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CAS_CONCRETO_N _03_-_ATIVIDADE_OBRIGAT_RIA_-_AULA_DE_21-09

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CASE N. 03 - 21-09- ATIVIDADE OBRIGATÓRIA
CASO CONCRETO: OAB 2010.3 - PROVA PRÁTICO - PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL. 
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. 
Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, ( A- MIN PRES STJ ART 105) que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. 
Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: 
a) competência do Juízo; 
b) legitimidade ativa e passiva; 
c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; 
d) os requisitos formais da peça inaugural
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
	Tício xxxx xxxxx, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG n° xxxxxx e do CPF n° 000.000.000-00, residente e domiciliado à Rua Fulano de tal, nº 01, bairro do Beltrano, através de seu bastante procurador e advogado, que esta subscreve, senhor ADVOGADO DA SILVA, brasileiro, casado, portador da RG xxxxx e do CPF nº 000.000.000-01, inscrito na OAB com o número 190-A, com escritório profissional na Rua Tal, nº 10, bairro dos amigos, onde recebe as intimações de praxe, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência impetrar um 
	
	HABEAS DATA
I – DOS FATOS E FUNDAMENTOS
1º	Acontece que na década de 70, o requerente participou de diversos movimentos políticos opositórios ao Governo do período. Devido a tais participações, o impetrante passou a ser vigiado por agentes estatais e chegou a ser preso em diferentes ocasiões para, segundo os agentes, “averiguações”. Tício teve seus movimentos monitorados pela inteligência e seus respectivos órgãos vinculados à Segurança do Estado, os quais eram organizados pelos agentes estatais. Em 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas.
 com fundamento no art. 5º, LXXII, “a”, da Constituição Federal e Lei nº 9.507/97, impetrar HABEAS DATA contra ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, com sede funcional na ..., pelos fatos e fundamentos de direito que se seguem. 
Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, ato este que claramente viola a intimidade e vida privada do impetrante e fundamenta a propositura do presente Habeas Data. DO DIREITO: DO CABIMENTO E DA COMPETÊNCIA Como se sabe, cabe o remédio constitucional Habeas Data quando houver recusa de informação da pessoa do impetrante constante em banco de dados de caráter público ou de entidade governamental (art. 5º LXXII da CF). Já a competência é definida pela hierarquia funcional (art. 5º, LXXII da Constituição Federal, c/c art. 20 da Lei n. 9.507/97). No presente caso, a autoridade coatora foi o Ministro de Estado, o que justifica a impetração do presente remédio perante esse Superior Tribunal de Justiça - STJ, nos termos do artigo 105, I, b da CF. DA LEGITIMIDADE: A legitimidade ativa do presente remédio constitucional se encontra no art. 5º, LXXII, a, da Constituição Federal e da Lei n.9.507/97. Assim, qualquer pessoa física ou jurídica, pode ser titular do direito à informação pessoal. No presente caso, a legitimidade é de Tício que teve negado o acesso a informação de OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 3 caráter pessoal, ferindo as normas constitucionais e legais. A legitimidade passiva, conforme art.2º da Lei n. 9.507/97, é do Ministro do Estado já que é o responsável em conceder as informações pessoais requeridas pelo impetrante. DO MÉRITO: Trata-se de ato pratica por Ministro de Estado que negou acesso a informação do impetrante, de forma abusiva e inconstitucional. O art. 5º, XXXII, a, da CF/88 assegura a todos o direito à informação, sendo, inclusive, a atividade pública pautada no princípio da publicidade conforme art. 37, caput da CF/88. Portanto, a alegação de que as informações são sigilosas em virtude do interesse público é configura abuso do poder e esbarra nos comandos constitucionais e fundamentais da Carta Maior. Saliente-se que o direito à informação é tipificado como direito fundamental no art. 5º, XXXIII da CF, protegido por cláusula pétrea (art. 60, § 4º, IV da CF). Registre-se que a negativa do direito à informação pessoal, também fere a vida intima (art. 5º, X da CF) e a própria personalidade do impetrante, que se ver privado da informação vivenciada no passado. Por fim, nos termos do art.7º, I da Lei n. 9.507/97 fica preenchida a condição do interesse de agir, visto que o impetrante procurou administrativamente autoridade competente para obtenção de informações pessoais que lhe foram negadas como se prova com o documento em anexo. DOS PEDIDOS: Diante de todo exposto, o Impetrante requer: a) julgamento do presente habeas data TOTALMENTE PROCEDENTE para que seja assegurado ao impetrante o acesso às informações pessoais constantes nos bancos de dados do governo federal, marcando data e hora para que sejam entregues as informações requeridas pela mesma nos termos do art. 5º, LXXII da Constituição Federal, c/c art. 13 da Lei n. 9.507/97. b) que seja notificada a autoridade coatora dos termos da presente ação para que sejam prestadas as informações, no prazo de dez dias, nos termos do art. 9º da Lei n. 9.507/97. c) intimação do Ministério Público para ser ouvido no prazo de cinco dias, nos termos do art. 12 da Lei n. 9.507/97. d) condenação dos impetrados ao pagamento de honorários advocatícios, custas e despesas processuais. e) O impetrante pretende provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, requerendo, desde já, juntada de documentos essenciais conforme art. 8º, § único da Lei n. 9.507/97. OAB SEGUNDA FASE – DIREITO CONSTITUCIONAL PROF. DOUGLAS CRISPIM 4 Dar-se à causa o valor de 1.000,00 (um mil reais) para efeitos procedimentais. Termos que pede e espera deferimento. Local ..., data... Advogado..., OAB nº...

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