Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Anemia Ferropriva Metabolismo do Ferro Anemia é um problema de Saúde Pública de acordo com a OMS, que afeta o estado de saúde e a qualidade de cerca de 2 bilhões de pessoas, cerca de um terço da população mundial. A deficiência de ferro é cerca de 75% das anemias Advém de desigualdades sociais, sendo mais prevalente em estratos sociais mais baixos, nos grupos de menor renda e na população menos educada. Epidemiologia Muito frequente em recém-nascidos, crianças, adolescente e mulheres em idade fértil, gestante e lactantes. Necessitam de incremento de ferro e tem ainda ingesta inadequada da quantidade mínima. Estima-se uma DF de até 45% em crianças até 5 anos e de 50% em mulheres na idade reprodutiva. Cerca de 500 milhões de mulheres e até 60% das gestantes apresentam Anemia por Deficiência de Ferro (Obviamente repercute na vida dela do feto e do lactente.) Absorção O duodeno e o jejuno proximal são as regiões intestinais responsáveis pela absorção de todo o ferro alimentar. Pensar que um corpo adulto bem nutrido contém de 3 a 4g de ferro Éritron contém 60 a 70% do ferro do organismo) o restante em macrófagos do sistema reticulo endotelial e hepatócitos Se tem menor risco em indivíduos que fazem mais consumo de carne ou que então façam suplementação de ferro. Está associada a perdas crônicas de sangue, tanto por hipermenorreia ou menorragia, quanto pelo trato gastrointestinal. Clínica Pode gerar redução da capacidade funcional de vários sistemas orgânicos, estando associada ao desenvolvimento motor e cognitivo em crianças, assim como na produtividade no trabalho e problemas comportamentais, cognitivos e de aprendizado em adultos. Gestantes podem ter problemas com prematuridade, baixo peso, sendo 18% das complicações no parto e morbidade materna. Pensar que as queixas são mais leves, pois a anemia se instaura de maneira insidiosa, o que provoca adaptação do indivíduo ao estresse. Em geral: o Palidez Cutaneomucosa o Fadiga o Baixa Tolerância ao Exercício o Menor Desempenho Muscular o Perversão Alimentar ou PICA o Baqueamento Digital ou coiloníqua o Atrofia das papilas linguais o Estomatite Diagnóstico Hemograma obviamente, barato e rápido, sendo ótima ferramenta para rastreio, já que é incapaz de detectar DF sem anemia. Muito comum observar: Hipocromia; Microcitose; Aumento do Índice de Anisocitose Eritrocítica (RDW) e plaquetose. Ainda se tem outros achados a microscópio como poiquilocitose Pode ser feita a avaliação dos estoques de ferro na medula com a coloração de Perls é o padrão ouro para a detecção de DF. Porém não tem papel clínico relevante. Por outro lado a dosagem de $ferritina$ $sérica$ é importante por está diretamente ligada a concentração de ferritina intracelular e logo com o estoque de ferro no corpo. Sendo assim a hipoferritinemia um exame muito específico. Porém, pensar que valores normais ou altos não podem excluir, pois é uma proteína de fase aguda, aumenta então na inflamação, infecção, doença hepática, malignidade. Ferro Sérico é ligado a transferrina e está reduzido na DF, variação com alimentação e ciclo circadiano, logo a coleta de sangue deve ser padronizada e em jejum, bem reduzido na vigência de inflamação não sendo um bom preditor isolado. Transferrina é uma protéina transportadora que se liga a duas moléculas de ferro, sua produção é regulada pelo ferro corporal, aumentando quando o estoque está reduzido. Tratamento Reposição Oral ou Venosa com busca ativa da causa do problema, pois a reposição pode ser paliativa e ineficaz a longo prazo. o ORAL Dose ideal adulto: 180 a 200mg de ferro elementar/dia Dose ideal crianças: 1,5 a 2mg de ferro elementar/dia, divididas em 3-4 tomadas com o estômago vazio, ou 30 minutos antes das refeições. Ferrosa>Férrica (Absorção) Obs: pacientes com uso de antiácidos ou IBPs fazer um uso prolongado e com doses maiores Prevalência alta de efeitos colaterais, 30%, em especial no TGI: Pirose e Dor Epigástrica, Náuseas, vômitos, empachamento, dor abdominal, diarreia e obstipação. Informar que é esperado a mudança na cor das fezes e que os efeitos colaterais melhoram com o tempo. Pode-se tentar tanto manejar com a mudança no horário e dose quanto na troca do sal. Manutenção: Recomendado manter por 4 meses após o término da anemia. o PARENTERAL Efetiva, mas cara e trabalhosa. Não isenta de efeitos colaterais e deve ser utilizada em situações especiais. Pode ser: IM: Mais dor local, pigmentação irreversível da pele e linfonodomegalia. IV: Irritação, dor, queimação do sítio de punção, náuseas, gosto metálico na boca, hipotensão e reação anafilactoide, cuidado com a velocidade de infusão. o RESPOSTA E RESISTÊNCIA AO TRATAMENTO Maioria recupera bem. Sinal mais precoce de resposta é o aumento da contagem de reticulócitos, tendo um pico entre o quinto e décimo dia. Aumento médio de 1g/dL por semana na Hb. Em pacientes com má resposta, recaída precoce ou resistência, investigar: Má absorção intestinal Persistência do Sangramento Perda maior que a capacidade de absorção Má Adesão Possível impossibilidade Oral
Compartilhar