Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FMU Faculdade Metropolitanas unidas Atividade física e esportiva para grupos especiais Guilherme Felizardo Silva RA: 2299499 Um aluno indicado por um endocrinologista solicitou seus serviços, pois recebeu o diagnóstico de Diabetes tipo II (DMII) em estado avançado. Para o tratamento da doença que se faz uso de Insulina NPH e Metformina, também recebeu a orientação para mudar seu estilo de vida e hábito alimentar. Refere cansaço aos esforços moderados associado a tríade do paciente diabético. Perfil do aluno: Idade: 52a Peso: 97kg Altura: 1,72m IMC: 32 Kg/m2 Sabendo disso responda: 1- Qual é a definição para Diabetes tipo II? R: Conjunto de alterações metabólicas caracterizada por níveis elevados e sustentados de glicemia. Condição crônica, progressiva, que pode evoluir para graves complicações, com elevada morbimortalidade e forte impacto para o sistema de saúde e para a sociedade. 2- Explique o mecanismo de ação da insulina no organismo humano e como ela pode auxiliar no tratamento do DM. A insulina desempenha um papel fundamental no controle da glicose no organismo. Seu mecanismo de ação envolve vários processos: 1. Captação de glicose: A insulina se liga aos receptores nas membranas das células-alvo, como as células musculares e adiposas. Isso desencadeia a translocação de transportadores de glicose (GLUT-4) para a superfície celular, permitindo que a glicose seja captada pelas células. 2. Armazenamento de glicose: Nas células musculares e adiposas, a glicose é armazenada na forma de glicogênio, um polissacarídeo que pode ser rapidamente convertido de volta em glicose quando necessário. 3. Inibição da gliconeogênese: A insulina inibe a produção de glicose no fígado (gliconeogênese) e promove o armazenamento de glicose na forma de glicogênio hepático. 4. Promoção da síntese de proteínas e armazenamento de gordura: A insulina também estimula a síntese de proteínas e a acumulação de lipídios, auxiliando no crescimento celular e no armazenamento de energia. 3- No tratamento do Diabetes Mellitus (DM), a insulina é frequentemente utilizada para controlar os níveis elevados de glicose no sangue. Isso é especialmente importante em pacientes com DM tipo 1, onde o corpo não produz insulina, e em alguns casos de DM tipo 2, quando a produção de insulina é insuficiente. A administração de insulina exógena ajuda a: 1. Reduzir a hiperglicemia: A insulina permite que a glicose seja captada pelas células, reduzindo os níveis de glicose no sangue. 2. Prevenir complicações: O tratamento com insulina ajuda a evitar complicações de longo prazo associadas ao DM, como doenças cardiovasculares, problemas renais e neuropatias. 3. Melhorar o controle glicêmico: A insulina permite um controle preciso dos níveis de glicose, ajudando os pacientes a manter um estilo de vida 3- Como a evolução da doença pode influenciar na qualidade de vida do aluno? R: A evolução do Diabetes Tipo 2 pode afetar significativamente a qualidade do aluno de várias maneiras, incluindo: Controle glicêmico:Se a diabetes não estiver bem controlada, os níveis de glicose no sangue podem variar, levando a sintomas como fadiga, sede excessiva e micção frequente, o que pode prejudicar a concentração na escola. Restrições dietéticas: Alunos com Diabetes Tipo 2 muitas vezes precisam seguir uma dieta específica, monitorar a ingestão de carboidratos e evitar alimentos açucarados. Isso pode ser socialmente desafiador e afetar a participação em atividades relacionadas à comida. Medicação e insulina: À medida que a doença progride, pode ser necessário o uso de medicamentos orais ou, em alguns casos, insulina. Isso exige uma rotina rigorosa de administração, o que pode impactar a programação e a vida social do aluno. Atividade física: A falta de atividade física devido a complicações ou preocupações de segurança pode impactar o condicionamento físico e a saúde geral do aluno. 4- Explique os mecanismos fisiológicos pelo qual o treinamento físico possui um efeito terapêutico agudo e crônico nessa patologia. O treinamento físico tem efeitos terapêuticos agudos e crônicos na diabetes tipo 2 devido a uma série de mecanismos fisiológicos. Aqui estão alguns dos principais: Efeitos Agudos: 1. Melhora da sensibilidade à insulina: O exercício aumenta a captação de glicose pelas células musculares, reduzindo a resistência à insulina de forma imediata. 2. Redução da glicose sanguínea: Durante o exercício, os músculos consomem glicose para obter energia, diminuindo os níveis de glicose no sangue. 3. Aumento da captação de glicose independente de insulina: O exercício pode facilitar a entrada de glicose nas células musculares, mesmo na ausência de insulina. Efeitos Crônicos: 1. Aumento da massa muscular: O treinamento físico regular pode aumentar a massa muscular, o que ajuda a melhorar o controle da glicose a longo prazo, já que os músculos consomem mais glicose em repouso. 2. Redução do tecido adiposo: O exercício ajuda na perda de peso e reduz o acúmulo de gordura, o que está associado a uma melhora na sensibilidade à insulina. 3. Modulação do metabolismo lipídico: O treinamento físico pode melhorar o perfil lipídico, reduzindo os níveis de triglicerídeos e aumentando o HDL colesterol. 4. Melhoria da função das células beta pancreáticas: O exercício regular pode preservar a função das células beta no pâncreas, que são responsáveis pela produção de insulina. 5. Redução do estresse oxidativo e inflamação: O exercício pode reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, fatores que contribuem para complicações da diabetes tipo 2. 6. Melhora na regulação hormonal: O exercício influencia a liberação de hormônios como adipocinas e interleucinas, que desempenham um papel na regulação da glicose. Portanto, o treinamento físico regular exerce uma influência positiva tanto a curto prazo quanto a longo prazo na diabetes tipo 2, contribuindo para o controle da doença e prevenção de complicações. É importante que qualquer programa de exercícios seja supervisionado por um profissional de saúde, especialmente para pessoas com condições médicas pré-existentes, como diabetes tipo 2. 5- Elabore uma sessão de treinamento para o aluno de acordo com as diretrizes Um programa de treinamento para um aluno com diabetes tipo 2 deve ser personalizado. Objetivo: Melhorar a sensibilidade à insulina, aumentar a capacidade aeróbica e promover a saúde geral. Duração: 60 minutos. *Aquecimento (10 minutos): - Iniciar com uma caminhada lenta ou bicicleta ergométrica em ritmo suave para elevar a frequência cardíaca. - Realizar exercícios de alongamento leve para preparar os músculos. Parte Aeróbica (30 minutos): - Escolher atividades de baixo impacto, como caminhada, natação, ciclismo estacionário ou elíptico. - Manter uma intensidade moderada, onde o aluno pode conversar, mas ainda está trabalhando. - Monitorar a frequência cardíaca e manter dentro da zona alvo (consulte um profissional para determinar a faixa alvo). Treinamento de Força (15 minutos): - Realizar exercícios de treinamento de força com pesos leves a moderados. - Focar em grupos musculares principais, como pernas, costas, peito e núcleo. - Realizar de 2 a 3 séries de 8 a 12 repetições para cada exercício. Alongamento e Resfriamento (5 minutos): - Realizar exercícios de alongamento para todos os principais grupos musculares trabalhados. - Incluir respiração profunda e relaxamento para reduzir o estresse. Hidratação e Monitoramento (ao longo da sessão): - Ingerir água regularmente para evitar a desidratação. - Monitorar os níveis de glicose antes, durante e após o treino. Orientações Importantes: - O aluno deve levar consigo uma fonte de carboidratos de rápida absorção (como suco ou uma barra de cereal) em caso de hipoglicemia. - Usar calçados apropriados e roupas confortáveis. - Evitar exercícios de alta intensidade que possam aumentar o risco de hipoglicemia. - A sessão deve ser adaptada às capacidades individuais do aluno e progressivamentedesafiadora com o tempo. Lembrando que antes de iniciar qualquer programa de treinamento, é essencial que o aluno com diabetes tipo 2 consulte um médico ou um profissional de saúde, e trabalhe em estreita colaboração com um educador físico ou fisioterapeuta para garantir que o programa seja seguro e eficaz. Cada pessoa tem necessidades e limitações individuais, e o treinamento deve ser adaptado de acordo com essas considerações.
Compartilhar