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Língua Inglesa Compreensão e Produção de Textos - Livro-Texto Unidade I

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Prévia do material em texto

Autores: Profa. Simone Camacho Gonzalez
 Prof. Carlos Renato Lopes
Colaboradoras: Profa. Cielo Festino 
Profa. Joana Ormundo
Língua Inglesa: 
Compreensão e Produção 
de Textos
Professores conteudistas: Simone Camacho Gonzalez / Carlos Renato Lopes
Simone Camacho Gonzalez possui graduação em Letras pela Faculdade Ibero-Americana de Letras e Ciências 
Humanas (1989) e Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de 
São Paulo (2004). Atualmente, é professora, coordenadora dos Laboratórios de Língua Inglesa e coordenadora auxiliar 
do Curso de Letras da Universidade Paulista – UNIP. Tem experiência na área da Educação, com ênfase em Linguística 
Aplicada – ensino-aprendizagem de Língua Inglesa, atuando principalmente nas seguintes áreas de conhecimento: 
formação do professor, interação professor-aluno, processo de ensino-aprendizagem, representação e metodologias 
de ensino. Possui experiência em coordenação de cursos de graduação, elaboração de material didático, gravação 
de aulas e tutoria de plataforma virtual em curso de graduação e pós-graduação na modalidade EAD. Seu currículo 
completo está disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4771651E8>.
Carlos Renato Lopes possui bacharelado e licenciatura em Letras (com habilitação em Português) e Linguística 
pela Universidade Estadual de Campinas (1989), e em Inglês pela Universidade de São Paulo (1996). É mestre (2000) e 
doutor (2007) em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo e desenvolveu pesquisa 
de pós-doutorado nessas mesmas áreas e universidade (2010). Tem experiência nas áreas de ensino de Língua 
Inglesa, Linguística Aplicada, análise do discurso e letramentos, com ênfase em elaboração de material didático. Atua 
principalmente nos seguintes temas: lendas urbanas, cultura popular, teorias pós-estruturalistas, teorias críticas da 
linguagem e do conhecimento, estudos de mídia e conflitos epistemológicos na educação. Seu currículo completo está 
disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773522A5>. 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
G693l Gonzalez, Simone Camacho 
Língua inglesa: compreensão e produção de textos / Simone 
Camacho Gonzalez; Carlos Renato Lopes - São Paulo: Editora Sol, 2012. 
188 p., il.
Notas: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-057/13, ISSN 1517-9230.
1. Língua inglesa 2. Inglês - compreensão. 3. Inglês – produção 
de textos. I.Título.
CDU 801
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Profa. Melissa Larrabure
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Cid Santos Gesteira (UFBA)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Sueli Brianezi Carvalho
 Amanda Casale
Sumário
Língua Inglesa: Compreensão e Produção de Textos
APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................7
INTRODUçãO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 CONCEPçãO DE LEITURA ..............................................................................................................................11
2 LEITURA INSTRUMENTAL.............................................................................................................................. 14
3 ESTRATÉGIAS DE LEITURA ............................................................................................................................ 15
3.1 Estabelecer objetivos ......................................................................................................................... 16
3.2 Conhecimento prévio ......................................................................................................................... 18
3.3 Cognatos .................................................................................................................................................. 20
3.4 Skimming ................................................................................................................................................. 28
3.5 Scanning .................................................................................................................................................. 30
3.6 Afixos ......................................................................................................................................................... 34
3.7 Análise do contexto ............................................................................................................................. 41
3.8 Uso do dicionário ................................................................................................................................. 43
3.9 Praticando as estratégias de leitura instrumental .................................................................. 46
4 A ESCRITA DE UM PARáGRAFO ................................................................................................................. 56
4.1 Escrita processual: conceito ............................................................................................................. 56
4.2 Escrita processual e revisão de texto ........................................................................................... 57
Unidade II
5 REVISãO DAS ESTRUTURAS GRAMATICAIS ELEMENTARES DA LíNGUA INGLESA ................ 65
5.1 Simple present ....................................................................................................................................... 66
5.2 Present progressive .............................................................................................................................. 79
5.3 Simple past and past progressive .................................................................................................. 83
5.4 Future tense ............................................................................................................................................ 95
6 GêNEROS TEXTUAIS: IDENTIFICAçãO, LEITURA E ESCRITA ...........................................................103
7 FOCO EM GêNEROS TEXTUAIS ESPECíFICOS ...................................................................................... 112
7.1 Gêneros textuais virtuais................................................................................................................. 112
7.2 Gêneros textuais jornalísticos .......................................................................................................130
7.3 Gêneros textuais de opinião ..........................................................................................................143
7.4 Gêneros textuais literários ..............................................................................................................148
8 GêNEROS TEXTUAIS ACADêMICOS .......................................................................................................1607
APReSenTAção
Caro aluno(a),
seja muito bem-vindo(a) a mais uma disciplina do seu curso de Graduação de Letras – Licenciaturas 
das Línguas Portuguesa e Inglesa.
Agora que você já nos conhece um pouco, que tal sabermos exatamente do que trata essa nossa 
disciplina de LICPT?
É muito importante que você tenha plena ciência dos objetivos e do conteúdo da disciplina a qual 
estudará neste momento. Portanto, vamos dedicar um tempo a isso.
Os objetivos gerais desta matéria levará o aluno a aplicar as estratégias de leitura instrumental em 
Língua Inglesa a fim de que possa reconhecer e construir sentido a partir da leitura de diversos gêneros 
textuais. Proporcionará o desenvolvimento da escrita em Língua Inglesa por meio da produção mediada 
de diversos gêneros textuais. 
Já os objetivos específicos é estimular a leitura e a compreensão de textos em Língua Inglesa, 
sobretudo de textos autênticos e atuais, contextualizados, além de:
• desenvolver a atividade inferencial;
• enriquecer o repertório vocabular do aluno por meio da leitura frequente;
• estimular a produção escrita de diversos gêneros textuais;
• levar o aluno a refletir sobre as questões social, econômica e cultural que subjazem ao texto escrito;
• revisitar conceitos de morfossintaxe da língua inglesa a partir da análise de textos; e
• incentivar a produção oral para a discussão dos textos apresentados.
Para que a leitura instrumental no final deste curso seja eficaz, haverá a apresentação, discussão 
teórica, exemplificação por meio de textos autênticos e prática das estratégias de leitura instrumental 
em língua estrangeira, sob a perspectiva da concepção dialógica da língua, isto é, a identificação de 
autor e leitor como atores sociais que dialogam entre si. 
As estratégias a serem abordadas são:
• objetivo(s) da leitura;
• ativação do conhecimento prévio;
• prediction;
• reconhecimento das palavras cognatas;
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• skimming;
• scanning;
• estudo dos afixos: prefixos e sufixos;
• análise do contexto: implicações históricas, sociais e culturais que se coadunam na produção de sentido 
de um texto; e
• uso do dicionário.
Além disso, vamos estudar a escrita de um parágrafo: 
• escrita processual: primeira versão – revisão do texto – versão final, em uma abordagem colaborativa, 
visando ao desenvolvimento da autonomia do aluno;
• produção mediada de textos escritos; e
• revisão das estruturas morfossintáticas elementares da Língua Inglesa, com ênfase nos aspectos 
socioculturais da estrutura do discurso. Leitura e produção de textos objetivando a construção de sentido.
Em foco, os tempos verbais:
• Simple present;
• Present progressive;
• Simple past;
• Past progressive;
• Simple future;
• “Going to” future.
Também veremos os gêneros textuais: identificação, leitura e escrita; faremos uma revisita ao 
conceito de gênero textual e apresentaremos textos autênticos de diversos gêneros textuais e análise de 
como esses gêneros expõem o funcionamento da sociedade.
Em foco:
• Gêneros textuais virtuais;
• Gêneros textuais jornalísticos;
• Gêneros textuais de opinião;
• Gêneros textuais literários;
• Gêneros textuais acadêmicos.
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Muito bem, caro aluno, fica claro então que o papel desta disciplina é desenvolver a leitura e a 
produção escrita em Língua Inglesa. Para isso teremos de estudar, e estudar muito! Está disposto(a)? 
Tenho certeza de que está! E para deixá-lo(a) ainda mais motivado, eis o que Paulo Freire diz sobre 
o ato de estudar: 
Figura 1
Esta atitude séria e curiosa na procura de compreender as coisas e os fatos 
caracteriza o ato de estudar. (...) Um texto para ser lido é um texto para ser 
estudado. Um texto para ser estudado é um texto para ser interpretado. Não 
podemos interpretar um texto se o lemos sem atenção, sem curiosidade; se 
desistimos da leitura na primeira dificuldade. (...) Se um texto às vezes é difícil, 
insiste em compreendê-lo. (...) Estudar exige disciplina. Estudar não é fácil 
porque estudar é criar e recriar é não repetir os que os outros dizem. Estudar 
é um dever revolucionário! (FREIRE, 2003, p. 58-59).
Apresentações feitas, caro aluno, vamos agora à Introdução da nossa disciplina LICPT.
InTRodução
No processo de aprendizagem, só aprende verdadeiramente aquele que se apropria 
do aprendido, transformando-o em apreendido, com o que pode, por isso mesmo, 
reinventá-lo; aquele que é capaz de aplicar o aprendido-apreendido a situações 
existenciais concretas (FREIRE in: KLEIMAN, 2004, p. 83). 
Conforme já vimos na Apresentação, a disciplina Língua Inglesa: Compreensão e Produção 
de Textos tem como principal objetivo desenvolver as habilidades de escrita e leitura em língua 
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inglesa, promovendo a oportunidade de você se familiarizar com uma variedade de gêneros 
textuais em inglês.
Acreditamos que só se aprende a ler e a escrever praticando, seja qual for a língua. Assim, mais do 
que qualquer coisa, você está convidado aqui a praticar leitura e produção de tipos de textos que estão 
presentes em seu cotidiano, aproximando-os, assim, de sua realidade.
E aqui está um ponto crucial no seu processo de ensino-aprendizagem: observe que uma disciplina 
que visa a levar o aluno a desenvolver habilidades e competências de leitura e escrita é uma disciplina 
que agrega conhecimento e enriquece o repertório cultural tanto no aspecto profissional quanto no 
aspecto pessoal. 
Tornar-se um leitor competente lhe confere maior acessibilidade aos seus direitos enquanto 
cidadão e a uma inclusão atuante, dinâmica, responsiva e responsável na sociedade. Quando essa 
competência de leitura e escrita ocorre não apenas em sua língua-mãe, mas também em língua 
inglesa – idioma da comunicação global – os acessos descritos anteriormente ganham dimensões 
ainda maiores.
Nossa intenção é, portanto, que você desenvolva maior autonomia ao lidar com textos em 
inglês, sendo capaz de ler e produzir textos de diversas naturezas – jornalísticos, virtuais, literários, 
acadêmicos –, para públicos e propósitos específicos. Esperamos deixá-lo(a), ao final do curso, 
com um “gostinho de quero mais”, motivando-o(a) a ler e escrever mais, e com mais segurança, 
na língua estrangeira. 
Figura 2 - Happy readings and writings to you!
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Língua IngLesa: Compreensão e produção de TexTos
Unidade I
1 ConCePção de LeITuRA
Figura 3 – O leitor eficiente é um descobridor de sentidos
Uma vez que vamos estudar leitura ao longo da disciplina LICPT, creio ser fundamental deixar claro 
qual concepção de leitura subjazerá aos nossos estudos. Trata-se da concepção dialógica da língua e 
nela, segundo Koch e Elias (2007), os sujeitos (autor e leitor) são vistos como atores sociais que, por meio 
da dialogicidade, constroem-se e são construídos no texto. 
 Saiba mais
Caro aluno, para compreender ainda melhor esse conceito de 
dialogicidade, fundamental para que entendamos o ato de ler como um 
ato de (re)construção de sentido, leia Pedagogia do Oprimido, de Paulo 
Freire. Para aguçar sua curiosidade, reflita sobre uma frase do capítulo 3: 
“O diálogo é o encontro entre os homens, mediatizados pelo mundo para 
pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu”. 
A interação permite a constituição dos interlocutores como agentes ativos, construtores de sentido 
e, portanto, envoltos em uma gama de implícitos que só podem ser percorridos levando-se em conta o 
contexto sociocognitivo desses interagentes. 
Essa concepção de leitura descarta a ideia de que o autor do texto é detentor de um sentido único e 
o que escreve é verdade absoluta e incontestável; descarta também a ideia de que o texto é um produto 
final sedimentado em uma estrutura linguística e que, portanto, a leitura é uma atividade linear e o 
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leitoré aquele que tem como papel decodificar os signos linguísticos sem questionar ou refletir 
sobre eles.
Na perspectiva de leitura que assumiremos em nossos estudos 
[...] o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e não algo que 
preexista a essa interação. A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente 
complexa de produção de sentidos, que se realiza evidentemente com base 
nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de 
organização, mas requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes no interior 
do evento comunicativo (KOCH e ELIAS, 2007, p. 11).
De uma maneira bem simples e até um pouco lúdica, podemos tomar o seguinte texto para 
exemplificar o que foi dito acima. Leia-o atentamente:
A galinha da vizinha botou hoje sete ovos vermelhos.
Se fizermos uma leitura do ponto de vista de decodificação linguística, basta conhecermos 
a estrutura gramatical da língua portuguesa e o significado das palavras do texto e, pronto, a 
leitura está feita.
Já uma leitura que concebe o autor do texto como o dono do sentido desse texto resulta, no máximo, 
em uma reação de surpresa da parte do leitor, mas o que está escrito é tomado como verdade e como 
produto final.
Na perspectiva dialógica, interacional da leitura, o leitor coloca-se como coconstrutor do sentido do 
texto e, de pronto, questiona-o:
- É mesmo possível que uma galinha bote sete ovos em um só dia?
- As cascas dos ovos de uma galinha podem ser naturalmente vermelhas?
- Quem deu essa informação?
- Alguém constatou o fato?
- Quem é essa vizinha? É vizinha de quem?
Ou seja, os questionamentos, a reflexão, a ativação dos conhecimentos prévios (aspecto que 
será discutido logo mais) para a construção de sentido devem ocorrer na constituição da tríade 
autor-(con)texto-leitor. Daí apreende-se que o leitor não pode ser um receptor passivo, mas sim 
um sujeito ativo que deve colocar seus conhecimentos em processo de interação, segundo afirma 
Koch e Elias (2007).
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Língua IngLesa: Compreensão e produção de TexTos
Observe, no trecho abaixo, como a leitura é vista pelos PCNs:
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão 
e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre 
o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem e a língua, de 
uma análise do contexto social, cultural, econômico e político. Não se trata de 
extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se 
de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e 
verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos 
que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante 
de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no 
texto suposições feitas (BRASIL, 1998, p. 69-70).
Bem, aluno, você deve ter notado que o trecho acima faz parte do PCN de língua portuguesa, no 
entanto, a questão da leitura é universal e Fonseca (2005) afirma que
[...] a leitura vem readquirindo posição de destaque no ensino de línguas: ela é 
fonte de diversos tipos de informação sobre a língua estrangeira, o povo que a 
fala e sua cultura, além de ser o contexto ideal para apreensão de vocabulário e 
sintaxe em contextos significativos, permitindo ao aprendiz mais tempo para a 
resolução de problemas e a assimilação das novas informações apresentadas. A 
leitura, portanto, é fundamental ao aperfeiçoamento das demais habilidades e à 
expansão do conhecimento (FONSECA, 2005, p. 4 e 5).
Por fim, não podemos deixar de enfatizar o quanto a leitura contribui para a formação e pleno 
exercício da cidadania, quando compreendida à luz das perspectivas teóricas discutidas acima.
Celce (2010) afirma que o domínio da leitura e da escrita pode proporcionar ao indivíduo a 
participação integral na economia global e o exercício de seus direitos e de suas responsabilidades. 
Segundo a estudiosa, saber ler e escrever em um idioma pode garantir:
• Acesso à informação, recursos, eventos, empregos, o que é uma maneira de poder fazer parte do mundo;
• Capacidade de livre expressão de ideias e opiniões, onde o autor pode ter a confiança de que será ouvido, 
pois se comunica bem. A isto se denomina “ter voz” e é um dos pontos mais importantes para a construção 
da cidadania.
• Capacidade de tomada de decisão, resolução de problemas, negociações. Independência e liberdade de 
expressão. Em resumo: autonomia.
• Construção de uma ponte para o futuro, considerando que, no momento em que o indivíduo aprende a 
aprender ele estará sempre apto a se manter atualizado em relação às mudanças do mundo.
Creio, aluno(a), que você deve estar pensando: “ler é fundamental na aquisição de língua estrangeira 
e a concepção de leitura aqui apresentada certamente coloca o leitor em uma posição ativa, dinâmica, 
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de construtor do saber e em pleno exercício de sua cidadania. O saber, por sua vez, dá autonomia e 
liberdade de decisão e de escolha a quem o tem. Mas como farei leituras em língua inglesa neste nível 
de profundidade, de reflexão e articulação de saberes se nem mesmo domino as estruturas da língua? 
Se nem mesmo possuo um bom vocabulário?”.
É neste ponto que entra a leitura instrumental, nossa principal ferramenta de ensino-aprendizagem a 
partir de agora. Ao compreender e se familiarizar com as estratégias da leitura instrumental, você 
perceberá que é possível sim ler textos autênticos em língua inglesa ainda que seu conhecimento 
linguístico do idioma não seja avançado. E, no momento em que você se perceber lendo em 
inglês, perceberá também que essa prática por si só o levará a um aumento de vocabulário e 
uma compreensão cada vez mais ampla e articulada das estruturas da língua inglesa. É a ação da 
prática sobre o conhecimento.
E então, aluno, pronto para esse desafio?
Vamos aprender a ler o mundo em inglês?
Ouvi sim como resposta! Portanto, vamos entender o que é leitura instrumental.
2 LeITuRA InSTRumenTAL
 Figura 4 - A leitura instrumental é como uma lupa: ela desvenda, revela, desvela o que a olhos nus não conseguíamos ver...
O que hoje se entende por leitura instrumental a serviço do ensino-aprendizagem de língua inglesa 
teve sua origem com o livro English for specific purposes (1989), de Allan Waters e Tom Hutchinson. A 
tradução do título do livro é “Inglês para propósitos específicos” e a obra, fundamentalmente, apresenta 
aos seus leitores estratégias de leitura em língua estrangeira que têm como objetivo levar o leitor a 
compreender e interpretar textos mesmo sem ter um domínio proficiente do idioma.
Para que essas estratégias de leitura possam ser articuladas pelos leitores, faz-se necessário 
o entendimento da concepção de leitura que foi apresentada anteriormente, isto é, o ato de ler 
compreendido como uma atividade interacional de produção de sentido.
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Língua IngLesa: Compreensão e produção de TexTos
Se você, caro aluno, entender bem o que é leitura instrumental perceberá que, em pouco tempo, 
desenvolverá a habilidade de leitura e compreensão em textos de língua inglesa em um nível bastante 
interessante. Para que isso ocorra, em primeiro lugar, responda a uma pergunta:
Quando você está lendo para si mesmo, em português, sua língua-mãe, fica preocupado com a 
correta pronúncia das palavras, fica pensando nas constituições morfológicas, procura analisar as 
estruturas gramaticais de cada frase?
Provavelmente sua resposta foi “não”.
Pois bem, esse é o princípio da leitura instrumental. Pare de ficar mensurando o quanto de inglês 
você sabe, o quanto de vocabulário possui e quão profundamente você conhece a gramática da língua 
inglesa1 e se atente às estratégiasde leitura instrumental que lhe serão apresentadas a partir de agora. 
Coloque-as em prática e, ao final desta disciplina, você constatará que é capaz de ler em inglês e de 
apreender muito mais informação do que jamais pôde imaginar.
3 eSTRATéGIAS de LeITuRA
Figura 5
Há elementos norteadores de leitura que consideram a característica fluida da linguagem e seu 
produtor – o homem – como sujeito sócio-historicamente constituído (VYGOTSKY, 2000). Esses 
elementos levam em conta também que tanto autor quanto leitor são, ambos e em concomitância, 
produtores de sentido do texto.
Vejamos, então, quais são as ações que devem fazer parte da atividade leitura de um texto; nesse 
nosso contexto, leitura de um texto em língua estrangeira.
1 É claro que, como futuro professor de língua inglesa, é fundamental que você domine todas as estruturas do 
idioma. Neste momento, no entanto, nosso foco é outro: ele visa o desenvolvimento da habilidade de leitura, que o ajudará 
no desenvolvimento das demais habilidades.
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3.1 estabelecer objetivos 
Figura 6
O leitor deve, previamente à leitura de qualquer texto, estabelecer os objetivos que os levaram 
a ler aquele texto. Não raro, o leitor perde-se na compreensão de um texto porque os objetivos 
não foram bem traçados. Há uma simples pergunta que norteia a atividade de compreensão de 
um texto:
O que quero saber/conhecer a partir desse texto?
Que informação eu quero dele?
Respostas dadas, o leitor pode direcionar o texto ao alvo pretendido, sem divagar por searas alheias 
ao objetivo traçado.
Tenha em mente que a leitura ocorre de modo diferente para finalidades diferentes. As razões que 
nos levam a ler diferentes textos influenciam – e muito – na maneira como os lemos.
Muitas vezes, deparamo-nos com um texto em inglês e, ao bater os olhos sobre ele dizemos: “Nossa! 
Não entendo nada! Que língua difícil. Não é possível ler.” E dizemos isso sem ter estabelecido o que 
queremos daquele texto. É muito provável que, se o tivéssemos feito, encararíamos o texto de forma 
diferente, mais tranquilos, buscando por aquilo que nos interessa saber e deixando em segundo plano 
as informações que, naquele momento, não nos interessam.
Vamos fazer um exercício prático?
Vamos supor que você está procurando por um programa para o final de semana e se deparou com 
o seguinte texto em inglês.
Antes de mais nada: qual é seu objetivo? 
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Língua IngLesa: Compreensão e produção de TexTos
Resposta: saber do que se trata para decidir se vai ou não ao evento. Agora, tendo esse objetivo em 
mente, leia o texto abaixo:
Figura 7
Everyone’s falling HEAD OVER HABIT for SISTER ACT, Broadway Theater’s feel-amazing 
musical comedy that takes the beloved film to hilarious new heights!
AUDIENCES OF ALL AGES will adore this high-energy hit, which features an uplifting 
new score by 8-time Academy Award winner ALAN MENKEN mixing the sounds of 
disco, soul, funk, R&B and Broadway. WOR Radio says “YOU’LL BE DANCING IN THE 
AISLES ALL NIGHT!”
Tickets available online at a special offer: U$ 25.00 to 50.00. Mastercard and 
Visa accepted. 
Two presentations every Saturday and every Sunday: 5:00pm and 8:00pm.
Veja se você consegue atingir o objetivo traçado, respondendo às seguintes 
perguntas: Qual é o evento? Qual é o gênero? Onde está sendo apresentado? Quanto 
custa? A que horas começa?
Estas são as respostas: Trata-se de uma peça de teatro (Broadway Theater) musical 
e engraçada (musical comedy). Está sendo apresentada no Teatro Broadway às 17h00 e 
20h00 e os preços estão entre 25 e 50 dólares.
Você agora está pronto para decidir se pode/quer ou não ir e não precisou compreender o 
texto todo. Bastou definir os objetivos e procurar por palavras-chaves que lhe dão a informação 
pretendida.
A essa estratégia, somam-se outras. Vejamos.
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3.2 Conhecimento prévio
Figura 8 - O conhecimento prévio é tudo o que aprendemos e apreendemos no nosso navegar pela vida. Quanto mais passeamos 
pelas águas do saber, mais conhecimento agregamos, mais entendimento temos do mundo que nos acolhe. O cerne da aprendizagem 
está em agregar novas informações ao nosso conhecimento prévio
A atividade de leitura requer que seu agente, o leitor, acione seus conhecimentos prévios e, por 
meio deles, produza sentido. Os conhecimentos prévios podem ser relacionados da seguinte forma:
Conhecimento linguístico: condiz com o conhecimento do idioma no qual o texto foi produzido. 
O conhecimento linguístico abrange a área fonética-fonológica, morfológica, sintática e semântica de 
uma determinada língua. Sem esse conhecimento, não há a condição mínima de produção de sentido. 
E quanto mais e melhor conhecemos o idioma do texto que estamos lendo, maiores as condições de 
compreensão. 
Conhecimento enciclopédico: aquele adquirido por meio de ensino-aprendizagem formal, isto é, 
as questões factuais do mundo em que vivemos e das quais tomamos conhecimento via escola, livros, 
palestras, noticiários etc.
Conhecimento de mundo: diz respeito ao conhecimento das normas institucionais, sociais 
e culturais; diz respeito também às nossas crenças, valores e representações. É adquirido por 
meio da (con)vivência com as pessoas da nossa família, comunidade, sociedade. O produto dessa 
convivência é a experiência acumulada ao longo de nossa formação como ser sócio-historicamente 
constituído.
Todos esses conhecimentos devem ser acionados na atividade de leitura e determinarão o sentido 
que será produzido dela. A partir daí é importante ressaltar que a leitura não é um artefato pronto, mas 
um processo que se inicia quando se ativa os conhecimentos prévios a fim de se fazer dela um evento 
comunicativo.
Vamos a outro exercício prático: leia o texto abaixo e ative seus conhecimentos prévios. A seguir, 
responda: do que se trata?
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Figura 9
We’ll share our tomorrows and all that it holds...
Together with our parents we invite you with your family with great pleasure to our 
wedding ceremony on Saturday, 19th March 2011at 10am, at Saint Joseph Church, New 
Jersey.
After the ceremony we’ll be happy to have you in our Buffet party (address and directions 
enclosed).
Liz Johnson Brad Smith
Pois bem, aluno, tenho certeza de que você respondeu que se trata de um convite de casamento. E 
para chegar a tal conclusão, você acionou seus conhecimentos prévios. 
Começando pela imagem – que é parte integrante do texto – podemos identificar um casal com 
trajes nupciais. Identificamos os trajes por conta de nosso conhecimento de mundo. A essa informação 
agregamos nosso conhecimento linguístico que, mesmo se limitado, ainda assim há palavras cognatas2 
– tais como ceremony, buffet, family, que nos remetem a um texto de um convite de casamento. A 
disposição do texto e os nomes próprios (de uma mulher e de um homem, por inferência, os noivos) no 
final do texto – indicadores de um gênero textual3 – também nos levam à conclusão final.
 observação
Aluno, atente para a definição de inferir: tirar uma conclusão a partir 
de fatos, contexto, princípio. É bem diferente de adivinhar, que significa 
predizer o futuro, pressentir, descobrir algo por meios sobrenaturais.
2 Sobre cognatos discutiremos com maiores detalhes ainda nesta unidade.
3 Sobre gêneros textuais discutiremos na Unidade 3 deste livro-texto.
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A partir daí, caso tivéssemos recebido o convite, poderíamos detectar as informações necessárias 
para comparecermos à cerimônia, isto é, dia, hora e local. Isso tudo sem necessariamente sermos fluentes 
em língua inglesa,mas fazendo uso das estratégias de leitura instrumental.
Vamos a mais uma?
3.3 Cognatos
Figura 10
Aluno, você sabe o que são cognatos? Talvez falsos cognatos lhe seja um termo mais familiar. 
Lembro-me que quando era aprendiz de língua inglesa eu ficava muito apreensiva toda vez que me 
deparava com uma palavra em inglês que fosse parecida com um vocábulo da língua portuguesa. Sem 
pestanejar vinha-me à cabeça: “Não, restaurant não deve ser restaurante. Deve ser um falso cognato!”
Isso acontecia porque muito se enfatizava sobre os perigos de cometermos erros crassos por 
considerar palavras conhecidas como cognatas.
Muito tempo se passou até que constatei que os cognatos são em número expressivamente maior 
do que os falsos cognatos. A razão é bem simples: a língua portuguesa tem como origem o latim e a 
língua inglesa moderna (modern English) sofreu fortes e significativas influências do latim. Portanto, 
é absolutamente natural que os dois idiomas tenham preservado palavras em comum, que ao longo 
do tempo sofreram modificações de acordo com a estrutura morfológica de cada idioma, mas que se 
configuram de forma bem semelhante, pois têm a mesma raiz etimológica.
Assim, é evidente que devemos estar atentos aos falsos cognatos, mas é fundamental utilizar os 
cognatos como ferramenta para a leitura instrumental.
Por exemplo, no tópico do conhecimento prévio (3.2) observamos o exemplo do convite de casamento 
e constamos a presença dos cognatos ceremony, buffet, family. Constatamos também que eles nos 
ajudaram na inferência textual.
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Daqui para frente, se pararmos em cada texto para observar os cognatos, sem dúvida a leitura ficará 
mais fácil, pois eles podem nos dar suporte para uma construção de sentido mais consistente.
Finalmente, cabe observar que há, basicamente, dois tipos de cognatos: aquelas palavras que têm 
grafias idênticas, tais como hotel, chocolate, sofá, radio, digital, crime, entre muitas outras e as de grafia 
semelhante, tais como music, television, student, technology, electronic, activity, communication etc., 
mas nem por isso mais difíceis na identificação.
E, sim, identificar os cognatos e utilizá-los como aliados para a construção de sentido de um texto 
em língua estrangeira é uma estratégia de leitura instrumental.
Vamos fazer um exercício prático, mas antes, disponibilizo para você uma relação dos principais 
falsos cognatos, disponível em: <http://www.sk.com.br/sk-fals.html>. Acesso em 2 abr. 2012.
Por que apresento uma relação de falsos cognatos e não uma relação de cognatos, propriamente 
ditos?
É simples: o número de cognatos é muito maior do que o número de falsos cognatos. Assim, tendo 
acesso aos falsos, você já sabe que as demais palavras parecidas são realmente o que parecem ser.
Quadro 1
INGLÊS - PORTUGUÊS PORTUGUÊS - INGLÊS 
Actually (adv) - na verdade..., o fato é que... 
Adept (n) - especialista, profundo conhecedor
Agenda (n) - pauta do dia, pauta para discussões
Amass (v) - acumular, juntar 
Anticipate (v) - prever; aguardar, ficar na expectativa 
Apology (n) - pedido de desculpas 
Application (n) - inscrição, registro, uso 
Appointment (n) - hora marcada, compromisso profissional 
Appreciation (n) - gratidão, reconhecimento 
Argument (n) - discussão, bate boca
Assist (v) - ajudar, dar suporte 
Assume (v) - presumir, aceitar como verdadeiro 
Attend (v) - assistir, participar de 
Audience (n) - plateia, público 
Balcony (n) - sacada 
Atualmente - nowadays, today 
Adepto – supporter
Agenda - appointment book; agenda 
Amassar - crush 
Antecipar - to bring forward, to move forward 
Apologia - elogio, enaltecimento 
Aplicação (financeira) - investment 
Apontamento - note 
Apreciação - judgement 
Argumento - reasoning, point 
Assistir - to attend, to watch
Assumir - to take over 
Atender - to help; to answer; to see, to examine 
Audiência - court appearance; interview 
Balcão - counter
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Baton (n) - batuta (música), cacetete
Beef (n) - carne de gado 
Cafeteria (n) - refeitório tipo universitário ou industrial 
Camera (n) - máquina fotográfica 
Carton (n) - caixa de papelão, pacote de cigarros (200) 
Casualty (n) - baixa (morte fruto de acidente ou guerra), 
fatalidade 
Cigar (n) - charuto 
Collar (n) - gola, colarinho, coleira 
College (n) - faculdade, ensino de 3º grau 
Commodity (n) - artigo, mercadoria
Competition (n) - concorrência 
Comprehensive (adj) - abrangente, amplo, extenso 
Compromise - (v) entrar em acordo, fazer concessão; (n) 
acordo, conciliação 
Contest (n) - competição, concurso 
Convenient (adj) - prático 
Costume (n) - fantasia (roupa) 
Data (n) - dados (números, informações) 
Deception (n) - logro, fraude, o ato de enganar 
Defendant (n) - réu, acusado 
Design (v, n) - projetar, criar; projeto, estilo 
Editor (n) - redator 
Educated (adj) - instruído, com alto grau de escolaridade 
Emission (n) - descarga (de gases, etc.) 
Enroll (v) - inscrever-se, alistar-se, registrar-se
Eventually (adv) - finalmente, consequentemente 
Exciting (adj) - empolgante 
Exit (n, v) - saída, sair 
Expert (n) - especialista, perito 
Exquisite (adj.) - belo, refinado
Fabric (n) - tecido 
Facility (n) – prédio, instalações
Batom - lipstick 
Bife - steak 
Cafeteria - coffee shop, snack bar 
Câmara - tube (de pneu) chamber (grupo de pessoas) 
Cartão - card 
Casualidade - chance, fortuity 
Cigarro - cigarette 
Colar - necklace 
Colégio (2º grau) - high school 
Comodidade - comfort 
Competição - contest 
Compreensivo - understanding 
Compromisso - appointment; date 
Contexto - context 
Conveniente - appropriate 
Costume - custom, habit 
Data - date 
Decepção - disappointment 
Advogado de defesa - defense attorney 
Designar - to appoint 
Editor - publisher 
Educado - with a good upbringing, well-mannered, 
polite 
Emissão - issuing (of a document etc.) 
Enrolar - to roll; to wind; to curl 
Eventualmente - occasionally 
Excitante – thrilling
 êxito - success 
Esperto - smart, clever
Esquisito - strange, odd 
Fábrica - plant, factory
Facilidade – easiness, skill, talent
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Genial (adj) - afável, aprazível 
Graduate program (n) - Curso de pós-graduação 
Gratuity (n) - gratificação, gorjeta 
Grip (v) - agarrar firme 
Hazard (n,v) - risco, arriscar 
Idiom (n) - expressão idiomática, linguajar 
Income tax return (n) - declaração de imposto de renda 
Ingenuity (n) - engenhosidade 
Injury (n) - ferimento 
Inscription (n) - gravação em relevo (sobre pedra, metal etc.) 
Intend (v) - pretender, ter intenção 
Intoxication (n) - embriaguez, efeito de drogas 
Jar (n) - pote 
Journal (n) - periódico, revista especializada 
Lamp (n) - luminária 
Large (adj) - grande, espaçoso 
Lecture (n) - palestra, aula 
Legend (n) - lenda 
Library (n) - biblioteca 
Location (n) - localização 
Lunch (n) - almoço 
Magazine (n) - revista 
Mayor (n) - prefeito 
Medicine (n) - remédio, medicina 
Moisture (n) – umidade
Motel (n) - hotel de beira de estrada 
Notice (v) - notar, aperceber-se; aviso, comunicação 
Novel (n) – romance
Office (n) – escritório
 Parents (n) - pais 
Particular (adj) - específico, exato 
Pasta (n) - massa (alimento) 
Policy (n) - política (diretrizes)
Genial - brilliant 
Curso de graduação - undergraduate program 
Gratuidade - the quality of being free of charge 
Gripe - cold, flu, influenza 
Azar - bad luck 
Idioma - language 
Devolução de imposto de renda - income tax refund 
Ingenuidade - naiveté / naivety 
Injúria - insult 
Inscrição - registration, application 
Entender - understand 
Intoxicação - poisoning 
Jarra - pitcher 
Jornal – newspaper
Lâmpada - light bulbLargo - wide 
Leitura - reading 
Legenda - subtitle 
Livraria - book shop 
Locação - rental 
Lanche - snack 
Magazine – department store 
Maior - bigger 
Medicina – medicine
Mistura - mix, mixture, blend 
Motel - love motel, hot-pillow joint, no-tell motel 
Notícia - news 
Novela - soap opera 
Oficial - official 
Parentes - relatives 
Particular - personal, private 
Pasta - paste; folder; briefcase 
Polícia - police 
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Port (n) - porto 
Prejudice (n) - preconceito 
Prescribe (v) - receitar 
Preservative (n) - conservante 
Pretend (v) - fingir 
Private (adj) - particular 
Procure (v) - conseguir, adquirir 
Propaganda (n) - divulgação de ideias/fatos com intuito de 
manipular
Pull (v) - puxar 
Push (v) - empurrar 
Range (v) - variar, cobrir 
Realize (v) - notar, perceber, dar-se conta, conceber uma ideia 
Recipient (n) - recebedor, agraciado
Record (v, n) - gravar, disco, gravação, registro
Refrigerant (n) - substância refrigerante usada em aparelhos 
Requirement (n) - requisito 
Resume (v) - retomar, reiniciar
Résumé (n) - curriculum vitae, currículo 
Retired (adj) - aposentado 
Senior (n) - idoso 
Service (n) - atendimento 
Stranger (n) - desconhecido 
Stupid (adj) - burro 
Support (v) - apoiar 
Tax (n) - imposto 
Trainer (n) - preparador físico 
Turn (n, v) - vez, volta, curva; virar, girar 
Vegetables (n) - verduras, legumes
Porta - door 
Prejuízo - damage, loss 
Prescrever - expire 
Preservativo - condom 
Pretender - to intend, to plan 
Privado - private 
Procurar - to look for 
Propaganda - advertisement, commercial 
Pular - to jump 
Puxar - to pull 
Ranger - to creak, to grind 
Realizar - to carry out, make come true, to accomplish 
Recipiente - container 
Recordar - to remember, to recall 
Refrigerante - soft drink, soda, pop, coke 
Requerimento - request, petition 
Resumir - summarize 
Resumo - summary 
Retirado - removed, secluded 
Senhor - gentleman, sir 
Serviço - job 
Estrangeiro - foreigner 
Estúpido - impolite, rude (Rio Grande do Sul) 
Suportar (tolerar) - tolerate, can stand 
Taxa - rate; fee 
Treinador - coach 
Turno - shift; round 
Vegetais - plants
Atenção, caro aluno: a relação acima não é para ser memorizada porque acreditamos que a memorização 
não é ferramenta eficaz no processo de ensino-aprendizagem. A lista serve como material de consulta.
O que recomendo fortemente é que você leia textos em língua inglesa pelo menos três vezes por 
semana, de variados gêneros, mas colocando em prática o que já foi estudado e observando o quanto 
os cognatos podem ajudar.
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Vamos fazer um exercício juntos?
Leia o texto abaixo: é o resumo de um trabalho acadêmico. Faça uma relação dos cognatos e os 
escreva na tabela abaixo do texto:
Abstract:
 
This paper provides an overview of U.S. Department of Education programs authorized and 
funded under federal law. It includes information as well on the laboratories, centers, and 
other facilities funded by the Department that provide important resources for education. 
Readers will find funding information, contact information, and a web site for more 
information about each program.
Disponível em: <http://www.eric.ed.gov>. Acesso em 2 abr. 2012.
Agora, observe o mesmo texto com os cognatos destacados. Você conseguiu detectar todos? Veja que 
entre eles nós temos um cognato idêntico: federal (= federal) e 12 cognatos semelhantes: paper (papel, 
no caso, trabalho escrito), department (departamento), education (educação), programs (programas), 
authorized (autorizado), funded (fundado), include (incluir), information (informação), laboratories 
(laboratórios), centers (centros), important (importante), contact (contatar). 
Abstract:
This paper provides an overview of U.S. Department of Education programs authorized and 
funded under federal law. It includes information as well on the laboratories, centers, and other 
facilities funded by the Department that provide important resources for education. Readers will find 
funding information, contact information, and a web site for more information about each program.
Como pudemos constatar, há 13 cognatos em um texto de cinco linhas. É claro que textos científicos 
tendem a ter um número maior de cognatos porque a linguagem utilizada é mais formal, portanto, 
mais próxima das origens, isto é, do latim. Mesmo assim, Guandalini (2005) declara que os cognatos 
facilitam a compreensão de um texto e representam de 20% a 25% de todas as palavras em um texto, 
pelo menos.
E uma vez que estamos com o foco nos cognatos, por que a palavra web site foi sublinhada? Porque 
é uma palavra que também nos ajuda na compreensão do texto, mas não é cognata. Web site é uma 
palavra em língua estrangeira que foi incorporada, sem sofrer alterações, ao léxico da língua portuguesa. 
Alguns linguistas chamam de estrangeirismo, mas há controvérsias de cunho teórico e analítico. Para 
nós, neste momento, o importante é perceber que esse fenômeno linguístico também contribui para a 
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compreensão do texto, pois são palavras que fazem parte do nosso universo de comunicação em língua 
materna. 
Veja outros exemplos: browser, cowboy, call center, link, outdoor, mouse, performance, home 
theater, skate, piercing, performance, video clip, ranking, poster, banner, internet, delivery, remix, 
DJ (disk jockey)...
Não são palavras do seu dia a dia?
 observação
Cognatos são palavras de idiomas diferentes, mas que possuem a mesma 
origem etimológica, por isso são idênticas ou pelo menos bem semelhantes 
do ponto de vista gráfico; já palavras como skate, home theater e poster, 
por exemplo, são palavras ou expressões de outras línguas, incorporadas 
nos atos de falas da nossa língua-mãe.
Mas vamos voltar ao texto. De nada adianta sabermos o que são cognatos e identificá-los se não 
usarmos isso como ferramenta para a compreensão do texto.
Sendo assim, retorne ao texto acadêmico anterior e considerando os cognatos e também as 
estratégias discutidas até este momento, tente responder as seguintes questões:
1. Quais programas o trabalho analisa?
___________________________________________________________________________________ 
2. O que mais é abordado no trabalho?
___________________________________________________________________________________ 
3. Caso os leitores queiram saber mais sobre os programas, do que o trabalho dispõe?
___________________________________________________________________________________ 
O importante na leitura instrumental é manter a tranquilidade. Você está dando início a um processo; 
o resultado não virá prontamente, mas virá!
Conseguiu responder às perguntas acima? Veja as respostas:
1. O trabalho analisa os programas do Departamento de Educação dos Estados Unidos.
2. O trabalho também traz informações sobre laboratórios, centros e instalações fundados pelo 
Departamento.
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3. Para maiores informações o trabalho disponibiliza informação sobre o contato e o web site do 
Departamento.
Exemplo de aplicação
Vamos fazer mais um exercício agora.
Leia o texto abaixo pelo menos três vezes, com muita atenção. Depois, responda às questões que 
seguem. Ative seus conhecimentos prévios, apoie-se nos cognatos e tenha claro o seu objetivo de leitura 
que é responder às seguintes questões:
1. O que aconteceu no dia de Natal de 2007?
___________________________________________________________________________________ 
2. Onde foi?
___________________________________________________________________________________ 
3. Algum visitante morreu?
___________________________________________________________________________________4. Quantos anos ele tinha?
___________________________________________________________________________________ 
On Christmas Day 2007, a 243 lb. Siberian tiger named Tatiana escaped at the San Francisco 
Zoo and mauled three young men. Before long, a 17-year-old boy and the tigress lay dead. This 
was the first time a visitor was killed by an escaped animal at an accredited zoo in the U.S. 
Disponível em: <http://channel.nationalgeographic.com/series/explorer/3816/Overview#ixzz1Tuc85dDd>. Acesso em jul. 2011.
Respostas sugeridas:
1. Um tigre-siberiano, chamado Tatiana, fugiu de um zoológico.
2. Foi no Zoológico de San Francisco.
3. Sim. Um garoto.
4. Tinha 17 anos.
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3.4 Skimming
Figura 11
Skimming é mais uma estratégia de leitura que consiste em observar o texto rapidamente, com o 
objetivo de detectar seu assunto geral, sem se ater aos detalhes. A ideia é ter uma visão geral do texto, 
panorâmica.
De acordo com Souza et al. (2005), essa ação requer, portanto, que o leitor observe com atenção 
o layout do texto, título, subtítulos, a informação não verbal, isto é, imagens, tabelas, gráficos, figuras, 
fotos, tipografia etc. e os cognatos. 
Se isso for feito com bastante atenção, já nos dá a possibilidade de compreender, pelo menos, o 
assunto do texto e ter sobre ele algumas informações básicas.
Na verdade, fazemos skimming o tempo todo enquanto lemos em nossa língua materna: folheamos 
um jornal antes de começar a trabalhar, passamos pelas páginas de uma revista enquanto esperamos pelo 
dentista e também praticamos a estratégia do skimming na vida acadêmica, quando estamos em fase de 
elaboração de um trabalho, pois folheamos vários artigos e textos na procura do que especificamente 
queremos. 
É que não percebemos por se tratar de uma ação de leitura já internalizada. Em língua inglesa isso 
precisa ser trabalhado, mas nos dá o mesmo efeito de captação e produção de sentido do que quando 
o fazemos em língua portuguesa.
As estratégias de skimming e scanning (que veremos na sequência) contam muito com o apoio 
dos recursos tipográficos e imagéticos, conforme já foi mencionado. Observar bem as imagens, 
as tabelas, gráficos, mapas e os marcadores tipográficos é fundamental para termos uma boa 
ideia do tema do texto e de alguns de seus aspectos gerais. Lembre-se de que as imagens são 
partes integrantes do texto. Fazer uso delas para a compreensão do texto não é burlar o conteúdo 
linguístico, mas sim recorrer à informação não verbal que é elemento textual tanto quanto as 
informações linguísticas o são. 
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Leve tudo isso em consideração, aluno, e leia o texto a seguir. Após a leitura, tente responder as 
perguntas que seguem.
Figura 12
Amazing fashion evolution
 
The Duchess of Cambridge attended the wedding of Zara Phillips, Princess Anne’s daughter, to Mike 
Tindall in a floral embroidered outfit on July 30, 2011. Though the dress was low-key, she accessorized 
the ensemble with a large hat adorned with flowers.
Disponível em: <http://www.time.com/time/photogallery/0,29307,2065084,00.html#ixzz1TvBWEgeF>.Acesso em 2 abr. 2012.
1. Sobre quem é o texto?
___________________________________________________________________________________ 
2. Sobre o que é o texto?
___________________________________________________________________________________ 
Aluno, peceba como é praticamente impossível utilizar as estratégias de leitura de forma fragmentada, 
isto é, uma de cada vez. A resposta à primeira pergunta pode ficar muito fácil caso você ative seus 
conhecimentos prévios e reconheça na fotografia a imagem de Kate, esposa do príncipe da Inglaterra. 
Isso responde a primeira pergunta: o texto é sobre a Duquesa de Cambridge. 
Já a segunda pergunta pode ser respondida se unirmos a imagem com as últimas palavras do texto 
(que são cognatas): “adorned with flowers” = “adornado (= enfeitado) com flores”. Portanto, o texto é 
sobre o chapéu de Kate. 
Bem, aluno, agora nós vamos à estratégia do scanning, mais uma que nos instrumentalizará para 
uma leitura eficaz em língua inglesa.
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3.5 Scanning
Figura 13
Scanning é a estratégia de leitura instrumental que se refere à busca de informações específicas 
contidas em um texto. Essas informações podem nos ajudar a apreender as ideias principais do texto e/ou 
nos auxiliam na busca de um determinado dado, que pode ser uma informação relevante, dependendo 
do nosso objetivo de leitura.
Também praticamos o scanning na nossa vida diária. Por exemplo, se quero fazer um bolo em casa 
e preciso antes saber se tenho todos os ingredientes, abro a receita e leio – antes de mais nada – a lista 
dos ingredientes. Em outras palavras, busquei no texto uma informação específica para atender ao meu 
objetivo. Em consulta a enciclopédias, catálogos e listas telefônicas, por exemplo, fazemos exatamente 
a mesma coisa: procuramos por um dado específico e o fazemos por meio de scanning.
O scanning também é comum em leituras de biografias, por exemplo. Muitas vezes nosso desejo é 
obter algumas informações pontuais sobre a pessoa em questão e essa estratégia favorece alcançarmos 
o objetivo.
Vamos a um exercício prático?
Leia a minibiografia de Paul Newman, famoso ator americano. Suponha que nosso objetivo seja 
descobrir: 
a) A cidade natal de Paul Newman;
b) Os nomes de seus pais;
c) As profissões de seus pais;
d) A outra ocupação de Newman, além de ator;
e) Em que ano Paul Newman morreu e quanto anos ele tinha.
Aluno, lembre-se: vá direto aos pontos que lhe darão essas respostas, sem se incomodar se você não 
compreende o texto em sua totalidade. O que vale é atingir nossos objetivos!
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Actor. Paul Leonard Newman (January 26, 1925 – September, 26, 2008) was born in 
Cleveland, Ohio. With more than five decades’ worth of great performances to his credit, 
Paul Newman was one of Hollywood’s most talented and beloved actors. He was not only 
an actor, but a humanitarian, donating 100% of the profits from the food company he 
founded to numerous charities.
Newman grew up in Shaker Heights, Ohio, with his older brother Arthur and his 
parents, Arthur and Teresa. His father owned a sporting-goods store and his mother was a 
homemaker who loved the theatre. Newman got his first taste of acting while doing school 
plays, but it was not his first love at the time. In high school, he played football and hoped 
to be a professional athlete.
Disponível em: <http://www.biography.com/people/paul-newman-9422564>. Acesso em: 2 abr. 2012.
Você já respondeu às perguntas acima?
Então vamos checar:
a) Cleveland.
b) Arthur e Teresa.
c) O pai tinha uma loja de artigos esportivos e a mãe era dona de casa.
d) Newman era um humanitário.
e) Morreu em 2008, aos 83 anos.
Percebeu como não é tão difícil?
Agora nós vamos praticar o scanning com um tipo de texto diferente e bem interessante. Parece 
um painel e traz inúmeras informações. Antes de acharmos que tudo é muito confuso por se tratar de 
números para todos os lados e palavras em inglês, aparentemente sem ordem alguma, assumiremos 
diante do texto abaixo uma atitude acadêmica e centrada. Depois, com calma e praticando o scanning, 
vamos responder às seguintes perguntas:
a) Os pais de Obama moram juntos ou estão separados?
___________________________________________________________________________________ 
b) Quais esportes Obama pratica?
______________________________________________________________________________
c) Qual o nome do cachorro da família de Obama?
______________________________________________________________________________32
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d) Quantos anos tem Obama?
___________________________________________________________________________________ 
e) Qual Universidade Obama frequentou?
___________________________________________________________________________________ 
Figura 14
Disponível em: <http://www.thedailybeast.com/newsweek/2011/07/24/barack-obama-50th-birthday.html>.
Acesso em: 2 abr. 2012..
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Confira suas respostas:
a) Estão separados a uma distância de 8.412 milhas.
b) De acordo com o painel, podemos ter certeza de que ele pratica basquete e golfe.
c) Bo.
d) No painel podemos identificar que seu ano de nascimento é 1961. Ele tem, portanto, 50 anos de 
idade.
e) Harward.
Continue utilizando a estratégia do scanning e responda: 
A que se referem os seguintes números?
1. 69,456,897 ___________________________________________________
2. $ 1.65 million _________________________________________________
3. 9.3 million ____________________________________________________
4. 1981 ________________________________________________________
5. 30 __________________________________________________________
Unindo as estratégias do scanning às demais já estudadas, suponho que você, aluno, tenha respondido 
o seguinte:
1. Número de votos que Obama teve como candidato à presidência dos Estados Unidos.
(Chegamos a essa conclusão também com o auxílio dos cognatos (votes = votos) e de nosso 
conhecimento prévio: White House é a residência dos presidentes dos Estados Unidos, logo os votos ao 
lado dessas palavras só podem se referir aos votos que o atual presidente teve por ocasião das eleições 
à presidência).
2. O valor de sua casa em Chicago.
3. O número dos seguidores de Obama no Twitter.
4. Ano no qual deu seu primeiro discurso público.
5. Número de países que Obama visitou na posição de presidente dos Estados Unidos.
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3.6 Afixos
Figura 15
Por definição, afixos são morfemas que devem ser adicionados a outros morfemas 
alterando-lhes o significado. Em nossos estudos presentes, os afixos são mencionados como 
estratégia de leitura instrumental porque observá-los e analisá-los pode nos ajudar a compreender 
o sentido de um texto. 
A boa notícia é que a grande maioria dos afixos em língua portuguesa e em língua inglesa tem 
sua origem no grego ou no latim. Como a origem é a mesma, o significado que os afixos atribuem aos 
morfemas aos quais se unem também costuma ser o mesmo, nas duas línguas.
Para efeito de leitura instrumental, vamos considerar os dois tipos básicos de afixos: o prefixo 
(morfema agregado no início de uma palavra) e o sufixo (morfema agregado no final de uma 
palavra).
O leitor que ao longo de sua atividade de leitura observar as ocorrências dos afixos terá em suas 
mãos mais uma ferramenta de construção de sentido do texto.
Desta forma, caro aluno, segue uma relação dos prefixos e sufixos mais frequentes em língua inglesa 
para que você os conheça. 
Antes de começar a apreciar a lista, lembramos que se trata apenas de uma relação de 
prefixos e sufixos mais comuns e não há a menor intenção de cobrir o assunto somente 
com essa relação. A consulta a dicionários e livros de gramática é necessária para uma visão 
completa dos afixos.
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Quadro 2
AFFIXES
PREFIX MEANING EXAMPLES
un-, in-, il-, im-, ir-
o oposto de; não; sem
unread (que não foi lido)
unofficial (não oficial)
unobserved (que não foi observado; analisado)
infinite (infinito)
illogical (ilógico)
illiterate (não alfabetizado)
illegal (ilegal)
immoral (imoral)
immortal (imortal)
irregular (irregular)
irresponsible (irresponsável)
dis-
disrespect (desrespeito) 
distrust (não confiar em)
de- 
devalue (desvalorizar)
defrost (descongelar)
non-
non-citizen (não cidadão; não natural de; estrangeiro)
non-alcoholic (sem teor alcólico)
non-stop (sem parar; direto)
non-smoker (não fumante)
a-, ab- sem; ausência
atypical (atípico)
abnormal (anormal)
co- junto
co-author (coautor)
co-pilot (copiloto)
cooperation (cooperação)
pro- a favor de; em apoio a
pro-active (pró-ativo)
pro-democracy (a favor da democracia)
counter-, anti- contra; que se opõe a
antiseptic (antisséptico)
antidote (antídoto)
antisocial (antissocial)
counterpart (contraparte)
counter-attack (contra-ataque)
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super- extremo; mais ou melhor do que o normal
superpower (superpoder)
superhuman (sobre-humano)
sub- abaixo; menos do que
sub-zero (subzero)
submarine (submarino)
inter- entre; de um para o outro
international (internacional)
interface (interface)
trans- que atravessa; que passa para outro lado
transatlantic (transatlântico)
transplant (transplante)
transform (transformar)
mis- de forma errada, equivocada, falsa
misunderstand (entender errado)
misjudge (fazer mal julgamento de; julgar mal) 
misguide (desorientar)
mal- erro
malpractice (má prática)
malfunction (mal funcionamento; má função)
pseudo- falsidade, imitação pseudo-intellectual (pseudointelectual)
arch-, super-, out-, sur, 
over-, hyper-, ultra-
tamanho/valor grande; maior 
qualidade
archbishop (arcebispo)
superhero (super-herói)
outgrow (crescer mais do que o esperado ou planejado)
surcharge (cobrar a mais; adicionar taxa)
overdose (overdose)
hyperactive (hiperativo)
ultraviolet (ultravioleta)
sub-, under-, mini- tamanho/valor pequeno; menor qualidade
subtitle (subtítulo)
underworld (submundo)
miniskirt (minissaia)
auto- próprio
autobiography (autobiografia)
autograph (autógrafo)
neo- novo, moderno
neoclassical (neoclássico)
neonatal (neonatal)
pan- inteiro, todo
pan-american (panamericano)
pandemic (pandêmico)
proto- original, primeiro prototype (protótipo)
ex- deixou de ser ex-husband (ex-marido)
re- novamente
rebuild (reconstruir)
redo (refazer)
redistribute (redistribuir)
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fore-, pre- antes
foresee (prever)
review (prever)
post- depois
postgraduate (pós-graduado)
post-mortem (pós-morte)
semi- meio, metade
semifinal (semifinal)
semicircle (semicírculo)
uni-, mono- um
uniform (uniforme)
unilateral (unilateral)
monochromatic (nomocromático)
monolingual (monolíngue)
bi-, di- dois
bicycle (bicicleta)
bicentenary (bicentenário)
tri- três
tricycle (triciclo)
tridimensinal (tridimensional)
multi-, poly- vários, diversos, muitos
multifocal (multifocal)
multidisciplinary (multidisciplinar)
polygamy (poligamia)
polyglot (poliglota)
self- próprio; si mesmo; auto
self-control (autocontrole)
self-confident (autoconfiante)
en-, em- tornar
empower (dar poder a)
enable (tornar capaz; capacitar)
encourage (encorajar)
-er, -or, -ar a pessoa que faz
interpreter (intérprete)
beginner (iniciante)
translator (tradutor)
editor (redator)
liar (mentiroso)
beggar (pedinte; mendigo)
-ist, -ian aquele que estuda; que se dedica a
dentist (dentista)
pianist (pianista)
scientist (cientista)
mathematician (matemático)
electrician (eletricista)
musician (músico)
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-ion, -ation, -ition, -sion
servem para formar substantivos 
derivados de verbos e dão a 
ideia de processo ou resultado
production (produção)
institution (instituição)
violation (violação)
communication (comunicação)
competition (competição)
conclusion (conclusão)
confession (confissão)
-ment, -ance, -ence
servem para formar substantivos 
derivados de verbos e dão 
a ideiade: a ação de algo/
resultado da ação de algo
development (desenvolvimento)
agreement (acordo)
performance (desempenho)
assistance (assistência)
patience (paciência)
obedience (obediência)
-al, -age
servem para formar substantivos 
derivados de verbos e dão a 
ideia de: processo ou estado de 
algo
survival (sobrevivência)
arrival (chegada)
drainage (drenagem)
passage (passagem)
-ism ação ou resultado de
criticism (crítica)
buddhism (budismo)
racism (racismo)
-less falta de; ausência de
homeless (sem-teto)
jobless (sem emprego; desempregado)
-ful cheio de; quantidade contida em
spoonful (uma colher cheia de)
cupful (uma xícara cheia de)
useful (cheio de utilidade; útil)
faithful (cheio de fé; fiel)
-able, -ible
são acrescentados a verbos 
ou substantivos para formar 
adjetivos
agreeable (agradável)
considerable (considerável)
responsible (responsável)
accessible (acessível)
-ness, -ity formam substantivos abstratos de adjetivos
usefulness (utilidade)
necessity (necessidade)
poverty (pobreza)
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-hood, -ship, -dom,-ery status, domínio, condição
neighborhood (vizinhança)
childhood (infância)
friendship (amizade)
relationship (relacionamento)
freedom (liberdade)
kingdom (reinado)
slavery (escravidão)
nursery (berçário)
-ing atividade; resultado da atividade
learning (aprendizagem)
tubing (encanamento)
-y
acrescentados a substantivos 
para formar adjetivos e 
significa: que tem a qualidade 
de; que tem a aparência de
salty (salgado)
oily (oleoso)
dusty (empoeirado)
-y
acrescentados a substantivos 
para dar a ideia de afeto ou 
diminutivo
daddy (papai)
mommy (mamãe)
doggy (cachorrinho)
-ly para formar advérbios quando se adiciona a adjetivos
completely (completamente)
consecutively (consecutivamente)
easily (facilmente)
socially (socialmente)
specially (especialmente)
-worthy digno de; adequado a; que merece trustworthy (que merece confiança)
-like semelhante a; que tem as características de; típico de childlike (infantil)
-some o que causa; o que provoca fearsome (que causa medo; amedrontador)
-ive que tende a; que tem a natureza de
destructive (destrutivo)
explosive (explosivo)
descriptive (descritivo)
-ic quando acrescentado ao substantivo, forma o adjetivo
ecomomic (econômico)
realistic (realista)
artistic (artístico)
-ed feito de; tem a característica de
pointed (pontiagudo)
blue-eyed (de olhos azuis)
-ous tem a natureza de; tem a qualidade de
mountainous (montanhoso)
ambitious (ambicioso)
glorious (glorioso)
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-ify fazer ou tornar
classify (classificar)
simplify (simplificar)
purify (purificar)
-ise, -ize fazer ou tornar
privatize (privatizar)
criticize (criticar)
-en fazer ou tornar
sadden (entristecer)
golden (dourar; dourado)
wooden (de madeira)
Adaptado de:<http://www.inglesvip.com/grammar/word-formation-prefix-and-suffix.html>. Acesso em: 2 abr. 2012.
Como já foi mencionado, a relação acima pode lhe servir como um material de consulta, mas não 
como o material de consulta, pois há muitos mais afixos do que os apresentados. Nossa intenção é a de 
apresentar a você, aluno, um pouco desse universo dos afixos e mostrar que conhecê-los e observá-los 
pode ajudar – e muito – a compreender o sentido de um texto.
Assim como na língua portuguesa, os afixos são muito presentes na língua inglesa. 
Observe a nota jornalística abaixo. Leia atentamente e sublinhe as palavras com afixos. Consulte a 
relação acima e veja que sentido você consegue depreender de cada palavra. Vamos tentar?
Why don’t brazilians react against their politicians’ corruption?
Figura 16
Written by Juan Arias 
Wednesday, 17 August 2011 17:07 
After only six months of her administration, President Dilma Rousseff had to call for the dismissal 
of two of her upper-level ministers, both inherited from the cabinet of her predecessor Luiz Inácio Lula 
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da Silva. Antonio Palocci, who was the minister of the Casa Civil, a sort of Prime Minister, and Alfredo 
Nascimento, the transport minister, fell under the rubble of the political corruption.
Disponível em: <http://www.brazzil.com>. Acesso em: 2 abr. 2012.
 Como foi o exercício? Conseguiu identificar os afixos? Eles o ajudaram a compreender o texto?
Abaixo, o texto novamente com as palavras afixadas destacadas.
Why don’t brazilians react against their politicians’ corruption?
Written by Juan Arias 
Wednesday, 17 August 2011 17:07 
After only six months of her administration, President Dilma Rousseff had to call for 
the dismissal of two of her upper-level ministers, both inherited from the cabinet of her 
predecessor Luiz Inácio Lula da Silva. Antonio Palocci, who was the minister of the Casa 
Civil, a sort of Prime Minister, and Alfredo Nascimento, the transport minister, fell under 
the rubble of the political corruption.
3.7 Análise do contexto
Figura 17
Vivemos em um mundo de textos. Estamos cercados por eles, somos banhados por 
eles, somos constituídos por eles e por meio deles constituímos nossas histórias e 
as entrelaçamos com as histórias dos demais seres da terra. 
Textos escritos, textos orais, textos verbais, não verbais... 
Todos esses textos, no entanto, não são elementos isolados, ensimesmados. Eles 
estão em constante diálogo com os demais textos que circulam no mundo. Todo 
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texto repousa em uma imensidão de outras informações que lhe encerram sentido: 
é o que se chama de contexto (GONZALEZ, 2010, p.14).
Analisar o contexto é outra estratégia de leitura instrumental. Mas para que possamos nos 
valer dessa estratégia, é essencial que entendamos que contexto refere-se aos elementos que 
transitam fora e ao redor do texto, isto é, todas as implicações históricas, sociais e culturais que 
se coadunam na produção de sentido do texto uma vez que ele está em uma situação concreta 
de comunicação. 
Se lembrarmos que leitura é um exercício de convivência sociocultural, não seria possível 
compreender um texto apartado dos acontecimentos históricos, culturais e sociais da época de 
sua produção. 
Daí, há perguntas e reflexões pertinentes a se fazer no momento da atividade de leitura: 
• Em qual momento sócio-histórico este o texto foi produzido? 
• A sociedade para a qual o texto foi produzido apoia-se em quais patamares culturais? 
• Qual é o momento político? 
Tais reflexões, unidas às questões comentadas acima, permitem uma atividade de leitura com efetiva 
produção de sentido.
Se você, aluno, parar para refletir, estivemos o tempo todo atentos ao contexto nas questões 
que respondemos acima. A todo momento, além de ativar nossos conhecimentos prévios, também 
devemos transitar pelas questões políticas, históricas, sociais e culturais sobre as quais os textos 
se apoiam.
(Re)conhecer o contexto contribui significativamente para que o leitor não se perca nas demais 
estratégias. 
Por exemplo, no caso do texto da Duquesa de Cambrigde, se ao olhar sua fotografia a 
reconhecemos e sabemos de seu casamento com o príncipe da Inglaterra, de sua fama de jovem 
discreta, elegante e contida, dos costumes europeus de vestimentas e acessórios nas festas de 
gala, torna-se muito mais fácil compreender o texto pertencente a todo esse contexto descrito 
acima. A partir daí podemos até inferir que o chapéu grande e florido da duquesa surpreendeu o 
público e a imprensa. 
Pronto: construímos sentido a partir do texto!
Agora, aluno, vamos à última estratégia de leitura que será apresentada nesta disciplina: o uso do 
dicionário.
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3.8 uso do dicionário
O dicionário é o pai dos inteligentes; 
os burros dispensam-no. 
Mario da Silva Brito
Figura 18
Até este momento não mencionamos o uso do dicionário, mas é evidente que ele é uma ferramenta 
muito importante na atividade de leitura, até mesmo quando o texto está em nossa língua materna. 
Portanto, faça uso dessa ferramenta sem hesitação, mas também sem exageros. 
É muito comum adotarmos um comportamento de leitor de língua estrangeira no qual o 
dicionário deixa de ser uma e passa a ser a única ferramenta de construção de sentido do texto. 
Quando isso acontece, repousamos no dicionário toda a responsabilidade pela compreensão do 
texto, negligenciando todas as estratégias que nos foram apresentadas até agora e, ainda pior, 
fechando os olhos e a mente para tudo o que já foi aprendido sobre a nova concepção de leitura. 
Lembre-se de que o dicionário lhe dará a tradução fria das palavras, isto é, ele não analisa o 
contexto social, político e econômico no qual o texto está inserido, pois é uma obra elaborada 
de forma estática que traz um repertório lexical sistematicamente organizado. Portanto, é muito 
importante estar ciente de que você é o responsável por articular a informação nele contida. É 
você, usuário do dicionário, que determinará qual é o significado mais adequado ao contexto de 
sua frase/texto.
 observação
Aluno, você sabia que os primeiros dicionários surgiram na Grécia Antiga, 
no século I? O primeiro dicionário com a configuração que conhecemos 
hoje foi o Oxford (Inglaterra) e levou 70 anos para ser elaborado.
Outra questão muito importante de ser observada é a qualidade do(s) dicionário(s) usado(s). Procure 
escolher um dicionário que seja bem avaliado pelo mercado e que tenha sido elaborado em um sólido e 
extenso campo de pesquisa. 
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Levando em consideração que estamos falando de leitura em língua inglesa, é bom considerar que 
há os dicionários bilíngues e os monolíngues. O bilíngue apresenta o léxico em inglês e a tradução 
de seus significados; o monolíngue apresenta os significados do léxico procurado também em língua 
inglesa. É claro que a escolha por um ou pelo outro tende a recair sobre o seu grau de conhecimento da 
língua inglesa; sabemos também que a tradução, em geral, deixa-nos mais seguros, pois sentimos que 
estamos em território familiar.
 No entanto, considerando que somos – além de aprendizes de língua inglesa – professores em 
formação, é fortemente recomendado que você, aluno, acostume-se desde o início a utilizar dicionários 
monolíngues, pois eles contribuem muito com a aquisição de vocabulário em língua estrangeira, 
acelerando, assim, a construção do conhecimento. Nada impede que você, no ínício, faça uso dos dois 
tipos de dicionários concomitantemente, mas não abra mão do monolíngue.
Figura 19
E já que estamos falando de tipos de dicionários, há também o Thesaurus. Trata-se de um dicionário 
que traz os sinônimos e antônimos dos léxicos pesquisados. Assim como o monolíngue, o Thesaurus é 
uma excelente ferramenta de ensino-aprendizagem que não deve ser dispensada pelo professor em 
formação.
Há inúmeros dicionários on-line e é preciso filtrar as fontes para que as pesquisas virtuais não nos 
desorientem mais do que nos ensinem. Seja um pesquisador virtual, mas o seja criteriosamente.
 observação
Os dicionários Oxford, Cambridge e Webster são de altíssima qualidade 
e estão disponíveis no mercado nos mais variados formatos.
E já que estamos falando de qualidade, Sousa (2008) observa que um bom dicionário deve trazer, no 
mínimo, para cada léxico pesquisado:
• classe da palavra;
• gênero gramatical;
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• regência;
• formação gráfica e fônica;
• etimologia;
• significado(s); e
• emprego(s).
Sousa (2008) também enfatiza que, ao utilizar dicionários, não se pode esquecer que:
• os léxicos vêm classificados;
• os verbos vêm no infinitivo;
• os substantivos vêm no singular;
• os adjetivos são apresentados no grau normal e, geralmente, seguidos de seus respectivos advérbios;
• as palavras consultadas são apresentadas com todas as suas possíveis definições;
• alguns dicionários trazem as palavras nas suas viariantes americana (AmE = American English) e britânica 
(BrE = British English);
• palavras com particularidades em diferentes contextos aparecem exemplificadas.
 Saiba mais
Consulte os sites abaixo e divirta-se com as possibilidades de busca, 
além de outras atividades para aprendizagem:
<http://oxforddictionaries.com/>
<http://dictionary.cambridge.org/>
<http://www.merriam-webster.com/>
 observação
O site <http://www.slideshare.net/FabioRLemes/uso-do-dicionrio-de-
lngua-inglesa> traz uma apresentação em PowerPoint demonstrando 
como compreender as informações que acompanham o léxico procurado. 
Há outros sites com informações semelhantes. Pesquise! (Acesso em 2 abr. 
2012).
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Figura 20
E assim, caro aluno, encerramos os tópicos sobre as diferentes estratégias de leitura instrumental. Já 
foi mencionado, mas é melhor deixar ainda mais claro que a divisão feita neste livro-texto é puramente 
didática e que esta é apenas uma etapa de nossa trajetória. Nosso caminho continua, só que agora 
temos mais recursos, temos em que nos apoiarmos.
Nos momentos de leitura instrumental, todas ou pelo menos quase todas as estratégias devem ser 
postas em ação, ao mesmo tempo. Estabeleça seus objetivos de leitura e, tranquilamente, envolva-se 
com o texto e o envolva no contexto social, econômico e político, isto é, estabeleça um diálogo com o 
texto e você perceberá que ele responde para você.
3.9 Praticando as estratégias de leitura instrumental
Convido-o agora para atividades de leitura e escrita a fim de praticarmos as estratégias todas juntas 
e percebermos o quanto aprendemos ao longo desta primeira unidade.
Para tal, vamos iniciar com narrativas curtas, pessoais.
Proponho que você tenha uma primeira oportunidade de escrever um texto. A proposta é que você 
escreva um texto curto sobre sua experiência com a língua inglesa, para que seja publicado em um site 
para falantes e estudantes de inglês ao redor do mundo. Você poderá escrever uma narrativa contando 
sua história com o inglês: como aprendeu, onde, quando, como foi evoluindo. Ou você poderá escolher 
se concentrar em um episódio específico, em que você teve de usar a língua inglesa, contando os 
detalhes da situação. 
Um primeiro passo é planejar seu texto: 
• Que informações você pretende incluir? 
• Como pode agrupar essas informações de forma coesa e coerente?
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Língua IngLesa: Compreensão e produção de TexTos
Mas antes, para se preparar, dê uma olhada nas narrativas que seguem. Quem é estudante? Quem é 
professor? Com que propósito cada um está escrevendo? As respostas a essas perguntas virão em forma 
de discussão, logo após os textos.
Mas agora analise bem os textos e seus contextos. Após cada um, tente responder às perguntas 
elaboradas usando como ferramentas as estratégias de leitura estudadas até aqui.
Texto 1
User ID: 101628
Name: Jafar
Email: Registered users only
Country: Iran
Age: 22
Gender: Male
Hi everyone on here, my name is Jafar. I studied English Literature at university and loved 
it a lot. I have lots of hobbies: drawing, art, reading, surfing the Internet, listening to any kind 
of music, films, theatre, learning languages, cats, photography and so on. I can speak and write 
English quite well, so don’t worry. I live in Tehran, the capital of Iran. Well I know what most 
people of the world think of Iran, but it’s really a nice beautiful country with ancient

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