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Fisiologia do Sistema Regulador - Resumo

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FISIOLOGIA DO SISTEMA REGULADOR
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é classificado em sistema nervoso central (SNC) e periférico (SNP). O SNC é 
constituído pelo encéfalo e medula espinhal, que integram e correlacionam muitos tipos de informação 
sensorial que chegam. No SNC ocorrem pensamentos, emoções, memórias e a maior parte dos impulsos que 
estimulam a contração de músculos e secreção glandular. O encéfalo possui os ventrículos cerebrais, que são 
quatro cavidades interconectadas preenchidas por líquido. 
Nos hemisférios cerebrais, há a presença do córtex cerebral (camada de substância cinzenta externa),
que possuem corpos celulares de neurônios e a substância branca na camada interna, contendo fibras 
mielinizadas. 
Em cada hemisfério cerebral, há quatro lobos denominados frontal, parietal, occipital e temporal, de 
acordo com os ossos do crânio que os recobrem. A região cortical é altamente pregueada, elevando a 
superfície que contém uma grande quantidade de neurônios corticais. No córtex cerebral humano, notamos a 
presença de seis camadas distintas de células, que podem ser de duas formas:
1) Células piramidais – células eferentes do córtex. 
2) Células não piramidais – estão envolvidas com os sinais aferentes, que chegam ao córtex e 
processam as informações.
No córtex cerebral, há recepção de informações que chegam pela via aferente e o processamento dos 
sinais, levando a respostas diferenciadas dos órgãos efetores.
Lobos Cerebrais: Os hemisférios cerebrais são subdivididos em quatro lobos, denominados conforme os 
ossos que os recobrem: frontal, occipital, parietal e temporal. 
O sistema nervoso periférico (SNP) encaminha os sinais entre o SNC e os receptores e efetores 
distribuídos em todo o organismo. Possui 43 pares de nervos, 12 pares de nervos cranianos e ramos, 31 pares
de nervos espinhais e ramos, gânglios e receptores sensoriais. 
Os gânglios são um conjunto de corpos celulares de neurônios localizados externamente ao SNC. Os 
nervos cranianos incluem: 
• I par – nervo olfatório; 
• II par – nervo óptico; 
• III par – nervo oculomotor; 
• IV par – nervo troclear; 
• V par – nervo trigêmeo; 
• VI par – nervo abducente; 
• VII par – nervo facial; 
• VIII par – nervo vestibulococlear; 
• IX par – nervo glossofaríngeo; 
• X par – nervo vago; 
• XI par – nervo acessório; 
• XII par – nervo hipoglosso 
Os 31 pares de nervos espinhais recebem a sua denominação de acordo com o nível vertebral de 
saída (cervicais, torácicos, lombares, sacrais e coccígeos). Nesta subdivisão, os oito pares de nervos cervicais
inervam músculos e glândulas, com a recepção de sinais sensoriais provenientes do pescoço, ombros, braços 
e mãos. Os 12 pares de nervos torácicos associam-se ao tórax e ao abdômen superior. Os cinco pares 
lombares inervam as pernas, quadris e abdômen inferior. Os cinco pares sacrais inervam o trato 
gastrointestinal inferior e reprodutor. Há um único par de nervo coccígeo.
 
O SNA inerva a área 
motora involuntária 
eferente (músculo liso, 
músculo cardíaco e 
glândulas), e é subdividido 
em sistema nervoso 
simpático e parassimpático.
Meninges: As meninges são membranas de tecido conjuntivo que envolvem as estruturas do SNC, temos a 
dura-máter (camada mais externa), aracnoide-máter (abaixo da dura-máter) e pia-máter (camada delicada 
próxima ao tecido nervoso). A dura-máter é constituída por um tecido conjuntivo denso localizado próximo 
ao osso e a aracnoide-máter entra em contato com a superfície interna da dura-máter. Nessa meninge, há a 
presença de delicadas trabéculas de tecido conjuntivo frouxo, e o espaço entre as trabéculas forma o espaço 
subaracnoídeo, onde circula o líquido cerebroespinhal. A pia-máter é uma camada muito delicada que fica 
em contato direto com a superfície do encéfalo e da medula espinhal. A aracnoide-máter e a pia-máter 
fundem-se ao redor dos nervos espinhais e cranianos após a saída da dura-máter. 
Líquido Cefalorraquidiano: O líquido cefalorraquidiano é produzido pelo plexo coroide, que contém 
células ependimárias especializadas, e flui para o interior dos ventrículos cerebrais e para o espaço 
subaracnoídeo (ao redor do encéfalo e da medula espinhal). É um líquido claro, incolor, com a função de 
manutenção de um ambiente constante e controlado para proteção das células e estruturas cerebrais de 
toxinas endógenas e exógenas.. A presença do líquido funciona como uma proteção mecânica para 
movimentos bruscos e súbitos.
Barreira Hematoencefálica: l. É uma barreira entre o sangue nos capilares do plexo coroide e líquor, 
existindo uma secreção seletiva no local. Essa barreira inibe a entrada de toxinas e de outras substâncias no 
encéfalo. A barreira é formada pela presença de junções denominadas zônula de oclusão entre as células 
endoteliais, criando um tipo de capilar contínuo. A zônula de oclusão tem função impermeabilizante. 
O oxigênio, o gás carbônico e as moléculas lipossolúveis (como álcool, hormônios esteroides) 
podem atravessar facilmente a membrana das células endoteliais (ultrapassando a barreira) e agir no SNC. 
Há substâncias que são transportadas ativamente como a glicose (proteínas carreadoras específicas), os 
aminoácidos, os nucleosídeos e as vitaminas. 
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO I – CÉLULAS
Neurônio: O sistema nervoso central é constituído por centenas de bilhões de neurônios que se conectam, 
funcionando como uma extensa comunicação, com a presença de receptores capazes de receber referências 
internas e externas, que são transmitidas e processadas, para que seja encaminhada a resposta aos órgãos 
denominados efetores, que realizam as ações necessárias. Os neurônios possuem uma característica 
importante, a excitabilidade elétrica, pois são capazes de responder a um estímulo e gerar um potencial de 
ação. 
Os neurônios são constituídos pelo corpo celular (pericário ou soma), dendritos e axônio. No corpo 
celular, encontram-se o núcleo do neurônio e organelas como o retículo endoplasmático rugoso, que é 
visualizado na microscopia de luz, chamado de corpúsculo de Nissl. Os dendritos são prolongamentos do 
pericário que aumentam a superfície celular e são responsáveis pela recepção e integração de impulsos. 
Possuem uma pequena dilatação, que chamamos de espinhas ou gêmulas, que permitem o processamento de 
sinais. Cada neurônio possui apenas um axônio, que se inicia no corpo celular no cone de implantação e 
possui um citoplasma denominado axoplasma. O fluxo de substâncias no interior do axoplasma ocorre pelo 
transporte axonal.
Funcionalmente podemos encontrar os neurônios sensoriais (aferentes – a siginifica direção; ferrent 
quer dizer condução), que conduzem a informação proveniente de estímulos externos ou internos do 
organismo ao SNC, neurônios motores ou motoneurônios (eferentes – e quer dizer para longe de), que 
transmitem a resposta a músculos e glândulas. Outro grupo são os interneurônios, que apenas estão presentes
no SNC e são intermediários entre os neurônios sensoriais e motores, possuindo uma função integrativa 
(neurônios de associação) 
Funcionalmente podemos encontrar os neurônios sensoriais (aferentes – a siginifica direção; ferrent 
quer dizer condução), que conduzem a informação proveniente de estímulos externos ou internos do 
organismo ao SNC, neurônios motores ou motoneurônios (eferentes – e quer dizer para longe de), que 
transmitem a resposta a músculos e glândulas. Outro grupo são os interneurônios, que apenas estão presentes
no SNC e são intermediários entre os neurônios sensoriais e motores, possuindo uma função integrativa 
(neurônios de associação).
Células da Glia ou Neuróglia: As células que constituem a neuróglia são denominadas astrócitos, 
oligodendrócitos, micróglia, células ependimárias e as células de Schwann:
• Astrócitos : células em formato de estrela que auxiliam na regulação da composição do líquido 
extracelular do SNC, mantendo o ambiente químico adequadopara a geração do impulso nervoso, 
tendo um papel importante na nutrição dos neurônios. Formam também a barreira hematoencefálica.
◦ Protoplasmáticos – localizadas na substância cinzenta 
◦ Fibrosos – situados na substância branca 
• Oligodendrócitos : são responsáveis pela formação e manutenção da bainha de mielina ao redor dos 
axônios dos neurônios do SNC. A bainha de mielina aumenta a velocidade de condução do impulso 
nervoso, e os neurônios que a possuem são classificados como mielinizados. 
• Micróglia : tem uma função fagocitária semelhante à dos macrófagos teciduais.
• Ependimárias : são células de revestimento dos ventrículos cerebrais e do canal da medula. Quando 
especializadas, participam da regulação da produção e do fluxo do líquido cefalorraquidiano. 
• Células de Schwann : envolvem os axônios no SNP e formam a bainha de mielina. Cada célula de 
Schwann mieliniza um único axônio.
 
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO II – POTENCIAL DE MEMBRANA 
Impulsos Nervosos: Os neurônios possuem excitabilidade elétrica e comunicam-se por potenciais 
graduados, que servem para comunicação para curtas distâncias, e potenciais de ação, que permitem a 
comunicação por longas distâncias no organismo. O potencial de repouso da membrana do neurônio consiste
em uma diferença entre as cargas pela membrana entre o meio intracelular e extracelular. O interior da célula
é negativo em relação ao exterior. Quando a célula apresenta um potencial de membrana, é polarizada.
O potencial de ação ou impulso nervoso inicia-se com uma sequência de eventos que possibilitam a 
inversão do potencial da membrana em repouso, restaurando depois a polaridade do repouso. O impulso 
nervoso corresponde a pequenas correntes elétricas que passam ao longo dos neurônios, e estas resultam do 
movimento de íons para dentro e fora dos neurônios através da membrana plasmática. Existem duas fases 
principais no potencial de ação:
1. Fase da despolarização – em que o potencial da membrana em repouso torna-se menos negativo; 
2. Fase da repolarização – etapa na qual se restaura o potencial da membrana em repouso de cerca de-
70mV;
O potencial de ação pode ocorrer devido a um estímulo limiar (o potencial de ação gerado por um 
estímulo limiar tem como característica o princípio do tudo ou nada, pois não é possível interromper sua 
propagação após ter sido iniciada), que é forte o suficiente para despolarizar a membrana. Um estímulo 
subliminar não é capaz de gerar um potencial de ação, e um estímulo supraliminar é acima do limiar, 
conseguindo criar o potencial de ação. Há vários períodos após a polarização:
• Período Refratário – corresponde ao período de tempo em que a célula não é capaz de gerar outro 
potencial de ação em resposta a um outro estímulo liminar;
• Período Refratário Absoluto – no qual nem mesmo um estímulo mais intenso que o normal é capaz 
de gerar um novo potencial de ação;
• Período Refratário Relativo – um segundo potencial pode ser gerado apenas com estímulos mais 
intensos do que os normais; 
Há dois tipos de propagação do impulso nervoso: 
1. Condução Contínua – a despolarização ocorre em cada segmento adjacente da membrana 
plasmática;
2. Condução Saltatória – a propagação do impulso se dá em axônios mielinizados, ocorrendo nos 
nódulos de Ranvier1 
Os fatores que interferem com a velocidade de propagação do impulso incluem a presença de 
mielina, pois os axônios de maior diâmetro conduzem com maior velocidade que os menores, e a 
temperatura baixa diminui a velocidade de propagação do impulso. 
1 Os locais onde a bainha de mielina se interrompe são denominados nódulos de Ranvier ou nó de Ranvier. Os internódulos são os
intervalos em dois nódulos. 
FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO III – SINAPSES E NEUROTRANSMISSORES 
Sinapse: É o local onde ocorre a comunicação entre dois neurônios ou com o órgão efetor. Os tipos de 
sinapses podem ser: 
• Axodendrítica : ocorre entre axônio de um neurônio para o dendrito do outro neurônio, 
correspondendo à maioria das sinapses; 
• A xossomática : entre axônio de um neurônio e corpo celular do outro; 
• Axoaxônica : entre axônio de um e axônio do outro neurônio.
 
O potencial pós-sináptico excitatório
(PPSE) ocorre quando o total de
estímulos excitatórios superam os
inibitórios, podendo ser sublimiar se for
menor que o limiar para gerar um impulso
nervoso. Quando se atinge o limiar,
ocorre a despolarização e passagem do
impulso nervoso. O potencial pós-
sináptico inibitório (PPSI) ocorre quando
há hiperpolarização e inibição do neurônio pós-ganglionar, portanto não se gera um impulso nervoso.
Funcionalmente existem dois tipos de sinapses: 
1. Elétrica – os neurônios pré-sinápticos e os neurônios pós-sinápticos estão unidos pelas junções 
comunicantes (tipo GAP), que permitem a movimentação dos íons de um neurônio para outro. Uma 
das vantagens das sinapses elétricas é a comunicação ser muito mais rápida, pois o potencial de ação 
segue diretamente de um neurônio para o outro. A outra vantagem é a sincronização dos sinais, 
produzindo o potencial de ação ao mesmo tempo.
2. Química – há liberação do neurotransmissor, que se liga a receptores presentes na membrana do 
neurônio seguinte e pode realizar uma inibição ou estimulação deste neurônio. As membranas 
plasmáticas dos neurônios estão próximas, mas não há contato. A estrutura básica de uma sinapse é 
constituída pelo neurônio pré-sináptico, neurônio pós-sináptico, fenda sináptica, botões terminais 
(bulbos sinápticos terminais) e receptores. Há abertura dos canais de cálcio presentes na membrana 
dos botões terminais sinápticos. E ela promove a exocitose das vesículas sinápticas que possuem o 
neurotransmissor. O neurotransmissor é dispensado para a fenda sináptica e liga-se a receptores 
presentes na membrana do neurônio pós-ganglionar. Uma característica importante da sinapse 
química é que, ao contrário das sinapses elétricas, a transmissão pelas sinapses químicas é 
unidirecional (célula pré para a pós), que é o princípio da condução unidirecional e adequado para o 
SNC. Esse processo é essencial, pois os sinais são direcionados a um alvo específico.
Somação de Potenciais 
• Inibitórios ou Excitatórios: Ao passo que o PPSI (potencial pós-sináptico inibitório) causa uma 
hiperpolarização, o PPSE (potencial pós-sináptico excitatório) aumenta o potencial, podendo os dois 
efeitos no conjunto se anular-se parcial ou completamente. Portanto, se houver um potencial 
excitatório e um inibitório, poderá haver uma redução do potencial para abaixo do limiar excitatório 
e, por conseguinte, pode ocorrer a desativação da atividade neuronal.
• Somação Temporal : Na somação há descargas sucessivas de um mesmo e único terminal pré-
sináptico que podem ser somadas umas as outras, levando à formação de um potencial pós-sináptico;
• Somação Espacial: Quando ocorre a estimulação de vários terminais ao mesmo tempo, ainda que em
áreas amplas e distantes, seus efeitos são somados para que a excitação ocorra, desde que se atinja o 
limiar excitatório;
• Facilitação Neura l: Nesse caso, o PPSE não consegue atingir o limiar, porém permite que o potencial
esteja próximo do limiar. Se houver outro sinal excitatório, poderá haver a resposta;
Neurotransmissores: Há dois grupos: os 
neurotransmissores – como moléculas 
pequenas e de ação rápida – e 
neuropeptídios, que possuem um tamanho 
molecular maior e ação muito mais lenta. Os 
neurotransmissores devem ser removidos da 
fenda sináptica para que exista o 
funcionamento das sinapses. A remoção pode
ser realizada por difusão, degradação 
enzimática e captação celular.
Os neurotransmissores, que são moléculas
pequenas e de ação rápida, induzem
respostas mais agudas do sistema nervoso,
como transmissão dos sinais sensoriais
para o encéfalo e sinais motores do
encéfalo para os músculos. São
subdivididos em classes.
• Classe I– Acetilcolina : A acetilcolina (ACh) é dispensada por muitos neurônios do SNP e por alguns
do SNC. É um importante neurotransmissor do sistema nervoso periférico – como na junção 
neuromuscular e no encéfalo. A Ach pode se ligar a receptores nicotínicos (A nicotina possui uma 
característica hidrofóbica, permitindo sua rápida absorção pelos capilares pulmonares e pela barreira 
hematoencefálica) ou muscarínicos (estimulados pela muscarina – veneno de cogumelo). O 
antagonista conhecido é a atropina. Nas sinapses inibitórias, a ACh diminui a frequência cardíaca 
quando elas são formadas pelos neurônios parassimpáticos periféricos, como a inibição do coração 
pelo nervo vago. A enzima acetilcolinesterase (AChE) inativa a Ach. 
• Classe II – aminas: norepinefrina, epinefrina, dopamina, serotonina, histamina : As aminas biogênicas
são produzidas a partir de aminoácidos modificados e descarboxilados. A norepinefrina, epinefrina e 
dopamina são classificadas como catecolaminas. Normalmente tanto a síntese quanto a emissão das 
catecolaminas dependem da autoregulação 
de receptores nas terminações sinápticas. 
Os corpos celulares dos neurônios que 
liberam as catecolaminas localizam-se no 
tronco encefálico e no hipotálamo. No 
geral, esses neurotransmissores participam 
de processos importantes como o estado de 
consciência, a regulação da pressão arterial,
a atenção dirigida, o humor, a motivação, o 
movimento e a ejeção hormonal. 
◦ A norepinefrina é dispensada por 
neurônios localizados no tronco 
encefálico e no hipotálamo e, em geral, relaciona-se ao controle da atividade geral e à disposição
da mente, como no aumento do nível de vigília. Atua no despertar de um sono profundo, na 
regulação do humor e no sonhar A epinefrina é utilizada por uma quantidade menor de neurônios
no encéfalo. Tanto a norepinefrina como a epinefrina atuam como hormônios, sendo liberadas 
pela glândula adrenal ou suprarrenal. 
◦ A serotonina está presente em neurônios de todas as estruturas do encéfalo e da medula espinhal.
Possui uma ação inibitória nas vias das sensações (como da dor), na percepção sensorial, na 
termorregulação, no comando do humor e do apetite e na indução do sono. É considerada uma 
amina biogênica importante, com efeitos de início lento.
◦ A dopamina é um neurotransmissor secretado por neurônios que se originam na substância negra
e possuem normalmente um efeito inibitório, atuando em respostas emocionais e na regulação do
tônus muscular esquelético 
• Classe III: aminoácidos: ácido gama aminobutírico (Gaba), glicina, glutamato, aspartato: Os 
aminoácidos são neurotransmissores no SNP. 
◦ O aspartato e glutamato os que possuem potentes efeitos excitatórios. O glutamato é considerado
um dos vitais neurotransmissores de sinapses excitatórias do SNC. Liga-se a receptores Ampa e 
receptores NMDA. 
◦ O ácido gama-aminobutírico (Gaba) e a glicina possuem efeitos inibitórios. O Gaba é o principal
neurotransmissor de efeito no SNC, é uma forma modificada do glutamato, encontrado somente 
no SNC, sendo secretado em terminais nervosos localizados na medula espinhal, cerebelo, 
gânglios da base e várias áreas do córtex, participando de cerca de 1/3 das sinapses. O Gaba 
pode ter sua ação intensificada por ansiolíticos como o Valium (diazepam), reduzindo a 
ansiedade, induzindo o sono, e sendo utilizado no controle de crises convulsivas. 
◦ A glicina é um neurotransmissor liberado por interneurônios do tronco encefálico e da medula 
espinhal. Mantem o equilíbrio entre inibição e excitação da medula espinhal, permitindo a 
regulação da contração dos músculos esqueléticos. 
◦ Neuropeptídeos: São neurotransmissores que possuem de 3 a 40 aminoácidos e estão presentes 
tanto no SNC como no SNP. Os neuropeptídios são formados a partir de grandes proteínas 
precursoras. Em geral a quantidade emitida pela vesícula é menor, podendo se difundir para 
locais distantes da sinapse. Possui uma ação de longa duração em comparação com os demais 
neurotransmissores Dentro desse grupo, estão as encefalinas, as betaendorfinas, as dinorfinas e a 
substância P. As encefalinas possuem um potente efeito analgésico. As endorfinas e dinorfinas 
são denominadas peptídeos opioides, que também possuem efeito analgésico. Há uma relação 
desses neuropeptídios com o aprendizado, a memorização, o prazer, a euforia, a 
termorregulação, o impulso sexual e algumas vezes com a depressão e esquizofrenia. Um 
neuropeptídeo chamado de substância P relaciona-se à transmissão dos sinais de dor periféricos 
para o SNC. A ação da substância P pode ser suprimida pela liberação de encefalinas e 
endorfinas.
• Classe IV: óxido nítrico : O óxido nítrico é secretado por terminais nervosos do encéfalo de áreas 
responsáveis pelo comportamento em longo prazo e pela memorização. Difere dos demais 
neurotransmissores porque é sintetizado conforme a sua necessidade, difundindo-se em segundos 
pelo terminal pré-sináptico e para os neurônios pós-sinápticos adjacentes, modificando as ações 
metabólicas intracelulares e promovendo a excitabilidade neste neurônio.
• Purinas : Há neurotransmissores que não são tradicionais, como as purinas, o ATP e a adenosina. 
Estes compostos atuam como neuromoduladores 
SENTIDOS GERAIS E ESPACIAIS
Sentidos Gerais 
As sensações ocorrem devido à presença de uma variedade de receptores sensoriais que compõem a 
via aferente de transmissão de informações ao SNC. As sensações gerais incluem a sensação somática 
(sensações táteis, dor, temperatura, propriocepção) e a sensação visceral. Os sentidos especiais incluem 
visão, audição, olfato e paladar. Para que a referência sensitiva seja transmitida, ocorre a estimulação do 
receptor sensitivo e transdução do estímulo para um potencial graduado. Ao se atingir um limiar, gera-se o 
impulso nervoso, que se propaga para os neurônios de primeira ordem. A informação chega ao córtex 
somatossensorial, é processada e a resposta é encaminhada pela via eferente.
A classificação dos receptores ocorre conforme a localização dos receptores e a origem dos 
estímulos. 
• Exteroceptores : quando os receptores estiverem localizados na superfície externa (ou próximo), 
fornecendo as informações do ambiente externo (pressão, vibração, temperatura, dor, audição, olfato,
paladar, visão). 
• Interoceptores ou Visceroceptores : se localizam nos órgãos, nos músculos e vasos sanguíneos, 
monitorando o ambiente interno. 
• Proprioceptores : presentes nos músculos, articulações, tendões e ouvido interno, informando a 
posição do corpo, extensão e tensão muscular, posição e movimento articular.
• Sensitivos : podem ser separados por classes. 
◦ Características Morfológicas:
a) Terminações Nervosas Livres – formadas por dendritos sem revestimento, e são os 
receptores para dor, temperatura, cócegas, prurido e algumas sensações táteis; 
b) Terminações Nervosas Encapsuladas – formados por dendritos envolvidos por uma cápsula, 
são os receptores para sensações somáticas e viscerais que incluem a pressão, a vibração e 
outras sensações táteis;
c) Células Especializadas – estão presentes nos sentidos especiais (visão, audição, olfato e 
paladar) e fazem sinapses com neurônios sensitivos.
◦ De acordo com o estímulo que são capazes de detectar:
a) Mecanorreceptores – permitem a percepção do tato, pressão, propriocepção;
b) Nociceptores – promovem a percepção da dor e estímulos nocivos;
c) Termorreceptores 
d) Fotorreceptores – detecção da luz que alcança a retina; 
e) Quimiorreceptores – percebem substâncias químicas (paladar, odor e líquidos corporais); 
f) Osmorreceptores - percebem a pressão osmótica dos líquidos corpóreos.
Há duas vias de passagem de informações para o SNC:
1. Sistema da Coluna Dorsal (lemnisco) ou Sistema Epicrítico: envolve sensações refinadas, tato 
discriminativo, propriocepção, estereognosia (reconhecimento pela palpação), cinestesia 
(conhecimento da direção dos movimentos),discriminação de pesos e sensações vibratórias. Leva os
sinais pela coluna dorsal da medula espinhal até a medula oblonga por via ascendente. A seguir, as 
vias cruzam para o lado oposto e seguem pelo tronco encefálico em direção ao tálamo. 
2. Sistema Anterolateral ou Sistema Protopático : pode ser lateral (sensações de dor e temperatura) e 
anterior (prurido, cócegas, tato grosseiro ou mal definido. Segue pelas raízes espinhais dorsais em 
direção ao corno dorsal da substância cinzenta da medula, pela coluna anterior e lateral da medula e 
atinge o tronco cerebral e o tálamo. 
Córtex Somatossensoria: É o mapeamento do córtex humano que permite a visualização das diferentes 
áreas funcionais do córtex. A área somatossensorial primária localiza-se no giro pós-central do lobo parietal 
do córtex cerebral.
Mecanorreceptores: Promovem a percepção de sensações de tato, pressão, vibração, propriocepção, 
informações auditivas, com o monitoramento do calibre de vasos sanguíneos e órgãos internos. O tato possui
cerca de seis tipos de receptores, que podem ser: 
Proprioceptores: A percepção 
dos movimentos do corpo 
(cinestesia) ocorre por meio de 
receptores denominados 
proprioceptores. Estão 
localizados nos músculos, 
tendões e em células ciliadas 
presentes no ouvido interno, 
ensejando a movimentação da 
cabeça, a manutenção do 
equilíbrio e a estabilidade. A 
adaptação desses receptores é 
lenta, promovendo a recepção dos impulsos para a percepção das diferentes partes do organismo e da 
coordenação.
Termorreceptores: São terminações nervosas livres que propiciam a percepção do frio e do calor. Os 
receptores de frio localizam-se no estrato basal da epiderme. Os receptores de calor não são abundantes em 
relação aos de frio e estão localizados na derme. Em temperatura abaixo de 10 ºC e acima de 48 ºC, ativam o 
receptor de dor, levando a sensações dolorosas.
Nociceptores: Possuem relevância, pois a dor é essencial para a sobrevivência do indivíduo. Os receptores 
são terminações nervosas livres distribuídas por todos os tecidos, exceto no encéfalo. Lesões normalmente 
causam a liberação de substâncias como as cininas, prostaglandinas e íons potássio, estimulando os 
nociceptores. Os nociceptores têm pouca adaptação, e a dor persiste enquanto permanecer o estímulo lesivo. 
Os tipos de dor incluem a dor:
• Rápida – ocorre normalmente 0,1 segundo após o estímulo. É uma dor aguda, intensa e localizada 
• Lenta – inicia um segundo após o estímulo ou mais, e vai aumentando gradativamente em 
intensidade. É o tipo de dor pulsátil e persistente. A dor visceral ocorre em vísceras e comumente é 
difusa, o que pode levar a uma distensão ou isquemia de um órgão interno. Há diversos casos em 
que a dor visceral é percebida em outro local diferente do local lesionado, sendo denominada dor 
referida. 
Sentidos Especiais
Olfato: envolve a detecção do estímulo químico (cheiro) pelas células olfatórias, ocorrendo a transdução em 
sinal elétrico, que é transmitido ao sistema nervoso. As células receptoras olfatórias são os neurônios 
primários aferentes, que são de contato, detecção e transdução do odor. Um único dendrito se estende até a 
superfície do epitélio. Na ponta dos dendritos, há a presença de cílios longos e imóveis que apresentam muco
em sua superfície. Estes cílios têm sítios de ligação para as moléculas de odor. Os axônios dos neurônios 
formam o nervo óptico, que é o primeiro par craniano. 
As células receptoras olfatórias fazem sinapse com o bulbo olfatório na superfície inferior do lobo 
frontal, seguindo para o córtex olfatório e regiões do sistema límbico. Não há sinapse para o tálamo antes de 
se alcançar o córtex. A relação com o sistema límbico se explica porque o olfato se relaciona com a emoção, 
a procura de alimento e o estímulo sexual. Comumente a discriminação pelo olfato é feita pela fome, grau de 
atenção, sexo (mulheres são mais sensíveis), idade, estado da mucosa olfatória.
Paladar: A gustação ou paladar é um sentido 
químico percebido pela detecção de substâncias 
químicas. As qualidades gustativas são: salgada, 
doce, amarga, azeda e umami. As células 
receptoras gustatórias localizam-se nos botões 
gustativos na língua, palato, faringe e laringe. 
Neste caso são células epiteliais especializadas 
que transformam os estímulos químicos em sinais 
elétricos. As partículas do alimento necessitam estar dissolvidas em líquido (secreções salivares) para que 
possam penetrar nos poros gustativos. Os sabores podem ser constatados por mecanismos de transdução 
diferentes. 
Visão: A visão possui receptores que detectam e interpretam o estímulo luminoso pelas ondas 
eletromagnéticas. O olho humano é formado por três camadas, preenchidas por líquido e que contém duas 
câmaras. A esclera é uma cápsula branca ao redor do olho, ausente na superfície anterior onde se localiza a 
córnea (transparente). A retina forma a superfície posterior na região interna do olho, com numerosos 
neurônios e células sensoriais denominadas fotorreceptores. A adaptação ao escuro ocorre na medida em que 
há transformação da rodopsina – pigmento sensível a luz – na forma fotossensível, e a vitamina A é 
essencial para uma boa visão noturna. A adaptação à luz ocorre com os bastonetes, tornando-se menos 
responsivos na luz brilhante. 
A visão em cores dissemelhantes iniciar-se com a ativação dos fotopigmentos dos cones. Existem 
três tipos de cones: um que responde a comprimentos de onda longos (vermelhos), outro a médios (verdes) e 
a curtos (azuis). Independentemente do comprimento de onda, há ativação dos três tipos de cones em 
diversos graus. A cegueira para cores ocorre para vermelho-verde, na maioria homens, existindo uma fraca 
distinção de cores 
Há múltiplas vias paralelas 
para a transmissão da 
imagem pelo sistema visual. 
Os bastonetes e cones são o 
início da via neural e os 
sinais de luz são convertidos 
em potencial de ação para 
células bipolares e células 
ganglionares. Em contato com as células bipolares, as respostas são graduadas, pois não possuem canais 
regulados por voltagem. Os canais estão presentes nas células ganglionares, podendo ser gerados os 
potenciais de ação. Os axônios das células ganglionares formam o nervo óptico (II para craniano). Na base 
do encéfalo, os dois nervos se cruzam no quiasma óptico e o percurso dos tratos assume a posição inversa. 
As fibras dos nervos ópticos seguem para diversas estruturas do encéfalo, seguindo pelo tálamo.
Audição: ocorre devido à transdução das ondas sonoras em sinal elétrico, que é 
enviado para o sistema nervoso. As orelhas externa e interna são cheias de ar e a 
orelha interna contém o órgão de Corti, que é banhado pela endolinfa (escala 
média) e possui células sensoriais auditivas que participam da transdução auditiva. 
Há dois tipos de células receptoras: as células ciliadas internas e as externas. As 
células ciliadas presentes no órgão de Corti são mecanorreceptores e podem ser de 
dois tipos: células ciliadas internas (em fileira única) e células ciliadas externas (em
três fileiras). Os estereocílios permitem que as ondas de pressão sejam traduzidas 
em potencial receptor, de acordo com a movimentação do líquido presente no ducto
coclear. As células ciliadas externas estão inseridas na membrana tectória, que 
recobre o órgão de Corti. Há liberação do neurotransmissor glutamato pela célula 
ciliada, ativando cerca de dez neurônios aferentes Os potenciais de ação são gerados e os axônios formam o 
ramo coclear do nervo vestíbulo coclear.
Os canais semicirculares percebem a rotação
da cabeça nos três eixos perpendiculares,
com a presença de células receptoras, que
possuem estereocílios encapsulados no
interior de uma massa gelatinosa
denominada cúpula, estendendo-se até uma
saliência na parede de cada ducto, que é
chamado de ampola. O utrículo e o sáculo
promovem a percepção da movimentação
para cima, para baixo, paratrás e para a
frente, além de mudanças de posição da
cabeça 
Motricidade 
A motricidade possui um controle neuronal em um sistema organizado hierarquicamente, e a 
informação segue pelos neurônios que comandam a informação do movimento dos centros superiores para o 
córtex motor. Os centros superiores incluem as áreas somatossensoriais e motoras, áreas de associação, áreas 
envolvidas na memória, nas emoções e na motivação. 
 Os movimentos voluntários podem ser controlados pelos 
níveis superiores abrangendo áreas relacionadas com a 
memorização, emoções, córtex somatossensorial e motor, 
além de vias de associação. Essas áreas recebem as 
indicações que seguem pela via aferente de outras áreas do 
encéfalo. Neste nível, a movimentação ocorre conforme a 
intenção do indivíduo. No nível intermediário, as regiões 
envolvidas são o córtex somatossensorial e motor, 
cerebelo, regiões do núcleo da base e algumas áreas do 
tronco encefálico. Neste nível há transmissão das 
informações pelas vias descendentes em direção ao 
controle local. No nível local há sincronização das 
referências entre músculos e articulações, com a participação de interneurônios do tronco encefálico ou da 
medula espinhal, neurônios sensitivos e motores.
O papel do córtex cerebral é importante ao se planejar e governar o movimento voluntário em todos 
os níveis. O domínio motor é realizado por neurônios que originam as vias descendentes e são provenientes 
do córtex motor primário e área pré-motora. O papel do córtex cerebral é importante ao se planejar e 
governar o movimento voluntário em todos os níveis. O domínio motor é realizado por neurônios que 
originam as vias descendentes e são provenientes do córtex motor primário e área pré-motora.
• Movimentos Conscientes – com a atenção em um propósito determinado caracterizam um 
movimento voluntário; 
• Movimentos Inconscientes – automáticos e reflexos são involuntários; 
ESTRUTURAS DO ENCÉFALO
Cerebelo: O cerebelo está localizado na região dorsal ao tronco encefálico, e é um centro de coordenação 
dos movimentos muito importante, controlando a postura e equilíbrio. Indiretamente está envolvido com o 
movimento porque leva impulsos aferentes para o tronco encefálico. São recebidas referências do córtex 
motor e sensorial, sistema vestibular, pele, olhos, músculos, articulações e tendões O cerebelo auxilia na 
coordenação dos movimentos, com o envolvimento de articulações, memorizando os movimentos para que 
possam ser reproduzidos. O planejamento e a integração das informações também são coordenadas pelo 
cerebelo. Indivíduos que apresentam um problema cerebelar não são capazes de realizar movimentos 
oculares ou suaves dos membros, denotando tremor. O cerebelo permite que se tenha precisão e sincronismo 
dos movimentos em tarefas complexas.
Tronco Encefálico: No tronco encefálico seguem todas as fibras nervosas que transmitem referências para o 
cerebelo, prosencéfalo e medula espinhal. O bulbo coordena as funções vitais do organismo, as funções 
motoras e o centro cardiovascular. 
Ainda regula o diâmetro dos vasos, o
governo do centro respiratório (área 
inspiratória rítmica), do ciclo 
circadiano (sono e vigília) e da 
atenção. No bulbo estão o núcleo 
gustativo do bulbo (via gustativa), os
núcleos cocleares do bulbo, que 
participam da via auditiva, os 
núcleos vestibulares do bulbo e da 
ponte, que participam do equilíbrio (orelha interna ao encéfalo). Ainda estão os núcleos que se associam aos 
cinco pares de nervos cranianos, que são: nervo vestibulococlear (VIII), glossofaríngeo (IX), vago (X), 
acessório (XI) e hipoglosso (XII). A ponte está na região superior ao bulbo. Envolve os movimentos 
voluntários que seguem de áreas motoras do córtex cerebral, direcionados para os núcleos pontinos no 
cerebelo. Também são encontrados os núcleos vestibulares (equilíbrio). A área pneumotáxica e apnêustica do
centro respiratório localiza-se na ponte. Estas áreas auxiliam a controlar a respiração juntamente com a área 
respiratória rítmica bulbar. Há núcleos associados com os seguintes pares de nervos cranianos: nervo 
trigêmio (V), abducente (VI), facial (VII), vestibulococlear (VIII). 
Mesencéfalo: Localizado entre a ponte e o diencéfalo. Comanda as áreas motoras de cada região, centros 
reflexos de atividades visuais e respostas com movimentos da cabeça, olhos e tronco para atividades visuais, 
parte auditiva, reflexo do susto e suas manifestações, controlando atividades musculares subconscientes, 
governando movimentos voluntários quando em associação com o cerebelo e córtex cerebral. Os pares de 
nervos cranianos relacionados são o nervo oculomotor (III) e nervo troclear (IV). A doença de Parkinson se 
liga a lesões neuronais nesses núcleos (substância negra direita e esquerda).
Formação Reticular: Localizado entre a região superior da medula espinhal, todo tronco encefálico até a 
região inferior do diencéfalo, com a substância cinzenta (aglomerado de corpos celulares de neurônios) e a 
substância branca (pequenos feixes de axônios mielinizados) formando um arranjo reticulado. Abrange as 
vias aferentes (sensitivas) e eferentes (motoras), apresentando o sistema de ativação reticular (SAR), que 
contém axônios sensitivos que seguem em direção ao córtex cerebral. O SAR está envolvido com o estado de
consciência ao despertar, o sono. A formação reticular tem papel na regulação da postura e tônus muscular.
Sistema Límbico: É formado por estruturas conectadas, incluindo porções do lobo frontal, lobo temporal, 
tálamo e hipotálamo e as fibras que se conectam. Há ainda uma conexão dessas áreas com outras regiões do 
SNC. As estruturas estão relacionadas com o aprendizado, comportamentos e experiências emocionais e as 
funções de vísceras e endócrinas. Os impulsos eferentes provenientes do sistema límbico são coordenados 
pelo hipotálamo. O giro do cíngulo está associado aos conteúdos da memória e a emoções como 
agressividade, ansiedade e depressão. O giro para hipocampal está conectado com a memorização, e lesões 
permitem armazenar novas memórias, mas não memórias antigas. O hipotálamo é a estrutura central do 
sistema límbico, influenciando o comportamento e emoções dos indivíduos. Ao se estimular a região lateral 
do hipotálamo, aumenta-se sua atividade, havendo sede, fome, fúria ou luta. Ao se impulsionar o núcleo 
ventromedial, é possível observar reações contrárias às da região lateral. Quando estimulados, os núcleos 
paraventriculares expressam reações de punição e medo. Porções anteriores e posteriores podem ativar o 
impulso sexual. O tálamo liga-se à motricidade, sensibilidade, emoção e ativação do córtex cerebral. O 
hipocampo tem funções importantes ligadas ao comportamento e à memória. Correlata também com 
decisões, com a resposta imune pela relação da memória com os níveis de interleucina.
Hipotálamo: Localizado abaixo do tálamo, constitui uma pequena parte do diencéfalo. Apresenta centros de 
comando neural e endócrino. Faz o controle das atividades do organismo, participa da regulação 
homeostática, comanda os padrões emocionais e comportamentais em conjunto com o sistema límbico, 
regula a ingestão de alimentos (centro da fome e da saciedade) e de água (centro da sede). Participa da 
termorregulação e da regulação do ciclo circadiano e estados de consciência. Para a manutenção da 
homeostasia, os receptores sensoriais (sensações somáticas ou viscerais) levam as informações para o 
hipotálamo. Há receptores que realizam o monitoramento da pressão osmótica, o nível de glicose, a 
concentração de hormônios (em relação com a hipófise) e a termorregulação. As funções essenciais do 
hipotálamo são:
• Controle da atividade do sistema nervoso autônomo, regulando a atividade da musculatura lisa, 
musculatura cardíaca e glândulas. Há a regulação das atividades viscerais, como a frequência 
cardíaca, peristaltismo e contração da bexiga urinária;
• Produção hormonal pararegulação das atividades de liberação hormonal pela hipófise;
• Regulação de emoções e comportamento, que, em conjunto com o sistema límbico, colabora com a 
expressão de emoções (raiva, dor, prazer, agressividade) e de comportamento;
• Supervisão da ingestão da água e alimentos, contendo o centro da fome, centro da saciedade e da 
sede;
• Termorregulação: o hipotálamo influencia o sistema autônomo para que ocorra a perda do calor ou a
produção de calor;
• Regulação dos estados de consciência e ciclo circadiano, que estabelecem os ritmos circadianos com
o padrão da atividade biológica do indivíduo.
Epitálamo: Fica na região posterior e superior ao tálamo, contendo a glândula pineal e núcleos habenulares. 
A glândula pineal secreta o hormônio denominado melatonina. Como sua liberação é durante o período da 
noite, este hormônio relaciona-se com a indução do sono. Os núcleos habernulares estão envolvidos com as 
respostas emocionais aos odores.
Medula Espinhal: Os nervos espinhais realizam a comunicação da medula com as regiões específicas do 
corpo. Há 31 pares de nervos espinhais que seguem a partir dos forames intervertebrais em intervalos 
regulares.
• 8 pares de nervos cervicais (C1 a C8);
• 12 pares de nervos torácicos (T1-T12); 
• 5 pares de nervos lombares (L1-L5); 
• 5 pares de nervos sacrais (S1-S5); 
• 1 par de nervos coccígeos (Co1).
A substância cinzenta apresenta os cornos posteriores (neurônios de interneurônios e de neurônios 
sensoriais), anteriores (neurônios de interneurônios e de neurônios sensoriais) e laterais (núcleos motores 
autonômicos regulando a atividade dos músculos liso, cardíaco e das glândulas) da substância cinzenta.
SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO
O sistema nervoso autônomo envolve as respostas do sistema nervoso simpático e parassimpático 
que inervam as vísceras. O equilíbrio do tônus autônomo é regulado pelo hipotálamo. 
Os gânglios autônomos 
são subdivididos em 
gânglios simpáticos e 
parassimpáticos. A 
localização dos gânglios 
nos dois sistemas difere 
entre si. No sistema 
simpático, há uma 
cadeia de gânglios, um 
de cada lado da medula espinhal, são chamados de troncos simpáticos. Os gânglios colaterais são os gânglios
celíacos, mesentérico superior e inferior na cavidade abdominal. Os gânglios parassimpáticos estão no 
interior dos órgãos ou próximos a eles. A saída dos neurônios pré-ganglionares variam entre os dois sistemas.
No simpático, o neurônio pré-ganglionar sai da medula espinhal toracolombar. No sistema parassimpático, os
pré-ganglionares se originam do tronco encefálico e da medula espinhal da região sacral.
Quando ocorrer a ativação dos receptores nicotínicos pela Ach, ocorrerá a excitação do neurônio 
pós-ganglionar em um efetor autonômico ou na musculatura estriada esquelética. Na ativação dos receptores 
muscarínicos pela Ach, há uma despolarização ou uma hiperpolarização, dependendo da localização. Há 
relaxamento de esfíncteres 
do músculo liso no trato 
gastrointestinal (inibição), 
podendo haver excitação com
contração da musculatura 
circular da íris. A ACh é 
inativada pela enzima 
acetilcolinesterase (AChE), 
possibilitando efeitos breves para os seus efeitos. 
As respostas simpáticas envolvem a resposta de luta ou fuga e favorecem as tarefas que se 
relacionam à atividade física vigorosa e rápida produção de ATP. Concomitantemente há redução das 
atividades que facilitam o armazenamento de energia. Um conjunto de respostas surge a partir da 
estimulação simpática e da liberação de hormônios da adrenal. Em geral os efeitos da ativação simpática 
possuem maior duração que os da parassimpática.
• Midríase (dilatação da pupila). 
• Taquicardia com aumento da força de contração do coração.
Há elevação da pressão arterial.
• Broncodilatação, com movimentos mais rápidos do ar
entrando e saindo do pulmão. 
• Vasoconstrição nos rins e trato gastrointestinal, com retração
do fluxo sanguíneo, diminuição da formação de urina e
atividades de digestão.
• Vasodilatação nos músculos esqueléticos, cardíaco, fígado e
tecido adiposo, com maior fluxo sanguíneo.
• Vasodilatação nos músculos esqueléticos, cardíaco, fígado e tecido adiposo, com maior fluxo 
sanguíneo. 
• Aumento do nível de glicose no sangue. 
As respostas parassimpáticas incluem atividades de repouso e digestão. Há uma atividade 
conservadora e restauradora da energia durante os momentos de repouso e recuperação. Há estimulação da 
salivação, lacrimação, produção de urina, defecação e digestão, bradicardia e bradipneia e miose (contração 
das pupilas).
Os receptores adrenérgicos ou adrenorreceptores pertencem à classe de receptores ligados à proteína 
G e que são alvos das catecolaminas. Os receptores adrenérgicos são ativados por seus ligantes endógenos, 
as catecolaminas: adrenalina e noradrenalina. Muitas células possuem estes receptores, e a ligação de 
um agonista geralmente causará uma resposta simpática, ou seja, respostas de luta ou fuga.  
Reflexos Autônomos: Ocorre quando as respostas seguem por um arco reflexo autônomo. Normalmente os 
reflexos relacionam-se ao controle da pressão arterial, da frequência cardíaca, da força de contração 
ventricular e diâmetro do vaso sanguíneo. Há ajuste da motilidade e tônus dos músculos do trato 
gastrointestinal, ajuste da abertura e fechamento dos esfíncteres da micção e defecação. 
O controle autônomo não tem a percepção consciente, pois o centro integrador das respostas 
autônomas está localizado na medula espinhal ou nos centros inferiores do encéfalo. O hipotálamo é o centro
de comando e integração que recebe a referência sensitiva do olfato, paladar, temperatura, osmolaridade, 
níveis de substâncias no organismo, bem como emoções do sistema límbico. A informação segue pelo tronco
encefálico e medula espinhal. As regiões lateral e posterior do hipotálamo governam a via simpática, e as 
partes medial e anterior do hipotálamo regulam a região parassimpática. 
Os anestésicos locais bloqueiam a condução dos impulsos nervosos pelos axônios dos neurônios de 
primeira ordem.
SISTEMA ENDÓCRINO
Conceitos Básicos: O sistema endócrino, juntamente com o sistema nervoso, colabora para a manutenção da
homeostase do organismo. É constituído pelas glândulas endócrinas, que são ricamente vascularizadas e são 
chamadas de tireoide, paratireoide e suprarrenal, assim como aglomerados de células endócrinas, como as 
ilhotas pancreáticas – hipotálamo, glândula pineal, glândula pituitária, tireoide e paratireoide, timo, pâncreas,
adrenal, ovário e útero, testículos.
As glândulas endócrinas podem ser classificadas
como cordonais, nas quais as células se associam na forma de
cordões, ricamente vascularizadas por capilares sanguíneos.
Outro tipo são as glândulas do tipo vesicular ou folicular (por
exemplo: tireoide). Os hormônios possuem sua ação em
tecidos que apresentem células denominadas células-alvo,
pois contém receptores específicos de ligação. Os receptores
situam-se na superfície celular, no citoplasma e no núcleo da célula. Ao se ligar ao receptor, o hormônio 
desencadeia diversos mecanismos e reações dentro da célula, bem como a resposta específica para o 
hormônio. 
 Para que a regulação da liberação hormonal ocorra, os hormônios hipotalâmicos são emitidos pelo 
sistema porta-hipofisário, que possui uma rede capilar por onde o sangue parte para uma veia porta e, depois,
para outra rede capilar, que o conduz para capilares da adeno-hipófise, não havendo passagem pelo coração. 
Assim, os hormônios hipotalâmicos possuem uma ação imediata sobre as células da adeno-hipófise, que 
ejetam seus hormônios, os quais atuarão sobre os tecidos-alvo. 
Os hormônios são substâncias liberadas pelas glândulas endócrinas e, de acordo com a sua natureza 
química, podem ser classificados em categorias:
• Proteínas e polipeptídios – natureza hidrofílica 
• Hormônios aminados – natureza hidrofílica – derivam do aminoácido denominado tirosina. Neste 
grupoencontram-se os hormônios tireoídeos, as catecolaminadas norepinefrina e epinefrina (síntese
na medula da suprarrenal) e a dopamina, que é produzida pelo hipotálamo. A dopamina é 
sintetizada por neurônios do hipotálamo 
• Esteroides e derivados do colesterol – natureza hidrofóbica ou lipossolúvel – produzidos pelo 
córtex da suprarrenal e gônadas. A placenta também pode produzi-los durante a gestação. O 
colesterol utilizado para a síntese de esteroides pode ser proveniente da dieta ou sintetizado pelas 
células 
Regulação dos Receptores Hormonais: Os hormônios são transportados por via sanguínea e agem em 
diferentes tecidos, com respostas muito específicas, envolvendo as células-alvo. Normalmente os hormônios 
influenciam os receptores presentes nas células-alvo, regulando a sua atividade ou a sua expressão. 
• Regulação para Cima (suprarregulação ou up-regulation) corresponde ao aumento da quantidade de 
receptores na célula para um determinado hormônio. Esta regulação ocorre quando há uma 
exposição longa a uma baixa concentração do hormônio e tem como efeito a elevação da 
responsividade da célula-alvo 
• Regulação para Baixo (infrarregulação ou down-regulation) equivale à diminuição da quantidade de
receptores na célula-alvo, fato que ocorre devido a uma exposição a uma alta concentração 
hormonal, subtraindo temporariamente a responsividade da célula-alvo, evitando uma ação 
excessiva do hormônio. 
• Permissividade quando um hormônio X precisa estar presente para que o hormônio Y possa exercer 
o seu efeito. O efeito sinérgico ocorre quando dois hormônios têm seus efeitos maiores quando estão
atuando em conjunto, comparando-se com o efeito isolado de cada hormônio. Os efeitos 
antagônicos ocorrem quando um hormônio tem ação oposta à do outro. 
Hormônios locais e circulantes: 
Mecanismo de Ação dos Hormônios: Há diferenças entre os hormônios hidrossolúveis e lipossolúveis em 
relação à circulação no sangue e ação na célula-alvo. Vejamos a distribuição dos hormônios segundo a classe 
química. 
• Hormônios Lipossolúveis: Transportados no sangue por proteínas de transporte (entrada e ação no 
interior da célula) – esteroides, tireoideanos, óxido nítrico (gás). Ocorre a ligação aos receptores 
intracelulares, o que favorece a transdução do sinal pela entrada do complexo hormônio-receptor no 
núcleo, ligando-se ao DNA (ácido desoxirribonucleico) 
• Hormônios Hidrossolúveis: Transportados no sangue por proteínas de transporte (entrada e ação no 
interior da célula) – aminados, peptídicos e proteicos, eicosanoides (derivados do ácido 
araquidônico). Se ligam a receptores na superfície extracelular da membrana plasmática, iniciando a 
transdução do sinal que determina a sua ação 
Regulação da Secreção Hormonal: A liberação hormonal é regulada para que não haja uma emissão 
excessiva ou insuficiente do hormônio. A regulação pode ocorrer por sinais do sistema nervoso, por 
alterações químicas do sangue, ou pela ação de outros hormônios. O sistema de regulação que impera na 
maioria dos casos é conhecido como retroalimentação negativa (ou feedback negativo), e alguns sistemas são
controlados pela retroalimentação positiva (ou feedback positivo). O sistema de retroalimentação 
corresponde a um conjunto de eventos que
permite a regulação constante da condição do
organismo (monitoramento, avaliação,
alteração). Na retroalimentação negativa, ocorre
a inversão da condição dominada. Na
retroalimentação positiva, a condição
comandada é reforçada. Neste sistema existem
três componentes:
1. Receptor faz o monitoramento das alterações em um evento; 
2. Centro de controle é o encéfalo, que tem valores de uma condição que deve ser mantida no 
organismo; 
3. Efetor recebe as informações do centro de controle e conduz uma resposta que altera a condição 
governada;
Regulação Hipotálamo - Hipófise 
Hipotálamo: É uma pequena porção do diencéfalo localizada abaixo do tálamo e acima da hipófise, 
regulando diversas atividades. O hipotálamo permite a integração entre os sistemas nervoso e endócrino, 
possui uma relação coordenada com a hipófise, sintetizando hormônios que regulam a emissão dos 
hormônios hipofisários. As secreções hipotalâmicas que estimulam a dispensa dos hormônios na corrente 
sanguínea são chamadas de hormônios liberadores, e as que bloqueiam a liberação do hormônio são 
designadas como hormônios inibidores. Sua finalidade é a manutenção da homeostase do organismo.
Hipófise: É responsável pela produção de diversos hormônios em resposta à dispensa de hormônios 
emissores do hipotálamo. Possui derivação embriológica dupla (nervosa e ectodérmica) e, em razão disso, 
possui duas glândulas distintas, unidas anatomicamente, mas exibindo funções distintas: adeno-hipófise 
(hipófise anterior), hipófise intermédia e neuro-hipófise (hipófise posterior, origem nervosa.
• Adeno-hipófise (lobo anterior) - são
dispensados hormônios que regulam
uma variedade de atividades
corporais, desde o crescimento até a
reprodução, sob o controle dos
hormônios liberadores e inibidores do
hipotálamo. 
• Neuro-hipófise (hipófise posterior) -
produzem o hormônio antidiurético
(ADH) ou vasopressina, ocitocina e
uma proteína denominada
neurofisina, que se liga ao ADH e à ocitocina. Os hormônios são dispensados por meio de impulsos 
nervosos de fibras nervosas originadas do hipotálamo. Diversos estímulos podem ativar os impulsos
aferentes e o impulso leva à emissão hormonal por exocitose. Em seguida os hormônios são 
liberados para a circulação sanguínea, desempenhando a ação no organismo todo. 
Hormônios
Ocitocina: produzido na neuro-hipófise. A ocitocina produz a contração da musculatura lisa próximo das 
mamas para que ocorra a ejeção do leite das glândulas mamárias em lactação, além da contração uterina no 
parto. 
Hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina): produzido na neuro-hipófise. O ADH ou vasopressina 
apresenta ação nas células musculares lisas ao redor dos vasos sanguíneos, fazendo com que ocorra a 
elevação da pressão arterial. Tem um papel no rim, diminuindo a secreção de água na urina, e nas células 
basilares da porção terminal do túbulo distal e nos ductos coletores, aumentando a reabsorção de água e 
subtraindo a osmolaridade dos líquidos corporais 
Hormônio do crescimento (GH): produzido na adeno-hipófise. É o principal hormônio liberado após o 
nascimento, tendo como efeito crucial o crescimento direto ou indireto, causando a estimulação das mitoses 
no tecido-alvo.
Hormônio foliculo-estimulante (FSH): produzido na adeno-hipófise. No sistema reprodutor feminino, 
favorece a foliculogênese (formação dos folículos ovarianos e maturação do gameta feminino denominado 
ovócito; no sistema reprodutor masculino, impulsiona a espermatogênese (criação dos espermatozoides) nos 
testículos. O controle da liberação do GnRH e do FSH na mulher é suprimido pelo estrogênio; no homem, 
pela testosterona, com sistemas de feedback negativo.
Hormônio luteinizante (LH): produzido na adeno-
hipófise. A liberação do hormônio luteinizante é
governada pelo GnRH dispensado pelo hipotálamo, e a
ação na mulher é a ovulação, estimulação da formação
do corpo lúteo, liberação da progesterona pelo corpo
lúteo. O LH, em conjunto com o FSH, promove a
secreção de estrogênios pelas células presentes no folículo ovariano. No homem o LH aciona a emissão de 
testosterona pelas células de Leydig. 
Prolactina (PRL): produzido na adeno-hipófise. Possui ação coligada a outros hormônios, iniciando e 
mantendo a secreção de leite pelas glândulas mamárias. A ação somente da prolactina é fraca. Assim, ocorre 
um efeito permissivo em conjunto com a progesterona, estrogênios, glicocorticoides, GH, tiroxina e insulina 
para a produção do leite. Para que ocorra a liberação do leite, é necessária a ação da ocitocina. A regulação 
da ejeção da PRL na mulher é realizada pelo hormônio inibidor da prolactina (PIH), que é a dopamina. Noshomens, ela não possui a função estabelecida, mas a hipersecreção leva a disfunção erétil com impotência e 
incapacidade de ereção. Nas mulheres a hipersecreção de PRL causa a galactorreia (secreção inadequada de 
leite) e amenorreia (ausência dos ciclos menstruais). 
Hormônio estimulante da tireoide (TSH): produzido na adeno-hipófise. Este hormônio ativa as células 
foliculares presentes no folículo tireoideano 
da tireoide. tireoidianos, que contêm células
foliculares que se ligam ao TSH (receptores 
localizados na membrana basal) na presença
do iodo (bombas de iodeto na membrana 
basal das células foliculares), 
impulsionando a síntese dos hormônios 
tetraiodotironina (T4) e tri-iodotironina 
(T3). Na circulação sanguínea, os 
hormônios se ligam às proteínas plasmáticas, atingindo as células-alvo no organismo. Os hormônios 
tireoideanos são hormônios lipossolúveis e circulam no sangue ligados a proteínas de transporte 
denominadas globulina fixadora de tiroxina (TBG). A ação do T3 e T4 inclui um aumento da taxa metabólica
nas células-alvo, expande a taxa de crescimento e acuidade mental, promove a estimulação do metabolismo 
de carboidratos e lipídios, aumenta a frequência cardíaca, respiratória e ação muscular, facilita a perda de 
peso e diminui a produção de ácidos graxos, colesterol e triglicerídios. A tiroxina (T4) não é a forma mais 
ativa, mas é o principal produto secretado (conversão em T3), e o T3 é várias vezes mais potente.
Paratormônio (PTH): As paratireoides são quatro glândulas individuais localizadas na região posterior da 
tireoide – duas superiores e duas inferiores. São responsáveis pela produção do paratormônio (PTH), que é 
controlada pela concentração extracelular de cálcio. Quando ocorre a diminuição da concentração plasmática
do cálcio, há emissão do paratormônio. Esta ativação determina o aumento dos níveis de cálcio no sangue, 
juntamente com as múltiplas ações que causam o avanço da concentração extracelular de cálcio. Nos rins o 
PTH amplia a produção de vitamina D, que, por sua vez, eleva a absorção de cálcio no intestino. 
Hormônio adrenocorticotrófico (adrenocorticotrofina) ou ACTH: O CRH é liberado após a estimulação 
(que pode ser um mecanismo de estresse, trauma físico, baixa concentração de glicose interleucina-1) do 
hipotálamo, ativando a secreção do ACTH na adeno-hipófise. A função do ACTH inclui o controle da 
produção e secreção de hormônios glicorticoides (córtex da adrenal). A regulação é realizada por um 
mecanismo de feedback negativo, porque os glicocorticoides emitidos inibem secreção de CRH e ACTH.
Glândulas
Adrenais ou Suprarrenais: Na zona glomerulosa, há a produção dos mineralocorticoides, como a 
aldosterona, e uma quantidade limitada de desoxicorticosterona em resposta à liberação de ACTH e 
angiotensina II. Na zona fasciculada, as células secretam os glicocorticoides (cortisol e corticosterona) em 
resposta ao ACTH, e estes hormônios governam o metabolismo de lipídios, proteínas e carboidratos, 
aumentando a gliconeogênese, síntese de glicogênio no fígado. Os mineralocorticoides participam do 
controle da homeostasia da água e de eletrólitos (especialmente sódio e potássio). Além disso, expande a 
secreção de potássio e íons H+ (impedem acidose). Regula também as variações dos níveis séricos de 
potássio. 
Os glicocorticoides são essenciais à vida, funcionando como reguladores do metabolismo e da 
resistência ao estresse. Os hormônios dispensados são o cortisol (hidrocortisona), a corticosterona e a 
cortisona (corresponde a 95% da atividade). Seus efeitos incluem: aumento da degradação de proteínas, 
gliconeogênese, lipólise, resistência ao estresse (glicose para produção de ATP, tornando os vasos sanguíneos
mais suscetíveis à ação de outros mediadores), efeitos anti-inflamatórios, com a redução do número de 
mastócitos, estabilização das membranas lisossomais e diminuição da permeabilidade capilar, subtração da 
fagocitose, retardo da cicatrização de depressão das respostas
imunes quando utilizados em altas doses. Normalmente essas
respostas não apresentam consequências em curto prazo,
porém a exposição crônica pode levar a consequências na
resposta imune, na fertilidade e nas diminuições na densidade
óssea. 
Os androgênios são liberados em homens e mulheres em pequenas quantidades pelo córtex da 
adrenal (quantidades maiores pelos testículos dos homens). A emissão é estimulada pelo ACTH. Os 
androgênios em meninos e meninas promovem o crescimento de pelos axilares e pubianos e contribuem para
o surto pré-puberal de crescimento. Em homens adultos, a quantidade secretada é baixa e insignificante, e 
são convertidos em testosterona nos testículos. Nas mulheres, desempenham papéis importantes, 
contribuindo para a libido, e são convertidos em estrogênios (esteroides sexuais feminilizantes).
A medula da adrenal libera a epinefrina (80%) e a norepinefrina, que são hormônios 
simpaticomiméticos relacionados com os sinais da resposta de luta ou fuga.
Pâncreas: O pâncreas é considerado uma glândula mista, apresentando uma porção exócrina com ductos 
excretores que dispensam as enzimas pancreáticas no duodeno, essencial para o processo de digestão. 
Apresenta uma porção endócrina que emite três hormônios: insulina, glucagon e somatostatina. 
A insulina é secretada pelas células b das ilhotas pancreáticas. O fator regulador mais importante é a 
glicose; o aumento desta concentração sanguínea estimula rapidamente a secreção de insulina, que possui 
uma ação hipoglicemiante. Dentre as ações da insulina, temos:
• Diminuição da concentração sanguínea de glicose, com uma ação hipoglicêmica (ampliação do 
transporte da glicose nas células-alvo, promovendo a formação de glicogênio e inibindo a 
gliconeogênese). 
• Subtração na concentração sanguínea de ácidos graxos e cetoácidos, inibindo a mobilização e 
oxidação de ácidos graxos e elevando simultaneamente seu armazenamento. No tecido adiposo, 
estimula a deposição de lipídios e inibe a lipólis 
• Possui efeito anabólico sobre o metabolismo proteico e aumenta a captação de aminoácidos e 
proteínas pelos tecidos 
• Outras ações incluem captação de potássio pelas células, efeito direto pelo centro da saciedade no 
hipotálamo (e isso independe das variações da glicose que produz no sangue).
O glucagon é sintetizado e secretado pelas células α das ilhotas pancreáticas e possui ação 
coordenada na expansão da concentração sanguínea de glicose, sendo um hormônio hiperglicemiante. 
Coordenada com este efeito está a secreção da insulina. As ações do glucagon incluem a elevação da 
concentração sanguínea de glicose (amplia a glicogenólise, a gliconeogênese, a lipólise e a síntese de 
cetonas). Os fatores que afetam a secreção do glucagon podem ser estimuladores, como o jejum; a 
concentração diminuída de glicose, por exemplo, e os fatores inibidores podem ser a liberação da insulina, a 
somatostatina, a concentração aumentada de ácido graxo e de cetoácido.
A somatostatina é expelida pelas células d (delta) e inibe a secreção de insulina e glucagon através de
ação parácrina nas células α e β. É ejetada em resposta a uma refeição e se difunde. Possui a função de 
modular e limitar as respostas da insulina e do glucagon ao alimento ingerido.
Sistema Reprodutor Masculino
A localização do escroto e a contração das fibras musculares é importante para a regulação da 
temperatura dos testículos – aproximadamente 2 a 3 ºC abaixo da temperatura central requerida para a 
produção normal do esperma. Na temperatura corpórea, podem ocorrer problemas para a produção normal 
dos espermatozoides. O músculo cremáster auxilia na regulação da temperatura dos testículos, pois a 
elevação do testículo ocorre na temperatura externa fria e na excitação sexual.
Os testículos são as gônadas masculinas. Os túbulos seminíferos contêm células espermatogênicas 
em diversos estágios do desenvolvimento, havendo a produção dos espermatozoides. Asfunções do testículo
incluem a espermatogênese (produção de espermatozoides) e a produção de testosterona.
Espermiogênese: A espermiogênese pode ser dividida em quatro fases, enquanto as espermátides estão 
inseridas em pequenas depressões entre as células de Sertoli. As fases são 
conhecidas como fase de Golgi, de capuz, acrossômica e fase de maturação. 
A regulação hormonal dos testículos ocorre pela regulação pelo GnRH 
emitido pelo hipotálamo. A partir da puberdade, ao ser dispensado o GnRH, há 
estimulação dos gonadotrofos da adeno-hipófise e há liberação dos hormônios 
foliculo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH). O hormônio LH ativa a 
secreção de testosterona pelas células de Leydig. A síntese de testosterona 
ocorre a partir do colesterol, é um hormônio lipossolúvel que se difunde para o 
líquido intersticial e o sangue, tendo uma regulação por feedback negativo, 
suprimindo a secreção do LH. O hormônio FSH impulsiona a espermatogênese 
e, juntamente com a testosterona, impulsiona de maneira sinérgica a célula de 
Sertoli para a ejeção da proteína ligante de androgênio (ABP) na luz dos túbulos seminíferos e no líquido 
intersticial. A testosterona se liga ao ABP e ocorre a manutenção da alta concentração de testosterona no 
local. Dessa maneira, há estimulação da espermatogênese nos túbulos seminíferos. Quando o processo de 
espermatogênese alcança
sua função necessária, há
ejeção do hormônio
proteico inibina pelas
células de Sertoli, inibindo
a secreção do FSH. 
Sistema Reprodutor Feminino 
 Está relacionado à produção de hormônios sexuais que controlam não somente os órgãos deste 
sistema, como influenciam outros órgãos do corpo. É constituído de dois ovários, duas tubas uterinas, útero, 
vagina e genitália externa. A partir da menarca (primeira menstruação), passa por modificações cíclicas, tanto
em sua estrutura como em sua atividade funcional, que são controladas por mecanismos neuro-hormonais. 
Ovogênese e foliculogênese: Na puberdade ocorre o início das
ovulações; o ovócito primário segue o processo de meiose,
interrompendo na metáfase da segunda divisão, que se completa
somente quando há a fertilização por um espermatozoide. O
ovócito secundário dispensado na ovulação está coberto pela
zona pelúcida, recoberta por uma camada de células foliculares
designada como corona radiata.
Desenvolvimento dos folículos ovarianos: Na puberdade há
início do processo de crescimento folicular para grupos de
folículos primordiais, compreendendo modificações do ovócito,
células foliculares e fibroblastos do estroma, que abrange o
folículo. O crescimento folicular é induzido pelo hormônio folículo estimulante (FSH), que é secretado pela 
hipófise. O crescimento folicular (foliculogênese) é rápido, observando as seguintes fases de 
desenvolvimento: folículo primordial, folículo primário unilaminar, folículo primário multilaminar, folículo 
secundário ou antral e folículo maduro (ou de Graaf). Geralmente, a cada ciclo menstrual, um folículo 
dominante alcança o estágio de folículo maduro ou de Graaf e ovular. Assim, os outros folículos em 
crescimento entram em atresia e suas células são fagocitadas por células fagocíticas. 
A ovulação é ativada pelo pico da secreção do hormônio luteinizante (LH) liberado pela hipófise 
devido aos altos níveis de estrógeno circulante, produzido pelos folículos em crescimento. Na ovulação há 
ruptura da parede do folículo maduro e emissão do ovócito, envolvido pela zona pelúcida e corona radiata, 
que será capturado pela extremidade dilatada da tuba uterina. Regularmente ocorre no 14º dia para um ciclo 
menstrual de 28 dias e, na maioria das vezes, é dispensado um ovócito em cada ciclo, porém há casos em que
nenhum ovócito é ejetado (ciclos anovulatórios). Quando dois ou mais ovócitos são expelidos e fertilizados, 
desenvolvem-se as gestações múltiplas. 
Após a ovulação, há uma reorganização das células da granulosa e da teca interna, formando-se uma 
glândula endócrina temporária denominada corpo lúteo, que secreta estrógeno e progesterona, inicialmente 
sob o efeito do LH. O destino dessa estrutura depende da sua estimulação após a ovulação. Normalmente 
pelo estímulo do LH, que promoveu a ovulação, o corpo lúteo pode secretar durante 10-12 dias. Caso não 
haja nenhum outro estímulo, por exemplo, quando não ocorre a fertilização, há degeneração das células por 
apoptose. Devido à secreção decrescente de progesterona, ocorre a menstruação, e daí o corpo lúteo é 
designado corpo lúteo de menstruação. Após a degeneração do corpo lúteo, há uma diminuição da 
concentração de esteroides no sangue e consequente liberação de hormônio foliculo-estimulante (FSH), 
impulsionando o crescimento de novos folículos e iniciando o próximo ciclo menstrual. No caso de 
fertilização, o embrião implantado sinaliza o corpo lúteo pela emissão do hormônio gonadotropina coriônica 
humana (HCG), com ação similar à do LH. Assim, ativa o corpo lúteo, impede sua degeneração e impulsiona
seu crescimento e a secreção de progesterona. Este é o corpo lúteo de gravidez, que persiste durante 4-5 
meses e degenera, pois a placenta assume o papel endócrino ao fim da gestação 
Atividade Endócrina no Sistema Reprodutor Feminino: Para a atividade cíclica no sistema reprodutor 
feminino, são importantes os seguintes hormônios: hormônio liberador de gonodotropinas (GnRH) – no 
hipotálamo; hormônios sexuais da hipófise anterior (FSH e LH) – secretados em resposta ao GnRH; 
hormônios ovarianos estrogênio e progesterona –expelidos pelo ovário em resposta ao FSH e LH. Esses 
hormônios não são excretados em quantidades constantes durante todo o ciclo menstrual, porém possuem 
ejeção em intensidades diferentes ao longo das etapas do ciclo.
 
Hormônios Gonadotrópicos 
Hormônio luteinizante (LH) e foliculo-estimulante (FSH): O LH e o FSH são glicoproteínas cuja função 
consiste em regular o desenvolvimento, o crescimento, a maturação sexual e a secreção dos hormônios 
esteroides sexuais das gônadas. As células gonadotrópicas expelem estes hormônios, que perfazem cerca de 
10 a 15% da população de células da hipófise anterior. A modificação das porções dos carboidratos 
(subunidades distintas) que compõem a superfície das células gonadotrópicas torna possível a variação da 
bioatividade na produção de LH ou FSH, que são excretados em diferentes circunstâncias fisiológicas, como 
ocorre no ciclo menstrual.
A regulação da secreção destes hormônios tem padrão pulsátil e cíclico, que é ativado pelo hormônio
liberador de gonadotropina (GnRH) dispensado pelo hipotálamo. A secreção pulsátil do LH é proveniente da 
secreção pulsátil do GnRH, e não da ejeção de hormônios esteroides sexuais das gônadas, pois na ausência 
de gônadas e em mulheres pós-menopáusicas exibem picos ainda mais acentuados do nível plasmático de 
LH. Uma característica que destaca a secreção de LH em mulheres é sua natureza cíclica mensal. Entre 9 e 
11 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente FSH e LH; entre 11 e 15 anos de idade, na 
puberdade, ocorre o primeiro ciclo menstrual (menarca). Durante cada mês do ciclo menstrual, tanto o FSH 
quanto o LH exibem oscilações cíclicas, produzindo alterações cíclicas ovarianas.
Estrogênios: Observam-se apenas três tipos de estrógenos no plasma da mulher: β-estradiol, estriol e 
estrona, expelidos pelo ovário. Em mulheres não gestantes, estes hormônios são secretados apenas pelos 
ovários e pelo córtex da suprarrenal; durante a gestação, a placenta secreta grande quantidade de estradiol.
O estrogênio possui a função de proliferação e crescimento celular das gônadas e outros tecidos 
relacionados com a reprodução. Secreção dos hormônios gonadotróficos aumenta na puberdade, os ovários, 
as tubas uterinas, o útero e a vagina ampliam de tamanho e a genitália externa também cresce, ocorrendo a 
deposição de gordura no púbis e nos grandes e pequenos lábios. São responsáveis pelo crescimento e aspectoexterno das mamas femininas maduras; efeito sobre o esqueleto com expansão da atividade osteoblástica do 
osso e, na puberdade, o crescimento fica rápido durante vários anos; ação na ampliação da proteína corporal 
total; ação sobre o metabolismo e a deposição de gordura, causando a deposição de gordura nas mamas e nos
tecidos subcutâneos, nádegas e coxas, que são características femininas; distribuição e crescimento de pelos 
na região púbica e nas axilas. Após a puberdade, os androgênios são os responsáveis por isso; efeitos sobre a 
pele, adquirindo uma textura macia e lisa, tornando-a mais vascularizada. 
Progestinas: A mais importante das progestinas é a progesterona. Na mulher não gestante, a progesterona 
tem sua secreção elevada após a ovulação, pois é expelida pelo corpo lúteo. Caso ocorra a fertilização e a 
gestação, a placenta produz progesterona em especial depois do quarto mês de gestação. A progesterona 
possui funções relacionadas com as alterações secretoras no endométrio uterino durante a segunda metade do
ciclo menstrual, preparando o endométrio para a implantação do óvulo fertilizado. Promove a retração da 
intensidade das contrações uterinas, impedindo a expulsão do óvulo implantado. Ainda amplia a secreção da 
mucosa das tubas uterinas (nutrição do óvulo fertilizado) e aumenta o volume das mamas, desenvolvendo os 
lóbulos e alvéolo.
Prolactina: A prolactina é sintetizada pelas células mamotrópicas, promovendo a secreção do leite. A 
placenta secreta grande quantidade de somatomamotropina coriônica humana, que, devido às suas 
propriedades lactogênicas, atua concomitante com a prolactina durante a gestação. O estrogênio e a 
progesterona possuem efeitos supressores nas mamas. Para que ocorra a formação e secreção de leite, outros 
hormônios são necessários, fornecendo aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio, como é o caso do 
hormônio de crescimento, do cortisol, do hormônio da paratireoide e da insulina. 
Ocitocina: Hormônio produzido pelo hipotálamo e armazenado na neuro-hipófise, produz as contrações 
uterinas durante o parto e a ejeção do leite durante a amamentação. Na primeira mamada, são necessários, 
inicialmente, 30 segundos para que sejam transmitidos os impulsos sensoriais (nervos somáticos dos 
mamilos) ao hipotálamo para que ocorra a secreção de ocitocina e ejeção do leite. 
Hormônio gonadotrofina coriônica (hCG): É uma glicoproteína hormonal produzida pelo 
sinciciotrofoblasto da placenta. É um hormônio exclusivo da gravidez, estimula a secreção de progesterona e 
estrogênios em quantidades aumentadas durante alguns meses pelo corpo lúteo. Sob influência do hCG, o 
corpo lúteo cresce o dobro de seu tamanho inicial, aproximadamente na quarta semana de gestação, 
involuindo lentamente ao redor da 13ª a 17ª semana. Após este período, a placenta secreta quantidades de 
progesterona e estrogênio suficientes para manter a gestação. Os hormônios sexuais impedem a menstruação 
e induzem o desenvolvimento do endométrio.
CICLO MENSTRUAL
O sistema reprodutor feminino é controlado pelo estrógeno e pela progesterona, que regulam 
estruturas e funções dos órgãos. Os estrogênios promovem, principalmente, a proliferação e o crescimento de
células específicas do corpo, responsáveis pelo desenvolvimento da maioria das características secundárias 
femininas. As progesteronas estão associadas, quase inteiramente, com a preparação final do útero para a 
gravidez e das mamas para a lactação. 
O ciclo menstrual em média dura 28 dias, podendo variar entre 20 a 45 dias, e normalmente a 
duração anormal do ciclo relaciona-se à infertilidade. Como o ciclo menstrual está ligado à produção de 
ovócitos no ovário, a mulher somente é fértil enquanto estiver tendo os ciclos menstruais. Na menopausa há 
uma síntese diminuída dos hormônios sexuais, involução geral dos órgãos reprodutores e a mulher não será 
fértil, porém a atividade sexual não termina neste período. 
O ciclo menstrual possui duas fases: 
1. Fase Folicular: são os primeiros 14 dias, dominada pelo estrógeno, onde ocorre o desenvolvimento 
folicular, é dividida em
• Fase Menstrual
• Fase Pré-Ovulatória
2. Fase Lútea: são os últimos 14 dias, dominada pelo estrógeno, onde ocorre o desenvolvimento 
folicular. É dividida em
• Ovulação
• Fase Pós-Ovulatória
Normalmente a variação de dias pode ocorrer na fase folicular, nunca na proliferativa. Assim a 
ovulação sempre ocorre 14 dias antes da menstruação. As alterações ovarianas que ocorrem durante o ciclo 
dependem totalmente dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH. Na ausência desses hormônios, os ovários 
permanecem inativos 
Ovulação: Ocorre no 14º dia do ciclo de 28 dias, sempre 14 dias antes da menstruação. Há uma expansão 
dos níveis de FSH e LH, o surto ovulatório de LH é necessário para o crescimento folicular final e a 
ovulação. A excreção de estrogênio começa a diminuir cerca de um dia antes da ovulação, enquanto 
começam a ser secretadas quantidades crescentes de progesterona. 
• Altos níveis de estrogênio – feedback positivo GnRH, promovendo liberação de LH e FSH; 
• Pico de LH – ruptura do folículo dominante e expulsão do oócito secundário;
• Após ovulação, há colapso do folículo maduro e pequeno sangramento, formando o corpo 
hemorrágico; 
• O coágulo é reabsorvido pelas células foliculares restantes e formam o corpo lúteo sob a influência 
do LH; 
• Estimulado pelo LH, o corpo lúteo secreta progesterona, estrogênio, relaxina e inibina. 
Fertilização e Gestação: Corresponde a uma complexa sequência de eventos moleculares coordenados, 
iniciando com o contato entre um espermatozoide e um ovócito. Após a fertilização, forma-se o zigoto, que 
inicia as clivagens sucessivas e a formação da mórula e do blastocisto. O blastocisto contém uma camada de 
células trofoblásticas, que produzirão o córion (placenta) e o embrioblasto, que vão originar o embrião. As 
células trofoblásticas vão conceber o sinciciotrofoblasto e o citotrofoblasto, essenciais para a criação da 
estrutura placentária durante a gestação. O corpo lúteo promove a secreção de progesterona, que mantém a 
mucosa uterina durante a gestação, estimula a secreção das glândulas uterinas (provável importância na 
nutrição do embrião antes da placenta tornar-se funcional), persiste 4-5 meses e degenera, sendo substituído 
pelo corpo albicans (maior que o da menstruação).
Ao fim da terceira semana, iniciam-se os sintomas na gestante, podendo ocorrer náuseas, vômitos, e 
todos eles são variáveis. O sangramento vaginal na época esperada da menstruação não exclui a gravidez 
porque pode haver uma pequena perda de sangue no local de implantação do blastocisto. Este sangramento é 
devido ao sangue resultante da ruptura das redes lacunares da cavidade uterina pelo blastocisto implantado. 
O sinciciotrofoblasto produz a gonadotrofina coriônica humana (hCG), que entra no sangue materno nas 
lacunas e mantém a atividade hormonal do corpo lúteo durante a gravidez. Ao fim da segunda semana, o 
sinciciotrofoblasto produz uma quantidade suficiente de hCG para o teste positivo de gravidez.
MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Métodos Comportamentais: são mudanças no comportamento do casal. Os mais comuns são: abstinência 
sexual periódica, coito interrompido, tabelinha, temperatura basal e método Billings. 
Métodos de Barreira: impedem que os espermatozoides cheguem ao útero para que ocorra uma possível 
fecundação. Os mais conhecidos são: preservativo masculino ou feminino, diafragma, esponjas e 
espermicidas. 
Anticoncepcionais Hormonais: são medicamentos contendo hormônios, como estrógeno e progesterona, 
que impedem que haja uma possível concepção. Os mais usuais são: contraceptivos orais, injetáveis, 
implantes, anel vaginal, adesivos cutâneos e contracepção de emergência (pílula do dia seguinte).
Dispositivo Intrauterino (DIU): atua de várias formas para evitar a concepção, como estimular uma reação 
inflamatória e gerar alterações bioquímicas

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