno troca, na fala, sons cujas relações com as letras que os representam na escrita sejam 
biunívocas ou contextuais em relação à norma padrão. Nestes casos, o ensino da fala deve 
ocorrer simultaneamente ou mesmo preceder o ensino da leitura e da escrita. Assim, se é lícito 
ensinar ao aluno que se escreve GENTE, mas se diz ['ʒê tʃi], uma vez que a letra E representa 
os sons /e/, /Ɛ/ e /i/, o mesmo não se pode dizer, por exemplo, do P e do B. O que se escreve 
com a letra P se diz com o som /p/ e o que se escreve com a letra B se diz com o som /b/. A 
escola é o lugar privilegiado para o ensino da escrita e da norma padrão da língua. O não 
ensino da norma padrão na fala pode acarretar em não aprendizagem da leitura e da escrita, 
uma vez que a maior distância entre fala e escrita torna mais numerosa a ocorrência de 
arbitrariedades do sistema de escrita para o alfabetizando. 
Assim, é importante que o professor saiba as relações biunívocas, no que tange à 
norma padrão, entre letras e sons, a fim de que perceba a distância entre a variedade 
linguística de seus alunos e a escrita padronizada. Com isso, poderá trabalhar a fala do aluno a 
fim de dirimir as dificuldades da aprendizagem do sistema de escrita. Segue abaixo o quadro 
das relações biunívocas e contextuais entre letras e sons. Cabe ressaltar que não se está 
tratando do ensino da ortografia, mas sim da leitura e da escrita no processo inicial da 
alfabetização, no qual, defende-se aqui, deve ser priorizado o ensino da leitura, ou seja, dos 
sons que as letras representam. No que se refere ao ensino da ortografia ocorrem diversas 
arbitrariedades, como o emprego do H em início da palavra e o emprego do S ou do Z entre 
vogais. 
 
41756 
 
2.1 Tabela 4 – Quadro das relações biunívocas na alfabetização5 
Relações biunívocas na alfabetização 
Letras B D F M N P T V 
Sons 
 
/b/ /d/ 
/dʒ/ 
/f/ 
 
/m/ /n/ /p/ /t/ 
/tʃ/ 
/v/ 
Fonte: Quadro sinóptico elaborado pela autora. 
 
2.2 Tabela 5 – Quadro das relações contextuais na alfabetização6 
Relações contextuais na alfabetização 
Letras A E I O U C G J L R S X Z 
Sons 
 
/a/ 
/â/ 
/e/ 
/Ɛ/ 
/i/ 
/ê/ 
/i/ 
/î/ 
/o/ 
/u/ 
/Ͻ/ 
/õ/ 
/u/ 
/û/ 
/k/ 
/s/ 
/g/ 
/ʒ/ 
/ʒ/ /l/ 
/u/ 
/ ſ / 
/ɹ/ 
/x/ 
/R/ 
/s/ 
/z/ 
/ʃ/ 
/ks/ 
/z/ 
/s/ 
/z/ 
/s/ 
Fonte: Quadro sinóptico elaborado pela autora. 
 
Antes de ensinar os sons que as letras representam, cabe ao professor observar como o 
aluno fala. O professor poderá dizer para o aluno que se diz [´õ vu] mas se escreve OVO, pois 
tal variação está de acordo com a norma padrão. No entanto, se disser que se diz [´kſa ſu] mas 
se escreve CLARO, ou se diz [´p Ͻ la] mas se escreve BOLA, poderá criar arbitrariedades a 
mais no sistema de escrita, dificultando o processo de leitura. Por esta razão, defende-se aqui, 
é necessário, concomitante, ou mesmo anteriormente ao ensino da escrita, apresentar a norma 
padrão da fala. 
Considerações Finais 
Embora seja importante o ensino das relações entre letras e sons, é preciso que o 
professor alfabetizador não siga receitas prontas, como as encontradas nos livros didáticos. 
Ao prestar atenção ao modo como os alunos falam, regras que são contextuais para falantes da 
norma padrão da língua portuguesa, são totalmente arbitrárias para falantes de outras 
 
5 Quadro sinóptico elaborado pela autora com embasamento em Cagliari (2008). 
6 Quadro sinóptico elaborado pela autora com embasamento em Cagliari (2008). 
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variedades. Ensinar a fala padrão é importante para que sejam reduzidas as arbitrariedades do 
sistema de escrita para o aluno. Esta é a razão pela qual é importante mostrar aos alunos como 
aspalavras devem ser ditas segundo a norma padrão. Isso não pode, entretanto, ser feito de 
modo a humilhar o aluno e a reproduzir preconceito linguístico. Faz-se necessário entender 
que a norma padrão é apenas aquela que mais se aproxima da escrita, é mais aceita em meios 
formais, bem como mais utilizada em linguagens científicas, razões pelas quais deve ser 
empregada pelos alunos. Atividades como apresentação de teatro e narração de histórias 
podem ser excelentes oportunidades para ensinar a norma padrão. Ao professor, saber fazer a 
transcrição da fala dos alunos pode ser bastante útil para a previsão das dificuldades que 
surgirão no processo de alfabetização. 
REFERÊNCIAS 
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2010. Estudo Etnográfico. Curitiba, PR: CRV, 2014. 
BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições 
Loyola, 2011. 
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Emília (org). Relações de (in)dependência entre oralidade e escrita. Porto Alegre: 
ARTMED, 2004, p. 13-26. 
BRESSON, François. A leitura e suas dificuldades. In. CHARTIER, (org). Práticas da 
Leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 2009. 
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 2008. 
GERALDI, João Wanderley. Concepções de linguagem e ensino de português. In: 
GERALDI, João Wanderley (org). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2005, p. 39-46. 
DUBÔIS, Jean. GIACOMO, Mathée. GUESPIN, Louis. MARCELLESI, Jean-Baptiste. 
MEVEL, Jean-Pierre. Dicionário de Lingüística. São Paulo: Cultrix, 1973. 
FARACO, Carlos Alberto. Escrita e alfabetização. São Paulo: Contexto, 2003. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita. Atividades de retextualização. São 
Paulo: Cortez, 2010. 
SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral. 29. ed.Cultrix: São Paulo, 2006. 
SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e Fonologia do Português. Roteiro de estudos e guia de 
exercícios. São Paulo: Contexto, 2007.

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