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Anatomia do encéfalo - Constituído por neurônios além das células da glia - Um dos maiores do corpo com peso de 1,3 kg - Se divide em 3 partes principais → Cérebro → Telencéfalo: com giros e lobos cerebrais (frontal, parietal, temporal e occipital) → Corpos de neurônios: córtex cerebral (substância cinzenta) → Axônio de neurônios: sustância branca → Divido em hemisférios (direito e esquerdo) separado pela fissura longitudinal → Diencéfalo: mais central composta pelo tálamo e hipotálamo → Sistema límbico: controla as emoções → Tronco encefálico: divido em três partes → Mesencéfalo → Ponte → Bulbo: se prolonga para dentro da coluna vertebral formando a medula espinal → Cerebelo: localizada atrás do tronco encefálico - Proteção: meninges (membranas), liquor (líquido), crânio (estrutura óssea) - Meninges: dividida em três → Pia mater → Aracnóide → Dura mate - Liquio: circula no espaço subaracnóide que também circula entre os ventrículos. Absorve choques e ajuda na nutrição e remoção de resíduos no SNC Definição - Déficit neurológico súbito, paroxístico que acontece rapidamente - Todo episódio agudo de disfunção cerebral focal durando >24hs ou com alteração nos exames de imagem - Causa: interrupção do fluxo sanguíneo para uma área cerebral → Rompimento de vaso: hemorrágico (em 20% das vezes) → Entupimento de vaso: isquêmico (em 80% das vezes) Classificação - Entender quais as funções mediadas por determinado território cerebral e qual artéria que irriga determinado local Circulação anterior - Quando se tem um AVC da artéria cerebral anterior do lobo frontal (controla a força da perna contra lateral, controla a fala, controla a micção) vai ter: perna esquerda fraca se for do lado direito o AVC, abulia (não falar mas entende) e incontinência urinária - Quando se tem um AVC da artéria cerebral média do lobo frontal em que depende do ponto da artéria que foi obstruído → Ramo proximal: vai ter todos os sintomas → Ramo distal: vai ter algum dos sintomas → Os lobos frontal, parietal e temporal estarão acometidos e suas funções estarão disfuncionais → Força: vai ter fraqueza no rosto e no braço → Sensorial: déficit sensitivo com predomínio no rosto e no braço → Desvio do olhar: em lesão do lado esquerdo, os olhos se movem para o lado lesionado → Perda de visão contralateral → Afasia (dificuldade de se comunicar) sensitiva e motora (não saber formular a frase) → Heminegligencia: ocorre na direita OBS: a percepção de tudo que acontece ao redor é controlado no parietal. O lado direito controla direito e esquerdo, já o lado esquerdo controla só o lado direito. Se perder a percepção do lado esquerdo, não afeta em nada - Quando se tem um AVC da artéria carótida interna da circulação anterior em que combina todos os sintomas → Artéria oftálmica: que emerge antes da artéria cerebral média e da anterior que inerva a retina (pode levar a ateroembolia em que desloca um pedaço da placa que é entupida e paciente fica sem enxergar) - aumarose fugaz (perda transitória da visão) - Quando se tem um AVC das artérias lenticulo estriadas (localizadas no ramo proximal da artéria cerebral média) que inervam os núcleos da base. A cápsula interna em que pegam todos os neurônios é Acidente vascular encefalico irrigada pela arteria leticulo interna e se tem AVC, perde todos os movimentos de força de braço, perna e face contraletal. → Causa: hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e dislipdemia OBS: a origem do neurônio motor vem do lobo frontal (da força) e a origem dos neurônios motores que vão para rosto e braço vem do lobo parietal Circulação posterior - O AVC da artéria basilar (irriga todo o tronco cerebral) gera disfunção de tudo que passa no tronco cerebral → Manifestação: síndrome do encarceiramento em que o paciente perde toda a informação motora que leva a tetraplegia e a incapacidade de olhar para os lados → Incapacidade de falar (não enerva músculos para a fala) → Acometimento da deglutição e da respiração - Também são sintomas de circulação posterior: → Vertigem súbita: de origem central → Rebaixamento do nível de consciência → Nistagmo espontâneo → Desvio vertical do olhar (nistagmo para cima é AVC) → Ataxia (do cerebelo) → Síndrome de Horner (alteração da via simpática que causa a midríase) Fatores de risco - Modificáveis: HAS, diabetes, dislipidemia, sedentarismo, sobrepeso, tabagismo, história de doenças cardiovasculares e cerebrais prévias, fibrilação atrial - Não modificáveis: idade, etnia (negros), gênero (masculino) e genética Manejo na emergência - Reconhecer o problema → Depende da região que está acometida → Lembrar da circulação anterior e posterior → FAST → Face: paralisia facial (anterior) → Fala alterada (anterior) → Fraqueza (anterior) → Perda de visão, alterações do cerebelo (equilíbrio), tontura, nistagmo (posterior) - Estabilização clínica: ABC → A: via aérea (se necessita de sucção para evitar broncoaspiracao, se necessita de intubação, dieta 0) → B: respiração (avaliar a saturação de O2 se tiver abaixo de 94%, avaliar o ritmo e frequência respiratória, ausculta de todos os campos pulmonares) → C: circulação (hipertensão permissiva em que tolera níveis pressóricos elevados até 220x120 mmHg pois está tentando compensar) → Incapacidade do déficit neurológico e glicemia do paciente → Monitorizar: MOV (monitorização cardíaca, oximetria de pulso e acesso venoso) - História direcionada → Tempo de início dos sintomas → Como se iniciou o quadro e como progrediu → Se tem alguma comorbidade (fatores de risco) → Medicamentos em uso → Alergias a medicamentos - Exame de imagem → Tomografia de crânio (colida rapidamente, mais disponível) → Ressonância magnética → Determina diagnóstico (se é hemorrágico ou isquemia) e define conduta Tomografia de crânio - Normal (paciente pode estar com AVC mas dá tempo de salvar) - Isquemia - Hemorrágico Exames complementares - ECG - Exames laboratoriais: hemograma, ureia, creatinina, sódio e potássio, TP com RNI e TTPa, marcadores de necrose miocárdica
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