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Microvasculares - Obstrução de pequenos vasos sanguíneos - Neuropatia - Nefropatia - Retinopatia Macrovasculares - Obstrução de grandes vasos sanguíneos - Insuficiência arterial periférica - Doença coronariana - Doença cerebrovascular OBS: o pé diabético é a combinação da insuficiência arterial periférica e neuropatia Retinopatia diabética - Lesão dos vasos sanguíneos da retina causados pela elevação da glicose ao longo de vários anos - Divisão: → Retinopatia não proliferativa → Retinopatia proliferativa com a formação de novos vasos sanguíneos com o aumento do risco de hemorragia e descolamento da retina → Eritema de mácula: pode ocorrer em qualquer estágio da retinopatia → Manifestações clínicas: perda da acuidade visual com edema de mácula, cortina caindo na hemorragia vítrea, perda súbita de visão OBS: muitos pacientes não apresentam sintomas até chegar aos estágios avançados em que pode ser tarde demais para fazer um tratamento eficaz, a velocidade de progressão da doença pode ser rápida e a perda da visão pode ser súbita - Screening → Anualmente o paciente com diabetes deve ser submetido a um exame oftalmológico abrangente nos diabetes tipo 2 que deve ser feito desde o diagnóstico e em tipo 1 a partir de 5 anos do diagnóstico do diabetes → Se o exame for alterado, deve repetir o exame mais frequentemente. Se o exame estiver normal e o controle glicêmico ótimo, o exame pode ser repetido a cada dois anos - Tratamento: → Controle glicêmico e o controle pressórico que reduzem o risco da retinopatia e a velocidade de progressão da doença → Fotocoagulação a laser/ antifator de crescimento vascular endotelial vai ser indicado pelo oftalmologista em casos específicos Doença renal diabética - Doença renal crônica causada pela hiperglicemia - Principal causa de doença renal crônica em países desenvolvidos - Pode levar a necessidade de hemodiálise - Acomete 20-40% dos pacientes com diabetes - Usualmente assintomática - Evolução: → Inicia com uma perda leve de albumina na urina que evolui para uma perda de proteína mais significativa então há uma redução da capacidade da filtração nos glomérulos (diminuição do ritmo de filtração glomerular que é classificada em uma escala de 1 a 5) (estágio 5 mais grave em que ocorre falência renal e necessidade de tratamento com diálise - Screening: → A pesquisa de nefropatia diabética deve ser feita anualmente desde o diagnóstico do paciente tipo 2 e após 5 anos nos diabetes tipo 1 → Feita através do exame de albumina sobre creatinina na urina da manhã → Dosagem plasmática de creatinina em que deve calcular o clearence de creatinina pela fórmula do CKD-EPI - Tratamento → Controle glicêmico e pressórico que vão reduzir risco de nefropatia e progressão → Se o paciente apresentar albuminuria deve utilizar um IECA ou BRA Neuropatia diabética - Lesão dos nervos causada pela hiperglicemia crônica - Manifestações diversas focais e difusas - Formas mais frequentes: polineuropatia distal crônica sensitivo- motora e neuropatia autonômica Complicações crônicas do diabetes mellitus Importante diagnosticar mesmo em pessoas assintomáticas Polineuropatia distal crônica sensitivo motora - Causa uma alteração simétrica da sensibilidade que tem início distal e progressão proximal (sintomas iniciam nas pontas dos dedos dos pés e vão caminhando para regiões mais proximais - As alterações motoras vão acontecer só nos casos mais graves - Riscos: redução da sensibilidade faz com que o paciente proteja menos os pés ou demore a notar alguma lesão → Ulcerações, deformidades e amputações - Sintomas: perda de sensibilidade (vibratória, dor, toque, temperatura), dor (queimação, fincadas ou choques) (geralmente piora a noite e melhora quando se movimenta) e parestesia, disestesia (formigamento e alteração da sensibilidade) OBS: até 50% dos pacientes com neuropatia distal são assintomáticas por isso há importância do screening - Screening: deve ser feito com exame clínico em DM2 desde o diagnóstico e em DM1 após 5 anos do diagnóstico → O exame clínico deve ser feito com dois testes: monofilamento e mais um (reflexos de tornozelo, teste de vibração com diapasão, sensibilidade dolorosa ou bioestesiômetro) → O teste de sensibilidade pode ser feito de forma mais simples com teste do toque nos dedos dos pés: tocar levemente 6 dedos dos pés e o paciente com os olhos fechados deve ser orientado a dizer direis ou esquerda de acordo com o pé que sentiu o toque. → É importante não repetir o toque se o paciente não sentir → Normal é sentir 5 ou 6 dos dedos → Teste do monofilamento: deve usar um monofilamento de 10g que devem ser pressionados nos seguintes pontos até o monofilamento ser flexionado e o paciente diz quando sentiu o toque - Tratamento: → Controle glicêmico ótimo d estável que pode aliviar os sintomas e evitar progressão da doença → Uso de medicação para alívio da dor → Educação do paciente → Ser orientado a examinar os pés todos os dias para detectar lesões, cortar as unhas corretamente, manter pele hidratada, usar calçados fechados e confortáveis. Se o paciente tiver limitação visual ou cognitiva, os familiares devem se orientar em seguir essas instruções → Procurar atendimento precocemente em caso de lesão no pé Pé diabético - Causas: neuropatia e insuficiência arterial periférica - Consequências: formação de úlceras e amputação - Grande morbidade e grande causa de incapacidade - Fatores de risco para úlceras e amputações além da neuropatia periférica e da doença vascular são: história prévia de amputação e passado de úlcera que aumentam mais o risco. Além disso tem deformidade nos pés, dificuldade visual, nefropatia, tabagismo, descontrole glicêmico - Exame clínico: o paciente deve ser submetido uma avaliação do pé todo os anos e assim identificar os fatores de risco de úlceras e amputação (inspeção, palpação de pulsos, teste de sensibilidade, história clínica). Se forem detectadas alterações, esses exames devem ser feitos com maior frequência Úlceras - As lesões requerem abordagem imediata - Tratamento feito por equipe multidisciplinar que inclui ortopedista e cirurgião vascular Complicações macrovasculares - Doença aterosclerótica cardiovascular (infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência das artérias dos membros inferiores - Principal causa de morte em pessoas com diabetes é a doença aterosclerótica cardiovascular - Como prevenir: através do controle glicêmico e controle de outros fatores de risco de doença aterosclerótica cardiovascular (HAS, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo) Lesão neuronal é irreversível O tratamento precoce do diabetes pode prevenir complicações graves Pesquisa de complicações deve ser feita de rotina, mesmo em pessoas sem sintomas O tratamento das complicações em fases iniciais é mais eficaz
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