Buscar

Noelli1998dilogos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MÚLTIPLOS USOS DE ESPÉCIES VEGETAIS PELA 
FARMACOLOGIA GUARANI ATRAVÉS DE 
INFORMAÇÕES HISTÓRICAS*
 
 Francisco Silva Noelli ** 
 
Resumo. A pesquisa histórica pode desempenhar um importante papel no 
desenvolvimento de estudos de etnofarmacologia, ampliando a capacidade de coleta 
de dados sobre as plantas empregadas como remédios, bem como os métodos 
curativos e os seus significados. Também amplia a capacidade de compreensão 
sincrônica e diacrônica dos contextos em que essas plantas eram utilizadas, indo além 
das perspectivas atemporais da abordagem etnográfica. Apresentamos neste trabalho o 
exemplo de uma pesquisa feita na imensa documentação histórica sobre os guarani, 
apresentando informações sobre 151 espécies vegetais. 
Palavras-chave. Etnofarmacologia; pesquisa histórica; guarani. 
 
 
MULTIPLE USES OF VEGETAL SPECIES IN GUARANI 
PHARMACOLOGY THROUGH HISTORICAL INFORMATION 
 
ABSTRACT. Historical research can perform an important role in the development 
of ethnopharmacological studies expanding the collecting capacity of data about plants 
used as medicine, their treatment methods and meanings. It also broadens the 
synchronic and diachronic comprehension capacity of the contexts in which these 
plants are used, going beyond the atemporal perspectives of the ethnographic 
approach. This work reports a research carried out with a bulky historical 
documentation on the Guarani people offering information on 151 vegetal species. 
Key words: ethnopharmacology, historical research, Guarani. 
 
 
 
Why then should we not regard the still existent traditional medical 
knowledge, rather than natural products in general, as the basis for drug 
development ? The idea that the information resulting from centuries of 
experience by peoples in various parts of the world might lead to discoveries 
of new drugs can only be evaluated if properly tested. The question is, 
therefore, what and how should it be tested" (Elisabetsky, 1990:113-4). 
 
* Trabalho apresentado no I Simpósio de Etnobiologia e Etnoecologia. Universidade 
Estadual de Feira de Santana, Bahia. 1996 
** DFE/UEM - Doutorando em Ciências Sociais/UNICAMP. 
Francisco Silva Noelli 178 
 
A etnofarmacologia de populações indígenas e caboclas do Brasil e 
países vizinhos vem sendo significativamente desenvolvida nas últimas duas 
décadas, revelando e difundindo os mais diversificados princípios ativos 
extraídos da rica flora da América do Sul. Esta disciplina que alia farmacologia, 
botânica, química, toxicologia e antropologia, entre outras, vem evidenciando 
práticas curativas, bem como o uso de plantas sistematicamente testadas ao 
longo dos tempos, que podem ser colocadas à disposição da população 
mundial (Elisabetsky, 1987; 1990). 
Um dos aspectos importantes da etnofarmacologia é revelar os 
processos curativos práticos e simbólicos das diversas populações que estão 
fora do meio e da linguagem científica das Instituições de Pesquisa. O 
destaque dado aos diversificados métodos tradicionais de tratamento 
preventivo e curativo dos povos indígenas e caboclos vem permitindo a 
descoberta de novas substâncias desconhecidas pela farmacologia ocidental. 
Este fato tem contribuído para o estabelecimento de tratamentos novos e/ou 
alternativos para algumas doenças, embora vários pesquisadores destacados, 
como Schultes & Hofmann (1993), considerem que ainda “há muitíssimo” por 
fazer, destacando a coleta de informações básicas como o centro das atenções 
para a continuidade das pesquisas. 
Outro fator, que pode ser destacado, diz respeito à relação entre o 
conhecimento botânico e os ambientes onde as populações tradicionais 
residem, pois, além de limites sociais e econômicos, a maioria dos povos 
indígenas e caboclos estabelecem uma série de limites mágico-religiosos em 
seus territórios, envolvendo diretamente as plantas medicinais e os processos 
curativos (Reichel-Dolmatoff, 1981). Indiretamente, na medida em que se 
pode mapear os locais onde são coletadas e/ou manejadas as plantas usadas na 
cura das moléstias, a etnofarmacologia é um poderoso revelador do uso dos 
territórios e das delimitações de fronteiras, bem como das noções materiais e 
simbólicas que os povos estudados possuem de seus domínios. Isso poderá 
contribuir para avançar, como é comum na atualidade, bem além dos limites 
da pesquisa científica, nas demandas de demarcação de áreas indígenas e de 
outras minorias étnicas que vivem no Brasil e outros países. 
Em casos como este, a pesquisa histórica pode ser uma maneira de se 
alcançar informações úteis à etnofarmacologia e às questões de saúde-doença 
de povos indígenas e caboclos do Brasil, pois há um imenso conjunto de 
fontes escritas acumuladas desde o século XVI. Essas fontes tratam, muitas 
vezes, de povos já extintos pelo processo de colonização, bem como de 
populações que vivem até o presente. Tanto o historiador quanto o 
etnofarmacólogo devem estar atentos ao potencial da documentação histórica 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 179
sobre o que hoje se chama Brasil, que abriga um rico acervo de inusitadas 
informações, como as que estão arroladas abaixo. Embora o tema deste 
trabalho não trate de um objeto convencional no Brasil, pode contribuir para o 
estudo de diversos problemas clássicos de historiografia relacionados com a 
“história da cultura”, assim como com problemas de farmacologia e medicina, 
constituindo o que Burke (1978) chama de “forma oblíqua” de obter acesso à 
História das classes populares e, no caso deste trabalho, de povos ágrafos. 
Este trabalho procura contribuir para o esforço dos 
etnofarmacologistas, apresentando, como parte de um conjunto maior de 
informações históricas sistematicamente coletadas em extensa bibliografia 
(Melià et al., 1987, 1995), uma lista de plantas medicinais e seus múltiplos usos 
dos povos falantes da língua Guarani que ocuparam uma imensa porção da 
Bacia Platina. 
É um estudo que procura mostrar o potencial para a realização de 
futuras pesquisas etnofarmacológicas, tanto para testar o que está sendo 
apresentado como para obter outros dados etnográficos entre os Guarani 
dispersos atualmente no Brasil e países vizinhos. Embora este trabalho não 
tenha o perfil metodológico exigido pela pesquisa etnofarmacológica, pois não 
apresenta todo o processo de coleta das plantas, exsicata, confecção e 
aplicação dos remédios, pretende chamar a atenção para o conhecimento 
botânico e farmacológico dos Guarani contido em fontes documentais. 
Todavia, para alargar o leque de informações sobre drogas vegetais e terapias, 
tanto no caso Guarani como no de outros povos, a pesquisa histórica das 
fontes documentais publicadas ou depositadas em arquivos é um meio tão 
eficiente quanto os empreendidos pelos etnofarmacólogos que atuam entre os 
povos indígenas da Amazônia na atualidade. A análise sistemática das fontes, 
como se poderá ver abaixo, revelou uma quantidade significativa de drogas 
vegetais usadas na elaboração de remédios. Neste caso, as informações 
históricas podem servir como ponto de partida para estudos farmacológicos, já 
que resgatam valiosos dados compilados no passado e que estariam fadados ao 
esquecimento, caso fosse desconsiderada a pesquisa histórica. 
As informações deste trabalho foram levantadas em diversas fontes 
que, geralmente, descreveram as plantas e suas finalidades; no entanto, não 
detalharam os processos de preparação e aplicação das drogas vegetais: 
Bonpland ([1850] 1978), Köenigswald (1908), Fiebrig-Gertz (1923), Strelnikov 
(1928), Schuster (1929), Bertoni (1927, 1940), Müller (1928, 1989), Storni 
(1944), Miraglia (1941, 1975), Cadogan (1943, 1955, 1973), Crovetto (1968), 
Arenas & Moreno-Azorero (1976), Melià, Grünberg & Grünberg (1976), 
Garcia (1979, 1985), Gatti ([1955] 1985), Perasso (1992). 
Dentre estes autores, destacamos a obrade Gatti (1985), que além de 
ser a mais extensa e completa contribuição, sintetiza elementos botânicos, 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Francisco Silva Noelli 180 
farmacológicos e medicinais encontrados nas publicações sobre os Guarani, 
anteriores a 1954, sendo a referência principal deste trabalho (cf. Noelli, 1998). 
Os autores do período posterior a 1954 não modificaram ou ampliaram o que 
Gatti estabeleceu, mas introduziram estudos sobre os aspectos simbólicos 
envolvidos. Dentre estes, destacam-se Arenas & Moreno-Azorero (1976), que 
estudaram a eficácia de algumas drogas abortivas, contraceptivas e fertilizantes, 
e Garcia (1979, 1985) que analisou aspectos cognitivos da nomenclatura e do 
sistema classificatório de espécies vegetais e da flora em geral. 
As 151 espécies empregadas com fins terapêuticos, listadas abaixo, são 
uma amostragem de um inventário de mais de 800, coletadas no Paraguai, 
Mato Grosso do Sul, Argentina e Rio Grande do Sul. Essas espécies 
pertencem a 69 famílias e 134 gêneros, sendo majoritárias as nativas da 
América do Sul (há algumas originárias de outros continentes, que foram 
introduzidas desde o início da colonização européia). 
 
Resultados Obtidos 
 
Esta amostragem evidenciou 37 finalidades terapêuticas (tabela 1) e 37 
funções complementares (tabela 2), divididas entre as tradicionais e as 
desenvolvidas especificamente a partir do impacto das doenças disseminadas 
pelos europeus a partir do início do século XVI. A lista de terapias, 
indiretamente, mostra que os Guarani tiveram que pesquisar para criar novas 
fórmulas medicinais contra as moléstias introduzidas pelos europeus, tal como 
as doenças venéreas, tuberculose, gripe, varíola, sarampo, entre outras. Apesar 
de já existirem pesquisas sobre percepção, conhecimento e terapias de alguns 
povos sul-americanos em relação às "doenças de branco" (p. ex.: Gallois, 1991; 
Langdon, 1991, 1994; Conklin, 1994), ainda não sabemos especificamente 
como os guarani combatem e representam as moléstias que evoluíram fora do 
continente americano, na África, Ásia e Europa. 
Apenas 3 entre as 37 funções terapêuticas foram praticadas com uma 
única planta, revelando que os Guarani, sempre que possível, somavam várias 
plantas para combater as moléstias que lhes afligiam. Por outro lado, algumas 
terapias podiam ser praticadas com até 37 plantas distintas, isoladas ou 
conjuntamente, como as de função diurética. Outras funções eram cumpridas 
por até 25 plantas (adstringentes), 23 (anti-reumáticas), 20 (antiinflamatórias), 
19 (purgantes, tônicas), 17 (vermífugas), 16 (antidiarreicas), 14 (emolientes), 13 
(emenagogas, estomáquicas), 12 (antitérmicas, expectorantes), 11 (cicatrizantes, 
diaforéticas). Encontramos ainda 15 terapias feitas com 5 plantas; 12 terapias 
com 2 plantas; 8 terapias com 6 plantas; 7 terapias com 4 plantas; 7 terapias 
com 3 plantas; 2 terapias com 7 plantas; 1 terapia com 9 plantas e 1 terapia 
com 8 plantas. 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 181
É importante destacar que a maioria das plantas tinham mais de uma 
função terapêutica. Entre as plantas amostradas, constatamos que entre as 151 
espécies, 30 possuíam 1 função terapêutica; 41 tinham 2 funções terapêuticas; 
32 tinham 3 funções terapêuticas; 15 tinham 4 funções terapêuticas; 10 
possuíam 5 funções terapêuticas; 12 tinham 6 funções terapêuticas; 4 
apresentavam 7 funções terapêuticas; 1 possuía 9 funções terapêuticas; 4 
tinham 10 funções terapêuticas; 1 apresentava 13 funções terapêuticas; 1 
possuía 15 funções terapêuticas. 
Foram incluídos na lista de funções terapêuticas, 4 empregos não 
relacionados com o tratamento de doenças (ictiotóxicas, inseticidas, larvicidas, 
tóxicas), para dar alguns exemplos do conhecimento e de outros usos dessas 
espécies. Além dessas 4 funções, existem outras que não serão mencionadas 
em detalhe, embora comprovem os múltiplos usos que os guarani destinavam 
às plantas que conheciam, tais como matéria-prima para confeccionar diversos 
objetos de cultura material, lenha e alimentação. 
 
Tabela 1 – Levantamento do número de espécies por função terapêutica 
 
 FUNÇÃO TERAPÊUTICA NÚMERO DE ESPÉCIES 
01 ADSTRINGENTE 25 
02 AFRODISÍACA 11 
03 ANALGÉSICA 05 
04 ANTIAPOPLÉTICA 01 
05 ANTIANÊMICA 02 
06 ANTIASMÁTICA 05 
07 ANTICEFÁLICA 04 
08 ANTICONCEPCIONAL 02 
09 ANTICONVULSIVA 02 
10 ANTIDIARREICA 16 
11 ANTIDISENTÉRICA 06 
12 ANTIDISPNÉICA 02 
13 ANTIESCORBÚTICA 04 
14 ANTIESPASMÓDICA 06 
15 ANTIFURUNCULOSE 02 
16 ANTI-HEMORROIDÁRIA 05 
17 ANTI-HISTÉRICA 04 
18 ANTIICTÉRICA 03 
19 ANTIINFLAMATÓRIA 20 
20 ANTIOFÍDICA 03 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Francisco Silva Noelli 182 
21 ANTILEUCORREICA 04 
22 ANTIPALÚDICA 04 
23 ANTIPEDICULOSE 05 
23 ANTI-REUMÁTICA 23 
24 ANTI-SÁRNICA 02 
25 ANTI-SÉPTICA 05 
26 ANTITÉRMICA 12 
 ANTIÚLCERA 05 
27 BÉQUICA 03 
28 CARDIOTÔNICA 02 
29 CARMINATIVA 02 
30 CICATRIZANTE 11 
31 COLAGOGA 01 
32 CONTRA ANGINAS 03 
33 CONTRA INFLAMAÇÕES 
UTERINAS 
02 
34 CONTRA EPISTASES 01 
35 CONTRA HIDROPSIA 03 
36 OFTÁLMICA 05 
37 OTÁLGICA 05 
 
 
Tabela 2. Levantamento de funções complementares: 
 
01 ABORTIVA 08 
02 ANTIOFÍDICA 03 
03 AROMÁTICA 09 
04 BALSÂMICA 05 
05 CAPILAR 06 
06 DEPURATIVA 05 
07 DESCONGESTIONANTE 03 
08 DIAFORÉTICA 11 
09 DIURÉTICA 37 
10 EDULCORANTE 02 
12 EMENAGOGA 13 
13 EMÉTICA 07 
14 EMOLIENTE 14 
15 ESTIMULANTE 05 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
183
16 ESTOMÁQUICA 13 
17 EXCITANTE 04 
18 EXPECTORANTE 12 
19 GALACTAGOGA 01 
20 GARGAREJO 07 
21 HEMOSTÁTICA 09 
22 HEPATOPROTETORA 01 
23 INSETICIDA 05 
24 LARVICIDA 01 
25 LAXANTE 06 
26 MUCILAGINOSA 05 
27 NARCÓTICA 03 
28 ODONTOLÓGICA 06 
29 PURGANTE 19 
30 REJUVENESCEDORA 01 
31 RUBEFACIENTE 01 
32 SEDATIVA 06 
33 SIALAGOGA 01 
34 TENÍFUGA 02 
35 TÔNICA 19 
36 TÓXICA 10 
37 VERMÍFUGA 17 
184 Francisco Silva Noelli 
CÓDIGOS DE FUNÇÃO DAS DROGAS VEGETAIS 
 
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
AMARANTHECEAE Alternanthera sp Ka'aponga Depurativa (raiz) diurética, emoliente, 
estomáquica 
 Amaranthus sp Ka'aruru Cicatrizante, diurética, emoliente, mucilaginosa
 Celosia argentea Ka'aruru 
kariaco 
Antidiarreica (semente), antiescorbútica, 
vermífuga 
AMARYLLIDACEAE Bomarea edulis Karamboroty Diaforética (raiz), diurética 
ANACARDIACEAE Astronium balansae Urunde'y para Adstringente (casca), expectorante 
 Schinus molle Aguara yva Otálgica (seiva), adstringente, antidiarreica, 
antiinflamatória, anti-reumática, balsâmica, 
cicatrizante, antiúlcera, emenagoga, tônica 
 Schinus terebinthi-folius Aguara yva Otálgica (seiva), adstringente, antidiarreica, 
antiinflamatória, anti-reumática, balsâmica, 
cicatrizante, antiúlcera, emenagoga, tônica 
APOCYNACEAE Thevetia neriifolia Aguairo Antiinflamatória (casca), emética, purgante, 
antiespasmódica 
ANNONACEAE 
 
Annona cacans Aratiku Anti-reumática (folha), emoliente (fruto) 
APOCYNACEAE 
 
Allamanda cattarctica Akapochi, 
Yvapo, 
Yvapoca 
Purgante (seiva), tóxica, antipediculose, anti-
sárnica 
AQUIFOLIACEAE Ilex dumosa Ka'achiri Purgante (folha) 
 Ilex paraguariensis Ka'a Estimulante (folha), estomáquica, tônica 
 Ilex theezans Ka'arã Estimulante (folha), estomáquica, tônica 
 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 185
 FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
ARACEAE Anthurium sp ? Tóxica
 Philodendron
bipinnatifidum 
 Guembe'y Purgante (raiz), hemostática, vermífuga 
 Pistia stratiotes Ka'ape, 
Guaimi rova 
Antiescorbútica (folha) 
ARISTOLOCHIACEAE 
 
Aristolochia brasiliensis Ype aka 
 
Abortiva 
 Aristolochia triangularis Ysypo cati
paye 
 Antiofídica, anti-reumática, cardiotônica, 
diurética, emenagoga,tóxica 
ASCLEPIADACEAE Asclepias curassavica Ka'a marãta'y Adstringente (raiz), antiasmática, anti-diarreica, 
anti-histérica 
BASELLACEAE 
 
Boussingaultia baseloides Ka'a rurupi Adstringente (caule), contra inflamações 
uterinas 
BEGONIACEAE 
 
Begonia sp Ka'a ja'i Antiinflamatória, antitérmica, diurética
BIGNONIACEAE Anemopaegma sp Ava katu Afrodisíaca, antiinflamatória, estimulante, 
tônica 
 Bignonia sp Mbarakaja 
piape 
Antidiarreica (casca), anti-reumática, 
antitérmica 
BORAGINACEAE Heliotropium indicum Aguara ponda Antifurunculose, anti-histérica, antiinfla-
matória, contra anginas, decongestionante, 
odontológica 
CACTACEAE Pereskia aculeata Mori Adstringente (casca)
 Rhipsalis lumbricoides Ka'a 
amamba'e 
Sedativa 
 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
186 
 
Francisco Silva Noelli 
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
CAESALPINIOIDEAE Bauhinia forficata Ysypo atã Curativa de úlceras
 Cassia occidentalis Taperiva Antiespasmódica, vermífuga
 Parkinsonia aculeata ? Antitérmica (casca, folha, seiva) 
 Peltophorum dubium Yvyra pytã Antiinflamatória (casca), contra anginas, contra 
epistases 
CARICACEAE Jacaratia dodecaphylla Jacarati'a Vermífuga (caule)
CANNACEAE Canna edulis Achirã Diaforética, diurética
 Canna glauca Mbery sayju Diurétia (caule), gargarejo (seiva) 
CAPPARIDACEAE Capparis sp Yvyra pororo Antiespasmódica, antiictérico, contra hidro-
pisia, emenagoga, rubefaciente 
CELASTRACEAE Maytenus ilicifolia Aka Adstringente, analgésico, anti-séptica, 
cicatrizante, curativa de úlceras, tônica 
CHENOPODIACEAE Chenopodium 
ambrosioides 
Ka'aare Emenagoga, tônica, vermífuga 
COFFEOIDAE Chiococca brachiata Ysypo kurusu Antiasmática, diaforética, diurética, emena-
goga, purgante 
COMPOSITAE Acanthospermum
australe 
Tapekue Anti-séptica, aromática, antileucorréico, 
diaforético, diurético, gargarejo 
 Achyrocline satureioides Jate'y ka'a Antiespasmódica (caule), antiinflamatória, 
emenagoga 
 Acicarpha tribuloides ? Antidiarreica (raiz), expectorante, diaforética, 
mucilaginosa, tônica 
 Anthemis sp Ñambi ka'a Anti-reumática, cicatrizante, inseticida 
 Baccharis sp Yaguarete ka'a Afrodisíaca, anticefalálgica, anti-térmica, 
diurética, estomáquica, tônica 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 187
 FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
 Bidens pilosus Ñuati unã Estimulante (raiz), mucilaginosa, odon-tológica, 
vermífuga, antidisentérica, sialagoga 
 Eclypta sp Tangara ka'a Antiasmática, antiofídica, anti-reumática 
 Erechtites hieracifolia Ka'apeuguai Antipalúdica (raiz) 
 Erigeron sp Mbu'y Oftálmica (broto), cicatrizante 
 Grindelia scorzonerifolia Ka'ape ysy Emenagoga, estomáquica, excitante 
 Hypochaeris sp Ka'a pe Antiescorbútica (folha), antipalúdica (raiz) 
 Matricaria chamomilla Ñambi ka'a Inseticida (flor), anti-reumática, cicatrizante 
 Mikania sp Ysypo kati Aromática (folha), tônica 
 Moquinia polymorpha Ka'a marã
guasu, 
 Antiasmática (folha), antiinflamatória, 
expectorante 
 Pterocaulon sp ? Adstringente, anticefalálgica, béquica, diurética, 
inseticida 
 Pulchea sp Yacare ka'a Antiictérico, carminativa 
 Solidago chilensis Mbu'y Oftálmica (broto), diurética (folha, flor), 
cicatrizante 
 Solidago microglossa Ñuatipe, 
Ka'aratipe 
Estomáquica, laxante 
 Stevia sp Ka'a je'e Edulcorante, estomáquica 
 Tagetes sp Suico Diurética, vermífuga 
 Tanasetum vulgare Ka'a jupe Aromática, tóxica 
 Xanthium cavanillesii ? Emoliente, purgante 
CONVOLVULACEAE Ipomoea batatas Jety Emoliente (folha), gargarejo 
 Cuscuta sp Yguarã 
haimbe 
Adstringente, antidiarreica, antiinflamatória, 
depurativa, diurética, emoliente, estomáquica, 
expectorante, gargarejo, hepática 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
188 
 
Francisco Silva Noelli 
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
CRASSULACEAE ? (epífita) Jatevura Antidispnéica, expectorante 
CRUCIFERAE Lepidium bonariense Ka'apetãi Antiescorbútica (folha), diurética, expectorante, 
tônica 
CUCURBITACEAE Cayaponia sp Kario Antiasmática, antidiarreica, antiinflamatória, 
diurética, purgante, tônica 
 Cucurbita maxima Kurapepe Emoliente (folha), tenífuga (semente), vermí-
fuga, estomáquica (seiva), antiinflamatória, 
antitérmica 
 Cucurbita moschata Andai Emoliente (folha, flor), antitérmica (raiz), 
tenífuga (semente) 
 Lagenaria sp I'a, Jy'a Purgante (fruto), antifurunculose (folha), 
antiinflamatória, diurética (seiva), anti-séptica 
(casca) 
 Mormodica charantia Andaimi Anti-reumática (folha), antileucorreica, 
purgante 
CYPERACEAE Cyperus rotundus Kure piri'i Antidisentérica, balsâmica 
 Cyperus sesquiflorus Kapi'ikati Analgésica (folha), carminativa (folha, caule), 
antileucorréica, diaforética, excitante, purgante, 
vermífuga 
 Aspidium sp Karagura 
moroti 
Hemostática 
DIOSCOREACEAE Dioscorea sp Karachiju, 
Kara 
Abortiva, contra hidropsia, oftálmica, 
emenagoga 
EQUISETACEAE Equisetum giganteum Aguaracha'i 
ruguai 
Abortiva, emenagoga 
ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum sp Ypandu Purgante 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 189
 FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
EUPHORBIACEAE Euphorbia sp ? Purgante 
 Jatropha curcas Kuri 
jyva,Turuvi 
Purgante (semente), depurativa (raiz), 
rejuvenescedora, aromática 
 Ricinus communis Mbay syvo Anti-histérica (folha), analgésica (seiva), 
anticefálica 
 Sapium
haematospermum 
Kurupica'y 
guasu 
Tóxica 
GENTIANACEAE Limnanthemum
humboldtianum 
Aguaperã Antitérmica, estomáquica, tônica, vermífuga 
GRAMINEAE Andropogon sp Aguara ruguai Adstringente (raiz), antidiarreica, 
antiinflamatória 
 Chusquea sp Takuarembo, 
 
Anticoncepcional (broto) 
 Cynodon sp Kapi'ipepo'i Diurética, laxante 
 Gynerium saggittatum Ju'yva Diurética (raiz), antialopética, edulcorante 
 Luziola sp Kapi'ipo'y Emoliente (seiva) 
 Panicum sp Kapi'ikyra Antiinflamatória (folha), inseticida, 
anticonvulsivo, antidiarreica, antidisentérica, 
diurética 
FLACOURTIACEAE Casearia sylvestris Avati tymba-
vy, Guaimi re-
yepe'a 
Anti-reumática, anti-sárnica, antitérmica, 
cicatrizante 
GUTTIFERAE Hypericum connatum Ka'avotory Abortiva (flor), analgésica, contra anginas 
HALORRHAGACEAE Myriophyllum brasiliense Ka'aruru juky Adstringente, contra resfriados, expectorante 
LABIATAE Mentha piperita Ka'akati antiictérico (flor, folha), anti-reumática 
 Mentha pulegium Ka'akati antiictérico (flor, folha), anti-reumática 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
190 
 
Francisco Silva Noelli 
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
LAURACEAE Ocotea sp Aju'y Adstringente (casca), tônica (raiz) 
LEGUMINOSAE Calopogonium sericeum Kumanda 
guyra 
Vermífuga 
 Inga sp Inga analgésica, odontológica 
 Enterolobium
contortisiliquum 
 Timbo Descongestionante, ictiotóxica, larvicida, 
vermífuga 
 Parapiptadenia rigida Kurupa'yrã Adstringente (casca), hemostática (folha), 
expectorante (seiva), antidiarreica, antiséptica 
LILIACENAE Aloe arborescens Karaguatane Abortiva (folha), purgante 
 Smilax sp Yvapeca Diurética 
LONGANIACEAE Buddleia brasiliensis Yagua pety
moroti 
 anti-histérica (folha, flor), béquica, diaforética, 
sedativa (flor), tóxica 
 Strychnos brasiliensis Ju'yrary Antitérmica (casca) 
MALVACEAE Abutilon molle Ka'aruruti Antipediculose (folha), capilar 
 Abutilon pauciflorum Ka'aruruti Antipediculose (folha), capilar 
 Abutilon umbeliflorum Ka'aruruti Antipediculose (folha), capilar 
 Abutilon sp Ka'aruruti Antipediculose (folha), capilar 
 Gossypium sp Mandyju Emética (folha), abortiva (raiz), contra 
inflamações, emenagoga 
 Sida rhombifolia Typychaju Béquica, descongestionante, emoliente, 
expectorante, gargarejo, laxante, mucilaginosa 
MELIACEAE Cabralea cangerana Kayarana Abortiva(raiz), contra hidropsia, emética, 
narcótica, purgante, tóxica, antitérmica (folha) 
 Trichilia elegans Ka'avove'i Adstringente (casca), anti-reumática, inseticida, 
purgante, tônica 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 191
 FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
MENISPERMACEAE Cissampelus sp Mbarakaja 
ñambi 
Antidiarreica, anti-reumática 
MORACEAE Cecropia catharinensis Amba'y Adstringente (folha, broto), antidiarreica, 
antidisentérica, antidispnéica, cardiotônica 
(folha), antileucorreica, diurética, expectorante, 
hemostática 
 Chlorophora tinctoria Tatayiva Antiictérica (casca) 
 Dorstenia brasiliensis Ka'arapi'a anti-séptica (caule), diaforética, diurética, 
emenagoga, emética, purgante, tônica 
 Tarope Antianêmica, antidiarreica, antidisentérica, anti-
reumática, estimulante, laxante 
 Ficus sp Guapo'y Antianêmica (seiva), antiictérica, vermífuga 
MYRTACEAE Psidium guajava Mburucuya, 
Arasa 
Adstringente (folha), antidiarreica 
NYCTAGINACEAE Pisonia aculeata Jagua pinda Purgante (raiz), antiofídica (semente, folha) 
OENOTHERACEAE Oenothera mollissima Yvoty ka'aru Adstringente, cicatrizante 
PAPILIONACEAE Myrocarpus frondosus Angua'y 
kavure'y, 
Yvyra paye 
Aromática (semente), excitante (semente, 
folha), expectorante 
PIPERACEAE Piper sp Tuja renipi'a Adstringente (folha, raiz), tônica, diurética 
(fruto), odontológica, aromática 
PHYTOLACACEAE Petiveria alliacea Mikure ka'a Diurética (raiz), anti-reumática, vermífuga 
 Phytolacca dioica Umbu Emética (casca, raiz), purgante 
 Seguieria sp Yvyra yvy diurética (folha) 
PLANTAGINACEAE Plantago australis Ka'ajuky Diurética (folha, raiz), adstringente, gargarejo 
 Plantago tomentosa Ka'ajuky diurética (folha, raiz), adstringente, gargarejo 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
192 
 
Francisco Silva Noelli 
FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
POLYPODINACEAE Polypodium
vaccinifolium 
Anguya ruguai Adstringente, antidiarreica, antidisentérica, 
antiinflamatória, aromática 
PONTEDERIACEAE Eichhornia azurea Aguape Antiinflamatória (flor) 
 Eichhornia crassipes Aguape puru'a Antipalúdica, antitérmica, balsâmica, 
estomáquica, expectorante, hemostática 
PORTULACACEAE Portulaca oleracea Ka'aruru kyra Diurética (folha, caule), galactagoga, 
mucilaginosa, vermífuga 
POLYGONACEAE Muehlenbeckia sp Juapeka pytã Antiinflamatória, colagoga, diurética 
RANUNCULACEAE Clematis dioica Tuja rendyva Otálgica (folha, raiz), adstringente, narcótica, 
tóxica 
ROSACEAE Rubus brasiliensis Ñambu'i Diurética (folha, raiz), laxante 
RUBIACEAE Borreria verticillata Ype ka'acoene Emética 
 Bulbostylis capillares ? Anti-reumática 
 Randia armata Ñuati kurusu Cicatrizante 
RUTACEAE Esenbeckia grandiflora Apoytaguara Antitérmica 
 Fagara hiemalis Tembetary 
pytã 
Excitante (casca), oftálmica (folha, raiz), 
otálgica, antipalúdica, diaforética 
 Ruta graveolens ? Abortiva, antiespasmódica, emenagoga, 
emoliente, estomáquica, hemostática 
SANTALACEA Jodina rhombifolia ? Contra resfriados, estomáquica 
SAPINDACEAE Cardiospermum
grandiflorum 
Ysypo 
kamambu, 
Kamambu 
Laxante (fruto), anti-reumática (raiz), capilar, 
diaforética, diurética, emética, emoliente, 
expectorante, depurativa (semente), sedativa, 
antiinflamatória, antiictérica, estimulante, 
narcótica, otálgica 
 Serjania sp Ysypo timbo Ictiotóxica, tóxica 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
s usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 
 DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
193
 FAMÍLIA ESPÉCIE NOME
GUARANI 
ATIVIDADE BIOLÓGICA 
SCROPHULARICACEA
E 
Scoparia dulcis Typycha 
kuratu 
Aromática, emoliente, tônica 
SOLANACEAE Cestrum sp Kokeri Anticefálica (folha, fruto), anti-inflamatória, 
curativa de úlceras 
 Physalis alkekengi Kamambu Sedativa (semente), diurética, odontológica 
 Solanum fastigiatum Arachichu Adstringente folha), anticonvulsiva, anti-
reumática, emoliente, sedativa, tóxica 
 Solanum paniculatum Ju'i moneja Sedativa (fruto) 
TILIACEAE Luehea divaricata Yvatinguy, 
Ka'a oveti 
Hemostática (casca) 
 Triumfetta semitriloba Ju'achima Adstringente(folha, raiz), diurética 
TURNERACEAE Turnera diffusa Ava katu ka'a Afrodisíaca 
 Turnera ulmiflora Ava katu ka'a Afrodisíaca 
 Turnera pumileoides Ava katu ka'a Afrodisíaca 
 Turnera weddeliana Ava katu ka'a Afrodisíaca 
ULMACEAE Trema micrantha Inga moroti Odontológica (fruto) 
 Kurundi'y Adstringente (casca) 
URTICACEAE Boehmeria sp Ka'aporopirã Anti-histérica (folha), aromática, oftálmica, 
diurética (seiva), balsâmica (flor), depurativa 
(raiz), hemostática 
 Parietaria debilis Ka'apiky Diurética 
 
Múltiplo
Diálogos,
Francisco Silva Noelli 194 
 
Conclusão 
 
 
As informações e os resultados apresentados, apesar de serem 
bibliográficos e não terem neste trabalho a sistemática das metodologias de 
manipulação em voga, mostram que os guarani, podem oportunizar 
importantes contribuições à etnofarmacologia e à farmacologia, representando 
para a pesquisa histórica representa um importante meio de acesso às 
informações dispersas em milhares de páginas de publicações e documentos 
guardados em arquivos. Por outro lado, estes dados poderão servir a análises 
comparativas com outros falantes das línguas da família Tupi-guarani (TG) e 
do tronco Tupi que estão sendo estudados (Balée, 1994), bem como falantes 
de línguas não-Tupi, para verificar a difusão de espécies vegetais e práticas 
curativas no leste da América do Sul. 
A constatação de que a maioria das espécies tinham mais de uma 
função é um fator relevante, a exemplo do que já é conhecido entre a maioria 
dos povos estudados a partir da pesquisa etnobiologia, dando mostra do 
conhecimento botânico e da farmacologia Guarani. Em outra pesquisa (Noelli, 
1993), foi possível constatar que muitas dessas espécies tinham empregos 
dissociados de funções curativas, ampliando ainda mais o caráter 
multifuncional de cada planta (drogas vegetais, matéria-prima para elaboração 
de objetos variados, lenha, alimentação, enfeites). Considerando a antigüidade 
da ocupação Guarani no sul do Brasil, que pode ultrapassar a 2.000 (Noelli, 
1996), mais o período utilizado para a expansão territorial desde sua região de 
origem no sudoeste da Amazônia meridional, é provável que os guarani 
dominem parte considerável da sua etnofarmacologia há mais de 3.000 anos. A 
chave para confirmar essa hipótese está na pesquisa de lingüística comparada 
das relações entre as línguas TG, destacando a necessidade de se estudar a 
sistemática botânica das espécies vegetais e das drogas, relacionando-as às 
questões de saúde-doença, bem como o estudo comparado de práticas 
curativas, rituais xamanísticos e das cosmologias Tupi ligadas à essas questões. 
O estudo da etnofarmacologia guarani tem uma relação 
interdependente com o ambiente, especialmente se considerarmos que os 
guarani ocuparam continuamente, durante 2000 anos, em algumas regiões, um 
vasto espaço entre o norte de Corumbá e Buenos Aires (Brochado, 1984). 
Assim, diante das estratégias de manejo ambiental e da manutenção in natura 
da sua farmácia, podemos considerar que os guarani transportaram uma parte 
considerável de suas plantas, bem como deviam ir pesquisando as existentes 
nos novos territórios que foram sendo ocupados ao sul da Amazônia. Este 
processo paulatino de manejo deve ter contribuído para a dispersão e 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 195
aquisição de muitas espécies, enriquecendo a biodiversidade das regiões 
ocupadas. Com o genocídio pós-contato e com o abandono das áreas 
manejadas no meio da floresta, é possível que parte dessas plantas medicinais 
tenham-se mantido sem o cuidado humano e que parte tenha desaparecido na 
sucessão vegetacional ou no desmatamento causadopelos europeus e seus 
descendentes colonizadores do que hoje chamamos Brasil, Paraguai, 
Argentina. 
Por outro lado, a existência de diversas plantas com funções 
terapêuticas contra doenças, introduzidas pelos europeus na América do Sul 
após 1500 (p. ex.: gripe, varíola, sarampo, malária, tifo, febre amarela, doenças 
venéreas, tuberculose, cf. Cook, 1998; Cook & Lovell, 1992), comprova que os 
guarani possuíam um corpus estruturado e dinâmico de procedimentos 
sistemáticos para estudar a eficácia de cada planta. Em parte significativa dos 
casos, eles não conseguiram remédios que eliminassem definitivamente as 
novas enfermidades, apenas minoravam o seu efeito. Temos, como exemplo, 
as plantas usadas para reduzir os efeitos da malária, outra doença introduzida 
na América pelos europeus, da família Compositae (Erechtite hieracifolia e 
Hypochaeris sp.). Se considerarmos que o esforço de séculos da ciência 
ocidental para eliminar parte dessas mesmas doenças só começou a ter 
resultados significativos nos últimos 150-100 anos (Sournia & Ruffie, 1986, 
Kiple ed., 1995), os Guarani não ficaram em desvantagem "científica", pois 
pesquisaram por muito menos tempo. É importante lembrar que os Guarani 
tiveram que desenvolver essas drogas medicinais sob uma pressão 
incomensurável, devido à continuidade de guerras, epidemias, perseguições, 
desterritorialização e destruição ambiental. 
 
 
Agradecimentos: Este trabalho, em boa parte, é devido à organização 
inicial feita pela Profa. Beatriz Landa sobre as incontáveis informações 
(obtidas entre 1987 e 1992). As informações botânicas foram definidas e 
atualizadas com apoio dos Profs. Bruno Irgang, do Departamento de Botânica 
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Rodrigo Garcia. Seu formato 
é devido à Iriana Tanaka, que contribuiu para que o texto ficasse mais fácil de 
ser lido. Por fim, vários aspectos do conteúdo foram melhorados e corrigidos 
com a leitura crítica do Prof. Dr. João Carlos Palazzo Mello, do Departamento 
de Farmácia da Universidade Estadual de Maringá. 
Bibliografia 
 
 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Francisco Silva Noelli 196 
ARENAS, Pastor & MORENO-AZORERO, R. Plantas utilizadas como 
abortivas, contraceptivas, esterilizantes y fecundizantes por los 
indígenas del Paraguay. Revista de la Sociedad Cientifica del Paraguay, n. 16, 
v. 1-2:3-19. Asunción. 1976. 
BALÉE, William. Footprints in the forest. New York: Columbia University Press. 
1994. 
BERTONI, Moisés. Diccionário Botánico Latino-Guaraní y Guaraní-Latino. 
Asunción: Editorial Guaraní. 1940. 
BERTONI, Moisés. La civilización Guarani. Parte III: Etnografia. 
Conocimientos. La higiene Guarani y su importancia científica y 
práctica. La medicina Guarani. Puerto Bertoni: Ex Sylvis. 1927. 
BONPLAND, Aimé. Journal voyage de Sn. Borja a la Cierra y a Porto Alegre. Porto 
Alegre/Paris: Instituto de Biociências-UFRGS/CNRS. 1978. 
BROCHADO, José P. An ecological model of the spread of pottery and agriculture into 
Eastern South America. Urbana-Champaign, Univ. of Illinois. (PhD 
Thesis). 1984. 
BURKE, Peter. Popular culture in early Modern Europe. Cambridge: Cambridge 
University Press. 1978. 
CADOGAN, León. Breve contribuición al estudio de la nomenclatura Guarani en 
botánica. Asunción: Ministério de Agricultura y Ganadería/Servício 
Técnico Interamericano de Cooperación Agrícola. 1955 
CADOGAN, León. Cuadro estadígrafo de las maderas utiles del Paraguay. 
Revista de la Sociedad Científica del Paraguay, Asunción: n. 6, v. 2, 1947. 
CADOGAN, León. Ta-ngy puku. Aportes a la etnobotánica Guarani de 
algunas espécies arbóreas del Paraguay oriental. Suplemento Antropológico 
de la Revista del Ateneo Paraguayo, Asunción: n. 7, v. 1-2:7-59, 1973. 
CONKLIN, Beth A. O sistema médico Wari (Pakaanóva). In: Ricardo V. 
Santos & Carlos E. A. Coimbra Jr. (Orgs.). Saúde e povos indígenas. Rio de 
Janeiro: Fiocruz, 1994. 
COOK, Noble D. & LOVELL, W. George. Unraveling the web of disease. In: 
COOK, Noble D. & LOVELL, W. George (Eds.). “Secret judgments of 
God”. Old World disease in colonial spanish America. Norman, 
University of Oklahoma Press. 1992.. 
COOK, Noble D. Born to die. Cambridge: Cambridge University Press. 1998. 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 197
CROVETTO, Raul. Introducción a la etnobotánica aborigen del nordeste 
argentino. Etnobiológica, n. 11:1-10. 1968. 
ELISABETSKY, Elaine. Ethnopharcology: a technological development 
strategy. In: Darrell A. Posey & Willian L. Overal (orgs.). Ethnobiology: 
implications and aplications, vol. 2. Belém: SCT/CNPq/Museu 
Paraense Emílio Goeldi. 
ELISABETSKY, Elaine. Etnofarmacologia de algumas tribos brasileiras. In: 
Darcy Ribeiro (Ed.). Suma etnológica brasileira, n. 1:135-148. Petrópolis, 
Vozes. 1987. 
FRIEBRIG-GERTZ, C. Guarany names of paraguayan plants and animals. 
Revista del Jardín Botánico y Museo de História Natural del Paraguay, n. 2:99-
149. Asunción. 1923. 
GALLOIS, Dominique. A categoria "doença de branco": ruptura ou 
adaptação de um modelo etiológico indígena. In: Dominique Buchillet 
(Org.). Medicinas tradicionais e medicina ocidental na Amazônia. Belém: 
Museu Paraense Emílio Goeldi/CNPq/CEJUP/ UEP. 1991. 
GARCIA, Wilson G. Introdução ao universo botânico dos Kayová de Amambai. 
Descrição e análise de um sistema classificatório. São Paulo, 1985. (Tese 
de Doutorado defendida na Universidade de São Paulo). 
GARCIA, Wilson G. O domínio das plantas medicinais entre os Kayová de Amambai: 
Problemática das relações entre nomenclatura e classificação. São Paulo, 
1979. (Dissertação de Mestrado defendida na Universidade de São 
Paulo) 
GATTI, Carlos. Enciclopédia Guarani-Castellano de ciencias naturales y conocimientos 
Paraguayos. Asunción: Arte Nuevo, 1985. 
KIPLE, Kenneth F. (Ed.). The Cambridge World History of Human Disease. New 
York: Cambridge University Press. 1995. 
KÖENIGSWALD, Gustav von. Die Cayuás. Globus, Braunschweig, n. 93:376-
381. 1908. 
LANGDON, Esther J. Percepção e utilização da medicina ocidental entre os 
índios Sibundoy e Siona no sul da Colômbia. In: Dominique Buchillet 
(Org.). Medicinas tradicionais e medicina ocidental na Amazônia. Belém: 
Museu Paraense Emílio Goeldi/ CNPq/CEJUP/UEP. 1991. 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Francisco Silva Noelli 198 
LANGDON, Esther J. Representações de doença e itinerário terapêutico dos 
Siona da Amazônia colombiana. In: Ricardo V. Santos & Carlos E. A. 
Coimbra Jr. (Orgs.). Saúde e povos indígenas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1994. 
MELIÀ, Bartomeu & NAGEL, Liane Maria. Guaraníes y Jesuítas en tiempo de 
misiones: una bibliografía didáctica. Asunción: Cepag/Uri. 1995. 
MELIÀ, Bartomeu, GRÜNBERG, Georg & GRÜNBERG, Friedl. Los Pai-
Tavyterã: etnografía Guaraní del Paraguay contemporáneo. Asunción: 
Separata del Suplemento Antropológico de la Revista del Ateneo Paraguayo, 1976. 
MELIÀ, Bartomeu, SAUL, Marcos V. A & MURARO, Valmir F. O Guarani: 
uma bibliografia etnológica. Santo Ângelo: Fundação Nacional pró-
Memória/ Fundames, 1987. 
MIRAGLIA, Luigi. Caza, recolección y agricultura entre los indígenas del 
Paraguay. Suplemento Antropologico, Asunción: n. 10, v.1-2:9-91. 1975. 
MIRAGLIA, Luigi. Gli Avá, i Guayakí ed i Tobas (indigeni dei Paraguay e 
regioni limitrofe). Annali Lateranensi, Vaticano, n. 5:253-378. 1941. 
MÜLLER, Franz. Drogen und Medikamente der Guarani - (Mbyá, Pai und 
Chiripá) Indianer im östlichen Waldgebiete von Paraguay. Festschrift P. W. 
Schmidt. Wien, s.e. 1928. 
MÜLLER, Franz. Etnografia de los Guarani del Alto Paraná. Rosario: Societatis 
Verbi Divini, 1989. 
NOELLI, Francisco S. A contribuição de Carlos Gatti à etnobiologia e 
etnoecologia Guarani. Universidade e Sociedade, Maringá, n. 17:73-16, 
1998. 
NOELLI, Francisco S. As hipóteses sobre o centro de origem e rotas de 
expansão dos Tupi. Revista de Antropologia, São Paulo, n. 39, v.2:7-54, 
1996. 
NOELLI,Francisco S. Sem Tekohá não há Tekó (Em busca de um modelo 
etnoarqueológico da aldeia e da subsistância Guarani e sua aplicação a 
uma área de domínio no delta do Jacuí-RS), Porto Alegre, 1993. 
(Dissertação de mestrado defendida na Pontifícia Universidade Católica 
do Rio Grande do sul). 
PERASSO, Jose A. Ayvukue rape. El Camino de las almas. San Lorenzo: Museo 
"Guido Boggiani". 1992. 
REICHEL-DOLMATOFF, Gerardo. Algunos conceptos de geografía 
chamanística de los índios Desana de Colômbia. In: Tekla Hartmann & 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia Guarani através de informações históricas 199
Vera Penteado Coelho (Orgs.). Contribuições à Antropologia em homenagem 
ao Professor Egon Schaden. São Paulo: Coleção Museu Paulista-USP. 1981. 
SCHULTES, Richard E. & HOFFMANN, Albert. Plantas de los Dioses. 
Orígenes del uso de los alucinógenos. México : Fondo de Cultura 
Económica, 1993. 
SCHUSTER, Adolf. Paraguay. Land, Volk, Geschichte, Wirtschaftsleben und 
Kolonisation. Sttugart: Strecker und Schroder Verlag, 1929. 
SOURNIA, Jean-Charles & RUFFIE, Jacques. As epidemias na história do homem. 
Porto: 70, 1986. 
STORNI, Julio. Hortus Guaraniensis: Flora. Tucumán: Universidad del 
Tucumán. 1944. 
STRELNIKOV, I. D. Les Kaa-iwuá du Paraguay. Atti del XXII Congresso Internazionale 
degli Americanisti, vol. 2:333-336. 1928. 
Diálogos, DHI/UEM, 02: 177-199, 1998. 
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Alternanthera sp
	AQUIFOLIACEAE
	Ka'achiri
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Anthurium sp
	Asclepias curassavica
	BASELLACEAE
	Begonia sp
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Hypochaeris sp
	Ipomoea batatas
	Jety
	Cuscuta sp
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Lepidium bonariense
	Cayaponia sp
	Cyperus rotundus
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Euphorbia sp
	Purgante (semente), depurativa (raiz), rejuvenescedora, arom
	Andropogon sp
	Cynodon sp
	Gynerium saggittatum
	Luziola sp
	Panicum sp
	Hypericum connatum
	Myriophyllum brasiliense
	Mentha piperita
	Mentha pulegium
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Ocotea sp
	Calopogonium sericeum
	Inga sp
	Enterolobium contortisiliquum
	Parapiptadenia rigida
	Aloe arborescens
	Smilax sp
	Buddleia brasiliensis
	Strychnos brasiliensis
	Abutilon molle
	Abutilon pauciflorum
	Abutilon umbeliflorum
	Abutilon sp
	Gossypium sp
	Sida rhombifolia
	Cabralea cangerana
	Trichilia elegans
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Cissampelus sp
	Cecropia catharinensis
	Chlorophora tinctoria
	Dorstenia brasiliensis
	Ficus sp
	Psidium guajava
	Pisonia aculeata
	Oenothera mollissima
	Myrocarpus frondosus
	Piper sp
	Petiveria alliacea
	Phytolacca dioica
	Seguieria sp
	Plantago australis
	Diurética (folha, raiz), adstringente, gargarejo
	Plantago tomentosa
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Polypodium vaccinifolium
	Eichhornia azurea
	Eichhornia crassipes
	Portulaca oleracea
	Muehlenbeckia sp
	Clematis dioica
	Rubus brasiliensis
	Borreria verticillata
	Bulbostylis capillares
	Randia armata
	Esenbeckia grandiflora
	Fagara hiemalis
	Ruta graveolens
	Jodina rhombifolia
	Cardiospermum grandiflorum
	Serjania sp
	FAMÍLIA
	ESPÉCIE
	ATIVIDADE BIOLÓGICA
	Scoparia dulcis
	Cestrum sp
	Physalis alkekengi
	Solanum fastigiatum
	Solanum paniculatum
	Luehea divaricata
	Triumfetta semitriloba
	Turnera diffusa
	Turnera ulmiflora
	Turnera pumileoides
	Turnera weddeliana
	Trema micrantha
	Boehmeria sp
	Parietaria debilis

Continue navegando