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TÓPICOS INTEGRADORES II - D1.20231.C Aline Moraes dos Santos 01505167 Engenharia Elétrica CASE: Fundamentado (a) nos conceitos e equacionamentos da termodinâmica avançada, aos quais fornecem inúmeras relações entre as oito funções de estado termodinâmicas, pesquise em livros e na web sobre o ciclo térmico de Brayton (compressor - combustor – turbina a gás) e formule os balanços energéticos de cada etapa do ciclo. Lembro a você que as etapas do ciclo de Brayton, (que em alguns livros mais antigos encontra-se com a denominação de ciclo de Joule), sempre envolvem ou geração de calor ou de potência. Sendo assim, relacione as duas leis da termodinâmica com o ciclo de Brayton. Além disso, ao final da atividade, é importante que você aponte aplicações industriais deste tipo de máquina Brayton. Lembre-se que todo bom engenheiro realiza a análise das vantagens e desvantagens sobre métodos e equipamentos utilizados. Portanto, também apresente quais seriam as vantagens e desvantagens desse tipo de ciclo. DESENVOLVIMENTO: O ciclo térmico de Brayton é um ciclo termodinâmico muito utilizado na indústria de energia, especialmente em turbinas a gás. Esse ciclo consiste em quatro etapas principais: compressão, adição de calor, expansão e rejeição de calor. Cada etapa desempenha um papel fundamental no processo de conversão de energia térmica em trabalho mecânico. Vamos analisar cada uma dessas etapas e formular os balanços energéticos correspondentes. A primeira etapa do ciclo é a compressão, na qual o fluido de trabalho é comprimido por um compressor. Nessa etapa, o trabalho é realizado sobre o fluido, aumentando sua pressão e temperatura. O balanço energético para essa etapa é dado pela equação: Wcomp = h2 - h1, Onde, Wcomp representa o trabalho realizado pelo compressor, h2 é a entalpia do fluido após a compressão e h1 é a entalpia do fluido antes da compressão. O trabalho realizado pelo compressor é positivo, indicando a adição de energia ao sistema. Na segunda etapa, ocorre a adição de calor ao fluido comprimido sendo realizado no combustor, onde o combustível é queimado em uma reação exotérmica. O calor é transferido para o fluido, incrementando sua temperatura e pressão. O balanço energético para essa etapa é dado pela equação: Qcomb = h3 - h2, Onde, Qcomb representa o calor adicionado ao sistema no combustor, h3 é a entalpia do fluido após a adição de calor e h2 é a entalpia do fluido antes da adição de calor. O calor adicionado ao sistema é positivo, indicando a adição de energia térmica. A terceira etapa é a expansão, onde o fluido quente e pressurizado passa por uma turbina, gerando trabalho mecânico. Durante essa etapa, a energia térmica do fluido é transformada em trabalho. O balanço energético para essa etapa é dado pela equação: Wturb = h4 - h3, Onde, Wturb representa o trabalho realizado pela turbina, h4 é a entalpia do fluido antes da expansão e h3 é a entalpia do fluido após a adição de calor. O trabalho realizado pela turbina é negativo, indicando a extração de energia do sistema. A última etapa é a rejeição de calor, na qual o fluido resfria e retorna ao seu estado inicial de baixa pressão e temperatura. Durante essa etapa, o calor é transferido do fluido para o ambiente circundante. O balanço energético para essa etapa é dado pela equação: Qrej = h1 - h4, Onde Qrej representa o calor rejeitado pelo sistema, h1 é a entalpia do fluido antes da compressão e h4 é a entalpia do fluido antes da expansão. Ao combinar os balanços energéticos das quatro etapas, é possível obter uma visão abrangente do ciclo de Brayton e calcular a eficiência térmica do processo. A eficiência térmica é definida como a razão entre o trabalho líquido produzido (Wnet = Wturb - Wcomp) e o calor adicionado (Qcomb) ao sistema: η = Wnet / Qcomb. As duas leis da termodinâmica são fundamentais para entender o ciclo Brayton e sua relação com a geração de calor e potência. 1ª Lei da Termodinâmica: Também conhecida como a lei da conservação da energia, essa lei estabelece que, a energia total de um sistema isolado permanece constante, podendo apenas ser convertida de uma forma para outra. No ciclo de Brayton, essa lei é aplicada em todas as etapas do ciclo, garantindo que a energia total do sistema permaneça constante. 2ª Lei da Termodinâmica: A segunda lei da termodinâmica está relacionada com a direção do fluxo de calor e com a eficiência de conversão de energia térmica em trabalho. Essa lei estabelece que, em um sistema fechado, o calor flui naturalmente de uma fonte quente para uma fonte fria, e não ocorre espontaneamente o fluxo reverso de calor. No ciclo de Brayton, essa lei é relevante na etapa de adição de calor no combustor e na rejeição de calor na última etapa do ciclo. O ciclo Brayton tem diversas aplicações industriais devido a suas características e capacidades de geração de energia. Entre essas aplicações, temos: Turbinas a Gás: As turbinas a gás são uma das aplicações mais comuns do ciclo de Brayton na indústria. Elas são usadas para gerar energia mecânica a partir da expansão de gases quentes em uma turbina. Ciclos de Combustão Externa: O ciclo de Brayton também é usado em ciclos de combustão externa, nos quais a adição de calor ocorre em uma câmara externa à turbina. Esses ciclos são aplicados em sistemas de cogeração, nos quais a energia térmica gerada na turbina é utilizada tanto para a geração de eletricidade como para suprir necessidades de aquecimento em processos industriais ou em sistemas de aquecimento urbano. Propulsão de Aeronaves: Os motores a jato utilizam o princípio do ciclo de Brayton para comprimir o ar ambiente, adicionar calor através da queima de combustível e expandir os gases resultantes na turbina, produzindo um jato de alta velocidade que gera empuxo e impulsiona a aeronave. Ciclos de Refrigeração a Gás: O ciclo de Brayton também é empregado em ciclos de refrigeração a gás. Nesses sistemas, o ciclo é invertido, onde um gás é comprimido, resfriado e expandido, resultando na retirada de calor do ambiente. O ciclo Brayton apresenta várias vantagens e desvantagens que devem ser consideradas ao avaliar sua aplicação. Vamos apresentar as principais vantagens e desvantagens do ciclo Brayton: Vantagens: Devido à expansão adiabática isentrópica na turbina, que maximiza a conversão de energia térmica em trabalho mecânico, o ciclo de Brayton possui uma eficiência térmica relativamente alta quando comparado a outros ciclos termodinâmicos, como o ciclo de Carnot. As turbinas a gás baseadas no ciclo de Brayton são compactas e possuem uma alta relação de potência gerada em relação ao seu peso, o que as torna adequadas para aplicações aeroespaciais e de geração de energia móvel. O ciclo Brayton é flexível na escolha do combustível, pode ser alimentado com gás natural, óleo combustível, carvão, biogás e até mesmo hidrogênio. O ciclo Brayton tem a capacidade de fornecer uma resposta rápida às variações de carga. Desvantagens: Em temperaturas mais baixas, a eficiência pode diminuir consideravelmente. O ciclo Brayton, especialmente em aplicações de turbinas a gás, pode gerar emissões de gases de escape, como óxidos de nitrogênio (NOx), contribuindo com a poluição do ar e o efeito estufa. A implementação do ciclo Brayton envolve componentes complexos e de alto custo, como compressores, turbinas, câmaras de combustão e sistemas de resfriamento. As turbinas a gás baseadas no ciclo de Brayton requerem uma manutenção regular e cuidadosa, o que pode resultar em custos adicionais e tempo de inatividade do sistema. REFERÊNCIAS: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_Brayton https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4146743/mod_resource/content/2/Ciclo s%20motores%20a%20ar.pdf https://www.thermal-engineering.org/pt-br/o-que-e-o-ciclo-de-brayton-motor-de- turbina-a-gas-definicao/
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