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Universidade Federal de Minas Gerais Faculdade de Farmácia Jamilly Victoria Santos José Relatório de Aula Prática Toxicologia Geral Belo Horizonte 2023 Sumário 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................3 2 OBJETIVO ..............................................................................................................................5 3 REAGENTES E MATERIAIS ...............................................................................................5 4 METODOLOGIA ....................................................................................................................6 5 RESULTADOS E CONCLUSÃO .........................................................................................6 1 INTRODUÇÃO 1.1 Boas condutas de laboratório O laboratório de toxicologia é comumente utilizado para cultura celular e experimentos que visam a limpeza e esterilização do máximo de objetos e superfícies possíveis dentro do laboratório. Pensando nisso, o laboratório foi planejado de forma que a porta de entrada dá acesso a uma sala utilizada somente para a limpeza de materiais, descarte biológico (feito com hipoclorito), lavagem de vidrarias, equipamentos de esterilização como autoclave e uma estufa utilizada para secar as vidrarias autoclavadas. Nessa sala, a equipe e visitantes do laboratório também se paramentam para entrar nas próximas salas, que são ambientes com um controle de microrganismos. Na paramentação, os profissionais seguem uma ordem para não acontecer riscos de contaminação: A. Deve-se lavar as mãos com água e sabão, seguindo um protocolo que é descrito na parede acima da pia. B. Vestir o Jaleco C. Colocar a máscara D. Colocar os óculos de proteção E. Prender os cabelos e utilizar touca F. Colocar propés nos sapatos G. Colocar as luvas Ressaltando que antes, durante e após o processo deve-se evitar encostar em bancadas, mesas e outros objetos dispostos ao redor. 1.2 Cultura Celular Algumas das vantagens atreladas ao cultivo de células são o controle que o pesquisador tem do ambiente em que as células se encontram, a homogeneidade da amostra e o fato de ser um modelo alternativo para substituir animais em experimentos. Entretanto, existem vários tipos de cultura que diferem entre si, sendo classificadas como: A- Células retiradas diretamente do ser humano: Possuem morfologia idêntica a do tecido de origem. Um exemplo são uma cultura de linfócitos B- Linhagens finitas: São células que depois de certo tempo podem morrer, além disso, elas passaram pelo processo de subcultivo. C- Linhagens contínuas: São células imortalizadas, ou seja, devido a um processo de mutação em decorrências de substâncias químicas, vírus ou agentes físicos como a Luz Ultravioleta são infinitas as vezes que se pode trabalhar utilizando-as. Além disso sua morfologia é geneticamente diferente do tecido original e também podem ser obtidas de tecidos tumorais. As formas de cultivo de células podem ser variadas, podemos ter células aderentes, ou seja, que se aderem ao material escolhido para cultivo, como placas ou garrafas de cultivo, e temos as células não aderentes, que são aquelas células que não se fixam em uma superfície, mas ficam suspensas no meio de cultura. As células não aderentes geralmente são derivadas de tecidos que não necessitam de ancoragem para ocorrer o crescimento como as células hematopoiéticas e células de origem tumoral. Já as células aderentes crescem no fundo da garrafa de cultivo formando uma monocamada, a aderência a garrafa de cultivo se dá por ligações químicas e eletrostáticas, como a linhagem HEK293. Subcultivo: é o processo de manutenção da cultura celular. Nesse processo estão envolvidas a renovação do meio de cultura, para que as células se mantenham na fase Log de crescimento e permaneçam em quantidades adequadas para que não falte nutrientes ou ocorra mudanças de pH. A imagem abaixo representa as etapas pelas quais as células passam: Fonte da imagem: http://slideplayer.com.br/slide/361163/ Podemos observar que a fase Lag irá representar o momento de adesão das células no fundo da garrafa, enquanto na fase Log ocorre o crescimento exponencial das células, momento esse, em que se pode realizar experimentos e o repique da cultura. Na fase estacionária ocorre a estagnação do crescimento e as células passam a consumir os nutrientes finais do meio, se aderindo umas as outras. A última fase é a fase de morte celular, quando se acaba os nutrientes do meio de cultura. Para o subcultivo as células primeiramente são retiradas (desadesão) do fundo da garrafa de cultivo, esse processo pode ser realizado através de ações mecânicas como via incubação com tripsina, raspagem celular (mecânica) ou por uso de detergentes suaves. Para somente então realizar a troca do meio de cultivo. 2 OBJETIVO Aprender a técnica de culturas celulares para experimentos in vitro. Objetivos específicos: • Conhecer as formas de cultura celular e aprender executar a técnica • Aprender os processos de paramentação necessários para um experimento in vitro. • Conhecer os reagentes e materiais usados para o cultivo de células • Realizar a contagens de células comparando entre o contador automático e a câmara de Neubauer • Aplicar os cálculos de maneira correta. 3 REAGENTES E MATERIAIS 3.1 Para o meio de cultura • Foram utilizados meio de cultura DMEN (que possui aminoácidos, sais, vitaminas, glicose e vermelho de fenol que é responsável pelo ajuste do pH básico) • Antibióticos, para evitar a contaminação das células • Soro fetal bovino, é composto de proteínas e fatores de crescimento que servem para enriquecer o meio. • Tampão Salino (PBS), utilizado para diluição e lavagem 3.2 Dos materiais utilizados • Garrafas e Placas de cultura • Pipetas volumétricas • Pipetador automático • Ponteiras 3.3 Dos equipamentos utilizados • Autoclave • Banho maria • Fluxo Laminar • Microscópio invertido • Estufa • Contador de células automático 3.4 Dos reagentes utilizados • Azul de Tripan • PBS • Hipoclorito • Álcool 70% 4 METODOLOGIA Todos os materiais utilizados foram devidamente esterilizados na autoclave e secados na estufa. E foi realizada a paramentação de forma adequada na primeira sala do laboratório. Após uma breve introdução sobre a importância dos EPIS adentramos a parte interna do laboratório, na segunda sala observamos a presença de um fluxo laminar grande, um microscópio invertido e uma estufa, tudo isso dentro de uma pequena antessala reservada para experimentos. Fora da antessala também havia microscópios ópticos. Já na terceira sala observamos a presença de uma capela, um fluxo laminar pequeno, um contador de células automático e bancadas com outros equipamentos. Dentro desta sala foi dada uma aula sobre a importância da cultura celular e em como realizá-la. Observamos a maior parte do processo já pronto. Aprendemos os constituintes do meio de cultura utilizado e realizamos a contagem de células de uma cultura já pronta através de um contator de células automático. 5 RESULTADOS E CONCLUSÃO A viabilidade celular pode ser quantificada por meio da contagem de células na câmara de Neubauer. Dividida em quadrantes, a contagem é realizada através da fórmula: 𝐶é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑙 = (𝑄1+𝑄2+𝑄3+𝑄4 /4) × 𝐹𝑑 × 104, onde FD é o fator de diluição já calculado pelo contador automático. Para que a contagem seja feita adicionámos uma quantidade de XL da solução de células aderidas e mais XL da solução de Azul de Tripan, que cora as células inviáveis. Coloca-se a solução na câmara de Neubauer e estimamos através da fórmula o númerode células, contando os quatro quadrantes A,B,C e D como na imagem abaixo: Fonte da imagem: Prova: COMPERVE-UFRN - SESAP - Biomédico - 2018 Com o contador automático estimamos uma quantidade de 12 células e um fator de diluição igual a 10. https://questoes.grancursosonline.com.br/prova/sesap-rn-2018-comperve-ufrn-biomedico Totalizando: 𝐶é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑙 = (𝑄1+𝑄2+𝑄3+𝑄4 /4) × 𝐹𝑑 × 104 𝐶é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑙 = (12+12+12+12/4) × 10 × 104 𝐶é𝑙𝑢𝑙𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑙 = 1.200.000 O resultado obtido mostra uma quantidade de 10.000 células por ml. Após a realização da contagem e experimentos o material biológico é descartado com a adição de hipoclorito.
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