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AULA 09

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- -1
GOVERNO E GESTÃO: ESTRUTURA DO 
SETOR PÚBLICO
PARCERIAS PÚBLICAS E PRIVADAS E 
CONCESSÕES NO SETOR PÚBLICO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
1. Verificar as parcerias públicas e privadas e concessões no setor público;
2. analisar a relevância das parcerias estabelecidas entre a administração pública e os particulares;
3. compreender de que forma é feito o controle de convênios, e também o processo de concessão de bens
públicos.
Parcerias Público-Privada (PPPs)
As parcerias público-privadas estão descritas na lei nº. 11.079/04, que trata sobre normas gerais para licitação e
contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública e foram criadas como modalidades
de contratos administrativos. No artigo 2º consta: “Parceria público-privada é o contrato administrativo de
concessão de serviços públicos ou de obras públicas, na modalidade patrocinada ou administrativa”.
De acordo com Nascimento (2010), qualquer esfera da Administração Pública pode contratar as parcerias
público-privada, pois se refere ao estabelecimento de um contrato pode ser celebrado entre órgãos da
administração pública direta, as autarquias, fundações públicas, os fundos especiais, as sociedades de economia
mista, as empresas públicas e entidades controladas pela União, pelos Estados, municípios e Distrito Federal.
O artigo 21 da Constituição Federal cita que compete à União:
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações,
nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros
aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) Os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação
com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que
transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres.
- -3
A lei n°. 8.987/95, em seu artigo 2°, trata sobre concessão:
I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o
serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;
IV - permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de serviços
públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco.
Concessão patrocinada
A lei n°. 8.987/95 cita que a concessão patrocinada é a concessão de serviço ou de obra pública que envolve
cobrança de tarifa cobrada pelos usuários e também contraprestação pecuniária de até 70% do parceiro público
ao parceiro privado.
Ou seja, o concessionário recebe recursos de duas maneiras:
1) Com o pagamento de tarifas pagas pelos usuários;
2) por meio do pagamento pelo parceiro público, de forma adicional. Vale ressaltar que a concessão patrocinada
trata apenas de serviços públicos.
Di Pietro (2010) menciona que a diferença principal entre a concessão de serviço público comum e a concessão
patrocinada está no aspecto que envolve a remuneração. A autora aponta outras três diferenças.
A primeira diz respeito aos riscos, pois nas parcerias público-privadas são divididos com o parceiro público. A
segunda trata sobre as garantias que o poder público oferece ao parceiro privado e ao órgão financiador do
projeto e, por último, a terceira, que trata sobre o compartilhamento de ganhos econômicos.
Podemos citar como exemplo a concessão patrocinada do serviço de irrigação no perímetro Pontal, em Petrolina
(PE), que envolve a execução das obras e a atividade de administração, operação, manutenção, conservação e
implantação de melhorias na infraestrutura de irrigação de uso comum. Esse tipo de concessão pode incluir
também a construção e administração de estradas e rodovias. Com isso, a concessionária receberá a
Saiba mais
Nascimento (2010) comenta: "O que diferencia as PPPs das concessões de serviços ou de obras
públicas (concessão comum) de que trata a lei n°. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, é a
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado".
- -4
contraprestação pecuniária da administração pública e também a tarifa que será paga pelos usuários dos
serviços.
Concessão administrativa
Sobre concessão administrativa no inciso 2° consta: "...é o contrato de prestação de serviços de que a
Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva a execução de obra ou fornecimento e
instalação de bens". Neste tipo de concessão, a Administração Pública será a usuária da prestação de serviço e
também será responsável em efetuar a remuneração do particular. É importante ressaltar que a concessão
administrativa abrange somente a prestação de serviços. Conforme cita Nascimento: "Nesse caso, não haverá
cobrança de tarifas, mas um complemento do parceiro público para o retomo do investimento".
Di Pietro (2010) destaca alguns pontos em comum em relação à concessão patrocinada e à administrativa:
a)
Previsão de contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado na
concessão patrocinada, a contraprestação do parceiro público é acrescentada à tarifa
cobrada do usuário, enquanto que na concessão administrativa ela será a forma básica de
remuneração;
b)
Garantia do equilíbrio econômico-financeiro no contrato de parceria deve ter cláusulas
que apontem sobre a "repartição de riscos entre as partes;
c)
Compartilhamento de ganhos econômicos o poder público poderá oferecer garantias ao
financiador, o que minimiza os riscos e aumenta a possibilidade de ganhos pelo parceiro
privado. Tais ganhos econômicos devem ser divididos com o poder público;
d)
Financiamento por terceiros estão previstas diretrizes para conceder crédito para o
financiamento de contratos de parcerias público-privadas;
e)
Previsão de três tipos de garantias 1) a de que o contrato será executado; 2) a de que serão
cumpridas as obrigações pecuniárias assumidas pelo parceiro público perante o parceiro
privado; 3) a contra garantia prestada pelo parceiro público à entidade que financiou o
projeto;
f)
Constituição de sociedade de propósitos específicos é uma condição obrigatória e não
depende do licitante vencedor ser ou não um consórcio;
- -5
g) Previsão de penalidades aplicáveis à Administração Pública trata-se de multa ressarcitória,
ou seja, visa indenizar o contrato por prejuízos eventuais originário do poder concedente;
h)
Delimitação do prazo contratual o prazo não pode ser inferior a cinco anos e superior a
trinta e cinco, incluindo eventual prorrogação;
i) Normas sobre licitações - de acordo com artigos 22 e 28;
j) observância da Lei de Responsabilidade Fiscal de acordo com artigos 22 e 28;
k) k) imposição de limite de despesa de acordo com artigos 22 e 28;
l)
proibições previstas referentes à valores, prazos e objeto (artigo 2°, inciso 4°, da lei n°.
11.079/94). Como exemplo, podemos citar que a concessão administrativa pode ser
utilizada na realização de projetos de construção e administração de hospitais públicos.
Permissão de serviços públicos
A permissão está prevista na lei n°. 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Trata-se de uma modalidade menos
complexa de delegação que a concessão. É mais apropriada para desempenhar serviços públicos de médio porte,
que envolvam baixo investimento.
O artigo 2° descreve:
II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ouconsórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial,
conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo
poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da
concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo
determinado.
O artigo 40, que você acabou de ler, menciona que a permissão de serviço público será formalizada por meio de
contrato de adesão. O contrato de adesão deverá cumprir a referida lei, as normas e o edital de licitação,
incluindo também a "precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente".
- -6
Diversos autores não concordam que a lei considera a permissão como um contrato e concomitantemente cita
que é um ato precário. A elaboração de contrato visa procurar respaldo na lei e salvaguardar as partes
envolvidas. A precariedade refere-se a possibilidade da permissão ser revogada a qualquer tempo, sem que o
permissionário possa ter direito de receber indenização.
Di Pietro (2010) menciona que a permissão apresenta a natureza de outorga sem prazo. A permissão
condicionada ou qualificada tem prazo determinado e, caso a Administração venha a revogá-la antes do tempo
previsto, o permissionário será indenizado.
Alguns autores consideram que a permissão para serviço público seria mais adequada se os serviços públicos
envolvidos fossem de médio porte e não envolvessem a implantação física de aparelhos que devem ser fixados
ao solo, além de considerar que os riscos de precariedade assumidos fossem compensados pela rentabilidade do
tipo de serviço e que o permissionário não precisasse investir uma quantia vultosa de recursos.
Assim ocorre com a permissão para prestar serviços de transporte coletivo ou o uso especial de um bem ou
espaço público, ou seja, é facultado a instalação de banca de jornal em espaço público (logradouro).
Autorização
A autorização, assim como a permissão e a concessão, é uma forma de delegação de serviços públicos ao
particulares. É uma modalidade voltada para atender os interesses coletivos não estáveis ou situações de
emergência quando o tipo de serviço não requisitar especialização do prestador, nem alto investimento.
Pode-se considerá-la como um ato administrativo unilateral, discricionário e precário. A autorização pode ser
concedida sem licitação e por prazo indeterminado, mas, a qualquer momento pode ser revogada sem gerar
direito à indenização.
Di Pietro (2010) afirma que os serviços públicos autorizados não são prestados a terceiros, porém, aos
particulares beneficiados da autorização, exercendo o poder de policia. Conforme cita a lei 9.074/95, artigo 7°,
são objeto de autorização:
I - a implantação de usinas termelétricas, de potência superior a 5.000 kW, destinada a uso exclusivo do
autoprodutor;
II - o aproveitamento de potenciais hidráulicos, de potência superior a 1.000 kW e igual ou inferior a 10.000 kW,
destinados a uso exclusivo do autoprodutor.
Como exemplo de autorização, podemos citar os serviços de radiodifusão sonora, de sons e imagens e de outras
atividades listadas no artigo 21, citados no início desta aula.
Contrato de parceria público-privada
O contrato deverá ser firmado com uma pessoa jurídica que tenha exclusivamente em seu objeto social a
realização do contrato de parceria público-privada.
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No contrato constará a previsão de pagamento conforme o tipo de prestação de serviço a ser executado e as
metas e os padrões de excelência e qualidade mencionados. Um contrato somente pode ser firmado se o valor for
maior que R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) e se o período de duração da prestação de serviço for maior
que cinco anos e menor que trinta e cinco. Ele não poderá ser celebrado se tiver como objetivos o fornecimento
de mão de obra, a instalação de equipamentos ou a realização de obras públicas.
Conforme o art. 4°, quando da realização da parceria, devem ser verificadas algumas diretrizes que envolvem o
cumprimento de maneira eficiente da missão do Estado e na utilização dos recursos em prol da coletividade.
Devem ser respeitados os direitos e também os interesses dos destinatários dos serviços e dos entes privados
responsáveis pela sua execução. As funções de regulação, do exercício de poder de polícia e de outras atividades
exclusivas do Estado não são delegáveis.
Todas as despesas referentes à contraprestação pecuniária do parceiro público devem seguir às regras impostas
na Lei de Responsabilidade Fiscal. O artigo 4° cita:
I - de geração de energia elétrica; (Incluído pela Lei n° 10.848, de 2004) II - de transmissão de energia elétrica;
(Incluído pela Lei n° 10.848, de 2004) III - de venda de energia a consumidores de que tratam os arts. 15 e 16
desta Lei, exceto às unidades consumidoras localizadas na área de concessão ou permissão da empresa
distribuidora, sob as mesmas condições reguladas aplicáveis aos demais consumidores não abrangidos por
aqueles artigos, inclusive tarifas e prazos; (Incluído pela Lei n° 10.848, de 2004)
Todas as despesas referentes à contraprestação pecuniária do parceiro público devem seguir às regras impostas
na Lei de Responsabilidade Fiscal. O artigo 4° cita:
IV - de participação em outras sociedades de forma direta ou indireta, ressalvado o disposto no art. 31, inciso
VIII, da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nos respectivos contratos de concessão; ou (Incluído pela Lei
n° 10.848, de 2004) V - estranhas ao objeto da concessão, permissão ou autorização, exceto nos casos previstos
em lei e nos respectivos contratos de concessão.
Como exemplo de parceria público-privada podemos citar o Complexo Penitenciário de Minas Gerais e a linha
quatro do metrô de São Paulo (ambos os anexos estão no Manual de Parcerias Público-Privada citados no início
desta aula).
Veja abaixo as principais diferenças entre Concessão, Permissão e PPPs
- -8
O que vem na próxima aula
•Práticas relacionadas à administração pública, verificar a experiência dos líderes públicos na promoção do
desenvolvimento local e territorial e conhecer as principais estratégias adotadas por gestores públicos
premiados.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• verificou as parcerias públicas e privadas e concessões no setor público;
• analisou a relevância das parcerias estabelecidas entre a administração pública e os particulares;
• compreendeu de que forma é feito o controle de convênios e também o processo de concessão de bens 
públicos.
•
•
•
	Olá!
	
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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