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Roteiro 04 - Teoria Geral da Norma Penal - Introdução - Revisão

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NOME DO ALUNO
	
	DATA
	ESTUDO DIRIGIDO
	DIREITO 
PENAL
1
	
TEORIA GERAL DA NORMA PENAL:
INTRODUÇÃO
	ORIENTAÇÕES:
1. Preencha os tópicos abaixo, utilizando ao menos TRÊS autores diferentes, fazendo as devidas citações dos mesmos em notas de rodapé, e referindo exemplos esclarecedores.
2. Ao final, CRIE UMA questão objetiva, que abranja todo o conteúdo do presente estudo, e UMA questão objetiva sobre um conteúdo específico, destacando-as com a resposta correta. O critério para avaliação deste item será a ORIGINALIDADE (o não envolvimento do nome do Professor.)
3. O trabalho deverá ser entregue em formato PDF, com o corpo do texto em fonte Calibri, tamanho 12, em parágrafos com o alinhamento justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, e recuo de 1,25cm na primeira linha. As notas de rodapé em fonte Calibri, tamanho 9, em parágrafos com o alinhamento justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, e Hanging de 0,5cm. O documento deverá ter margem direita em 1,5cm e as demais em 2,0cm. 
Bom trabalho!!
CONCEITO E CONTEÚDO DA NORMA PENAL
Normas penais são aquelas que disciplinam ações com caráter agravante, que afetam os bens jurídicos defendidos pelo Direito Penal. Para Capez[footnoteRef:1], a norma penal, portanto, em um Estado Democrático de Direito não é somente aquela que formalmente descreve um fato como infração penal, pouco importando se ele ofende ou não o sentimento social de justiça; ao contrário, sob pena de colidir com a Constituição, o tipo incriminador deverá obrigatoriamente selecionar, dentre todos os comportamentos humanos, somente aqueles que realmente possuem real lesividade social. Ou seja, segundo Greco[footnoteRef:2] isso quer dizer que, embora a conduta do agente possa até ser reprovável socialmente, se não houver um tipo penal incriminador proibindo-a, ele poderá praticá-la sem que lhe seja aplicada qualquer sanção de caráter penal. Bueno[footnoteRef:3] complementa, a norma penal, é portanto, ultra ativa, ou seja, só poderá alcançar fatos posteriores à sua publicação. [1: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 24.] [2: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19.ed. Vol.1. Niterói: Impetus, 2017, p.94.] [3: BUENO, Paulo. Direito Penal: Parte Geral. Barueri: Editora Manole LTDA, 2012, p.4.] 
Exemplo: Art.121. Matar alguém – Pena: reclusão, de 6 a 20 anos. Essa norma descreve uma conduta que se for praticada conseguintemente levará a pena prevista para essa infração.
FUNÇÃO DA LEI PENAL
Para Capez[footnoteRef:4] a função da lei penal consiste em extrair da norma penal seu exato alcance e real significado, ou seja, a lei a partir da criação da norma penal irá cobrar o que está escrito na norma. Estefam[footnoteRef:5] destaca que a partir do momento em que uma lei penal entra em vigor, o Estado passa a ter o direito de exigir de todas as pessoas que se abstenham de praticar o comportamento definido como criminoso. [4: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 52.] [5: ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, p.210.] 
Exemplo: Art.121. Matar alguém – Pena: reclusão, de 6 a 20 anos. A lei irá cobrar o que esta escrito nesta norma, se matar a pessoa ficará em reclusão de 6 a 20 anos.
DISTINÇÃO ENTRE LEI PENAL E NORMA PENAL
Lei penal seria o conteúdo escrito e norma o ordenamento do que consta escrito na lei.
Estefam[footnoteRef:6] define brevemente a diferença entre lei penal e norma penal como sendo a lei corresponde ao enunciado legislativo, e a norma refere-se ao comando normativo implícito na lei. [6: ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, p.276.] 
Para Capez[footnoteRef:7], a norma, portanto, é uma regra proibitiva não escrita, que se extrai do espírito dos membros da sociedade, isto é, do senso de justiça do povo e lei é a regra escrita feita pelo legislador com a finalidade de tornar expresso o comportamento considerado indesejável e perigoso pela coletividade. É o veículo por meio do qual a norma aparece e torna cogente sua observância. [7: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 47-48.] 
Exemplo: Pode-se dizer que enquanto a norma, sentimento popular não escrito, diz “não mate” ou “matar é uma conduta anormal”, a lei opta pela técnica de descrever a conduta, associando- -a a uma pena, com o fito de garantir o direito de liberdade e controlar os abusos do poder punitivo estatal (“matar alguém; reclusão, de 6 a 20 anos”). Assim, quem mata alguém age contra a norma (“não matar”), mas exatamente de acordo com a descrição feita pela lei (“matar alguém”).[footnoteRef:8] [8: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.48.] 
FONTES DO DIREITO PENAL
Fonte do direito conceitua-se como a origem das normas jurídicas, ou seja, o lugar, a matéria pela qual nasce o direito. A União é a fonte de produção do Direito Penal no Brasil (CF, art. 22, I).[footnoteRef:9] [9: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.47.] 
Estefam[footnoteRef:10] afirma que as fontes do direito penal dividem-se em: fontes materiais, substanciais ou de produção, as quais indicam o órgão encarregado da produção do Direito Penal; e fontes formais, de conhecimento ou de cognição, correspondem às espécies normativas (em sentido lato) que podem conter normas penais. Greco[footnoteRef:11] complementa as fontes do conhecimento como sendo a lei, portanto, seria a única fonte de cognição ou de conhecimento do Direito Penal no que diz respeito à proibição ou imposição de condutas sob a ameaça de pena, atendendo-se, dessa forma, ao princípio da reserva legal, insculpido no inciso XXXIX do art. 5º da Constituição Federal, assim redigido: Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Nossa doutrina, contudo, biparte as fontes de cognição ou de conhecimento em: a)imediata e b) mediatas. Imediata seria a lei. Para saber se determinada conduta praticada por alguém é proibida pelo Direito Penal, devemos recorrer exclusivamente à lei, pois somente a ela cabe a tarefa, em obediência ao princípio da legalidade, de proibir comportamentos sob a ameaça de pena. [10: ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, p.165. ] [11: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19.ed. Vol.1. Niterói: Impetus, 2017, p.91.] 
Exemplo:
NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS
Segundo Greco[footnoteRef:12], ás normas penais incriminadoras é reservada a função de definir as infrações penais, proibindo ou impondo condutas, sob a ameaça de pena. É a norma penal por excelência, visto que quando se fala em norma penal pensa-se, imediatamente, naquela que proíbe ou impõe condutas sob a ameaça de sanção. São elas, por isso, consideradas normas penais em sentido estrito, proibitivas ou mandamentais. Para Capez[footnoteRef:13], tal aspecto ganhou força com a teoria de Binding, segundo a qual as normas penais incriminadoras não são proibitivas, mas descritivas; portanto, quem pratica um crime não age contra a lei, mas de acordo com esta, pois os delitos encontram-se pormenorizadamente descritos em modelos legais, chamados de tipos. Cabe, portanto, à lei a tarefa de definir e não proibir o crime (“não há crime sem lei anterior que o defina”), propiciando ao agente prévio e integral conhecimento das consequências penais da prática delituosa e evitando, assim, qualquer invasão arbitrária em seu direito de liberdade. [12: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19.ed. Vol.1. Niterói: Impetus, 2017, p.96.] [13: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.59.] 
Pereira[footnoteRef:14] assim define, o conjunto de normas penais é taxativo, descrevecada conduta proibida e comina a sanção correspondente: nullum crimem nulla poena sine praevia lege. [14: PEREIRA, Gisele Mendes. Direito penal I. 1.ed. Caxias do Sul:EDUCS, 2012, p. 38.] 
Exemplo: Art.121. Matar alguém – Pena: reclusão, de 6 a 20 anos. Essa norma define uma infração penal que se for praticada conseguintemente levará a pena prevista para essa infração.
NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS
Para Greco [footnoteRef:15] as normas penais existentes no código não têm como finalidade única e exclusiva punir aqueles que praticam as condutas descritas nos chamados tipos penais incriminadores. Existem normas que, em vez de conterem proibições ou mandamentos os quais, se infringidos, levarão à punição do agente, possuem um conteúdo explicativo, ou mesmo têm a finalidade de excluir o crime ou isentar o réu de pena. São as chamadas normas penais não incriminadoras. [15: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19.ed. Vol.1. Niterói: Impetus, 2017, p.96.] 
Exemplo: Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel – Pena: reclusão, de um a quatro anos, e multa. A proibição está na reunião da conduta praticada (subtrair coisa móvel) com a pena (reclusão de um a quatro anos e multa).
NORMAIS PENAIS EM BRANCO
Norma penal em branco é quando por si só o entendimento da lei não fica claro, necessitando de um complemento. Capez[footnoteRef:16] conceitua são normas nas quais o preceito secundário (cominação da pena) está completo, permanecendo indeterminado o seu conteúdo. Já Toledom[footnoteRef:17] denomina normas penais em branco aquelas que estabelecem a cominação penal, ou seja, a sanção penal, mas remetem a complementação da descrição da conduta proibida para outras normas legais, regulamentares ou administrativas. [16: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.49.] [17: TOLEDO, Francisco de Assis. Princípios Básicos de Direito Penal. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 1994, p. 42.] 
Pereira[footnoteRef:18] define na lei penal em branco, também chamada de lei imperfeita, o preceito, quanto ao conteúdo, é indeterminado, e necessita ser preenchido por outra disposição legal, por decretos, regulamentos e portarias, sendo determinado somente quanto à sanção. Deve -se fazer distinção entre normas em branco em sentido amplo e em sentido estrito. [18: PEREIRA, Gisele Mendes. Direito penal I. 1.ed. Caxias do Sul:EDUCS, 2012, p. 19-21.] 
Exemplo: Art.33, Lei 11.343, 2006. Essa norma para ser completa precisa da Portaria do Ministério da Saúde, sendo o artigo por si só uma norma penal em branco.
No Sentido Lato
Pereira[footnoteRef:19] define que no sentido lato o complemento provém à mesma fonte formal da lei penal incriminadora, ou seja, é complementada por outra norma de nível idêntico. [19: PEREIRA, Gisele Mendes. Direito penal I. 1.ed. Caxias do Sul:EDUCS, 2012, p. 21.] 
Capez[footnoteRef:20] define e exemplifica normas penais em branco em sentido lato ou homogêneas: quando o complemento provém da mesma fonte formal, ou seja, a lei é completada por outra lei. [20: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.49.] 
Exemplo: art. 237 do Código Penal (completado pela regra do art. 1.521, I a VII, do novo Código Civil).[footnoteRef:21] [21: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.49.
] 
No Sentido Estrito
Pereira[footnoteRef:22] define que no sentido estrito o complemento é fornecido por regras jurídicas emanada de outra instância legislativa. Estefam[footnoteRef:23] reforça que o complemento integra a norma, dela constituindo parte fundamental e indispensável. Por esse motivo, sua revogação resultará, de regra, na descriminalização da conduta; é dizer, produzirá abolitio criminis, operando retroativamente. [22: PEREIRA, Gisele Mendes. Direito penal I. 1.ed. Caxias do Sul:EDUCS, 2012, p.21.] [23: ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, p.219-220;] 
Capez[footnoteRef:24] define e exemplifica normas penais em branco em sentido estrito ou heterogêneas: o complemento provém de fonte formal diversa; a lei é complementada por ato normativo infralegal, como uma portaria ou um decreto. [24: CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.50.] 
 Exemplo: crime definido no art. 2º, VI, da Lei n. 1.521/51 e as tabelas oficiais de preços; art. 33 da Lei de Drogas e Portaria do Ministério da Saúde elencando o rol de substâncias entorpecentes.
QUESTÕES
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Questão sobre conteúdo ESPECÍFICO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Atenção: Segue um modelo de como fazer a correta referência bibliográfica. As informações entre colchetes “[]” não devem constar da versão final, por óbvio.
DE TAL, Fulano. Nome do livro. [número da edição] 2.ed. Vol. X [se houver] Cidade: Editora, ano. XXp. [número total de páginas]
DE TAL, Fulano. Nome do artigo. In: TRANO, BEL. (Org.) Nome do livro em que está o artigo consultado. 2.ed. [número da edição] Cidade: Editora, ano. XXp. [número total de páginas]
DE TAL, Fulano. Nome do artigo. Nome da Revista. Cidade da Publicação, ano [de vida da revista] XX, n. XX, p. XX-XX [página inicial-página final], mês.-mês., [jan.-fev.,] ano de publicação.
DE TAL, Fulano. Nome do artigo. Nome do Sítio Virtual. Disponível em <http://www.copie o endereço url>, acesso em XX-XX-XXX [data o acesso].
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