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Roteiro 07 - Teoria Geral da Norma Penal - Concurso de Crimes(1)

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NOME DO ALUNO
	
	DATA
	ESTUDO DIRIGIDO
	DIREITO 
PENAL
1
	
TEORIA GERAL DA NORMA PENAL
CONCURSO DE CRIMES
	ORIENTAÇÕES:
1. Preencha os tópicos abaixo, utilizando ao menos TRÊS autores diferentes, fazendo as devidas citações dos mesmos em notas de rodapé, e referindo exemplos esclarecedores.
2. Ao final, CRIE UMA questão objetiva, que abranja todo o conteúdo do presente estudo, e UMA questão objetiva sobre um conteúdo específico, destacando-as com a resposta correta. O critério para avaliação deste item será a ORIGINALIDADE (o não envolvimento do nome do Professor.)
3. O trabalho deverá ser entregue em formato PDF, com o corpo do texto em fonte Calibri, tamanho 12, em parágrafos com o alinhamento justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, e recuo de 1,25cm na primeira linha. As notas de rodapé em fonte Calibri, tamanho 9, em parágrafos com o alinhamento justificado, 6 pontos “antes” e 0 pontos “depois”, e Hanging de 0,5cm. O documento deverá ter margem direita em 1,5cm e as demais em 2,0cm. 
Bom trabalho!!
CONCURSO MATERIAL
Concurso de crimes é a pluralidade de delitos no mesmo crime. Segundo Capez[footnoteRef:1] concurso material é prática de duas ou mais condutas, dolosas ou culposas, omissivas ou comissivas, produzindo dois ou mais resultados, idênticos ou não, mas todas vinculadas pela identidade do agente, não importando se os fatos ocorreram na mesma ocasião ou em dias diferentes. [1: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.544-545.] 
Deve se considerar os seguintes elementos, o sujeito delituoso ao praticar duas ou mais condutas podendo ser ação ou omissão e desses alcança dois ou mais resultados. Soma-se as penas de cada crime cometido. Para Greco[footnoteRef:2], uma vez afirmada existência do concurso material, a regra a ser adotada será a do cúmulo material. Como dito linhas atrás, o juiz deverá encontrar, isoladamente, a pena correspondente a cada infração penal praticada. Depois do cálculo final de todas elas, haverá o cúmulo material, ou seja, serão as penas somadas para que seja encontrada a pena total aplicada ao sentenciado que, por sua vez, poderá somar-se a outras para efeitos de início de execução, sendo ainda possível a unificação. [2: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19.ed. Vol.1. Niterói: Impetus, 2017, p.749-750.] 
Se as penas dos crimes forem reclusão e detenção, cumpre-se a pena mais grave, por exemplo a reclusão.
O concurso material pode ser homogêneo ou heterogêneo. Segundo Estefam[footnoteRef:3] homogêneo se da quando os crimes cometidos forem idênticos (dois roubos, dois estupros etc.). Para o reconhecimento desta modalidade de concurso material, em que as infrações penais são da mesma espécie, é preciso que sejam diversas as circunstâncias de tempo, local ou modo de execução, pois, caso contrário, a hipótese seria de crime continuado. Haverá, portanto, concurso material, se os dois roubos foram cometidos em datas distantes um do outro, ou em cidades diferentes, ou, ainda, se foram cometidos por modos de execução distintos. Heterogêneo quando os crimes praticados não forem idênticos (um furto e um estelionato; um estupro e um aborto etc.). [3: ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, p.521.] 
Exemplo: Exemplo: Agente A, armado com um revólver, mata B e depois rouba C.
CONCURSO FORMAL
Beneficiar o sujeito que cometeu o crime. Prática uma única conduta (ação ou omissão) pratica-se vários resultados, dois ou mais resultados. Para Greco[footnoteRef:4] é fundada em razões de política criminal, a regra do concurso formal foi criada a fim de que fosse aplicada em benefício dos agentes que, com a prática de uma única conduta, viessem a produzir dois ou mais resultados também previstos como crime. [4: GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19.ed. Vol.1. Niterói: Impetus, 2017, p.751.] 
A doutrina classifica o concurso formal em homogêneo e heterogêneo. Homogêneo que em uma única conduta o sujeito praticou vários crimes, mas são crimes iguais. Heterogêneo se têm crimes diversos nesses resultados. Capez[footnoteRef:5] conceitua homogêneo ocorrem resultados idênticos. Os sujeitos passivos de cada um dos crimes são diversos, porém idêntica é a figura típica. Heterogêneo ocorrem resultados diversos. Aqui a ação única dá causa a diversos crimes. [5: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.547.] 
Também há a classificação em concurso formal próprio e impróprio. Concurso formal próprio é a exasperação da pena, ou seja, se aplica a pena mais grave acrescida de um sexto até a metade. Concurso formal impróprio é quando há a intenção de causar todos os crimes cometidos e todos com dolo direto, as penas deverão ser somadas referente a todos os crimes praticados. Segundo Estefam[footnoteRef:6] concurso formal próprio (ou perfeito), no qual o agente não tem autonomia de desígnios em relação aos resultados e cuja consequência é a aplicação de uma só pena aumentada de 1/6 até 1/2; concurso formal impróprio (ou imperfeito), no qual o agente atua com dolo direto em relação aos dois crimes, querendo provocar ambos os resultados, hipótese em que as penas são somadas.. [6: ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, p.525.] 
A hipótese do concurso material benéfico, é beneficiar o autor do crime, quando aplicado a pena de um só dos crimes no concurso formal com o aumento de um sexto até a metade seja pior do que se na prática tivesse sido somado as penas. Aplica-se a pena mais benéfica. Para Capez se da aplicação da regra do concurso formal, a pena tornar-se superior à que resultaria da aplicação do concurso material (soma de penas), deve-se seguir este último critério (CP, art. 70, parágrafo único). Impede-se, assim, que, numa hipótese de aberratio ictus (homicídio doloso mais lesões culposas), se aplique ao agente pena mais severa, em razão do concurso formal, do que a aplicável, no mesmo exemplo, pelo concurso material. Quem comete mais de um crime, com uma única ação, não pode sofrer pena mais grave do que a imposta ao agente que reiteradamente, com mais de uma ação, comete os mesmos crimes.
Exemplo: Agente A, com a intenção de tirar a vida da Agente B, grávida de 8 meses, desfere várias facadas em sua nuca, B e o bebê morrem.
CRIME CONTINUADO
O crime continuado tem por objetivo beneficiar o criminoso, neste caso temos a pluralidade de crimes. O indivíduo que pratica um ou mais crimes de mesma espécie em um curto espaço de tempo, deve-se considerar o ultimo crime como sendo continuação do primeiro. Aplica-se a pena de um só crime se idênticos ou a mais grave, se diversas, aumentada de um sexto até dois terços. No conceito de Capez[footnoteRef:7] é aquele no qual o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, os quais, pelas semelhantes condições de tempo, lugar, modo de execução e outras, podem ser tidos uns como continuação dos outros. [7: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.549.] 
Criado também por razões de política criminal, o crime continuado deverá ser aplicado sempre que beneficiar o agente, devendo-se desprezá-lo quando a ele for prejudicial, conforme determina a última parte do parágrafo único do art. 71 do Código Penal. Estefam[footnoteRef:8] a finalidade do instituto é a de evitar a aplicação de penas exorbitantes, pois a consequência do reconhecimento da continuidade delitiva é a aplicação de uma só pena, aumentada de 1/6 a 2/3 (sistema da exasperação). [8: ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, p.526.] 
Crime continuado especifico é quando cometidos crimes dolosos, com violência ou grave ameaça a pessoa, a pena poderá ser triplicada. Capez[footnoteRef:9], crime doloso praticado comviolência ou grave ameaça contra vítimas diferentes (CP, art. 71, parágrafo único). [9: CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, p.550.] 
Exemplo: No período de 10 dias agente fez 8 furtos a carros, da mesma forma condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes.
QUESTÕES
Questão sobre TODO o conteúdo
Concurso de crimes é a pluralidade de delitos no mesmo crime. Caracteriza-se pela prática de duas ou mais condutas, dolosas ou culposas, omissivas ou comissivas, produzindo dois ou mais resultados, idênticos ou não, mas todas vinculadas pela identidade do agente, não importando se os fatos ocorreram na mesma ocasião ou em dias diferentes.
a) Concurso Formal
b) Concurso Material 
c) Crime Continuado
d) Concurso Continuado
Resposta “b”.
Questão sobre conteúdo ESPECÍFICO
Caracteriza-se por crime continuado:
a) como  aquele no qual o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, os quais, pelas diferentes condições de tempo, lugar, modo de execução e outras, podem ser tidos uns como continuação dos outros.
b) como  aquele no qual o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes de diferente espécie, os quais, pelas diferentes condições de tempo, lugar, modo de execução e outras, podem ser tidos uns como continuação dos outros.
c) como  aquele no qual o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes de diferente espécie, os quais, pelas semelhantes condições de tempo, lugar, modo de execução e outras, podem ser tidos uns como continuação dos outros.
d) aquele no qual o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, os quais, pelas semelhantes condições de tempo, lugar, modo de execução e outras, podem ser tidos uns como continuação dos outros. 
Resposta “d”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPEZ, Fernando. Curso de Dieito Penal: Parte Geral. 15.ed.Vol.1. São Paulo: Saraiva, 2011, 645p.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 19.ed. Vol.1. Niterói: Impetus, 2017, 982p. 
ESTEFAM, André; RIOS GOLÇALVES, Victor Eduardo. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. São Paulo: Saraiva, 2012, 677p.

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