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Displasia congênita do quadril

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Ossos do quadril 
- A articulação do quadril, composta pelo acetábulo e cabeça 
do fêmur, começa a ser formada cedo no período 
embrionário e é uma das mais importantes do corpo humano, 
sendo a displasia do quadril a malformação mais comum. 
- A cabeça do fêmur, extremidade do osso longo da coxa, se 
encaixa na cavidade acetabular do osso pélvico. É, portanto, 
uma articulação de grande porte, adaptada para suportar o 
peso do corpo, distribuir os esforços e permitir os 
movimentos de flexão, extensão e rotação dos membros 
inferiores. 
- Na borda do acetábulo existe uma estrutura de cartilagem 
fibrosa parecida com um lábio (do latim, labrum). Esta estrutura 
tem funções importantes na manutenção do selo articular e 
na distribuição homogênea de peso na cartilagem. 
- O acetábulo, que é formado pela junção dos três ossos que 
compõem o quadril, sendo eles o ísquio, o púbis e o ílio, pode 
apresentar ao nascimento alterações anatômicas que 
provocam desconexão da articulação do quadril, como 
subluxação e luxação da cabeça do fêmur 
 → Condições em que a cabeça do fêmur não é capaz de 
se encaixar corretamente no acetábulo, o que futuramente 
gera alterações na marcha e na coluna. 
 → Este grupo de malformações são englobadas na 
Displasia do Desenvolvimento do Quadril que está entre as 
doenças congênitas mais comuns, daí a importância de seu 
diagnóstico e manejo precoce. 
 → Além das doenças de quadril apresentadas ao 
nascimento, há condições adquiridas que podem ser 
confundidas com a Displasia do Desenvolvimento do Quadril, 
como sinovite transitória, doença de Perthes e epifisiolistese. 
 
 
Articulação do quadril 
- A articulação do quadril é do tipo sinovial multiaxial esferóidea 
e ocorre entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do osso do 
quadril. 
- Proporciona estabilidade e sustentação, o que lhe confere 
menor mobilidade 
- O acetábulo é circundado por um anel fibrocartilagíneo 
denominado lábio do acetábulo, que aprofunda a cavidade. 
- Os componentes da articulação do quadril são: 
 → Cápsula articular: fixado na margem do acetábulo ao 
colo do fêmur 
 → Atua na flexão, extensão, abdução, adução e 
circundução 
 → Ligamento iliofemoral: fixado na espinha ilíaca e 
acetábulo à linha intertrocantérica 
 → Limita a hiperextensão e a rotação lateral 
 → Ligamento isquiofemoral: fixado no acetábulo ao colo 
do fêmur posteriormente 
 → Limita a extensão e a rotação medial; ligamento 
mais fraco 
 → Ligamento pubofemoral: fixado no ramo superior do 
púbis à parte inferior do colo do fêmur 
 → Limita a extensão e a abdução 
 → Lábio do acetábulo: fixado no acetábulo 
 → Fibrocartilagem; aprofunda a cavidade 
 → Ligamento transverso do acetábulo: fixado no interior 
da incisura do acetábulo 
 → Completa a curvatura do acetábulo para formar a 
cavidade que abriga a cabeça do fêmur 
Displasia congenita do 
quadril 
 
 → Ligamento da cabeça do fêmur: fixado na incisura do 
acetábulo e ligamento transverso do acetábulo à cabeça 
femoral 
 → A artéria para a cabeça do fêmur estende-se por 
esse ligamento 
- Os ligamentos primários dessa articulação incluem três 
ligamentos principais que a circundam e um ligamento interno 
para a cabeça do fêmur. 
Displasia do Desenvolvimento do 
Quadril (DDQ) 
- Uso de Displasia do Desenvolvimento do Quadril em 
substituição à denominação anterior "Luxação Congênita do 
Quadril pois esta nova nomenclatura descreve com maior 
precisão o espectro de alterações possíveis na afecção do 
quadril do recém-nascido. 
- Definida como um espectro de desordens relacionadas com 
o desenvolvimento do quadril, que inclui displasia do quadril, 
subluxação da cabeça do fêmur e luxação da cabeça femoral, 
problemas associados com a formação do acetábulo 
 
Epidemiologia e etiologia 
- Ser criança do sexo feminino indica que o alto índice de 
estrógeno aumenta a probabilidade de ocorrência de 
deformidades no acetábulo, local onde há defeitos 
- Crianças caucasianas também apresentam maior 
probabilidade de possuir DDQ. 
- Oligodrâmnio e bebês grandes para idade gestacional (GIG) 
também aumenta o risco para a Displasia do Desenvolvimento 
do Quadril, pois força o feto a manter uma posição de 
hiperflexão dentro do útero, visto que eles são grandes 
demais para aquela espaço. 
- A apresentação pélvica também é um fator de risco para 
DDQ, sendo que 1/3 dos casos de DDQ são por posição pélvica 
OBS: O diagnóstico precoce pode ser considerado como 
relativamente simples, seguro e que proporciona um 
tratamento geralmente eficaz. Resultados obtidos com o 
diagnóstico precoce e classificados como bons e excelentes 
são referidos tanto na área ortopédica como na área 
pediátrica. O tratamento precoce proporciona níveis de, 
aproximadamente, 96% bons resultados. 
Exame físico 
- O diagnóstico da DDQ é eminentemente clínico e realizado 
com as manobras de Ortolani e de Barlow. 
 → Ortolani é um teste de redução do quadril, 
 → Quando um recém-nascido com a articulação 
coxofemoral luxada é examinado, a cabeça femoral é reduzida 
no acetábulo com a manobra, assim sendo demonstrada a 
luxação. 
 → A manobra é realizada com a criança em decúbito 
dorsal com os quadris e os joelhos em posição de flexão de 
90°, com as coxas em adução e com rotação interna leves. 
Ao efetuar um movimento de abdução dos quadris, podendo 
ser acompanhado por uma leve rotação externa das coxas, 
leva a sensação de um "ressalto" na articulação patológica, 
significado de sinal Ortolani positivo 
 → O sinal de Barlow é uma manobra provocativa da 
luxação de um quadril instável que determinará o potencial 
para a luxação do quadril examinado. 
 → A coxa do paciente é mantida em ângulo reto com 
o tronco, em posição de adução; força será exercida pelo 
joelho da criança em direção vertical ao quadril, em um 
esforço para deslocar a cabeça femoral do interior do 
acetábulo. O examinador procura um sinal de "pistonagem" no 
quadril em exame, que poderá ou não ser acompanhado por 
"ressalto". Se o quadril é reduzido pela manobra de Ortolani, a 
cabeça femoral ficará perfeitamente alojada na cavidade 
acetabular 
- Um outro sinal tardio é o de Galeazzi ou de Allis: consiste 
em que a criança deitada e com os joelhos fletidos, eles não 
estarão na mesma altura, denotando já a diferença de 
comprimento entre os membros inferiores. Evidentemente 
este sinal será mais claro nos casos unilaterais 
Exames de imagem 
- Ultrassonografia do quadril do neonato evidenciará 
claramente as estruturas cartilaginosas 
- A radiografia da bacia começará a ser útil para a confirmação 
da DDQ mais tarde, após os quatro meses de idade da criança 
- A tomografia axial computadorizada (TAC) permite a 
observação da interposição do tendão do músculo ileopsoas 
e da hipertrofia do pulvinar, mesmo sem a contrastação da 
cápsula e do interior da cavidade articular como, também, 
evidenciar as subluxações femorais e a medida do ângulo de 
anteversão acetabular. 
 → Este exame poderá ser realizado mesmo com a 
criança usando aparelho gessado e será útil, portanto, para 
informar a exata posição de redução. 
Tratamento 
- Tratamento do recém-nascido até aos três meses de vida 
 → Mantendo-se o posicionamento do quadril reduzido em 
flexão e em leve abdução, ocorrerá o estímulo necessário 
para o desenvolvimento normal da articulação. 
 → Visa a redução da cabeça femoral na cavidade 
acetabular e a sua manutenção até a certeza da estabilidade 
articular. 
 → A órtese mais comumente usada é o suspensório de 
Pavlik que proporciona a simultânea flexão e abdução da 
articulação coxofemoral graças às tiras que se unem com 
relativa facilidade e diminui o risco da necessidade de redução 
cirúrgica. 
- Tratamento dos três meses de vida até a idade da marcha 
 → Tratar com a redução incruenta (fechada) e a 
imobilização em aparelho gessado pelvipodálico. Noato 
operatório poderá ser necessária a tenotomia percutânea dos 
músculos adutores do quadril. 
 → Quando não se consegue a redução por manobras 
fechadas, a redução aberta (cruenta) está indicada. 
- Tratamento após a idade da marcha 
 → Pode ser indicada a tentativa de redução fechada 
(incruenta) ou, então, a redução aberta (cruenta) será 
praticamente obrigatória. 
 → Nesta faixa etária, quando do ato operatório, ainda 
teremos de considerar o encurtamento femoral (ósseo) para 
permitir a redução articular como, também, as operações com 
osteotomias complementares na região acetabular 
OBS: O limite de idade para indicação das tentativas de 
redução do quadril será até os quatro ou cinco anos de vida 
da criança. Após esta idade, as denominadas operações "de 
salvamento" da articulação são utilizadas, incluindo as 
osteotomias pélvicas mais elaboradas e difíceis. 
Doença de Legg-Calvé-Perthes (DLCP) 
- É uma síndrome afecção autolimitada de origem idiopática, 
decorrente da interrupção do suprimento sanguíneo arterial 
para a epífise femora proximal e que resulta em uma área de 
necrose óssea. 
- Apresenta-se como dor no quadril, de início agudo ou 
insidioso em crianças entre 3 e 12 anos de idade, com pico de 
incidência entre cinco e sete anos. 
- A necrose vascular tambem pode ocorrer secuncaria a uma 
concicao subiacente por exemplo a insuficiência renal, uso de 
glicocorticoides, lúpus eritematoso sistêmico, HIV, doença de 
Gaucher 
- A etiologia do LCP permanece indefinida. Aproximadamente 
10% dos casos são familiares, e os pacientes costumam ficar 
para trás em relação à idade e altura ósseas. 
 → Algumas hipóteses sugeridas: distúrbio do suprimento 
sanguíneo da epífise 
 
Osteogênese imperfeita 
- É um distúrbio hereditário do tecido conjuntivo com muitas 
apresentações fenotípicas. 
- É frequentemente chamado de "doença óssea quebradiça". 
- Sintomas de múltiplas fraturas com trauma mínimo ou 
nenhum traumatismo, e os bebês com a pior forma de Ol 
morrem no período perinatal. 
- Em pacientes com defeitos moleculares identificados, a Ol é 
mais comumente causada por mutações nos genes que 
codificam as cadeias alfa 1 e alfa 2 do colágeno tipo l ou 
proteínas envolvidas na modificação pós-tradução do 
colágeno tipo l. As fibras de colágeno tipo I são polímeros de 
tropocolágeno (molécula de colágeno), cada uma das quais é 
uma hélice tripla que contém porções de uma cadeia de 
polipeptídeos alfa 2 e alfa 1. 
 
Torcicolo muscular congênito 
- É uma deformidade postural, que já está presente no 
nascimento, que acomete o musculo esternocleidomastóideo, 
unilateral, geralmente evidente entre duas e quatro semanas 
de vida, por apresentação característica de flexão lateral do 
pescoço e rotação do queixo para o lado oposto. 
- Etiologia desconhecida

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